Evangelho segundo São João 11,45-56.
Naquele tempo, muitos judeus que tinham vindo visitar Maria, para lhe apresentarem condolências pela morte de Lázaro, ao verem o que Jesus fizera, ressuscitando-o dos mortos, acreditaram nele.
Alguns deles, porém, foram ter com os fariseus e contaram-lhes o que Jesus tinha feito.
Então, os príncipes dos sacerdotes e os fariseus reuniram conselho e disseram: «Que havemos de fazer, uma vez que este homem realiza tantos milagres?
Se O deixamos continuar assim, todos acreditarão nele; e virão os romanos destruir-nos o nosso lugar santo e toda a nação».
Então Caifás, que era sumo sacerdote naquele ano, disse-lhes: «Vós não sabeis nada.
Não compreendeis que é melhor para nós morrer um só homem pelo povo do que perecer a nação inteira?».
Não disse isto por si próprio; mas, porque era sumo sacerdote nesse ano, profetizou que Jesus havia de morrer pela nação;
e não só pela nação, mas também para congregar na unidade todos os filhos de Deus, que andavam dispersos.
A partir desse dia, decidiram matar Jesus.
Por isso, Jesus já não andava abertamente entre os judeus, mas retirou-Se para uma região próxima do deserto, para uma cidade chamada Efraim, e aí permaneceu com os discípulos.
Entretanto, estava próxima a Páscoa dos judeus e muitos subiram da província a Jerusalém, para se purificarem, antes da Páscoa.
Procuravam então Jesus e perguntavam uns aos outros no Templo: «Que vos parece? Ele não virá à festa?».
Tradução litúrgica da Bíblia
doutor da Igreja
Oitava homilia sobre a Paixão,7;SC74 bis
«Para congregar na unidade
todos os filhos de Deus,
que estavam dispersos»
«Quando Eu for elevado da Terra, atrairei todos a Mim» (Jo 12,32). Admirável poder da cruz! Indescritível glória da Paixão! Aí se encontra o tribunal do Senhor, o julgamento do mundo e a vitória do Crucificado. Sim, Tu atraíste todos a Ti, Senhor, e quando «estendias continuamente as mãos para um povo incrédulo e rebelde» (Is 65,2; cf Rom 10,21), o mundo percebeu que devia glorificar a tua majestade. Tu atraíste todos a Ti, Senhor, e, quando o véu do Templo se rasgou (Mt 27,51), a imagem do Santo dos Santos manifestou-se na verdade, a profecia foi completamente cumprida e a Lei antiga foi substituída pelo Evangelho. Tu atraíste todos a Ti, Senhor, para que o culto de todas as nações seja celebrado em plenitude por aquele mistério que, até então envolto em símbolos num só Templo na Judeia, será por fim expresso abertamente. Porque a tua cruz é a fonte de todas as bênçãos, a causa de toda a graça. Da fraqueza da cruz, os crentes recebem a força; da sua vergonha, a glória; da tua morte, a vida. Agora, de facto, acabaram-se os múltiplos sacrifícios: a oferenda única do teu corpo e do teu sangue leva ao seu cumprimento todos os sacrifícios oferecidos nas diferentes partes do mundo, porque Tu és o verdadeiro Cordeiro de Deus, que tira o pecado o mundo (cf Jo 1,29). Tu realizas em Ti todas as religiões de todos os homens, para que todos os povos formem um só Reino.
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