terça-feira, 10 de setembro de 2019

REFLETINDO A PALAVRA - “Ela está no Céu”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
51 ANOS CONSAGRADO
44 ANOS SACERDOTE
Celebrando a Mãe de Deus 
A fé das Igrejas cristãs, tanto Romana e mais ainda a Oriental Católica e Ortodoxa, celebra com grande veneração as festas de Nossa Senhora, nossa Mãe. Louvando Maria, estamos celebrando Jesus em sua Mãe e em seus Santos. Todo o culto se dirige a Deus Pai, por Jesus, no Espírito Santo. Mas todo o Corpo de Cristo celebra. Ele é a cabeça, o Sumo Sacerdote. Nós somos os membros e participamos de seu ministério sacerdotal de Cristo. Em Cristo celebramos as glórias que Deus concedeu a Maria por ser a mãe de seu Filho Unigênito que Se encarnou. Maria não pode ser vista sem Jesus. Jesus não pode ser visto sem Maria, Não podemos seguir Jesus sem Maria, pois foi dela que tomou seu corpo humano que era intimamente unido a sua Divindade. Negar Maria é negar todo o mistério da salvação no qual ela tem a missão de Mãe do Filho de Deus. Cortando a árvore, caem os frutos. Celebramos a Assunção de Maria. Nesse dado de fé professamos que, “Terminado seu curso de vida terrena, Maria foi elevada ao Céu em corpo e alma”. Alguns dizem que não está na Bíblia. Já antes do Novo Testamento ser escrito, temos dados da fé que foram transmitidos ao povo de Deus. A Santa Tradição está unida à Palavra de Deus, pois ali estão os ensinamentos apostólicos que nos foram transmitidos. A comunidade primitiva já transmite dados da fé pela tradição, como diz Paulo em dois lugares: “O que recebi eu vos transmiti” (1Cor 13,23 e 15,3), referido-se à Eucaristia, a Ceia e à Ressurreição. Paulo diz que recebeu do Senhor, quer dizer que a tradição, os ensinamentos a par com os Evangelhos que foram escritos muito depois.
Viver como Maria 
Maria é o modelo completo de quem viveu o que Jesus ensinou. É a discípula perfeita, pois viveu em contínua intimidade com Jesus, tanto no seu seio como na sua vivência doméstica. O modo de Maria viver, diferente de todos na linha da geração, pois só ela é mãe, nós o vivemos na intimidade, pois é o mesmo Jesus que habita em nós em seu Ser glorificado e como Eucaristia. Maria, em seu canto, na visita a Isabel, mostra a preocupação com os pobres e sofredores, que é a mensagem central de Jesus que veio buscar o que estava perdido (Mt 18,11). Maria, vivendo totalmente o Evangelho, já tem sua ressurreição e glorificação junto a seu Filho. Por participar de sua carne humana como mãe já está no Paraíso como nós que também participamos de sua carne. A Ressurreição, não é só ajuntar ossos esparramados e até destruídos, mas a condição de união ao Filho de Deus que Se encarnou. Paulo ensina essa vitória sobre a morte que nos garante a vitória final. 
Buscar as coisas do alto 
Maria é a mulher do Apocalipse, gloriosa, como Igreja que reúne os apóstolos e todos os fiéis na vitória sobre o dragão – o mal - que quer destruir todo bem. A Igreja é símbolo de Maria, a mãe que vê seu Filho e seus filhos perseguidos. Ela estimula a buscar as coisas do alto onde já reina com Cristo. Reinar é ter a certeza de fazer todo o bem para que haja vida e vida em abundância. Buscar as coisas do alto é fortalecer os laços de fraternidade entre os irmãos. Ela é a irmã maior que cuida dos filhos de Deus. Por estar intimamente unida a Cristo, nosso culto, referindo-se a ela, está direcionado a Cristo no seu louvor ao Pai. A intercessão de Maria manifesta a bondade de Deus que quer todos com Ele na glória. A oração de Maria, nossa Corredentora, no Espírito Santo, nos aproxima do Pai. Celebrar a Assunção de Maria é contemplar nossa futura vitória.

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