quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

QUE NOTA ELA MERECE? E ELE?

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
REDENTORISTA
Numa reunião de casais o palestrante inventou esta dinâmica. Os maridos vão dar a nota que suas esposas merecem. Também as esposas vão dar aos seus maridos a nota que merecem. Somente a nota, sem contar defeitos ou qualidades. Mas, sejam sinceros. Vamos começar com os maridos: 
- Você, meu irmão, que nota vai dar para sua esposa? 
- Nota dez! 
- E você, minha irmã? 
- Dez também. 
Os casais eram muitos. Vejamos outro casal. 
- Que nota sua esposa merece? 
- Vou dar onze... 
- E você, minha irmã em Cristo? 
- Dez vezes dez. . 
Um pouco para agradar, outro pouco para não criar muitos problemas, as notas oscilavam entre dez e nove, e o palestrante pediu palmas para todos. Mas o mesmo não aconteceu em outra comunidade, com outro grupo de casais. A brincadeira quase virou tragédia. Saíram notas regulares, baixas e baixíssimas. Uma senhora deu nota zero para seu marido e ainda achou que era muito. Cada qual aproveitou a brecha para “soltar os cachorros” em cima dele ou dela. O palestrante parou de perguntar e tentou conciliar os ânimos. Se no outro grupo ele pediu palmas, neste ele pediu calma: 
-Todos nós temos defeitos e qualidades. Deus é quem avalia tudo, e tempera tudo com sua misericórdia. Vamos dar as mãos e rezar juntos o pai-nosso. 
Lição: Os dois grupos tinham ganhos e perdas, progressos e regressos. Mas não devemos pensar que somos santos impecáveis e nem pecadores impenitentes. 
(Fonte: Dom Homero Leite Meira)
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REFLETINDO A PALAVRA - “Campanha da Fraternidade”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
51 ANOS CONSAGRADO
43 ANOS SACERDOTE
1698. Quaresma espiritual e humana 
A Campanha da Fraternidade é um modo de se viver a Quaresma, levando o espiritual a se transformar em uma atitude de cuidado com o próximo na prática da caridade. Os textos bíblicos que lemos neste tempo têm como um dos requisitos fundamentais voltar os olhos para o necessitado. Em todos esses anos a Igreja do Brasil procurou fazer uma reflexão de um tema e fazer uma coleta de solidariedade que ajude nesse aspecto que foi escolhido como reflexão e ação. É bom notar que tanto a novena de Natal como a Campanha da Fraternidade são um modo particular da Igreja do Brasil viver esses tempos litúrgicos na comunidade. É a força evangelizadora que vai para as ruas. Quantos milhões se reúnem nesse momento! Nesse ano, a campanha tem uma característica ecumênica. Outras confissões religiosas participam. O tema vem da encíclica do Papa Francisco Laudato si (Seja louvado), retirado do canto de S. Francisco. Esse documento não é somente um bom conselho, mas um grito de pedido de socorro e um estímulo ao cuidado com o mundo. Não se trata só da natureza, mas do ser humano, sobretudo os pobres para que tenham condições de vida digna. Assim escreve Judinei Vanzeto: “O cuidado com a criação é uma busca pela justiça, sobretudo nos países pobres e em situação de vulnerabilidade”. A encíclica do Papa Francisco apresenta a situação do mundo em que a ganância, a política dominada pelas grandes empresas, e o descuido com o mundo, provocam a destruição do planeta e misérias sem limites a bilhões de pessoas. Que mundo vamos deixar para nossos filhos? O que significa morrer por culpa da falta de condições básicas de vida? 
1799. Casa comum, nossa responsabilidade
Nas duas últimas semanas da Quaresma era costume cobrir os santos com um pano roxo 
para concentrar a atenção sobre Jesus em seu mistério de Paixão, Morte e Ressurreição. Na Páscoa tudo tomava vida. Atualmente podemos jogar esse pano roxo sobre os sofrimentos de tantos nossos irmãos que têm uma quaresma de dor e sofrimentos sem fim. A carência é muito grande. A preocupação agora é o saneamento básico no Brasil que está entre os países mais pobres. Temos grandes riquezas, e um povo que passa necessidades. “Hoje, as preocupações no campo do saneamento procuram incorporar não só questões de ordem sanitária, mas também de justiça social e ambiental. E seu conceito passa a ser entendido em duas maneiras: saneamento básico e saneamento ambiental” (idem). É preciso “assegurar o direito ao saneamento básico para todas as pessoas e empenhar-nos, à luz da fé, por políticas públicas e atitudes responsáveis que garantam a integridade e o futuro de nossa Casa Comum (Texto base nº 26). 
1700.Evangelho nas ruas 
Vivemos uma tentação muito grande de fazer a espiritualidade intimista. Jesus não era assim. Ele se preocupava com as pessoas. A preocupação no momento é o saneamento básico: abastecimento de água, esgoto, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos – o lixo, drenagem e manejo das águas pluviais urbanas, articulação entre o saneamento básico e as políticas de desenvolvimento urbano e regional de habitação de combate à pobreza e de sua erradicação, de proteção ambiental e de promoção da saúde. Em outras palavras, é o que Jesus ensina quando fala do juízo final: problemas de fome, sede, saúde, migração e prisão. Há muita gente, sobretudo crianças que morrem por isso.
https://refletindo-textos-homilias.blogspot.com/
https://padreluizcarlos.wordpress.com/

EVANGELHO DO DIA 28 DE FEVEREIRO

Evangelho segundo São Marcos 9,41-50. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus díscípulos: «Quem vos der a beber um copo de água por serdes de Cristo, em verdade vos digo que não perderá a sua recompensa». Se alguém escandalizar algum destes pequeninos que creem em Mim, melhor seria para ele que lhe atassem ao pescoço uma dessas mós movidas por um jumento e o lançassem ao mar. Se a tua mão é para ti ocasião de pecado, corta-a; porque é melhor entrar mutilado na vida do que ter as duas mãos e ir para a Geena, para esse fogo que não se apaga. onde o verme não morre e o fogo não se apaga. E se o teu pé é para ti ocasião de pecado, corta-o; porque é melhor entrar coxo na vida do que ter os dois pés e ser lançado na Geena. onde o verme não morre e o fogo não se apaga. E se um dos teus olhos é para ti ocasião de pecado, deita-o fora; porque é melhor entrar no reino de Deus só com um dos olhos do que ter os dois olhos e ser lançado na Geena, onde o verme não morre e o fogo nunca se apaga». Na verdade, todos serão salgados com fogo. O sal é coisa boa; mas se ele perder o sabor, com que haveis de temperá-lo? Tende sal em vós mesmos e vivei em paz uns com os outros». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Paulo VI (1897-1978) 
papa de 1963 a 1978 
Constituição apostólica «Paenitemini» 
O sal da penitência 
Todo o cristão deve seguir o Mestre renunciando a si mesmo, carregando a sua cruz e participando nos sofrimentos de Cristo (Mt 16,24). Assim, transfigurado à imagem da sua morte, torna-se capaz de meditar na glória da ressurreição. Seguirá igualmente o Mestre não vivendo já para si mesmo, mas para aquele que o amou e Se deu a Si mesmo por ele, e também pelos seus irmãos, completando «na sua carne o que falta aos padecimentos de Cristo pelo seu corpo que é a Igreja» (Gal 2,20; Col 1,24). Por outro lado, estando a Igreja intimamente ligada a Cristo, a penitência de cada cristão tem igualmente uma relação própria e íntima com toda a comunidade eclesial. Com efeito, é apenas no seio da Igreja que, pelo batismo, ele recebe o dom fundamental da metanóia, quer dizer da mudança e da renovação do homem todo; mas este dom é restaurado e fortalecido pelo sacramento da penitência nos membros do corpo de Cristo que caíram em pecado. «Os que se aproximam do sacramento da penitência recebem da misericórdia de Deus o perdão da ofensa que Lhe fizeram, ao mesmo tempo que são reconciliados com a Igreja, que foi ferida pelo seu pecado e que, pela caridade, o exemplo e as orações, trabalha pela sua conversão» (Lumen Gentium, 11). É na Igreja que a pequena obra da penitência imposta a cada penitente no sacramento participa de uma maneira especial na expiação infinita de Cristo.

29 de fevereiro – LAVAVA OS PÉS DOS POBRES, A EXEMPLO DE JESUS

Osvaldo (+992) era da alta nobreza. Ocupou cargos importantes na Igreja da Inglaterra, mas não perdeu a simplicidade e o desapego. Lutou pela reforma dos costumes, inclusive dentro da Igreja. É claro que encontrou resistência. Fundou mosteiros para, com gente nova, reavivar a disciplina e o respeito religioso. Favoreceu muito a ciência. Defendeu a cultura. Protegeu e apoiou os pesquisadores e estudiosos. Introduziu uma Liturgia mais à altura do povo. Distinguiu-se principalmente no carinho pelos pobres. Durante a Quaresma costumava lavar diariamente os pés de doze pobres. Morreu ao recitar o “Glória ao Pai”, quando estava terminando uma cerimônia do lava-pés. - Nos anos não bissextos, sua festa é celebrada dia 28 de fevereiro. 
Outros santos: Antônia de Florença (viúva, fundadora, bem-aventurada), Hilario, Macário, Hedwiges da Polônia.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa 
Venerável Padre Pelágio CSsR
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28 DE FEVEREIRO – CAPELÃO MILITAR E APÓSTOLO

Daniel Brottier (1876-1936) nasceu na França, ingressou na Congregação do Espírito Santo (Espiritanos) e trabalhou na África durante sete anos. Ficou doente e precisou voltar. Durante a 1ª Guerra Mundial alistou-se voluntariamente como capelão militar. Transportou os feridos, assistiu os moribundos, desafiou os perigos e ganhou várias medalhas. Fundou a “União Nacional dos ex-combatentes” que chegou a congregar dois milhões de associados. Dirigiu durante vários anos uma obra de assistência à juventude abandonada, chegando a ter 1400 inscritos. Nessa obra eles aprendiam de tudo, desde a formação moral até o artesanato. Foi muito dinâmico. “Parecia ter duas almas” disse uma testemunha que trabalhou com ele. Mas soube unir a ação com a contemplação. Antes de se lançar ao trabalho, enchia-se de Deus na oração.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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SANTA MARIANA

Santa Mariana é Heroína Nacional do Equador, padroeira de Quito, protetora dos órfãos e dos doentes. A Santa nasceu no dia 31 de outubro do ano 1618, na cidade em Quito. Hoje, Quito é a capital do Equador. Na época, porém, pertencia ao Vice-Reino do Peru. Mariana foi a oitava filha de Jerônimo de Paredes y Flores, Capitão espanhol, nascido em Toledo, e de Mariana de Granobles de Xamarillo. Sua mãe era descendente dos conquistadores espanhóis, católica convicta e mulher virtuosa. Órfã Com apenas quatro anos, Santa Mariana ficou órfã de pai. Pouco tempo depois, ela perdeu também sua mãe, que ficara muito entristecida pela morte do marido. Antes de morrer, a mãe de Mariana confiou-a a guarda de sua irmã mais velha. Esta já era casada com um capitão chamado Cosme de Casso, com o qual já tinha três filhas, com idades próximas às de Mariana. O casal deu aos filhos e a Mariana uma educação humana e religiosa. Mariana sobressaiu-se logo pela inteligência nos estudos e na música, com uma bela voz. Mas cantava somente cânticos religiosos. E desde cedo manifestou grande piedade, espírito de sacrifício e oração. Com sete anos, salvou suas sobrinhas da morte, tirando-as de um lugar onde, logo em seguida, uma parede caiu.
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Santa Cira (Cyra)

Martirológio Romano: Comemoração das santas virgens Marana e Cira, que em Berea, na Síria, viviam num lugar estreito e cercado, expostas aos elementos, sem sequer um modesto abrigo, observando o silêncio e recebendo por uma janela os alimentos de que necessitavam. As santas faleceram por volta do ano 450. Etimologia: Marão, Marana = aportuguesamento de Maron, Marum, do sobrenome do fundador do rito católico maronita (Líbano e Síria) São Marão. Cira(o) = do grego Kyros, derivado de Kyrios: "o poderoso, o senhor". Nosso Senhor Jesus Cristo viveu com seus discípulos uma forma de vida comunitária que inaugurou um ascetismo cristão diferente daquele das tradições dos rabinos de seu tempo, ou mesmo dos profetas do Antigo Testamento. A expressão "vita apostolica" na literatura monástica primitiva significou primeiramente esta vida dos Apóstolos com Jesus, que fazia exigências àqueles que desejavam segui-Lo. Depois da morte de Jesus, alguns cristãos desejaram adotar como modo permanente de vida os apelos de Jesus para o celibato, a renúncia total, a pobreza, etc..
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DANIEL BROTTIER Sacerdote espiritano, Fundador, Beato 1876-1936

Daniel Brottier nasceu em 7 de Setembro de 1876 em La Ferré-Saint-Cyr, uma bonita aldeia não muito longe da cidade de Chambord no departamento de Loire-et-Cher. A casa onde ele nasceu ainda está de pé. Ficava perto do castelo onde seu pai era cocheiro para a Marquês de Durfort. Daniel sempre quis ser um padre, e comecei a aprender latim antes mesmo que ele frequentou a escola. Daniel fez sua primeira comunhão em 1886 na idade de dez anos, e entrou no seminário menor de Blois no ano seguinte. Seus companheiros de escola recordou-o como um alegre, extrovertido, menino, mesmo maldoso (espiègle), mas de bom coração. Em 1896, na idade de 20, ele fez um ano de serviço militar em Blois. Após longos anos de um padre do seminário, foi ordenado em 22 de Outubro de 1899 pelo Bispo de Blois Laborde. Sua primeira nomeação foi para a Escola Livre de Pontlevoy, onde trabalhou maravilhas com as crianças. Mas sentia que algo estava querendo. Seu campo de acção era limitado e sua alma apostólica procurou um campo mais desafia-dor de actividade.
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ROMÃO DE CONDAT Ermita, Abade, Santo século V

São Romão, que viveu no século V e foi o primeiro eremita que existiu na França. Natural de Borgonha, entrou bem cedo no célebre e mais antigo mosteiro da França, Ainay. Tendo aprendido os princípios da vida religiosa, retirou-se para a solidão, num lugar chamado Condat, entre a Suíça e Borgonha, onde mais tarde se lhe associou o irmão, Lupicino. Algum tempo viveram juntos, entregues às práticas religiosas, quando começaram a experimentar impertinentes perseguições do demónio, que procurou assustá-los de mil modos. Bastante incomodados com as artimanhas do inimigo, retiraram-se daquele lugar, em demanda de um outro. Surpreendidos pela noite, hospedaram-se na choupana de uma pobre mulher. Esta, sabendo do motivo da fuga, disse-lhes: “Fizestes mal em ter abandonado a vossa casa. Se tivésseis lutado com mais coragem e pedido sossego a Deus, teríeis vencido as insídias do demónio”.
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ANTÓNIA DE FLORENÇA Viúva, Religiosa, Beata 1401-1472

Nasceu em Florença, na Itália, em 1401. Quando tinha quinze anos, casou-se e logo em seguida teve um filho. Poucos anos depois seu marido faleceu. Para garantir um futuro ao filho, casou-se novamente, mas também este segundo marido veio a falecer alguns anos depois. Como seu filho já era grande e poderia sobreviver por sua própria conta, decidiu ingressar na Ordem das Irmãs Terciárias Regulares. Mais tarde ingressou no Convento de Santo Onofre, em Florença. Por ser bastante dedicada aos afazeres diários dentro do convento e o apoio espiritual que, generosamente, dedicava a suas irmãs de fé ganhou a admiração e respeito de todas e até mesmo as suas superioras. Algum tempo depois foi enviada para Foligno para pregar e transmitir sua dedicação a Deus. Depois seguiu para Áquila, mais precisamente para o Convento de Santa Isabel. Neste Convento teve como orientador espiritual São João de Capristano, quem, junto com São Bernardino de Sena, promovia a chamada “observância”. 
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OSVALDO DE YORK Bispo, Santo + 992

Osvaldo figura entre os grandes nomes católicos da Europa ao final do primeiro milénio, tendo morrido no ano de 992. De origem dinamarquesa, era sobrinho de Odo, arcebispo da Cantuária e parente de Osyll, arcebispo de York. Para abraçar a religião escolheu a vida de monge beneditino e, por isso, ingressou no convento de Fleury-sur-Lofre, na França. Entretanto, Osvaldo foi chamado por seu tio Oskyl que, desejando fazer reformas em sua diocese, escolheu o sobrinho para encabeçá-las, por causa de seu senso de justiça e da generosidade para com os pobres. Foi nomeado bispo de Worcester e uniu-se a dois outros religiosos da mesma estirpe da região: Dunstan, arcebispo de Cantuária e Ethelwold, bispo de Winchester.
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HILÁRIO DE ROMA Papa, Santo + 468

Hilário, Papa e Santo da Igreja Católica (461-468) nasceu na Sardenha, em data incerta. Em 19 de novembro de 461 foi eleito Papa, como sucessor de São Leão I, Magno (440-461). Durante o seu pontificado procurou combater a difusão da doutrina ariana, que naquela época Ricimero sustentava em Roma. Como arcediago — cargo na Igreja medieval, dignatário das Sés que secundava o bispo nos ofícios junto com o chantre, um funcionário eclesiástico que dirigia o coro, e o diácono — representou o próprio papa no Concílio de Éfeso em 449 quando demonstrou uma férrea oposição ao monofisismo e onde lutou pelos direitos da Igreja. No trono de Pedro, continuou a acção política de seu antecessor e confirmou os concílios de Nicéia, Éfeso e Calcedónia, sustentando a supremacia da Igreja apostólica perante as tendências de autonomia dos bispos da Espanha e da Gália. Estabeleceu um vicariato na Espanha e ergueu vários conventos para mulheres, em Roma. 
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 28 DE FEVEREIO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém.
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
28 – Quinta-feira – Santos: Justo, Romão, Serapião
Evangelho (Mc 9,41-50) “Quem vos der a beber um copo de água, porque sois de Cristo, não ficará sem receber a sua recompensa.”
Essa frase, meio solta no texto, pode ensinar-me duas coisas importantes. Tenho de tratar bem a todos, porque “são de Cristo”, escolhidos e amados por ele, participantes de sua própria vida. Por isso mesmo Jesus vê como feito a ele próprio tudo que eu fizer pelos irmãos de comunidade, ou por toda pessoa. Aliás, esse é, segundo ele, o critério segundo o qual seremos todos julgados (Mt 25,40).
Oração
Senhor Jesus, eu vos agradeço porque colocastes ao meu redor tantos discípulos e discípulas que me amam e fazem tudo para me ajudar. É verdade que muitas vezes não presto atenção a suas boas qualidades. Mas, se penso um pouco, vejo quanta bondade e quanto amor trazem no coração. Abençoai a todos, dai-lhes paz e alegria. E, por favor, conservai-os a minha volta. Amém.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

CÃO FIEL ATÉ A MORTE

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
REDENTORISTA
Um cavaleiro voltava apressado, ansioso por chegar logo. Netuno, seu cachorro dedicado, corria atrás, feliz por poder acompanhar o dono. Súbito, começou a latir. Era um latido insistente, enervante, desesperado. O cavaleiro mandou que se calasse, mas o animal continuava ganindo sem parar: 
-"O que terá acontecido com meu cachorro de estimação? Terá ficado doente ou louco?"
Nesse caso era preciso sacrificá-lo para evitar conseqüências piores. Sacou do revolver, atirou no animal e deu rédeas ao cavalo sem olhar para trás. Doía-lhe ter feito isso com seu amigo inseparável. Chegando à casa, ao tirar a bagagem, notou a falta da carteira de dinheiro. O jeito era refazer o caminho até encontrá-la. Felizmente a estrada era deserta. Entardecia. Viu ainda o local fatídico onde precisou matar seu cachorro. Mas onde estava o cadáver? Teria escapado vivo? Foi seguindo o rastro de sangue até encontrá-lo morto... ao lado da bolsa de dinheiro. Morrera vigiando-a. 
PALAVRA DE DEUS: Muito bem, servo bom e fiel! Foste fiel no pouco, eu te confiarei muito... (Mt 25, 21). 
ORAÇÃO: Meu pai, eu me entrego a vós. Fazei de mim o que vos aprouver. Aceito desde já, tudo o que quiseres fazer por mim. Não desejo outra coisa, senão que a vossa vontade se faça em mim e nos vossos filhos. Coloco minha vida em vossas mãos. Amém. (Carlos de Foucault)
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REFLETINDO A PALAVRA - “Escutai o que Ele diz!”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA-REDENTORISTA
51 ANOS CONSAGRADO
43 ANOS SACERDOTE
Escutai o que Ele diz. 
“Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver na terra dos viventes” (Sl 26,13). No coração do homem há um profundo desejo de ver Deus. Essa visão de Deus se dá através de Jesus. Pedro guardou profunda memória da visão que teve de Cristo transfigurado. Mais que a visão, guardou a voz: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (2Pd 1,17-18). Lucas narra a transfiguração e diz: “Escutai o que Ele diz” (Lc 9,35). Ouvindo Jesus participamos de sua transfiguração. Ver Deus é vê-Lo agindo em nós e nos transfigurando. Nos evangelhos a transfiguração de Jesus no Monte Tabor é a resposta à situação de fragilidade de Jesus tentado, recusado, morto e sepultado. Tudo isso aconteceu não sem acontecer a Ressurreição. Ela dá sentido a tudo o que Jesus passou. Ver Deus é ver também seu Cristo padecente e participar de seus sofrimentos; “Se com Ele morremos, com Ele viveremos. Se com Ele sofremos, com Ele reinaremos” (2Tm 2,11-12). A visão de Deus passa pelo mesmo caminho de Jesus: sofrimento, morte e ressurreição. É a Palavra de Deus que nos garante. Moisés e Elias, grandes líderes e profetas do povo, profetizaram em vista de Jesus. Ouvindo a Palavra entramos na “nuvem” que é a presença de Deus e entendemos o novo caminho aberto por Jesus. Agora há um novo caminho, não mais por Moisés e por Elias, mas por Jesus. É a Ele que devemos ouvir. Abraão fez uma aliança com Deus passando através dos animais partidos ao meio (Gn 15,5-18). Jesus partido pela lança no sofrimento de sua paixão realiza a nova aliança. Deus nos dá uma terra: “Somos cidadãos do céu... Ele transformará o nosso corpo humilhado e o tornará semelhante ao seu corpo glorioso com o poder que tem de sujeitar a si todas as coisas” (Fl 3,20-21). 
É bom estarmos aqui 
A Quaresma é o tempo da Igreja para nos prepararmos para a Páscoa. Ela é a passagem de Deus entre nós libertando-nos através de seu Filho e introduzindo-nos na terra prometida da vida da graça. No Monte Tabor, diante da maravilhosa visão de transfiguração e presença de Moisés e Elias, Pedro diz: “É bom estarmos aqui”. Sentia-se bem em tão precioso momento. Entram na nuvem que é a presença de Deus. O medo que sentem é o santo temor respeitoso e atrativo da presença de Deus. A Quaresma é o tempo de entrarmos na nuvem, isto é, vivermos com maior intensidade a força da graça redentora de Cristo. Por isso a Palavra de Deus é abundante. As cerimônias querem proporcionar o momento de encontro com Deus para ouvir. É o tempo de transfiguração, mesmo sofrendo as consequências do mal que nos cerca e também está dentro de nós. Vivendo a conversão na comunidade saboreamos a presença de Deus, ouvindo seu Filho. 
Participar das coisas do Céu 
 Rezamos na oração Pós-Comunhão dizendo ao Pai: “Comungamos no mistério da Glória e nos empenhamos em render graças, porque nos concedeis, ainda na terra, participar das coisas do Céu”. Esta dimensão da união entre o Céu e a terra na celebração nos ensina que não há separação entre a vida futura e a vida que vivemos na fé e nos sacramentos. Por isso o Mistério da Transfiguração nos mostra Jesus glorificado e Homem das dores. No prefácio rezamos: “Pelo testemunho da Lei e dos Profetas, nos ensina que, pela Paixão e Cruz, chegará à glória da Ressurreição”. Contemplando Jesus tentado pelo demônio e glorificado pelo Pai, podemos viver bem nossa preparação para a Páscoa da Ressurreição.

EVANGELHO DO DIA 27 DE FEVEREIRO

Evangelho segundo São Marcos 9,38-40.
Naquele tempo, João disse a Jesus: «Mestre, nós vimos um homem a expulsar os demónios em teu nome e procurámos impedir-lho, porque ele não anda connosco». Jesus respondeu: «Não o proibais; porque ninguém pode fazer um milagre em meu nome e depois dizer mal de Mim. Quem não é contra nós é por nós. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Papa Francisco 
Audiência geral, 12/06/2013 
«Quem não é contra nós é por nós» 
Hoje gostaria de meditar brevemente sobre outra expressão com a qual o Concílio Vaticano II definiu a Igreja: «Povo de Deus». […] O que quer dizer ser «Povo de Deus»? Antes de tudo, significa que Deus não pertence de modo próprio a qualquer povo, pois é Ele que nos chama, que nos convoca, que nos convida a fazer parte do seu povo, e este convite é dirigido a todos, sem distinção, porque a misericórdia de Deus «deseja que todos os homens se salvem» (1Tim 2,4). Jesus nem diz aos Apóstolos nem a nós que formemos um grupo exclusivo, um grupo de elite. Jesus diz: «Ide e ensinai todas as nações» (cf Mt 28,19). São Paulo afirma que no povo de Deus, na Igreja, «já não há judeu nem grego […]. Pois todos vós sois um só em Cristo Jesus» (Gal 3,28). Gostaria de dizer, inclusive àqueles que se sentem distanciados de Deus e da Igreja, a quem sente temor ou é indiferente, a quantos pensam que nunca poderão mudar: o Senhor chama-te, também a ti, a fazer parte do seu povo, e fá-lo com grande respeito e amor! Ele convida-nos a fazer parte deste povo, do Povo de Deus. Como nos tornamos membros deste povo? Não é através do nascimento físico, mas mediante um novo nascimento. No Evangelho, Jesus diz a Nicodemos que é preciso nascer do alto, da água e do Espírito, para entrar no Reino de Deus (cf Jo 3,3-5). É através do batismo que somos introduzidos neste povo, mediante a fé em Cristo, dom de Deus que deve ser alimentado e que devemos ajudar a crescer durante toda a nossa vida. Perguntemo-nos: como faço eu crescer a fé que recebi no meu batismo? Como faço eu crescer esta fé que recebi e que o Povo de Deus possui?

27 DE FEVEREIRO - GOSTAVA DE FESTAS, ATÉ QUE UM DIA..

O jovem Gabriel (1838-1862), órfão de mãe aos quatro anos, foi educado no amor à oração e ao estudo. Mas gostava de vestir-se bem, de ler romances, de dançar e festar. Era a atração da juventude feminina por causa de sua bela aparência física. Contudo, não deixava de ser um rapaz caridoso, estimado por todos. Numa palavra, um bom companheiro. Sentiu-se chamado para o convento, mas faltava o “empurrão” de Deus, o golpe final da Graça. Este veio quando perdeu sua irmã de quem tanto gostava. Aos 18 anos, desiludido das vaidades, entrou numa procissão onde iam levando a imagem de Nossa Senhora. Pareceu-lhe ouvir uma voz serena, a voz da virgem Maria, dizendo que aquele mundo não era para ele. Ingressou na Congregação dos Padres Passionistas. Mudou de nome. De Francisco que era, pois nasceu em Assis terra de São Francisco, passou a chamar-se Gabriel de Nossa Senhora das Dores. Sempre teve saúde fraca. Morreu tuberculoso antes de se ordenar padre, com com apenas 24 anos.
- Que ele proteja nossa juventude. Amém
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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São Nicéforo Mártir (século III)

Nicéforo era um cidadão de Antioquia, atual Síria, nascido no ano 260. Discípulo e irmão de fé do sacerdote Sabrício, tornaram-se amigos muito unidos e viveram nos tempos dos imperadores Eutiquiano e Caio. Não se sabe exatamente o porquê, mas Nicéforo cometeu algum mal com relação a Sabrício que nunca mais o desculpou. Pediu perdão muitas vezes, diga-se inclusive que ainda existem os registros desses seus pedidos. Mas, Sabrício nunca o concedeu, contrariando a própria religião cristã, da qual era sacerdote. Ele levou até o fim esta falta de solidariedade, apesar de Nicéforo ter chegado a se ajoelhar para implorar sua absolvição. Um dia, Sabrício foi denunciado e processado por ser católico e compareceu ao tribunal. Em princípio parecia disposto a qualquer martírio, cheio de coragem e determinação. Assumiu ser sacerdote cristão, recusou-se a sacrificar aos deuses pagãos e resistiu às mais bárbaras torturas. Mas, ao ser condenado à morte e receber a ordem de se ajoelhar para ter a cabeça cortada, aceitou render homenagens aos deuses pagãos em troca de liberdade.
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MARIA CARIDADE BRADER Religiosa, Fundadora, Beata 1860-1943

Maria Caridade Brader é também conhecida como Maria Josafá Carolina Brader, Madre Caritas, Maria Caridade do Amor do Espírito Santo. Nasceu em 14 de agosto de 1860 em Kaltbrunn, Suíça como Maria Josafa Carolina Brader. Filha única de José Sebastião Brader e Maria Anna Carolina Zahner. Educada em uma família piedosa, ela era conhecida como uma menina muito inteligente e recebeu a melhor educação que os seus pais podiam dar. Seus pais tinham grandes planos para o seu futuro, mas em vez de continuar os estudos ela sentiu um forte chamado para a vida religiosa e entrou para o convento franciscano em Maria Jilf, Als-tatten em 1º de Outubro de 1880, tomando o nome de Maria da Caridade do Amor de Espírito Santo, e fez seus votos definitivos em 22 de Agosto de 1882. Ela foi inicialmente designada como professora. Quando foi possível para as irmãs em clausura se tornarem missionárias, irmã Caritas, como era conhecida, foi voluntária com outras 5 irmãs para trabalhar em Clone, no Equador em 1888. Ela trabalhou durante 6 anos como professora e catequista das crianças.
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MARIA DE JESUS DELUIL MARTINY Religiosa, Fundadora, Beata 1841-1884

Filha de um brilhante advogado e excelente católico, sua mãe era uma digna sobrinha bisneta da Venerável Ana Madalena Remuzat, a visitandina que durante a peste de 1720 havia conseguido que Marselha se consagrasse ao Coração de Jesus. Assim, a devoção ao Sagrado Coração era considerada "património familiar". Maria nasceu em Marselha a 28 de maio de 1841. Foi educada pelos pais e pelas religiosas da Visitação. Um dia as Irmãs contam suas travessuras ao Mons. de Mazenod, fundador dos Oblatos de Maria Imaculada (canonizado em 1995), que lhes responde: "Não se inquietem, são coisas de menina; verão que um dia será a Santa Maria de Marselha". Em 1848, após vários distúrbios, o rei Luís Felipe abdica. As ruas tranquilas de Marselha, cidade cheia de recordações de São Lázaro, Santa Marta e Santa Maria Madalena, foram invadidas pelo ódio revolucionário. Maria tinha apenas 7 anos. Aproveitando-se da distracção momentânea dos adultos, sai de casa para ver de perto o que está acontecendo. Chega até as barricadas feitas pelos soldados.
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Santa Anne Line, mártir inglesa – 27 de fevereiro

Desde a instauração do anglicanismo pelo rei Henrique VIII, em 1531, os países da Comunidade Britânica viviam dias difíceis. Os católicos eram perseguidos, os sacerdotes ou eram expatriados ou condenados à morte. Muitos retornavam clandestinamente a Inglaterra para dar assistência religiosa aos leigos e corriam o risco de serem presos e condenados. Vários mosteiros e igrejas foram queimados. Foram anos de intensa perseguição e muitos foram os mártires da Fé católica, leigos e eclesiásticos. Tal situação perdurou ainda pelo século XVII.
     Ana viveu nesta época. Ela nasceu no ano de 1567 em Dunmow, no Condado de Essex, segunda filha de William Heigham de Dunmow, e de Anne Alien. Ana havia se convertido ao catolicismo junto com seu irmão William. Depois de tentar sem sucesso fazê-la apostatar, o pai, um abastado e rigoroso calvinista, deserdou-a e ao irmão, e expulsou-os de casa.
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GABRIEL DE N. S. DAS DORES Seminarista passionista, Santo 1838-1862

Gabriel de Nossa Senhora das Dores, a quem Leão XIII chamava o São Luís Gonzaga de nossos dias, nasceu em Assis a 1 de Março de 1838, filho de Sante Possenti di Terni e Inês Frisciotti. No mesmo dia que viu a luz do mundo, recebeu a graça do baptismo, na mesma pia, em que foi baptizado o grande patriarca S. Francisco, na Igreja de S. Rufino. O pai do Santo, já com vinte e dois anos era governador da cidade de Urbânia, cargo que sucessivamente veio a ocupar em S. Ginésio, Corinaldo, Cingoli e Assis. Como um dos magistrados dos Estados Pontifícios, gozava de grande estima do Papa Pio IX e Leão XIII honrava-o com sua sincera amizade. A mãe era de nobre família de Civitanova d’Ancona. Estes dois cônjuges apresentavam modelos de esposos cristãos, vivendo no santo temor de Deus, unidos no vínculo de respeito e amor fidelíssimo, que só a morte era capaz de solver. Deus abençoou esta santa união com treze filhos, dos quais Gabriel era o undécimo. Este, no baptismo recebeu nome de Francisco, em homenagem a seu avô e ao Seráfico de Assis.
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GREGÓRIO DE NAREK Religioso, Santo ca. 951-1003

S. Gregório de Narek nasceu provavelmente em 951, no seio de uma família toda ela entregue ao serviço da Igreja da Arménia. Seu pai, o Bispo Khosrow escreveu diversos livros sobre teologia. Seu tio materno dirigiu durante anos o Mosteiro de Narek, situado a sul do lago de Van. Ali também Gregório irá passar a maior parte da sua vida, onde também ensinou e onde morreu, por volta de 1003. Foi teólogo, poeta e filósofo. Pelo fim da sua vida, este grande místico escreveu em língua arménia clássica um poema intitulado Livro das Lamentações, obra-prima da poesia arménia medieval. Para o fazer, o mestre tinha ido buscar a língua litúrgica e deu-lhe uma nova forma, remodelada e simplificada. Redigiu também odes a Maria, cânticos e panegíricos. A sua influência marcou os mais importantes poetas da literatura arménia e a sua obra é considerada um dos cumes da literatura universal.

LEANDRO DE SEVILHA Bispo, Santo + 600

Nasceu em Cartagena este grande Bispo da Espanha, defensor impertérito dos interesses da Igreja. Como ele, foram canonizados seus irmãos Fulgêncio e Isidoro e sua irmã Florentina. Já na mocidade gozava Leandro S. Leandro de Sevilha, Bispofama de grande sábio. Este renome ainda cresceu com a entrada para a Ordem de S. Bento, em Hispalis. Cumpridor consciencioso de todos os deveres, em pouco tempo Leandro se tornou modelo de religioso perfeito. Morto o Bispo de Sevilha, foi ele eleito sucessor do mesmo. Reinava naquele tempo Leovegildo, fautor e protector da seita ariana, e inimigo dos católicos. Foi sempre a maior diligência de S. Leandro confirmar na fé os católicos e chamar os hereges ao aprisco do Bom Pastor. Grande consolação trouxe-lhe a conversão do príncipe real mais velho, Hermenegildo, que mais tarde, em testemunho da fé, sofreu o martírio.
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 27 DE FEVEREIRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém.
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
27 – Quarta-feira – Santos: Leandro de Sevilha, Valdomiro, Besas
Evangelho (Mc 9,38-40) “João disse-lhe: ─ Mestre, vimos alguém, que não nos segue, expulsar demônios em teu nome, e lho proibimos.”
Jesus chama nossa atenção para um perigo. O de pensar que somente nós, os de nosso movimento, de nossa comunidade, de nossa Igreja é que temos toda a verdade e todos os dons. E que, portanto, somente nós podemos fazer o bem e servir à salvação da humanidade. O Espírito de Cristo pode agir também sobre os outros, e usá-los como ministros da graça divina para a salvação de todos.
Oração
Senhor, não permitais que eu faça do evangelho uma riqueza somente minha, como se só eu fosse legítimo seguidor vosso. Ajudai-me a perceber que o evangelho é vivido também por outros que não são de meu grupo, que eles também são trabalhados pela vossa graça. Que eu saiba perceber vosso poder de salvação também entre os que não são cristãos, pois quereis salvar a todos. Amém.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

BURLANDO OS POLICIAIS

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
REDENTORISTA
Mais uma escapada estratégica do Padre Miguel Pró, quando perseguido pela revolução comunista do México, em 1927. Era de tardezinha. Dois agentes policiais estavam seguindo o rastro do corajoso sacerdote. Iam quase alcançá-lo, em plena rua, quando o padre percebeu. Não havia por onde escapar. A situação era desesperadora. Olhou para todas as direções e arriscou mudar de rumo, desse onde desse. Foi quando avistou uma senhora católica, sua conhecida. Deu uma piscada de olho, que ela logo entendeu: Ele corria perigo. Ela estendeu-lhe o braço e continuaram caminhando como dois namorados. Os policiais chegaram disfarçadamente onde tinham visto o padre. Olharam ao redor e não viram ninguém. O desapontamento se desenhou no semblante deles. Será que o pássaro escapou de novo da mira do caçador?... Viram apenas um casal feliz passeando de braços dados e conversando descontraidamente. Os policiais, frustrados, não tinham nada mais a fazer, se não voltar para a caserna. Mais uma vez o Padre Pró, com sua presença de espírito, conseguira achar uma saída estratégica. Falando do Padre Pró, lembramo-nos de um pequeno herói desse tempo: João Sanches, menino de uns doze anos, foi preso porque distribuía folhetos católicos. Não quis gritar “Viva Calles” (ditador) e foi cortado em pedacinhos.
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Beato Miguel Agustín Pro
(desenho moderno)

REFLETINDO A PALAVRA - “Quaresma da Misericórdia”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
51 ANOS CONSAGRADO
43 ANOS SACERDOTE
1690. Um caminho espiritual 
Papa Francisco não faz somente uma explicação de um assunto importante, mas escreve aquilo que ele vive. Ele é um pastor do povo de Deus. Como pastor instituiu o Ano Santo da Misericórdia. Na Bula de proclamação do Jubileu, fez o convite para que «a Quaresma deste Ano Jubilar seja vivida mais intensamente como tempo forte para celebrar e experimentar a misericórdia de Deus» (Misericordiӕ Vultus, 17). Deseja uma Quaresma propícia para celebrar e experimentar a Misericórdia, como diz. Assim teremos um caminho espiritual para preparar a Páscoa e é a finalidade da Quaresma. A primeira indicação que Papa Francisco dá é a escuta da Palavra. Sabemos que nesse tempo há uma grande riqueza de textos para nosso ensinamento e vivência. Mesmo que não participemos da Celebração Eucarística, podemos buscar esses textos nas indicações que aparecem em tantas folhinhas e agendas. Sua reflexão começa por Maria: “Maria, por ter acolhido a Boa Notícia que lhe fora dada pelo arcanjo Gabriel, canta profeticamente no Magnificat, a misericórdia com que Deus a predestinou. Desse modo a Virgem de Nazaré torna-se o ícone perfeito da Igreja que evangeliza porque foi e continua a ser evangelizada por obra do Espírito Santo que fecundou seu ventre virginal. Com efeito, na tradição profética, a misericórdia aparece ligada com as entranhas maternas (rahamim) e com uma bondade generosa, fiel e compassiva (hesed) que se vive no âmbito das relações conjugais e parentais”. 
1690. Aliança, uma história de misericórdia 
Na história do povo de Deus encontramos como que um estribilho: Deus foi bom, o povo pecou, sofreu o castigo do pecado. Deus sempre perdoou porque tem “entranhas de misericórdia”. Diz mesmo que não é como nós. Por que sempre perdoa? Porque é como uma mãe que sente no seio a comoção pelos filhos sofredores, mesmo tendo errado, mesmo sendo culpados. Mãe é mãe. Deus tem sentimentos de mãe, como diz o profeta. Deus está sempre presente no sofrimento como uma mãe que segue o filho. Com Jesus continua a misericórdia de Deus: “Este drama de amor alcança o seu ápice no Filho feito homem. N’Ele, Deus derrama a sua misericórdia sem limites até ao ponto de fazer d’Ele a Misericórdia encarnada” (Misericordiӕ Vultus, 8). Este modo de ser de Deus no Antigo Testamento, Jesus o continua em o Novo Testamento. Continua no anúncio que a Igreja faz através de seus membros. É o coração do povo de Deus que deve ser curado pela misericórdia. 
1690. Obras de misericórdia 
“A misericórdia de Deus transforma o coração do homem e o faz experimentar um amor fiel, capacitando-o através da misericórdia. É um milagre sempre novo que a misericórdia divina possa irradiar-se na vida de cada um de nós, estimulando-nos ao amor ao próximo e animando aquilo que a tradição da Igreja chama de obras de misericórdia corporal e espiritual”, afirma o Papa. Trata-se de ajudar o próximo nas necessidades espirituais e corporais. É do Cristo sofredor presente nos necessitados que cuidamos. Na verdade cuidamos de nós mesmos quando cuidamos do próximo, pois somos um só corpo em Cristo. O cuidado espiritual ajudará na formação e prática religiosa. Somos responsáveis também pelos poderosos que provocam o mal no mundo para que se convertam e assim se destruam as fontes do pecado. A descoberta de Jesus na fé não é som um caminho para Deus, mas um caminho ao próximo que prova que buscamos Deus.

EVANGELHO DO DIA 26 DE FEVEREIRO

Evangelho segundo São Marcos 9,30-37.
Naquele tempo, Jesus e os seus discípulos caminhavam através da Galileia. Jesus não queria que ninguém o soubesse; porque ensinava os discípulos, dizendo-lhes: «O Filho do homem vai ser entregue às mãos dos homens, que vão matá-l’O; mas Ele, três dias depois de morto, ressuscitará». Os discípulos não compreendiam aquelas palavras e tinham medo de O interrogar. Quando chegaram a Cafarnaum e já estavam em casa, Jesus perguntou-lhes: «Que discutíeis no caminho?». Eles ficaram calados, porque tinham discutido uns com os outros sobre qual deles era o maior. Então, Jesus sentou-Se, chamou os Doze e disse-lhes: «Quem quiser ser o primeiro será o último de todos e o servo de todos». E, tomando uma criança, colocou-a no meio deles, abraçou-a e disse-lhes: «Quem receber uma destas crianças em meu nome é a Mim que recebe; e quem Me receber não Me recebe a Mim, mas Àquele que Me enviou». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Gregório de Nazianzo (330-390) 
bispo, doutor da Igreja 
Homilia para a Páscoa; PG 36, 624 
«O último de todos e o servo de todos» 
Responde àqueles a quem os estigmas da Paixão no corpo de Cristo mergulham na incerteza, e que colocam esta pergunta: «Quem é esse rei glorioso?» (cf Sl 24,8) Responde-lhes que é Cristo, «forte e poderoso» (ibid) em tudo o que fez e continua a fazer. […] De facto, achas pouco que Ele Se tenha feito humilde por tua causa? Acha-l'O desprezível pelo facto de, sendo Bom Pastor, ter oferecido a vida pelo seu rebanho, ter vindo procurar a ovelha perdida e, tendo-a encontrado, a ter levado aos ombros, esses ombros que levaram a cruz por ela, e, tendo-a conduzido à vida do alto, a ter colocado entre as ovelhas fiéis que tinham ficado no redil? (cf Jo 10,11; Lc 15,4) Despreza-l'O por ter acendido uma lâmpada, a sua própria carne, e ter varrido a sua casa, purificando o mundo do pecado, para procurar a dracma perdida, perdendo a beleza da sua efígie real por causa da sua Paixão? (Lc 15,8s; Mc 12,16) […] Considera-l'O menos por Se ter cingido com uma toalha para lavar os pés aos discípulos, mostrando-lhes que o modo mais seguro de se elevarem é humilhando-se? (Jo 13,4s) Causas um desgosto a Deus por Cristo Se humilhar, inclinando a sua alma para a terra, para elevar com Ele os que estão vergados sob o peso do pecado? (Mt 11,28) Censuras-Lhe ter comido com os publicanos e com os pecadores […] para sua salvação? (Mt 9,10) Como podes pôr em causa um médico que Se debruça sobre os sofrimentos e as feridas dos doentes para os curar?

26 DE FEVEREIRO – SEUS PREFERIDOS ERAM OS DESVALIDOS

São Porfírio (353-420) nasceu na Grécia, mas tinha sangue de cigano. Viveu cinco anos no Egito como ermitão penitente. Passou outros cinco anos na Palestina, recolhido numa gruta perto do rio Jordão. Ficou doente, provavelmente em conseqüência das muitas privações, e foi tratar-se em Jerusalém. Lá ficou conhecendo um rapaz de nome Marcos que tornou-se o seu discípulo e amigo. Mais tarde o enviou a Tessalônica, sua terra natal, para vender os bens que ainda possuía naquela cidade e trazer o dinheiro que seria distribuído entre os pobres. Depois de trabalhar 40 anos num curtume, foi ordenado sacerdote e chegou a ser nomeado bispo de Gaza. Porfírio exerceu grande influência religiosa e política. O que mais lhe valeu, foi sua generosidade com os desvalidos e desprezados da sociedade.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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Beata Michela Ranzi de Vercelli, Agostiniana – 26 de fevereiro

Basílica de Santo André em Vercelli, Itália

     A Beata Michela Ranzi de Vercelli é uma agostiniana que viveu no século XV. Sabemos que pertencia à família Ranzi, uma família que tinha dado à luz os Beatos Cândido e Demóstenes João, Franciscanos, e as Beatas Isabel e Ângela Bartolomea, também agostinianas.
    Sobre a Beata Michela, só sabemos que em 1485 foi eleita priora do mosteiro de Santa Maria das Graças ou da Visitação de Vercelli. O mosteiro, que já existia na segunda metade do século XV, abrigara uma comunidade de Clarissas antes de se tornar um cenáculo agostiniano, que manteve sua fisionomia até 1641.
     Em alguns textos, esta beata era lembrada da seguinte maneira: "famosa pela pureza de costume e pela discrição de espírito, amada em sua pátria, admirada por suas coirmãs, elogiada pelos escritores. Seus restos permanecem terra preciosa".
     Aconselhado pela Beata, o Beato Cândido Ranzi se retirava no Sagrado Monte de Varallo para dedicar-se periodicamente à oração e à solidão.
     No texto de Aldo Ponso: "Dois mil anos de santidade no Piemonte e no Vale d’Aosta", é relatado que ela morreu em 1493.
     A Beata Michela Ranzi de Vercelli é comemorada no dia 26 de fevereiro.

Praça Cavour, Vercelli, Itália

PIEDADE DA CRUZ ORTIZ REAL Religiosa, Fundadora, Beata (1842-1916)

Nasceu em Bocairente, Valência (Espanha), no dia 12 de Novembro de 1842, sendo baptizada no dia seguinte com o nome de Tomasa. Recebeu a Primeira Comunhão aos dez anos, sacramento que despertou nela o desejo de pertencer do Senhor e viver para Ele. Completou a sua formação humana e espiritual no Colégio de Loreto, pedindo sucessivamente para ingressar no noviciado desse Instituto, mas seu pai, considerando a situação política da época e a pouca idade da menina, obrigou-a a voltar para a casa. Esta etapa da sua vida em Bocairente foi caracterizada por três aspectos: o espírito de piedade e de oração, a sua dedicação a fazer o bem às crianças pobres, aos idosos e aos doentes e o empenho em dar uma resposta àquilo que sentira no seu íntimo no dia da Primeira Comunhão. Tomasa, então, pensou que podia realizar o sonho da sua vida: consagrar-se ao Senhor num convento de Carmelitas de clausura em Valência.
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