Nascida de família aldeã, em Brusthem, na diocese de Liege, cerca do ano de 1150, Cristina ficou órfã aos quinze anos. Os factos que a seu respeito narram o dominicano Tomás de Cantimpré (+ 1270) e o cardeal Tiago de Vitry não merecem grande crédito mas compõem a sua lenda. Tomás de Cantimpré, antigo professor de Teologia em Lovaina, afirma narrar o que ouviu da boca dos que a conheceram, mas mostra-se demasiado crédulo. Quanto a Tiago de Vitry, trata-se de cronista sério que afirma ter conhecido Cristina pessoalmente.
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«Deus operou nela, escreve, coisas verdadeiramente maravilhosas. Já estava morta há muito tempo, mas conseguiu a graça de retomar o corpo, a fim de sofrer o seu Purgatório cá na terra. Desta forma sujeitou-se a mortificações inauditas, ora rolando-se por cima do fogo, ora permanecendo nos túmulos dos mortos. Acabou por ser favorecida com graças sublimes e gozar duma paz profunda. Muitas vezes, transportada em êxtase, levou as almas dos mortos para o Purgatório e outras vezes tirou-as do Purgatório para as levar para o Paraíso». Cristina tinha pouco mais de vinte anos quando «morreu» pela primeira vez. Durante a missa de Requiem, levantou-se do caixão e subiu até à abóbada da igreja, tal era o desgosto que lhe causava a presença dos pecadores que assistiam às cerimónias. Logo que desceu, afirmou que tinha ido ao inferno, onde encontrara muitas pessoas conhecidas; a seguir, ao purgatório, onde ainda encontrara mais; e por fim ao paraíso, donde Deus lhe permitiu que regressasse à terra a fim de orar e sofrer pelos fiéis defuntos. A sua existência passou-se no meio de milagres e fenómenos misteriosos. O odor do pecado repugnava-lhe por tal forma que só depois de algum tempo conseguia suportar o contacto com os seus semelhantes. Acabou os seus dias cerca do ano de 1224, no convento de Santa Catarina, em Saint-Troud, cuja superiora declarou ter sido Cristina sempre duma submissão perfeita.
cf. www.portalcatolico.org.br
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«Deus operou nela, escreve, coisas verdadeiramente maravilhosas. Já estava morta há muito tempo, mas conseguiu a graça de retomar o corpo, a fim de sofrer o seu Purgatório cá na terra. Desta forma sujeitou-se a mortificações inauditas, ora rolando-se por cima do fogo, ora permanecendo nos túmulos dos mortos. Acabou por ser favorecida com graças sublimes e gozar duma paz profunda. Muitas vezes, transportada em êxtase, levou as almas dos mortos para o Purgatório e outras vezes tirou-as do Purgatório para as levar para o Paraíso». Cristina tinha pouco mais de vinte anos quando «morreu» pela primeira vez. Durante a missa de Requiem, levantou-se do caixão e subiu até à abóbada da igreja, tal era o desgosto que lhe causava a presença dos pecadores que assistiam às cerimónias. Logo que desceu, afirmou que tinha ido ao inferno, onde encontrara muitas pessoas conhecidas; a seguir, ao purgatório, onde ainda encontrara mais; e por fim ao paraíso, donde Deus lhe permitiu que regressasse à terra a fim de orar e sofrer pelos fiéis defuntos. A sua existência passou-se no meio de milagres e fenómenos misteriosos. O odor do pecado repugnava-lhe por tal forma que só depois de algum tempo conseguia suportar o contacto com os seus semelhantes. Acabou os seus dias cerca do ano de 1224, no convento de Santa Catarina, em Saint-Troud, cuja superiora declarou ter sido Cristina sempre duma submissão perfeita.
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