quarta-feira, 29 de abril de 2020

REFLETINDO A PALAVRA - “Força e resistência”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
52 ANOS CONSAGRADO
44 ANOS SACERDOTE
2173. Mais espertos que o maligno 
Estamos refletindo com o Papa Francisco sobre a santidade cristã. Ele nos deu a bela orientação em sua Exortação Apostólica chamada “Alegrai-vos e exultai” – Gaudete et exultate”. Vimos a questão do Maligno que pode nos atrapalhar muito nesse caminho. Refletiremos agora sobre os caminhos da vitória.Temos inimigos, para serem vencidos. Estamos confiantes, pois há tantos homens e mulheres que vivem essa situação e são vitoriosos. Ninguém é tentado acima de suas forças (1Cor 10,13). O Papa nos anima a estar despertos e confiantes. E escreve: “A Palavra de Deus convida-nos, explicitamente, a resistir ‘contra as maquinações do diabo’ (Ef 6,11) e a ‘apagar todas as setas incendiarias do maligno”’ (Ef 6,16) (GE 162). A luta continua. Todo caminho de santidade é uma luta constante. Já dizia Jó (Jo 7,30). Estamos acostumados a ouvir que, o que o Maligno deseja é justamente que desconheçamos sua presença. Ele não tem as armas que temos, pois “para a luta, temos as armas poderosas que o Senhor nos dá: a fé que se expressa na oração, a meditação da Palavra de Deus, a celebração da Missa, a adoração eucarística, a reconciliação sacramental, as obras de caridade, a vida comunitária, o compromisso missionário” (Id). São armas que estão ao alcance de todos e bem perto de nós. Como podemos dizer: perde a luta quem quer. Os males aumentam em nós na medida em que deixamos de usar os meios comuns da vivência da fé. Não precisamos de grandes arroubos de santidade. Bastam as coisas simples da vida cristã que abandonamos. 
2174. Crescimento do amor
“Neste caminho, o progresso no bem, o amadurecimento espiritual e o crescimento do amor são os melhores contrapesos ao mal” (GE163). O Papa Francisco nos dá receitas simples para vencer o mal. Uma doença se cura com a saúde. Um corpo sadio tem melhor recuperação. O amor é a saúde do fiel em suas batalhas. É preciso crescer. O que mais derrota é justamente a infantilidade espiritual. Como o corpo cresce, o espiritual também deve crescer. “Ninguém resiste... se se contenta com pouco, se deixa de sonhar com a oferta de maior dedicação ao Senhor; e, menos ainda, se cai num sentido de derrota” (Id). Descreve então que há exigências: “O caminho da santidade é uma fonte de paz e alegria que o Espírito nos dá, mas, ao mesmo tempo, exige que estejamos com “as lâmpadas acesas”(Lc 12,35). Pois, quem não se dá conta de cometer faltas graves contra a Lei de Deus, pode deixar-se cair numa espécie de entorpecimento ou sonolência e permaneçamos vigilantes: “Afastai-vos de toda a espécie de mal” (1Ts 5,22); “vigiai” (Mt 24, 42)...A tibieza que pouco a pouco se vai apoderando da sua vida espiritual a leva a ficar corroída e corrompida” (GE 164). 
2175. Corrupção espiritual
“A corrupção espiritual é pior que a queda dum pecador, porque se trata duma cegueira... em que tudo acaba por parecer lícito: o engano, a calúnia, o egoísmo o egocentrismo, já que “também Satanás se disfarça em anjo de luz” (2C 165). Jesus alerta-nos contra esta tentação insidiosa que nos faz escorregar até à corrupção: “Quem está de pé, veja de não cair” (1Cor 10,12). O Papa Francisco escolhe uma temática simples. Às vezes nos sentimos grandes demais em nossa sabedoria e acabamos fazendo o que fazem os que tem pouca instrução. O orgulho é um mal que nos leva a tantos males.

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