Evangelho segundo São Lucas 9,46-50.
Naquele tempo, houve uma discussão entre os discípulos sobre qual deles seria o maior.
Mas Jesus, que lhes conhecia os sentimentos íntimos, tomou uma criança, colocou-a junto de Si
e disse-lhes: «Quem acolher em meu nome uma criança como esta acolhe-Me a Mim; e quem Me acolher acolhe Aquele que Me enviou. Na verdade, quem for o mais pequeno entre vós esse é que será o maior».
João tomou a palavra e disse: «Mestre, vimos um homem expulsar os demónios em teu nome e quisemos impedi-lo, porque ele não anda connosco».
Mas Jesus respondeu-lhe: «Não lho proibais, pois quem não é contra vós é por vós».
Tradução litúrgica da Bíblia
Concílio Vaticano II
Declaração «Nostra Aetate», sobre as relações da Igreja com as religiões não cristãs, § 5
«Impedi-lo, porque ele não anda connosco».
Não podemos invocar Deus como Pai comum de todos se nos recusarmos a tratar como irmãos alguns homens, criados à sua imagem. A relação do homem com Deus Pai e a sua relação com os outros homens, seus irmãos, estão de tal maneira ligadas, que a Escritura afirma: «quem não ama, não conhece a Deus» (1Jo 4,8).
Carece, portanto, de fundamento toda a teoria ou modo de proceder que introduza entre homem e homem ou entre povo e povo qualquer discriminação quanto à dignidade humana e aos direitos que dela derivam.
A Igreja reprova, por isso, como contrária ao espírito de Cristo, toda e qualquer discriminação ou violência praticada por motivos de raça ou cor, condição ou religião. Consequentemente, o sagrado Concílio, seguindo os exemplos dos santos Apóstolos Pedro e Paulo, pede ardentemente aos cristãos que, «observando uma boa conduta no meio dos homens» (1Ped 2,12), se possível, tenham paz com todos os homens (Rom 12,18), quanto deles depende, de modo que sejam na verdade filhos do Pai que está nos céus (Mt 5,45).
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