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| PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA REDENTORISTA 52 ANOS CONSAGRADO 44 ANOS SACERDOTE |
O tema da liturgia está voltado para a vigilância. Os múltiplos assuntos que o evangelho nos oferece, sempre nos conduzem ao conhecimento da vida verdadeira, respondendo sempre à questão do sentido da vida. O Senhor vai voltar e a qualquer momento. Por isso é preciso estar pronto. Quem está pronto sente-se sereno e tranqüilo, pois basta abrir a porta. O valor da vida está no valor que damos a nós mesmos. Se gostamos de nós mesmos, vamos nos dar o melhor e conduzir-nos pelos melhores caminhos.
O Evangelho coloca o tema: “onde estiver o vosso tesouro aí está o vosso coração”. Assim,continua Jesus, “sede como homens que esperam o senhor chegar da festa. Se os encontrar vigilantes, vai coloca-los à mesa e passando entre eles os servirá” A chegada inesperada de Cristo não é um risco, é um dom que nos leva a sempre estar prontos. Esta prontidão é o modo de viver coerente com o Senhor. Estar vigilante é estar em uma atividade onde administramos bem os dons e a vida que Deus nos deu. Correspondemos a suas expectativas. Assim teremos bolsas que não se estragam, tesouro que não se acaba, não se rouba, nem é corroído pela graça.
O livro da Sabedoria interpreta este texto com a noite da Páscoa, que veio de um momento para outro, fora predita e deixara o povo com grande coragem de enfrentar os desafios que a liberdade lhes traria. Por isso eles se comprometeram a estar unidos nos mesmos bens e perigos. Assim a Páscoa atua em nós numa alegre vigilância, não num aborrecido serviço de guarda noturno.
Isso é viver a fé, como nos diz o texto de Hebreus: “Fé é possuir o que se espera, convicção acerca de realidades que não se vêem”. Assim viveram os patriarcas. Vigilante espera numa profunda fé. Quando Deus, através de sua história exigiu passos largos, eles puderam caminhar com facilidade.
Em nossa vida podemos passar dificuldades. A resposta cristã é dar valor a si mesmo, colocando-se na segurança da fé, na alegria da solidariedade e na prontidão de sempre abrir ao Senhor, assim que ele dá o sinal de sua presença.
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