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| PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA REDENTORISTA 52 ANOS CONSAGRADO 44 ANOS SACERDOTE |
É muito bonito ver as entrada da Bíblia nas celebrações litúrgicas. Procuram-se todos os modos para fazer compreender a riqueza, a importância e o valor desta Palavra em nossas vidas. Hoje, por exemplo, na missa das crianças pudemos fazer todas as crianças passar sob a Bíblia. Procurava-se fazer entender que devemos nos colocar sob a sombra desta Palavra e fazer com que nossa vida sempre seja coberta por ela.
A Palavra é luz em nosso caminho. Havíamos visto já que Hebreus fala que a “Palavra de Deus é viva, eficaz e mais penetrante do que uma espada de dois gumes” (Hb 4,11). E continua: “é mais penetrante que uma espada de dois gumes; penetra até dividir a alma e o espírito junturas e medulas. Ela julga as disposições e intenções do coração. E não há criatura oculta a sua presença. Tudo está nu e descoberto a seus olhos. É a ela que devemos prestar contas” (Hb 4,12-13). À medida que nos abrimos à Palavra ela vai penetrando em nosso coração e começa a discernir para nós os caminhos. Por isso é “luz no meu caminho”. Jesus diz: “Eu não julgo ninguém... A palavra que proferi é que o julgará no último dia” (Jo 12,47-48). A Palavra vai nos ajudar as discernir nossa vida. Se ficarmos surdos à Palavra, não temos condições de saber qual o caminho a tomar. Ela vai lentamente nos ajudando a entender os caminhos de Deus para nossa vida.
“Tudo está descoberto a seus olhos”. Não há realidade do mundo e de nossa vida que não esteja sob a orientação da Palavra. Para sabermos se estamos unidos e ligados à Palavra basta ver se temos a capacidade de julgar nossas ações a partir do conhecimento da Palavra: O que Deus quer nesta situação? Esta é a pergunta de quem conhece a Palavra. E sempre vai encontrar palavras que oriente.
“É a ela que devemos prestar contas”. A Palavra identifica-se com Aquele que a diz: Jesus, a Palavra Eterna de Deus revelada. Ela julgará. Depois de ouvir a Palavra podemos conhecer a nós mesmos. A Palavra não só os revela sobre Deus, mas nos revela a nós mesmos. Conhecemos o que Deus quer e o que quer de nós.
Mas como realizar isso em nossa vida: À medida que somos fiéis em ouvir e refletir, a Palavra lentamente vai nos instruindo. Mesmo os textos difíceis se tornam iluminadores, pois, como diz Orígenes, a Escritura tem mil sentidos. Sempre haverá um que nos será claro. A abertura à Palavra será responder como Maria: “Faça-se em mim segundo a tua Palavra, pois para Deus nada é impossível” (Lc 1,31-38). Se para Maria foi possível, porque não para nós? Confiemos na Palavra!
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