PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA REDENTORISTA 52 ANOS CONSAGRADO 44 ANOS SACERDOTE |
São Paulo, falando de si mesmo, afirma que “o Evangelho para mim não é um título de glória, mas uma necessidade que se me impõe. Ai de mim se eu não evangelizar”. Ele tinha consciência e havia descoberto o que significava evangelizar. Queria levar aos outros a graça que tinha recebido de conhecer Jesus Cristo e ser salvo por Ele. Desta sua decisão podemos tirar uma afirmação: Quem não se interessa em fazer Jesus Cristo conhecido, amado e que seu Reino se instaure no mundo onde vive, é porque não foi ainda conquistado por Jesus Cristo. Quem conhece Jesus quer fazê-lo conhecido. Quem conhece coloca em ação os meios para que se instaure no mundo a vida de seu Evangelho.
Mas como? Podemos perguntar. Não é só culpa nossa não saber como fazer, pois no decorrer dos tempos a evangelização tornou-se missão de alguns. Podemos dizer: ficou assunto que os padres têm que assumir e nós colaboramos no que pudermos, quando temos muito interesse. Missionário é aquele que vem de fora ou é enviado para o estrangeiro. É um tipo de missão, uma vocação particular, especial e até extraordinária. Contudo todos têm responsabilidade de expandir o Reino de Deus, anunciar o Evangelho e apresentar a Igreja como caminho para se viver esta chamada de Deus. Na prática são muitos os modos de ser missionário.
Um dos meios mais fáceis é o testemunho de vida. Se eu vivo bem minha vida de cristão, vida de Igreja e empenho na vida social, sou um bom missionário. A participação na vida da comunidade também é fundamental para esta obra missionária. Vendo nossa vida cristã, os outros poderão querer viver do mesmo modo. Dos primeiros cristãos se dizia: vejam como se amam! Lembremos a participação dos setores. Normalmente tem ficado para algumas pessoas abnegadas e que são criticadas. O setor fica sendo, como dizem os homens: as mulheres se reuniram para rezar! Será que só as mulheres precisam se esforçar para entrar no Reino de Deus?
Outro meio é o interesse e a oração pelas missões no exterior, mesmo as missões populares e atividades da Igreja. Quando alguns de outras Igrejas realizam grandes obras ficamos admirados. Mas não temos interesse em saber o que a Igreja faz por este Brasil afora com tanta dedicação e empenho pelo homem sofredor. Basta citar a pastoral da criança que teve indicação para o Nobel da Paz. São milhares e milhares de pessoas dedicadas a favorecer uma vida melhor às crianças desfavorecidas, sem distinção de religião. Não basta gritar o nome de Jesus. É preciso fazer sentir que Jesus as ama através de nossa atitude concreta. Por isso cada um deve assumir na comunidade o que pode e se sente capaz de realizar. É preciso arriscar pelo Reino, pois Jesus assim o fez. Quem não assume, que suma da Igreja.
Artigo (16.10.01)
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