Evangelho segundo São Lucas 2,41-51.
Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, pela festa da Páscoa.
Quando Ele fez doze anos, subiram até lá, como era costume nessa festa.
Quando eles regressavam, passados os dias festivos, o Menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o soubessem.
Julgando que Ele vinha na caravana, fizeram um dia de viagem e começaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos.
Não O encontrando, voltaram a Jerusalém, à sua procura.
Passados três dias, encontraram-no no Templo, sentado no meio dos doutores, a ouvi-los e a fazer-lhes perguntas.
Todos aqueles que O ouviam estavam surpreendidos com a sua inteligência e as suas respostas.
Quando viram Jesus, seus pais ficaram admirados; e sua Mãe disse-Lhe: «Filho, porque procedeste assim connosco? Teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura».
Jesus respondeu-lhes: «Porque Me procuráveis? Não sabíeis que Eu devia estar na casa de meu Pai?».
Mas eles não entenderam as palavras que Jesus lhes disse.
Jesus desceu então com eles para Nazaré e era-lhes submisso. Sua Mãe guardava todos estes acontecimentos em seu coração.
Tradução litúrgica da Bíblia
Franciscano, mártir
Conversas de 6/1925, 13/4/1933 e 11/10/1937
Uma Mãe de coração terno
O coração divino de Jesus, que ardia de amor por nós, pecadores, deu-nos como Mãe e protetora a sua própria Mãe, a mais graciosa e de todas mais amante, o ser que está acima dos santos e dos anjos, aquela a quem Ele nada pode recusar, porque é sua Mãe, incomparavelmente digna e querida. Ele deu-lhe um coração tal que lhe é impossível ver uma lágrima no mundo, não se preocupar com a salvação e a santificação de cada ser humano.
Eis a ponte lançada para o coração sacratíssimo de Jesus. Se alguém tiver caído no pecado, se tiver entregado profundamente aos vícios, tiver desprezado as graças de Deus, não seguir os bons exemplos dos outros, tiver deixado de dar atenção às inspirações salutares para se tornar digno de receber novas graças - deverá tal pessoa desesperar? Não, nunca! Porque Deus deu-lhe uma Mãe, Mãe essa que segue com coração terno cada um dos seus atos, cada uma das suas palavras, cada um dos seus pensamentos. Ela não quer saber se a pessoa é digna da graça da piedade. Como é essencialmente uma Mãe de Misericórdia, mesmo que não seja chamada com esse nome, apressa-se a acorrer aonde mais encontra miséria nas almas.
Nas dificuldades, nas trevas, nas enfermidades, nas desilusões, recordemos que o Céu está perto, que se aproxima cada vez mais. Por isso, coragem! Ela espera-nos para nos apertar ao seu coração. Ela é a nossa mais terna Mãe, agora e sempre: na vida, na morte e na eternidade. Recordemos esta verdade!
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