sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

Nicolau de Mira Bispo, Santo século III

Venerado, amado e muito querido 
por todos os cristãos 
do Ocidente e do Oriente.
Nicolau é também conhecido por Santo Nicolau de Mira e de Bari. Venerado, amado e muito querido por todos os cristãos do Ocidente e do Oriente. Sem dúvida alguma é o Santo mais popular da Igreja. Ele é Padroeiro da Rússia, de Moscou, da Grécia, de Lorena na França, de Mira na Turquia e de Bari na Itália, das crianças, das moças solteiras, dos marinheiros, dos cativos e dos lojistas. Por tudo isso, os dados de sua vida se misturam às tradições seculares do cristianismo. Filho de nobres, Nicolau nasceu na cidade de Patara, na Ásia Menor, na metade do século III, provavelmente no ano 250. Foi consagrado Bispo de Mira, actual Turquia, quando ainda era muito jovem e desenvolveu seu apostolado também na Palestina e no Egipto. Mais tarde, durante as perseguições do imperador Diocleciano foi aprisionado até a época em que foi decretado o Edito de Constantino sendo finalmente libertado. Segundo alguns historiadores, o Bispo Nicolau esteve presente no primeiro Concílio, em Nicéia, no ano 325. Foi venerado como Santo ainda em vida, tal era a fama de taumaturgo que gozava entre o povo cristão da Ásia. Morreu no dia 06 de dezembro de 326, em Mira. Imediatamente o local da sepultura se tornou meta de intensa peregrinação. O seu culto se difundiu antes na Ásia, e o local do seu túmulo, fora da área central de Mira, se tornou meta de peregrinação. O documento mais antigo sobre ele foi escrito por Metódio, Bispo de Constantinopla, que no ano de 842, relatou todos os milagres atribuídos a Santo Nicolau de Mira. Depois, mais de sete séculos passados da sua morte, “Nicolau de Mira” se tornou “Nicolau de Bari”. Em 1087, a cidade Bari, em Puglia na Itália sofria a subjugação dos normandos. E Mira já estava sob domínio dos turcos muçulmanos. Setenta marinheiros italianos desembarcaram nessa cidade e se apoderaram das suas relíquias mortais e as transferiam para Bari. O corpo de Santo Nicolau foi acolhido triunfalmente pela população de Bari, que o elegeu seu padroeiro celestial. E ele não decepcionou, por sua intercessão os prodígios e milagres ocorriam com grande frequência. O seu culto se propagou em toda a Europa. Então a sua festa no dia 06 de dezembro foi confirmada pela Igreja. A tradição diz que os pais de Nicolau eram nobres, muito ricos e extremamente religiosos. Que era uma criança com inclinação à virtuosidade espiritual, pois nas quartas e nas sextas-feiras rejeitava o leite materno, ou seja, já praticava jejum voluntário. Quando jovem desprezava os divertimentos e vaidades, preferindo frequentar a Igreja. Costumava fazer doações anónimas em moedas de ouro, roupas e comida às viúvas e aos pobres. Dizem que Nicolau colocava os presentes das crianças em sacos e os jogava dentro das chaminés à noite, para serem encontrados por elas pela manhã. Dessa tradição que veio a sua fama de amigo das crianças. Mais tarde, ele foi incluída nos rituais natalinos no dia 25 de dezembro, ligando Nicolau ao nascimento do Menino Jesus. Mais tarde quando já era Bispo, um pai não tendo o dinheiro para constituir o dote de suas três filhas e poder bem casa-las, havia decidido manda-las à prostituição. Nicolau tomou conhecimento dessa intenção, encheu três saquinhos com moedas de ouro com o dote de cada uma das jovens, para salvar-lhes a pureza. Durante três noites seguidas, foi à porta da casa daquele pai, onde deixava o dote para uma delas. Existem muitas tradições e também lendas populares que se criaram em torno deste Santo, tão singelo e singular. A sua figura bondosa e caridosa, símbolo da fraternidade cristã mantém-se viva e impressa na memória de toda a cristandade. Agora também na da humanidade toda porque perpetuada através dos comerciantes nas vestes de Papai Noel nos países latinos, de Nikolaus na Alemanha e de Santa Claus nos países anglo-saxãos. Mesmo sob falsas vestes Santo Nicolau nos exemplifica e recorda o seu grande amor às crianças e aos pobres e da alegria em poder servi-los em nome de Deus.
Uma vida obediente Nicolau nasceu em Patara, uma cidadezinha marítima da Lícia, na Turquia meridional, no III século d.C., em uma família rica, que o educou ao cristianismo. A sua vida, desde a sua juventude, foi marcada pela obediência. Ao tornar-se órfão, ainda muito jovem, de pai e mãe, Nicolau, recordando a passagem evangélica do “Jovem Rico”, empregou toda a riqueza paterna à assistência dos necessitados, enfermos e pobres. Foi nomeado Bispo de Mira e, sob o império de Diocleciano, foi exilado e preso. Depois da sua libertação, em 325, participou do Concílio de Niceia e faleceu em Mira em 343. Foram muitos os episódios transmitidos sobre Nicolau e todos dão testemunho de uma vida ao serviço dos mais fracos, pequeninos e indefesos.
Defensor dos fracos 
Uma das histórias mais antigas, transmitidas sobre a vida de São Nicolau, diz respeito a um seu vizinho de casa, que tinha três filhas, já na idade de se casar, mas não tinham dinheiro suficiente para comprar o dote. Para livrá-las da prostituição, certa noite, Nicolau colocou dinheiro em um pano e o jogou pela janela da casa do vizinho e saiu correndo para não ser visto. Graças àquele presente, a primogênita do vizinho conseguiu se casar. O generoso benfeitor repetiu aquele gesto, outras duas vezes, mas, na terceira noite, o pai das moças saiu rápido de casa para saber quem era aquele benfeitor. Mas o Santo lhe pediu para não dizer nada a ninguém. Outra história diz respeito a três jovens estudantes de teologia a caminho para Atenas. O dono da hospedaria, onde os jovens tinham parado para passar a noite, os roubou e os matou, escondendo os seus corpos em uma pipa. O Bispo Nicolau, que também viajava para Atenas, parou na mesma hospedaria e, enquanto dormia, teve uma visão sobre o crime cometido pelo dono. Então, recolhendo-se em oração, São Nicolau deu novamente a vida aos três estudantes e obteve a conversão do dono malvado. Este episódio, como o da libertação misteriosa de Basílio, - um rapaz sequestrado por piratas e vendido como doméstico a um emir, o qual, segundo a lenda, reapareceu, misteriosamente, na casa dos seus pais, com cetro de ouro do soberano estrangeiro – contribuíram para difundir a fama de Nicolau como padroeiro das crianças e dos jovens. 
Protetor dos navegantes 
Durante os anos da sua juventude, Nicolau embarcou para ir em peregrinação à Terra Santa. Passando pelos mesmos caminhos percorridos por Jesus, Nicolau rezou para poder fazer a mesma experiência, mais profunda e solidária, da vida e dos sofrimentos de Jesus. No caminho de retorno, ocorreu uma tremenda tempestade e o navio arriscava naufragar. Nicolau pôs-se, discretamente, em oração e o vento e as ondas, de repente, se acalmaram para o estupor dos marinheiros, que temiam naufragar. 
São Nicolau de Bari 
Depois da morte de São Nicolau, seu túmulo em Mira tornou logo meta de peregrinação; as suas relíquias foram consideradas milagrosas, por causa de um misterioso líquido, chamado maná de São Nicolau, que saía de dentro. Quando, no século XI, Lícia foi tomada pelos Turcos, os venezianos procuraram apoderar-se, mas foram precedidos pelos habitantes de Bari. Assim, levaram suas relíquias para a Apúlia, em 1087. Dois anos depois, foi concluída a cripta da nova igreja, desejada pelo povo de Bari, no lugar onde surgia o palácio do “catapano” bizantino. O papa Urbano II, escoltado pelos cavaleiros normandos, senhores da Apúlia, colocou as relíquias do Santo sob o altar, onde se encontram ainda hoje. A translação das relíquias de São Nicolau teve um impacto extraordinário em toda a Europa. Na Idade Média, seu santuário na Apúlia tornou-se uma importante meta de peregrinações, com o consequente resultado da difusão do culto de São Nicolau de Bari e não com o nome de São Nicolau de Mira. 
Santa Klaus 
Nos Países Baixos, em geral, nos territórios germânicos, a festa invernal de São Nicolau (em holandês “Sint Nikolaas” e depois “Sinteklaas”) e, de modo particular, a sua proteção das crianças, deram origem à tradição infantil da espera de presentes: nas vésperas da festa do Santo, as crianças deixam sapatos ou meias sobre uma cadeira ou ao lado da lareira e vão dormir, confiantes de encontra-los no dia seguinte cheios de doces e presentes.

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