Evangelho segundo São Mateus 7,21.24-27.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Nem todo aquele que Me diz "Senhor, Senhor" entrará no Reino dos Céus, mas só aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos Céus.
Todo aquele que ouve as minhas palavras e as põe em prática é como o homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha.
Caiu a chuva, vieram as torrentes e sopraram os ventos contra aquela casa; mas ela não caiu, porque estava fundada sobre a rocha.
Mas todo aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é como o homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia.
Caiu a chuva, vieram as torrentes e sopraram os ventos contra aquela casa; ela desmoronou-se e foi grande a sua ruína».
Tradução litúrgica da Bíblia
Abade(1858-1923)
A humildade
Elevados pela humildade
Quanto mais queremos aproximar-nos de Deus, mais precisamos de nos ancorar na humildade.
Santo Agostinho mostra-nos muito bem que assim é através de uma comparação conhecida: «A meta que visamos é muito alta; pois é a Deus que procuramos, que queremos alcançar, já que só nele está a nossa bem-aventurança eterna. Ora, só podemos atingir esta meta tão elevada através da humildade. Queres subir? Começa por te rebaixar. Sonhas em construir um edifício que se eleve até aos céus? Cuida primeiro de lançar os alicerces com humildade». E quanto mais elevado for o edifício, acrescenta o Santo Doutor, mais fundos devem ser os fundamentos. Tanto mais que o solo da nossa pobre natureza é singularmente movediço e instável. Ora, a que altura aspira este edifício espiritual? À visão de Deus. Vede, pois, exclama ele, «a que grau de sublimidade se há de elevar este edifício, que meta sublime devemos alcançar; mas não esqueçais que só lá chegareis através da humildade» (Sermão 10, Verbis Domini).
É fácil compreender, pois, por que razão São Bento, que não nos dá outro objetivo que não seja «encontrar a Deus», funda a vida espiritual na humildade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário