segunda-feira, 31 de julho de 2023

REFLETINDO A PALAVRA - “Ricos diante de Deus”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Construindo celeiros
 
Jesus orientava seus discípulos a partir das situações concretas em que se encontravam. Um homem lhe pede: “Mestre, dize ao meu irmão que reparta comigo a herança” (Lc 12,13). As questões de herança são foco de muita dificuldade e inimizade nas famílias. Nunca a gente vê filhos brigando para dividir as preciosas heranças que seus pais deixaram com o testemunho de vida e ensinamentos. Então Jesus tem razão em dizer: “A vida do homem não consiste na abundância de bens” (15). Jesus, que é a vida plena, e é rico em misericórdia, insiste no perigo não dos bens, mas da ganância. Ensina o equilíbrio da vida entre os bens materiais e o verdadeiro valor da vida. Ele tem um ensinamento muito claro sobre a riqueza e pobreza: “Felizes os pobres de Espírito, porque deles é o Reino dos Deus” (Lc 6,10); Diz também que dificilmente um rico entrará no Reino de Deus” (Lc 18,24); Lucas coloca o mesmo pensamento nos lábios de Maria: “Cumulou de bens os famintos e despediu os ricos de mãos vazias” (Lc 1,53). Jesus não condena a riqueza mas o uso com ganância e a absolutização dos bens materiais. O dinheirinho é bem inocente, nós não o somos tanto. Jesus conta então a parábola do homem que teve colheita boa, aumentou os depósitos. Até aí tudo bem. E depois diz a si mesmo: “Tens uma reserva para muitos anos. Descansa, come, bebe e aproveita!”. A vida traz muita surpresa: “Deus lhe diz: “Louco! Ainda nesta noite pedirão conta de tua vida. E para quem ficará o que tu acumulaste?” (19-21). Ele se esqueceu do sentido de todos os bens: é ser rico para Deus. A ganância que quer sempre mais para ter mais, não condiz com o ensinamento de Jesus que nos quer felizes. É preciso administrar bem nossa vida. 
Coisas do alto 
O Senhor quer que tenhamos a vida voltada para os bens que duram para sempre. Não significa desprezar os bens terrenos, mas com eles adquirir os bens eternos. Tudo passa como um sonho, pois somos pó (Sl 89). Jesus diz: “Onde estiver vosso tesouro, aí estará o vosso coração”. Por isso Paulo nos estimula: Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto... aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres. Podemos fazer a ligação entre riqueza e morte com pobreza e bens celestes. A vida de ressuscitados inclui a superação dos vícios que são frutos de riquezas mal administradas: “Fazei morrer o que pertence à terra: imoralidade, impureza, paixão, maus desejos e a cobiça” (Cl 3,5). Isto é “revestir-se do homem novo que se renova segundo a imagem do seu Criador” (9). Isso é ser rico diante de Deus. 
O Senhor é um refúgio 
A liturgia é um momento de oração em que buscamos luzes e graças espirituais para viver o que nos foi ensinado. Sabendo que somos pó, que “nossos dias passam como um sono da manhã” e que nossa vida é como a flor do campo que se seca facilmente, o salmo 89 nos leva a rezar: “Ensinai-nos a bem contar nossos dias e dai ao nosso coração sabedoria”. Deus nos ajuda com sua graça na procura do bem viver na fragilidade e na riqueza da vida, por isso rezamos: “Saciai-nos de manhã com vosso amor, e exultaremos o dia todo. Que a bondade do Senhor repouse sobre nós e nos conduza. Tornai fecundo, Senhor, nosso trabalho”. Não sejamos loucos, mas benditos! 
Leituras:Eclesiastes 1,2;2,21-23; 
Salmos 89,36.1214.17; 
Colossenses 3,1-5.9-11;Lucas 12,13-21 
1. Jesus orienta-nos sobre o valor dos bens materiais. A vida não consiste na abundância de bens. Jesus não condena os bens materiais, mas a ganância. Jesus ensina o equilíbrio entre os bens e o valor mais amplo da vida. Jesus conta a parábola do homem que tivera uma grande colheita, para ensinar que os bens servem, mas não são o tudo. Não é mau ser rico. É preciso ser rico para Deus. 
2. Os bens servem para adquirir os bens eternos. Tudo passa. Onde estiver nosso tesouro, aí estará nosso coração. Paulo estimula a buscar as coisas do alto, porque ressuscitamos com Cristo. A vida de ressuscitados inclui a superação dos vícios que são resultados da riqueza mal administrada. É preciso revestir-se de Cristo e assim ser rico para Deus. 
3. A liturgia é o momento de oração em que buscamos luzes e graças para viver o que foi ensinado. Conhecendo a fragilidade de nossa vida, pedimos para Ele que nos ensine e bem contar nossos dias e que nos sacie com seu amor. Que sua bondade repouse sobre nós. 
Os pés do pavão 
Jesus contou uma parábola a um que estava pedindo ajuda para uma questão de herança. Para isso há quem cuide, responde. Jesus chama a atenção para se tomar cuidado com a ganância dos bens terrenos que levam à vaidade. O livro do Eclesiastes contrasta com a idéia de que a riqueza é sinal de bênção de Deus. Vejam os pedidos que se fazem aos santos e a pregação em outras igrejas. A riqueza é vazia e tem um fim, como explica Jesus. A vaidade da riqueza é como o pavão: Bonito, mas com pés feios. Jesus não condena o homem por ter tido uma boa colheita, mas por ser ignorante e não amontoar tesouros para o céu. Caixão não tem gaveta. A única gaveta que podemos encher e levar é o bem que fazemos aos outros com os bens que possuímos. É preciso entesourar -separa o céu. Jesus chama este rico de sem inteligência pois não investe no que dura para sempre. Tudo é bom, tudo concorre para a vida eterna, desde que usados com a inteligência espiritual. São Paulo diz que fomos ressuscitados com Cristo. Esta é a maior riqueza. Por isso: “Buscai as coisas do alto”. E continua: “Já vos despojastes do homem velho e de sua maneira de agir e vos revestistes do homem novo que se renova segundo a imagem de Jesus Cristo...” Rezamos: “Fazei morrer o que em nós pertence à terra” (Cl 3,5). Não é moralismo, é moral, quer dizer, um bom modo de viver porque já estamos ressuscitados. 
Homilia do 18º Domingo Comum (01.08.2010)

EVANGELHO DO DIA 31 DE JULHO

Evangelho segundo São Mateus 13,31-35. 
Naquele tempo, Jesus disse ainda à multidão a seguinte parábola: «O Reino dos Céus pode comparar-se ao grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo. Sendo a menor de todas as sementes, depois de crescer, é a maior de todas as plantas da horta e torna-se árvore, de modo que as aves do céu vêm abrigar-se nos seus ramos». Disse-lhes outra parábola: «O Reino dos Céus pode comparar-se ao fermento que uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado». Tudo isto disse Jesus em parábolas, e sem parábolas nada lhes dizia, a fim de se cumprir o que fora anunciado pelo profeta, que disse: «Abrirei a minha boca em parábolas, proclamarei verdades ocultas desde a criação do mundo». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Homilia atribuída a São Macário(390) 
Monge do Egipto 
Homilia n.° 24 
«Até ficar tudo levedado» 
Depois da transgressão de Adão, os pensamentos da alma dispersaram-se, afastando-se do amor de Deus na direção do mundo presente, e misturaram-se com pensamentos materiais e terrenos. Com a sua transgressão, Adão recebeu em si o fermento das más tendências, e todos os que dele nasceram e toda a raça de Adão receberam também uma parte desse fermento. Seguidamente, as disposições más cresceram e desenvolveram-se entre os homens, a ponto de eles praticarem todo o tipo de desordens. Finalmente, o fermento da malícia penetrou em toda a humanidade. De maneira análoga, durante a sua estada na Terra, o Senhor quis sofrer por todos os homens, resgatando-os com o seu próprio sangue e introduzindo o fermento celeste da sua bondade nas almas crentes, humilhadas pelo jugo do pecado; quis completar nelas a justiça dos preceitos e todas as virtudes, de maneira que, ao penetrar nelas este fermento, fiquem unidas no bem e formem com o Senhor «um só Espírito», segundo as palavras de Paulo (1Cor 6,17). A alma que é totalmente penetrada pelo fermento do Espírito Santo já nem pode ter a ideia do mal e da malícia, como está escrito: «O amor não se irrita nem guarda ressentimento» (1Cor 13,5). Sem este fermento celeste, ou, por outras palavras, sem a força do Espírito Santo, a alma não poderá ser amassada pela suavidade do Senhor nem alcançar a verdadeira vida.

São Fábio Mártir Porta Estandarte 31 de julho

† Cesareia da Mauritânia, 303/304
 
Emblema: Palma 
Martirológio Romano: Em Cesárea da Mauritânia, na atual Argélia, São Fábio, mártir, que, recusando-se a levar a bandeira do governador à assembléia geral da província, foi primeiro lançado na prisão e, continuando a se declarar cristão, foi então condenado à morte pelo juiz. 
O mártir São Fábio, o Porta-estandarte, é hoje o único santo com este nome a aparecer no calendário católico oficial, o Martyrologium Romanum. Refazendo as escassas informações sobre sua vida terrena é fácil compreender a origem do estranho nome que lhe foi dado. Na primeira parte da sua "passio" são narrados a confissão, o julgamento e o martírio, história que parece dar garantia suficiente de veracidade, enquanto a parte conclusiva, muito imaginativa, constitui apenas uma evidente tentativa de justificar a posse das relíquias do santo pela cidade de Cartanna. Por volta de 303 ou 304, enquanto grassava a perseguição anticristã convocada pelo imperador Diocleciano, o principal romano da Mauritânia convocou uma assembléia em Cesaréia e para esta ocasião teria sido realizada na qual Fábio havia sido comissionado para levar a bandeira do governador.

Santos Demócrito, Segundo e Dionísio Mártires 31 de julho

Martirológio Romano:
Em Sinnada, na Frígia, na atual Turquia, os santos mártires Demócrito, Segundo e Dionísio. 
Santos DEMOCRITUS, SEGUNDO e DIONIGIS, mártires 
Em 31 de julho, o Martirológio Geronimiano coloca o martírio desses santos em Sinade na Frígia, que também são lembrados em 30 de julho pelo Martirológio siríaco do século. IV, que, chamando-os de antigos mártires, deixa claro que seu martírio ocorreu antes da perseguição de Diocleciano. 
Autor: Pietro Bertocchi 
Fonte: Bibliotheca Sanctorum

Santo Afonso Rodrigues RELIGIOSO LEIGO, +1617

Diante da "galeria" de santos da Companhia de Jesus, voltamos o nosso olhar, talvez, para o mais simples e humilde dos irmãos, Santo Afonso Rodrigues. Natural de Segóvia na Espanha, veio à luz aos 25 de julho de 1532. Pertencente a uma família cristã, teve de interromper os seus estudos na instrução primária, pois, com a morte do pai, assumiu os compromissos do negócio da família. Casou-se com Maria Soares, a quem amou tanto quanto aos dois filhos. Infelizmente, todos faleceram precocemente. Entrando em crise espiritual, Afonso entregou-se à oração e à penitência e, dirigido por um sacerdote, descobriu o seu chamamento a ser irmão religioso. Foi recebido na Companhia de Jesus como irmão e, depois do noviciado, foi enviado para um colégio de formação. No colégio, desempenhou os ofícios de porteiro e a todos prestava vários serviços. De entre as virtudes heróicas que conquistou, na graça e no desejo de ser firme, foi a obediência a sua prova de verdadeira humildade; como simples irmão, aceitava com amor todas as ordens e desejos dos superiores, como expressão da vontade de Deus. Tinha como regra: «Agradar somente a Deus, cumprir sempre e em toda a parte a vontade divina». Místico de muitos carismas, Santo Afonso Rodrigues sofreu muito antes de, em 31 de outubro de 1617, entregar a alma a Deus.

31 de julho - Beata Afonsa Maria Eppinger

Madre Afonsa Maria Eppinger foi beatificada na França em 09 de setembro de 2018, a nova Beata é fundadora das Irmãs do Santíssimo Salvador, cujo carisma é responder às aspirações das pessoas de viver sua dignidade, na paz e na felicidade, o rito de beatificação foi presidido pelo Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, Cardeal Angelo Becciu, na Catedral de Estrasburgo, que na sua homilia fala do amor de Deus pela Beata: A beatificação de Elisabeth Eppinger, que passou a se chamar Afonsa Maria em honra de Santo Afonso de Ligório, nos mostra de maneira exemplar o que significa ser abençoado, o que significa ser abençoada. Significa tomar Jesus Cristo como uma medida de tudo, sendo chamado de abençoado por ele mesmo e, portanto, vivendo uma proximidade particular com ele, como claramente emerge de suas bem-aventuranças. Nas bem-aventuranças, o íntimo mistério de Jesus Cristo resplandece. Eles são, de acordo com as belas palavras do Papa Bento XVI em seu livro sobre Jesus de Nazaré, como "uma oculta biografia interna de Jesus, um retrato de sua figura". De maneira semelhante, Santo Agostinho expressou sua convicção de que somente Jesus realmente realizou plenamente o sermão na montanha, no centro do qual estão as bem-aventuranças. Somente nesta perspectiva cristológica o significado do discipulado no seguimento de Jesus nasce das bem-aventuranças. Elisabeth - como foi chamada no batismo - nasceu em 9 de setembro de 1814, em Niederbronn Les Bains, norte da Alsácia, na França.

31 de julho - Beato Francisco Solano Casey

Em Detroit, nos Estados Unidos de América, foi proclamado Beato Francisco Solano, sacerdote dos Frades Menores Capuchinhos. Discípulo humilde e fiel de Cristo, distinguiu-se por um serviço incansável aos pobres. Possa o seu testemunho ajudar sacerdotes, religiosos e leigos a viver com alegria o vínculo entre anúncio do Evangelho e amor pelos pobres. Papa Francisco – 21 de novembro de 2017 O Beato Francis Solano Casey alcançou a santidade aqui nos Estados Unidos, escalando diariamente os passos que levaram ao encontro com Deus através do amor pelos irmãos necessitados. Os outros, especialmente os pobres, não foram vistos como um fardo ou um obstáculo para o seu caminho de perfeição. Mas como um caminho para a luz do esplendor divino. Cardeal Angelo Amato – 19 de novembro de 2017 Bernardo Francisco Casey nasceu em 1870 em Wisconsin, numa família ascendência irlandesa que teve 16 filhos, ele era a sexta criança a vir ao mundo.

Santa Helena (Elin) de Skövde, Viúva e Mártir - Festa 31 de julho

      Mártir da primeira metade do século XII. Sua festa se celebra no dia 31 de julho.     Sua vida (Acta SS., Julio, VII, 340) é atribuída a São Brynolph, Bispo de Skara, na Suécia (+ 1317). E' chamada também de Santa Elin de Vastergotland, do nome da província sueca onde se encontra Skövde.

     Era de origem aristocrática, era filha de Jarl Guthorm. Tendo ficado viúva muito jovem, vivia piedosamente dando esmolas e contribuindo com generosidade na construção da igreja da sua cidade. As portas de sua casa estavam sempre abertas para os necessitados.
     O marido de sua filha era um homem muito cruel, e foi assassinado por seus próprios empregados. Seus familiares, desejando vingar sua morte, interrogaram os empregados, que admitiram o crime, mas afirmaram falsamente que haviam agido instigados por Helena.
     Para evitar uma vingança, Helena fez uma peregrinação a Terra Santa, permanecendo ausente quase um ano. Retornando à pátria por ocasião da festa de consagração da igreja de Gotene, foi surpreendida numa emboscada e morta pelos familiares de seu genro, no dia 31 de julho de 1160.
     Seu corpo foi levado para Skövde para ser enterrado, e muitas curas maravilhosas aconteceram por sua intercessão.
     Conta-se que na tarde de sua morte um cego, acompanhado de uma criança, passou perto do lugar do assassinato e o menino descobriu num arbusto iluminado por uma luz muito viva um dedo decepado de Helena, no qual estava um anel que ela trouxera da Terra Santa. Quando o cego curvou-se, com a ajuda do menino, pode tocar o sangue de Helena e esfregá-lo nos olhos, ficando curado.
     No local onde a Santa caiu ferida de morte, cerca de dois quilômetros de Skövde, surgiu uma fonte de água que foi chamada de Elins Kalla.

Madre Vitória da Encarnação, Clarissa baiana do séc. XVII

1a. pintura da
Madre. mandada
executar por
D Sebastião
     Há 307 anos, no dia 19 de julho de 1715, aos 54 anos, esta filha de Santa Clara de Assis faleceu em uma das celas do Convento Santa Clara do Desterro, em Salvador, o Convento feminino mais antigo do Brasil (fundado em 1677).
     Madre Vitória da Encarnação nasceu na cidade do Salvador, então capital do Brasil colonial, em 6 de março de 1661, sendo batizada no mesmo ano na antiga Sé da Bahia. Era filha do capitão de Infantaria, Bartolomeu Nabo Correia e de Luísa Bixarxe. Teve um irmão e três irmãs. Conforme escreveu Dom Sebastião Monteiro da Vide (1720), a casa desta família era um exemplo de lar cristão.
     Em 1675, quando Vitória estava com 14 anos, seu pai desejou enviá-la, juntamente com sua irmã mais velha, Maria da Conceição, para um convento nos Açores, em Portugal, porém a menina se recusou, dizendo que preferia que lhe cortassem a cabeça a ser enviada para um convento.
     Em 1677, quando foi fundado o primeiro mosteiro feminino no Brasil, o Mosteiro de Santa Clara do Desterro da Bahia, Vitória, então com 16 anos de idade, ainda dava mostras de aversão à vida religiosa, preocupando seus pais com seu comportamento.
     Vivia em Salvador, naquela época, um jesuíta de muita piedade a quem o povo venerava como santo já em vida e tinha fama de ser um profeta, o Padre João de Paiva. Foi a ele que o pai de Vitória recorreu aflito para queixar-se do comportamento de sua filha em relação à religião, pedindo ao padre que rezasse por ela. O Padre João o acalmou dizendo que a menina seria, no futuro, uma grande religiosa. Passaram-se alguns anos e Vitória começou a ter frequentes sonhos com a Mãe de Deus e seu Divino Filho. Neles, a Virgem lhe apresentava o Menino e chamava-a para a vida consagrada. Em outros momentos, via o Divino Menino a colher flores no caminho para o convento e a chamava para lá. Tais sonhos se repetiram inúmeras vezes, porém, Vitória não quis seguir o que a Virgem e o Menino pediam.

São Justino de Jacobis, Sacerdote, Missionário (+1860), 31 de Julho

 Nasceu em 9 de outubro de 1800 em San Fele, Luciana, Itália.Foi educado em Nápoles e entrou para os Vicentinos com 18 anos. Foi ordenado em 1824. Destacou-se como notável pregador, especialmente junto à população rural. Ele ajudou no processo de fundação de uma casa Vicentina em Monopoli. Mais tarde foi Superior em Lecce. Trabalhou com os doentes na epidemia de cólera de 1836/37 em Nápoles e milagrosamente não contraiu a doença.

Indicado Vigário Apostólico em  Adua, Etiópia em 1839, ele  começou um trabalho missionário na África que consumiu toda a sua vida. O povo era primeiramente composto de pagãos, islâmicos, cristãos Cópticos e estrangeiros que não recebiam bem qualquer autoridade, seja civil  ou religiosa. Justino aprendeu a língua, viveu com o povo e trabalhou para melhorar as relações da Igreja em nível local. Tentou que um dos seus monges fosse indicado pelo Vaticano com Patriarca da Igreja da Etiópia, mas não conseguiu. Retornou a Roma para consultas com o Papa, e tentou conseguir que alguns líderes religiosos etíopes  voltassem para a Etiópia com ele, mas não conseguiu.
Em 1846 voltou à Etiópia e fundou um Colégio em Guala. 

GERMANO DE AUXERRE Bispo, Santo c. 378-c. 448

Germano de Auxerre foi bispo de Auxerre na Gália. 
É um santo para a igrejas Católica e Ortodoxa, 
e seu dia é celebrado em 31 de Julho.
Germano nasceu numa família gaulesa eminente, recebeu uma boa educação na Gália e estudou direiro em Roma, onde se casou com Eustáquia. O Imperador Flávio Honório enviou-o de volta a sua terra como prefeito (praefectus, com funções administrativas e/ou militares). Na Gália tornou-se clérigo e foi professor de Patrício, futuro apóstolo da Irlanda. Em 418 foi nomeado bispo de Auxerre. Num sínodo celebrado na Gália em 429, Germano foi encarregado de viajar à Britânia junto com Lupo, bispo de Troyes, para combater a heresia do pelagianismo. Voltou à Britânia em 444, com o mesmo objetivo. Conta-se que, na segunda expedição, Germano ajudou os britânicos a vencer ataques de pictos e saxões com o grito de guerra "Aleluia". Os relatos sobre esta visita são fontes importantes de informação sobre a Britânia pós-romana. Para evitar uma incursão punitiva de Flávio Aécio na Armórica (Bretanha), cujos habitantes haviam se rebelado, Germano viajou em 447 a Ravena, então sede imperial, para entrevistar-se com Gala Placídia e seu filho Valentiniano. Germano conseguiu assim obter o perdão aos habitantes da Armórica. Morreu em Ravena em 448. A principal fonte sobre sua vida é a hagiografia escrita por um aluno seu, Constâncio de Lyon, em 480. É o santo padroeiro de Auxerre e é venerado em várias localidades na França e Grã-Bretanha. Em sua terra natal, a Abadia de Saint-Germain d'Auxerre guarda sua tumba. Em Paris, a Igreja de Saint-Germain l'Auxerrois, localizada em frente ao Louvre, também é dedicada a ele.

INÁCIO DE LOYOLA Sacerdote, Fundador dos Jesuítas, Santo 1491-1556

PALADINO DA CONTRA-REFORMA 
Santo Inácio, fundador da Companhia de Jesus, 
destacou-se pela coerência 
e radicalidade de seu espírito
Inácio nasceu no castelo de Loyola em 1491, sendo o último dos 13 filhos de D. Beltrán de Loyola e Da. Maria Sonnez. Aos 16 anos foi enviado como pajem ao palácio de Juan Velásquez de Cuellar, contador mayor dos Reis Católicos Fernando e Isabel, o que lhe permitiu estar em contacto contínuo com a corte. Bem dotado física e intelectualmente, o jovem Inácio “deu-se muito a todos os exercícios das armas, procurando avantajar-se sobre todos seus iguais e alcançar renome de homem valoroso, honra e glória militar” [1]. Ou, como ele mesmo diz com humildade, “até os vinte e seis anos foi um homem dado às vaidades do mundo, e principalmente se deleitava no exercício das armas e no vão desejo de ganhar honra” [2]. 
A hora esperada pela Providência 
Ouvindo falar dos grandes feitos dos seus irmãos em Nápoles, envergonhou-se de sua ociosidade e participou em algumas campanhas com seu tio, vice-rei da Navarra. Depois foi enviado em socorro de Pamplona, assediada pelos franceses. Era a hora da Providência. A desproporção das forças era esmagadora em favor dos franceses, mas Inácio não quis saber de capitulação e convenceu os seus a resistirem até o fim. “Confessou-se com um companheiro de armas.

Beato Everaldo Hanse

Mártir em Northamptonshire; executado em 31 de julho de 1581. 
Ele foi educado em Cambridge e logo teve uma boa vida. Seu irmão William, que se tornou padre em abril de 1579, tentou convertê-lo, mas em vão, até que um forte ataque de doença o fez entrar em si mesmo. Ele então foi para Reims (1580-1581), foi ordenado e voltou, mas seu ministério foi muito curto. Em julho, ele estava visitando alguns prisioneiros católicos disfarçados em Marshalsea, quando o guarda notou que seus sapatos eram de fabricação estrangeira. Ele foi examinado de perto e seu sacerdócio foi descoberto. Ainda não havia lei contra os sacerdotes e, para satisfazer as profissões hipócritas dos perseguidores, era necessário encontrar alguma traição da qual ele fosse culpado.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 31 DE JULHO

Oração da manhã para todos os dias
 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se re-nova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
31 – Segunda-feira – Santos: Inácio de Loyola, Fábio, Demócrito
Evangelho (Mt 13,31-35) “O Reino dos Céus é como semente de mostarda... é como fermento que mulher mistura na farinha, até que tudo fique fermentado.”
Tenho certeza que eu faria tudo diferente: mostraria poder, faria milagres e todos iriam curvar-se e aceitar o evangelho... Mas Deus faz tudo de outro jeito.  Usa o que é pequeno e fraco, o que quase não se vê, e age muito lentamente. Preciso aprender o jeito de Deus e confiar no seu poder diferente: sem publicidade, sem grandes meios, dando tempo para conquistar as pessoas devagar por dentro.
Oração
Senhor, abri meus olhos para ver como agis no meu coração e no de todos. Com amor vós nos convidais e nos seduzis aos poucos. Fazei-me atento para perceber vossa chegada e vos acolher. Ensinai-me a confiar no trabalho, geralmente lento, que fazeis no coração de meus irmãos, os de perto, como também os de longe. Preciso confiar mais no vosso poder e no vosso interesse por nós. Amém.

domingo, 30 de julho de 2023

REFLETINDO A PALAVRA - “Um Salvador diferente”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Veio para os que eram seus
 
Quando celebramos o Natal temos diante de nós a figura maravilhosa de uma criança que nos encanta. O evangelho de João vai além da beleza plástica do momento e mostra a beleza Divina. João tocou o Verbo da Vida com as mãos (1Jo 1.1), por isso podia falar. Deus, em sua infinita bondade e criatividade quis salvar a humanidade. Para isso mandou o Filho. Fácil e bem organizado. O que significa Deus mandar o Filho ao mundo para salvar? Houve um despojamento total de Cristo que, não perdendo a Divindade, deixou tudo e se fez criancinha, da raça humana, de um povo determinado que Ele assumiu naquele momento da história. Jesus assumiu a vida de Redentor de tal modo que ninguém duvidasse que Ele era gente. Só a partir da Ressurreição é que sua divindade se tornou clara para os discípulos. Mesmo assim, só com a vinda do Espírito Santo é que assumirão totalmente que aquele Homem é Deus. Ele vem para os que eram seus e não impõe, espera que aceitem. Seus milagres, suas palavras vão aos poucos formando o coração para a profissão de fé. Leonardo Boff escreveu que os discípulos, vendo Jesus tão humano, chegaram à conclusão: “tão homem assim, só pode ser Deus”. Nosso Redentor assumiu a condição de salvador que, no sentido da lei de Deus, é aquele que se responsabiliza totalmente pelo seu parente próximo. Ele se fez nosso “goel”, parente responsável pela nossa libertação. Ele vem para os que eram seus numa atitude de quem escolhe estar de nossa parte. Por mais que a redenção seja a reparação, ela é amor. Os braços abertos do Filho são o abraço do Pai ao filho perdido que retorna à casa e recebe os bens perdidos 
Redenção é amor 
Deus ofereceu a redenção através do Filho. Ninguém merecia, “mas Deus dá prova do seu amor para conosco, pelo fato de Cristo ter morrido por nós quando éramos ainda pecadores” (Rm 5,8). Ao correr da história, os teólogos procuraram muitos modos para explicar a Redenção. Muito simples: Deus nos redimiu porque nos ama. Por que chegou ao extremo da morte de Cruz? Santo Afonso responde: “Para que ninguém tivesse dúvida de seu amor total por nós”. Temos medo de nossos pecados e males porque tememos um castigo. S. Afonso diz que não precisamos ter medo, pois Jesus já pagou por nós a penitência por nossos males. Então, cabe a nós navegar nas águas da graça da redenção e deixar jorrar de nosso peito o mesmo amor com que Jesus nos salvou. 
Colaboradores da Redenção 
Os redentoristas, missionários que cuidam do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, como também do Santuário de Aparecida, celebram no 3º Domingo de Julho a festa de seu titular, o Santíssimo Redentor. O titular está sempre em campo. Atualmente são mais de 5.300 padres, irmãos e leigos que vivem com esse nome de redentoristas. Temos a missão de fazer conhecido Aquele que muito nos amou e por nós se entregou. A missão de Jesus Redentor é libertar dos males que nos prendem e nos por na comunhão de vida com o Pai. Tudo isso Ele fez através do amor. Deixou-nos um modelo a seguir, amar os mais abandonados e anunciar a Palavra para que todos tenham vida e a tenham em abundância. Não é uma missão exclusiva nossa. Todos os que se dedicam ao bem do povo de Deus são redentores com Cristo. É importante aumentar a força da redenção para que seja abundante.
ARTIGO REDIGIDO E PUBLICADO
EM JULHO DE 2010

EVANGELHO DO DIA 30 DE JULHO

Evangelho segundo São Mateus 13,44-52. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «O Reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido num campo. O homem que o encontrou tornou a escondê-lo e ficou tão contente que foi vender tudo quanto possuía e comprou aquele campo. O Reino dos Céus é semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas. Ao encontrar uma de grande valor, foi vender tudo quanto possuía e comprou essa pérola». O Reino dos Céus é semelhante a uma rede que, lançada ao mar, apanha toda a espécie de peixes. Logo que se enche, puxam-na para a praia e, sentando-se, escolhem os bons para os cestos, e o que não presta deitam-no fora. Assim será no fim do mundo: os Anjos sairão a separar os maus do meio dos justos e a lançá-los na fornalha ardente. Aí haverá choro e ranger de dentes. Entendestes tudo isto?». Eles responderam-Lhe: «Entendemos». Disse-lhes então Jesus: «Por isso, todo o escriba instruído sobre o Reino dos Céus é semelhante a um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e coisas velhas». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Orígenes(185-253) 
Presbítero, teólogo 
Comentário ao Evangelho de Mateus,10,9-10 
A pérola de grande valor 
Ao homem «que procura pérolas preciosas», apliquemos aquelas palavras: «Procurai e achareis» e «quem procura, encontra» (Mt 7,7-8). Com efeito, «procurai» e «quem procura, encontra» só pode referir-se às pérolas, em particular à pérola adquirida pelo homem que tudo deu e tudo perdeu. Foi por causa desta pérola que Paulo disse: «Aceitei perder tudo para ganhar Cristo» (Fil 3,8); este «tudo» são as pérolas preciosas, e «ganhar Cristo» é uma referência a essa pérola única «de grande valor». Preciosa, seguramente, é a lamparina para quem se encontra nas trevas e dela tem necessidade até ao nascer do sol. Preciosa também é a glória resplandecente no rosto de Moisés (2Cor 3,7), bem como no rosto dos outros profetas; e bonita de ver, porque nos ajuda a seguir em frente até que possamos contemplar a glória de Cristo, da qual o Pai dá testemunho dizendo: «Este é o meu Filho muito amado em quem pus toda a minha complacência» (Mt 3,17). «Comparada com esta glória eminentemente superior, a glória do primeiro ministério desvaneceu-se» (2Cor 3,10). Temos necessidade, num primeiro tempo, de uma glória suscetível de desaparecer perante a «glória que ultrapassa tudo», tal como temos necessidade «de um conhecimento parcial», que «desaparecerá quando vier o que é perfeito» (1Cor 13,9s). Assim, toda a alma que está ainda na infância e caminha «para a perfeição da idade adulta» (Hb 6,1) precisa de ser ensinada, envolvida e acompanhada até nela se instaurar «a plenitude dos tempos» (Gal 4,4). No fim, alcançará a maioridade e receberá o seu património: a pérola de grande valor, «o que é perfeito e faz desaparecer o que é parcial» (1Cor 13,10); alcançará esse bem que ultrapassa tudo: o conhecimento de Cristo (cf. Fil 3,8). Mas muitos não compreendem a beleza das numerosas pérolas da Lei e do «conhecimento parcial» divulgado por todos os profetas; imaginam, erradamente, que, sem terem compreendido a Lei e os profetas, poderão encontrar a única pérola de grande valor, que é a compreensão plena do Evangelho e todo o sentido dos atos e das parábolas de Jesus Cristo.

São Justino de Jacobis BISPO, +1860

Justino de Jacobis nasceu em 9 de outubro de 1800, em San Fele, no Reino de Nápoles (Itália). Foi admitido na Congregação da Missão em 17 de outubro de 1818, em Nápoles, e ordenado padre em Brindisi, no dia 12 de junho de 1824. Designado para a evangelização dos Pobres, ele participou, durante 15 anos, das missões paroquiais no Sul da Itália, devastada, em 1836, pela cólera. Em 10 de março de 1839, a Congregação para a Propagação da Fé o enviou à África para fundar uma missão na Abissínia. Justino foi nomeado Prefeito Apostólico para a Etiópia e regiões adjacentes e, em 7 de janeiro de 1849, ordenou-se bispo. Durante 21 anos, Dom Justino de Jacobis animou as comunidades cristãs minoritárias num clima hostil. Foi exilado e preso diversas vezes. Sua divisa “Tudo para Vós” resume bem a vida apostólica deste bom pastor totalmente doado a Deus e a sua missão. Como São Paulo, Justino viveu somente para este povo de Deus que a Igreja lhe confiou: “Vós sois os mestres da minha vida, escreveu ele numa carta pastoral, porque Deus me deu a vida para vós”. Durante uma viagem apostólica pelo vale de Aligadê, Dom Justino de Jacobis morreu no dia 31 de julho de 1860 e foi enterrado em Hebo. Em 25 de junho de 1939, ele foi beatificado pelo Papa Pio XII e canonizado em 26 de outubro de 1975 pelo Papa Paulo VI.

30 de julho - Beata Maria Vicenta de Santa Doroteia Chávez Orozco

Madre Maria Vicenta nasceu no Estado de Cotija, Michoacán, México, filha de Luís Chávez e de Benigna de Jesus Orozco, no dia 6 de fevereiro de 1867; aos dois meses recebeu na pia batismal o nome de Doroteia, que significa “presente de Deus”. Nos primeiros anos de sua vida trabalhou como pastora e antes da Primeira Comunhão lhe deram um Menino Jesus de porcelana que seria seu companheiro por toda a vida. Todos os anos a família deixava a ela o encargo de preparar o presépio para os festejos de Natal, e muitos vizinhos vinham vê-lo, pois havia um encanto na forma como ela colocava as figuras, a cada ano de um modo diferente. Após uma terrível inundação, a família ficou ainda mais pobre do que antes e o pai decidiu mudar-se para Cocula, Jalisco, Guadalajara, e passou a morar no bairro pobre de migrantes chamado Mexicaltzingo, onde a umidade e a falta de alimentação fizeram Doroteia adoecer gravemente dos pulmões; ela foi atendida no Hospital da Santíssima Trindade da Confraria de São Vicente de Paula. Era o ano 1892, Doroteia tinha 24 anos. As Filhas da Caridade haviam sido expulsas de Guadalajara no ano em que Doroteia nasceu; as asas brancas de seus véus não eram vistas no Hospício Cabañas e nos hospitais de Belém e de São Felipe. Mas senhoras católicas tinham providenciado a construção do pequeno Hospital da Santíssima Trindade junto à igreja paroquial.

SANTOS ABDON E SÉNEN, MÁRTIRES

Originários da Pérsia, talvez fossem príncipes: Abdon era mais velho e Senén mais novo. Convertidos ao cristianismo, em Roma, sepultavam os mártires com generosidade. Era o século III, durante a perseguição de Décio. Presos, ambos se recusam oferecer sacrifícios aos ídolos e morreram como mártires. 
Abdon e Sennen são originalmente da Pérsia. Convertidos ao cristianismo, foram presos durante a perseguição desejada pelo imperador Décio (século III) e acorrentados foram levados para Roma, onde primeiro foram espancados e depois martirizados, provavelmente mortos a espada no Coliseu. Suas relíquias são guardadas na basílica de S. Marco Evangelista no Campidoglio para onde foram trazidas pelo Papa Gregório IV do cemitério de Ponziano. 
Martirológio Romano: Em Roma no cemitério de Ponziano na via Portuense, santos mártires Abdon e Sennen. 
Abdon e Sennen são dois mártires que certamente existiram no século III, que sofreram o martírio em Roma; as notícias sobre a vida deles são lendárias, mas certamente deve haver alguma verdade. Em primeiro lugar, eles são lembrados por um grande número de textos oficiais e martirológios, como o "Depositio Martyrum", o "Martirológio do Gerônimo", o "Calendário de Mármore de Nápoles", nos "Sacramentos Gelasianos e Gregorianos".

Santa Maria de Jesus Sacramentado Venegas, Fundadora – 30 de julho

 A primeira santa mexicana, chamada carinhosamente ''Madre Nati''

        “Os idosos são viajantes que estão indo e é preciso acompanhá-los com a maior ternura possível”. Tal frase só poderia estar nos lábios de uma pessoa sensível e atenta, pressurosa e delicada, tão enamorada de Nosso Senhor Jesus Cristo para vê-Lo em todas as pessoas idosas e sofredoras. Assim se delineia a figura e a personalidade de Maria Natividade de Jesus Sacramentado, a primeira mulher mexicana proclamada santa.
     Seu pai era um católico tão fervoroso e convicto, que renunciou aos estudos universitários de jurisprudência no momento em que percebeu que estavam minando a sua Fé. Este católico coerente e corajoso transmitiu aos seus doze filhos os princípios que cultivava.
     Natividade Venegas de La Torre nasceu em 8 de setembro de 1868, em Zapotlanejo, Jalisco, no México. A última de doze filhos, desde a adolescência cultivou uma devoção especial à Eucaristia, comungava todos os dias de joelho, exercia obras de caridade e sentindo o forte desejo de consagrar-se totalmente ao Senhor no serviço ao próximo.

JULITA DE CESAREIA Viúva, Mártir, Santa + 303

Santa Julita viveu nos tempos de Diocleciano, falecendo em Cesaréia da Capadócia no ano de 303. Conhecemos o martírio de Santa Julita graças a São Basílio, bispo de Cesareia. Julita era uma rica viúva, que um considerável homem da cidade, inescrupuloso, aos poucos foi empobrecendo, lesando-a fraudulentamente. Levado ao tribunal, o ursupador, caviloso, depois que a santa viúva expôs os fatos, provando a veracidade do que revelara, disse: — A parte contrária não está apta a sustentar ação de juízo, É incapaz, juridicamente, uma vez que fora do direito comum, porque se recusa adorar os deuses dos imperadores e renegar a crença de Jesus Cristo. Um edito recente, de 303 mesmo, excluía da comunidade, não podendo, pois, ter vida ativa dentro daquela comunidade, aqueles que não adorasse deuses da paganidade.

PEDRO CRISÓLOGO Bispo, Santo 380-450

Pedro Crisólogo, Pedro "das palavras de ouro", pois, é exactamente este o significado do seu sobrenome, dado sabiamente pelo povo e pelo qual se tornou conhecido para sempre. Ele nasceu em Ímola, uma província de Ravena, não muito distante de Roma, no ano 380. E mereceu este título, assim como os outros que a Igreja lhe concedeu. Filho de pais cristãos, foi educado na fé e cedo ordenado diácono. Considerado um dos maiores pregadores da história da Igreja, era assistido, frequentemente, pela imperatriz romana Galla Plácida e seus filhos. Ela o fez seu conselheiro pessoal e, em 424, influenciou para que ele se tornasse o arcediácono de Ravena. Numa época em que a cidade era a capital do Império Romano no Ocidente e, também, a metrópole eclesiástica. Mais tarde, o próprio imperador romano, Valentiniano III, filho de Galla Plácida, indicou-o para ser o bispo de Ravena. Em 433, Pedro Crisólogo tornou-se o primeiro bispo ocidental a ocupar essa diocese, sendo consagrado pessoalmente pelo papa Xisto III. Pedro Crisólogo escreveu, no total, cento e setenta e seis homilias de cunho popular, pelas quais dogmas e liturgias foram explicados de forma simples, directa, objectiva e muito atractiva, proporcionando incontáveis conversões. Em 448, recebeu a importante visita de um ilustre bispo do seu tempo, Germano de Auxerre, que fatidicamente adoeceu e, assistido por ele, morreu em Ravena.

MARÍA DE JESÚS SACRAMENTADO VENEGAS DE LA TORRE Virgem, Fundadora, Santa 1868-1959

A Beata Maria de Jesus Sacramentado Venegas, última de doze filhos, nasceu a 8 de Setembro de 1868, no Estado de Jalisco. Desde a adolescência cultivou uma devoção especial à Eucaristia, exercendo obras de caridade e sentindo o forte desejo de se consagrar totalmente ao Senhor no serviço ao próximo. Só depois da morte prematura dos seus pais pôde unir-se ao grupo de senhoras que, com a aprovação do Arcebispo local, dirigiam em Guadalajara um pequeno hospital para os pobres. Em 1910 emitiu, de forma privada, os votos de pobreza, castidade e obediência. As companheiras escolheram-na em seguida como Superiora e, desse modo, com o conselho de eclesiásticos autorizados, transformou a sua Comunidade numa verdadeira Congregação religiosa, que assumiu o nome de Instituto das Filhas do Sagrado Coração de Jesus, aprovado em 1930 pelo Arcebispo de Guadalajara. A Beata, que foi Superiora-Geral de 1921 a 1954, conseguiu salvar a sua fundação nos anos difíceis da perseguição. Amou e serviu a Igreja, cuidou da formação das suas Coirmãs, despendeu a vida pelos pobres e sofredores. Tendo deixado o governo da sua Congregação, transcorreu os últimos anos da vida em oração e recolhimento. Morreu com a idade de 91 anos no dia 30 de Julho de 1959, tendo sido proclamada Beata por João Paulo II a 22 de Novembro de 1992. Durante os anos sucessivos à Beatificação desses filhos mexicanos, os Beatos foram continuamente recordados e invocados pelo povo que, pela sua intercessão, obteve diversos favores celestes. Maria de Jesus Sacramentado Venegas foi canonizada pelo Papa João Paul II no dia 21 de Maio de 2000, Praça de S. Pedro, em Roma.

LEOPOLDO MANDIC Frade capuchinho, Santo 1866-1942

Leopoldo Mandic nasceu em Castelnovo de Cátaro da Dalmácia, na Jugoslávia, a 12 de Maio de 1866, numa família croata. Os pais, profundamente religiosos, educaram-no nos mais elevados sentimentos em relação a Deus e aos homens. Quando tinha 16 anos, sentindo-se chamado a trabalhar pelo regresso dos orientais à unidade com a Igreja Católica, deixou a sua casa paterna e decidiu entrar na Ordem dos Capuchinhos, em Bassano del Grappa, a 2 de Maio de 1884. A 20 de Setembro de 1890 foi ordenado sacerdote em Veneza. Convencido que o Senhor o chamava a um grande ideal, pediu, com insistência, aos seus Superiores que o deixassem partir para o Oriente a fim de poder dedicar a sua vida à reunificação na Igreja Católica dos cristãos ortodoxos. Porém, as suas precárias condições de saúde não lho permitiram e teve, assim, de se submeter à vontade dos seus Superiores e passou então por diversos Conventos, entregando-se ao ministério das confissões até que, em 1909, foi destinado ao Convento de Santa Cruz, em Pádua, com o encargo de atender de forma estável o sacramento da Reconciliação. Ali permaneceu até à morte. Uma pequena cela junto à igreja converteu-se no campo do seu maravilhoso apostolado: o sacramento da Reconciliação. Este divino ministério foi, nas mãos de São Leopoldo, uma eficaz arma de salvação para as almas no seguimento pelos caminhos de Deus. Ali, se mantinha a atender as pessoas durante todo o dia, sem uma hora de descanso, sem gozar jamais de quaisquer férias, não obstante o tórrido calor do Verão e o intenso frio do Inverno — na pequena cela que servia de confessionário nunca teve aquecimento! Muito depressa, aquela despida cela se converteu em farol luminoso que atraía almas sem conta, necessitadas de paz e de conforto.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE JULHO

Oração da manhã para todos os dias
 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se re-nova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – 17º Domingo Comum – Santos: Pedro Crisólogo, Everaldo Hanse, Julita.
Evangelho (Mt 13,44-52) “O Reino dos Céus é como um comprador que procura pérolas. Se encontra uma de grande valor, vende tudo e compra-a.”
A salvação que Deus nos oferece é o que de mais precioso podemos procurar. É como um tesouro descoberto que muda nossa vida. É como pérola que nos encanta por sua beleza e seu grande valor. As duas parábolas usadas por Jesus ensinam que só damos atenção à oferta de salvação se para nós for importante a procura da verdadeira felicidade. Se estamos satisfeitos com a vida que levamos, o Reino dos Céus não nos interessa. Não há por que tentar desenterrar o tesouro, nem por que sair à procura de pérolas. O começo da salvação é a consciência de nossa perdição e de nossa pobreza. Nesse caso, corremos à procura de quem nos anuncia e promete salvação, prontos a tudo fazer para não perder a oportunidade, o tesouro e a pérola.
Oração
Senhor Jesus, já percebi que longe de vós não encontro felicidade. Por isso venho a vós, pronto a tudo fazer para estar sempre convosco. Iluminai meu coração para que descubra sempre mais o valor da vida nova que me ofereceis, e não deixe esse tesouro à procura de enganos e ilusões. No passado já me deixei enganar por falsos tesouros e pérolas de vidro. Perdoai meus erros, e dai-me coragem para continuar cavando e procurando, até que encontre a paz que me ofereceis. Quero pedir por todos que estamos satisfeitos e contentes com nossa mediocridade. Perturbai, Senhor, nossa tranquilidade, dai-nos fome e sede de justiça e de amor. E depois saciai nossa sede e nossa fome com os tesouros de vossa misericórdia. Amém.

sábado, 29 de julho de 2023

REFLETINDO A PALAVRA - “Uma só coisa é necessária”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Acolhimento dá vida
 
A liturgia deste domingo tem sabor oriental na prática do acolhimento do hóspede. A abertura das casas, nos dias de hoje, é risco de vida. Mas não podemos sacrificar o evangelho por causa dos males da sociedade. Se fizermos o contrário venceremos toda a violência. Lemos o acolhimento de Abraão aos três personagens e o acolhimento das duas irmãs a Jesus que passa por sua casa. O verbo acolher refere-se também ao acolhimento da palavra divina (Lc 10.39). A hospitalidade está unida à abertura a Deus. Abraão, de pé, acolhe com prontidão. Maria assentada, escuta. É a atitude do discípulo. Acolher as pessoas é acolher a Deus. Jesus disse: “Quem acolhe um destas crianças por causa de meu nome, é a mim que acolhe (Mc 9,37). A hospitalidade na Escritura e, na vida da comunidade cristã, tem sentido religioso. Na Carta aos Hebreus está escrito: “Não vos esqueçais da hospitalidade, porque por ela alguns, sem saberem, hospedaram anjos” (Hb 13,2). Como a caridade, o acolhimento é completo, como faz Abraão com a abundância e a presteza. Toda hospitalidade é um sacramento do Deus que visitou o seu povo na pessoa de Jesus. Pela hospitalidade somos hospedados pela Trindade. O coração bom é sempre um bom lugar de nos hospedarmos. Jesus diz: “vinde a mim... pois sou manso e humilde de coração” (Mt 11,28-29). Para hospedar é preciso ter a pureza da mente e das atitudes. 
Uma única visão da vida 
Jesus era aberto para encontrar as pessoas que o acolhessem e acolhessem sua palavra. Ele é a Palavra que pede acolhimento. Há dois modos de estar com Jesus: na atividade e na contemplação. São as duas atitudes apresentadas por Marta e Maria. Elas representam o acolhimento. Marta se afana no trabalho de acolher e Maria, assentada, acolhe a palavra do hóspede Jesus. Marta cobra de Jesus que sua irmã a ajude. Jesus responde que ela está muito agitada e que Maria escolheu a melhor parte que não lhe será tirada (Lc 40-42). Jesus não quer dizer que Marta está errada. Está como a dizer: Vamos todos ficar juntos, ouvindo a Palavra (conversando) e depois nós vamos preparar a refeição. Esta situação foi indicada como os dois modelos da vida cristã: contemplação e ação. Não se pensa mais assim, mas se tem Maria como modelo dos que contemplam Deus na ação e trazem o mundo no coração na contemplação, isto é, na espiritualidade. Sem esta união “mariana” nem a contemplação, nem a ação serão completas. 
Completando em nossa carne 
Paulo hospedou Jesus em sua vida e participou dos seus sofrimentos mas também do segredo de sua missão que é a abertura da fé aos pagãos dos quais se faz servidor. Paulo nos dá uma visão que completa o que falamos na evangelização: A participação dos sofrimentos de Cristo. Sem isso se torna incompreensível o sofrimento na vida do justo. Quanto mais unidos a Cristo, mais participamos de sua entrega ao Pai e sofremos as mesmas dores que padeceu. Sem sofrimento, a redenção torna-se uma ideologia. O sofrimento nos torna perfeitos em Cristo e nos faz unidos a todos os homens e mulheres da terra. Transmitimos a Palavra de Deus em plenitude. Hospedar o sofrimento como Palavra de Deus é redenção da humanidade. “Participar da missa é unir-se ao Cristo que se oferece ao Pai pelo mundo” (Pe.Gregório Lutz). É hospedar as dores do mundo no coração, com Ele o fez. 
Leituras: Gênesis 18,1-10ª; Sl 14,2-5;
Colossenses 1,24-28; Lucas 10,38-42. 
1. Neste domingo refletimos sobre o tema da hospitalidade na fé cristã, sob o exemplo de Abraão que acolhe os três homens e Jesus que se hospeda na casa de Marta e Maria. Abraão acolhe com prontidão. Maria escuta assentada, como discípula. Acolher as pessoas é acolher a Deus. Como a caridade, o acolhimento deve ser completo. A hospitalidade é sacramento do Deus que visitou seu povo em Jesus. O coração bom, como o de Jesus, é sempre um bom lugar para nos hospedarmos. 
2. Jesus era aberto para encontrar as pessoas que o acolhessem e acolhessem sua palavra. Há dois modos de viver a fé cristã: contemplação e atividade pastoral, tendo Marta e Maria como modelo. Agora se apresenta Maria que une as duas atividades. Contemplar Deus e cumprir as atividades da vida e pastorais são uma única realidade: Contemplar Deus na atividade e tornar plena a atividade com a contemplação. É o modelo mariano. 
3. Paulo acolheu Jesus e participou de seus sofrimentos e sua missão aos pagãos. Completa em nós a evangelização com a visão do sofrimento que é participação dos sofrimentos de Cristo em seu corpo que é a Igreja. Sem sofrimento a redenção é ideologia. Hospedar o sofrimento como Palavra de Deus é redenção da humanidade. Participar da missa é unir-se a Cristo que se oferece ao Pai pelo mundo. 
Gasolina no motor 
A gente gosta de rezar, mas reza com dificuldade. Gosta de fazer o bem, mas tropeça na dificuldade de juntar o tempo de oração ao tempo de trabalho, do cuidado das pessoas e das realidades humanas. Jesus fora se hospedar na casa de Lázaro e suas irmãs, seus amigos. Maria conversava com Ele e Marta cuidava da refeição. Marta era estressada. Maria acomodada. Marta reclama. Jesus, então, ensina que, quando estamos com Ele, vamos aproveitar ao máximo. Quando estamos sem Ele, aí sim vamos consumir com as atividades necessárias para a vida. Nisso quer dizer que devemos dar tempo a tudo. É privilegiar o momento que vivemos. Quem reza de verdade, não está perdendo tempo, pois produz muito mais. Quem trabalha de verdade não perde o valor espiritual. Tem gente que faz de tudo e tanta coisa que não tem tempo nem para si, nem para Deus. Quando falta tempo para Deus não vamos achar tempo de nos preocuparmos conosco e com os outros. Oração é também um serviço para o Reino de Deus. Oração é como o posto de gasolina para o carro. Sem ela o motor pode estar ótimo, mas falta o combustível. O homem que reza é o mais útil ao mundo. Mas quem reza não pode esquecer que o mundo existe e se responsabilizar por Ele. É preciso transformar a vida em oração e a oração em vida. Temos também a oração do sofrimento para nos tornarmos perfeitos na união a Cristo. Paulo sofre pela Igreja. Quem vive com Jesus sempre vai sofrer com ele. 
Homilia do 16º Domingo Tempo Comum (18.07.2010)

EVANGELHO DO DIA 29 DE JULHO

Evangelho segundo São João 11,19-27. 
Naquele tempo, muitos judeus tinham ido visitar Marta e Maria, para lhes apresentar condolências pela morte do irmão. Quando ouviu dizer que Jesus estava a chegar, Marta saiu ao seu encontro, enquanto Maria ficou sentada em casa. Marta disse a Jesus: «Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. Mas sei que, mesmo agora, tudo o que pedires a Deus, Deus To concederá». Disse-lhe Jesus: «Teu irmão ressuscitará». Marta respondeu: «Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último dia». Disse-lhe Jesus: «Eu sou a ressurreição e a vida. Quem acredita em Mim, ainda que tenha morrido, viverá; e todo aquele que vive e acredita em Mim nunca morrerá. Acreditas nisto?». Disse-Lhe Marta: «Acredito, Senhor, que Tu és o Messias, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São João Damasceno (675-749) 
Monge, teólogo, doutor da Igreja 
Matinas do sábado de Lázaro 
«E Jesus chorou. Diziam então os judeus: 
"Vede como era seu amigo"». 
Porque eras Deus verdadeiro, Tu conhecias, Senhor, o sono de Lázaro e preveniste os teus discípulos. Mas na tua carne - Tu, que não tens limites - vens até Betânia. Como verdadeiro homem, choras sobre Lázaro; como verdadeiro Deus, ressuscitas pela tua vontade aquele que estava morto há quatro dias. Tem piedade de mim, Senhor; muitas são as minhas transgressões. Traz-me de volta, eu Te suplico, do abismo dos males em que me encontro. Foi por Ti que eu gritei; escuta-me, Deus da minha salvação. Chorando sobre o teu amigo, na tua compaixão, enxugaste as lágrimas de Marta; pela tua Paixão voluntária, enxugaste todas as lágrimas do rosto do teu povo (cf Is 25,8). «Bendito sejas, Deus de nossos pais!» (Esd 7,27). Guardião da vida, chamaste um morto como se ele estivesse apenas a dormir. Com uma palavra, rasgaste o ventre dos infernos e ressuscitaste aquele que começou a cantar: «Bendito sejas, Deus dos nossos pais!». Ergue-me também, a mim que estou estrangulado pelas amarras dos meus pecados, e cantarei: «Bendito sejas, Deus dos nossos pais!» Em reconhecimento, Maria traz-Te, Senhor, um vaso de mirra que estaria preparado para seu irmão (cf Jo 12,3) e canta-Te por todos os séculos. Como mortal, invocas o Pai; como Deus, despertas Lázaro. Por isso nós Te cantamos, ó Cristo, pelos séculos dos séculos. Tu despertaste Lázaro, morto há quatro dias; fizeste-o erguer-se do túmulo, designando-o assim como testemunha verídica da tua ressurreição ao terceiro dia. Tu andas, falas, choras, meu Salvador, mostrando a tua natureza humana; mas, ao despertares Lázaro, revelas a tua natureza divina. De maneira indizível, Senhor, meu Salvador, de acordo com as tuas duas naturezas e de forma soberana, Tu operaste a minha salvação.

29 de julho - Beato Urbano II - Papa

O Beato Urbano II, Papa de número 157, sucede ao Papa Vitor III, e é sem dúvida um dos mais destacados papas da Idade Média, cujo principal mérito consiste, além da santidade de sua vida, em ter levado adiante as reformas eclesiásticas, empreendidas pelo Papa São Gregório VII. O brilhante resultado de seus esforços aparece claramente nos grandes sínodos de Piacenza e Clermont, em 1095, e na primeira Cruzada, iniciada neste último concílio. Seu papado dura cerca de 11 anos, de 1088 a 1099. Nascido de uma família nobre na diocese de Soissons, na França, em 1042, foi batizado com o nome de Odon. Teve como professor em Reims, o fundador dos Cartuxos, São Bruno e em 1073 entrou no mosteiro de Cluny, onde se apropriou totalmente do espírito da reforma cluniacal, então no seu auge. Desta forma, seu caráter suave e humilde foi modelado, mas ao mesmo tempo pelo espírito entusiasmado e empreendedor.

Santos Luís Martin e Zélia Guérin - Pais de Santa Teresinha do Menino Jesus

Luís Martin e Zélia Guérin foram declarados bem-aventurados em 19 de outubro de 2008. Não foram beatificados por serem os pais de Santa Teresinha, mas porque se empenharam totalmente em fazer a vontade de Deus em qualquer situação de suas vidas.
Luís e Zélia, com suas vidas, nos ensinam que a santidade é caminho para a esposa, o marido, os filhos, os colegas de trabalho e para a sexualidade. 
O santo não é um super-homem, mas um homem verdadeiro.
Se tanto amamos Teresinha de Lisieux, se tanto nos encanta sua santidade, devemos dizer que ela é fruto de seus pais, um casal que vivia o amor de Deus tanto na alegria como nas tristezas. As muitas cartas deixadas por Zélia dão testemunho deste colocar-se inteiramente nas mãos de Deus.
«Eu amo loucamente as crianças e nasci para ter filhos», dizia Zélia. Mas, contraditoriamente, esse lar não era para existir. Aos 20 anos Luís esteve na Suíça para aprender o ofício de relojoeiro. Dirigiu-se ao Eremitério de São Bernardo, dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho, querendo ser monge. O Prior foi direto: «Não conhece latim, nada de postulantado no Mosteiro». Luís retorna a Alençon e se dedica à oficina de conserto de relógios.

29 de julho - Santo Olaf

Santo Olavo (Olaf) nasceu em 995 e era filho do rei Harald Grenske da Noruega. Em sua juventude, ele foi para a Inglaterra como um viking, onde participou de muitas batalhas e ficou muito interessado no cristianismo. Recebeu o batismo em Rouen, França das mãos do arcebispo Robert em 1010. Em 1015 com a idade de 20 anos ele retornou à Noruega. Depois de passar por várias dificuldades, ele foi eleito rei da Noruega e levou a religião cristã como base de seu reino. Ele lutou contra práticas pagãs duras, demolindo templos, construindo igrejas nesses lugares e trazendo bispos e padres da Inglaterra. Sua valente luta contra a antiga constituição do condado e pela união da Noruega, assim como seu amor pelo cristianismo, fez surgir inimigos. Os clãs se rebelaram contra Olaf e foram ao rei Canuto, da Dinamarca e da Inglaterra, em busca de ajuda. Desta forma Olaf foi traído, expulso e Canuto tornou-se rei da Noruega. Após dois anos de exílio, Olaf retornou à Noruega com um exército e encontrou os rebeldes em Stiklestad, onde uma batalha ocorreu em 29 de julho de 1030. O rei Olaf lutou com coragem, mas foi mortalmente ferido. Antes de morrer, ele orou: "Deus me ajude". Muitos milagres foram reportados em sua tumba e no vale do Rio Vid onde ele tombou ferido mortalmente.

SÃO FÉLIX, MÁRTIR, NA VIA PORTUENSE

Félix ou Felício foi um dos primeiros mártires cristãos da história. Sabe-se pouco ou nada da sua vida. Sabe-se, porém, o lugar onde foi sepultado: em Roma, ao longo da terceira milha da Via Portuense, no cemitério que, mais tarde, recebeu o nome deste Santo.
Padroeiros dos perseguidos pela causa de Deus 
Origens 
Os registros existentes sobre os santos Félix e Adauto são poucos. A história desses dois chegou até nós através da Tradição (com “T” maiúsculo) cristã, que remonta aos primeiros tempos do cristianismo. Sabe-se que São Félix foi um sacerdote cristão que viveu no tempo do imperador Diocleciano por volta do ano 300, em Roma. O pouco que se sabe sobre Santo Adauto é surpreendente e inquietante. 
Mártires oferecendo suas vidas por Jesus 
A história conta que São Félix foi preso pelos soldados do imperador Diocleciano, um dos maiores perseguidores dos cristãos, pelo simples fato de se declarar cristão e exercer o ministério sacerdotal em Roma. Com efeito, no tempo de Diocleciano, esta era uma razão forte de condenação à morte. Como São Félix não renunciou à sua fé em Cristo, foi condenado à morte por decapitação.