sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Beata Francisca Javier de Rafelbuñol, Religiosa e mártir - 27 de setembro

Martirológio Romano: Em Gilet, na província de Valência, Espanha, beatas mártires Francisca Javier (Maria Fenollosa Alcayna), religiosa da Ordem Terceira de Capuchinhas da Sagrada Família, e Hermínia Martínez Amigó, mãe de família, que confirmaram com seu sangue sua fidelidade ao Senhor durante a perseguição religiosa de 1936.
     Francisca Javier nasceu em Rafelbuñol-Valência (Espanha), em 24 de maio de 1901. Foi batizada com o nome de Maria.
     Seus pais, José Fenollosa e Maria Rosa Alcayna eram humildes agricultores, ambos pertencentes à Ordem Terceira de São Francisco.
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     A família era formada pelos pais e dez filhos, e viviam todos sob a doutrina cristã. Neste ambiente religioso transcorreu a infância e a juventude de Francisca Javier, enquanto frequentava a escola do povoado, onde realizou estudos primários. Muito devota da Mãe de Deus, Francisca formava parte da Associação de Filhas de Maria.
     Durante os trabalhos do dia, não se esquecia da leitura espiritual, especialmente o Evangelho, e a recitação do rosário. Segundo uma testemunha: "Com estes antecedentes, não é de estranhar que nela nascesse de modo natural a vocação religiosa". Quando ela expos a ideia de ingressar na vida religiosa, sua mãe se opôs, porque Maria era seu braço direito na casa. Cedeu quando o diretor espiritual de sua filha lhe indicou a obrigação que tinha de não a impedir a entrar em um convento.
     Ingressou no postulantado em 15 de novembro de 1921, vestiu o hábito em 11 de maio de 1922, e em 1924 nesta mesma data, emitiu seus votos temporais. A profissão perpétua em 30 de agosto de 1928.
     Antes de iniciar seus serviços se preparou para o apostolado e aperfeiçoou seus conhecimentos musicais. Dava aula de música às meninas internas. Foi ajudante da mestra de noviças do repleto noviciado daquele tempo.
     A Irmã Francisca Javier é descrita como uma religiosa de muito boa aparência, afável, alegre e piedosa. Destacam sua prudência, equanimidade, simplicidade, humildade. Era respeitosa com todos e grande empreendedora. Cumpria seus deveres com alegria e eficácia, ao final dos quais se recolhia no silêncio junto à Eucaristia, da qual era grande devota. As visitas que fazia à sua família eram ocasião para reunir jovens e rezar com elas o rosário, além de falar a elas sobre a importância da oração.
     Exerceu funções em Altura (Castellón), Meliana, Benaguacil e Massamagrell (Valência).
     Estando em Massamagrell foi surpreendida pela guerra civil espanhola. Em 20 de julho de 1936 teve que deixar o convento e voltar para a casa paterna. Localizada, a obrigaram a executar tarefas na casa do Comitê, até que em 27 de setembro de 1936 foi presa e assassinada no cemitério de Gilet (Valência), junto com a Beata Hermínia Martínez Amigó. “Que Deus vos perdoe como eu vos perdoo”, ouviu-a dizer aquele que estava prestes a dar o golpe de graça.
     Foi beatificada em 11 de março de 2001, integrando o grupo de 233 mártires de Espanha.
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