Evangelho segundo São Mateus 8,23-27.
Naquele tempo, Jesus subiu para o barco e os discípulos acompanharam-n’O.
Entretanto, levantou-se no mar tão grande tormenta que as ondas cobriam o barco. Jesus dormia.
Aproximaram-se os discípulos e acordaram-n’O, dizendo: «Salva-nos, Senhor, que estamos perdidos».
Disse-lhes Jesus: «Porque temeis, homens de pouca fé?». Então levantou-Se, falou imperiosamente ao vento e ao mar e fez-se grande bonança.
Os homens ficaram admirados e disseram: «Quem é este homem, que até o vento e o mar Lhe obedecem?».
Tradução litúrgica da Bíblia
Filoteu do Sinai
monge hegúmeno(abade) do mosteiro ortodoxo da Sarça Ardente
Capítulos népticos,nrs.25-26
Pede ajuda a Jesus Cristo
Temos de orientar o nosso ardor para aqueles demónios que, na ordem da razão, nos odeiam e exercem o seu ardor contra nós. Quanto à maneira de travar, de acordo com as circunstâncias, esta guerra que está em nós, ouve e faz o seguinte: junta a oração à vigilância sóbria, porque a vigilância purifica a oração e a oração purifica a vigilância. A vigilância sóbria, que não cessa de velar, deteta aqueles que entram, e atrasa um momento a sua entrada; depois, pede socorro ao Senhor Jesus Cristo, para que Ele expulse os inimigos. A atenção impede-os de entrar, opondo-se a eles; e Jesus, quando invocado, expulsa os demónios e os seus fantasmas.
Aplica grande rigor na guarda da tua inteligência. Quando tiveres consciência de um pensamento, refuta-o; mas pede imediatamente ajuda a Cristo. Mesmo antes de teres acabado de falar, o doce Jesus dir-te-á: «Vim tratar da tua defesa». E, quando a tua oração tiver derrotado todos os teus inimigos, vela sobre a tua inteligência. Eis que vagas ainda mais numerosas que as primeiras se aproximam uma após outra, e sobre elas voga a tua alma. Mas Jesus acorre, despertado pelo seu discípulo, e ordena em Deus que os ventos se acalmem (cf Mt 8,23--27). Por estas graças, consagra uma hora, se puderes, ou um instante a glorificar Aquele que te salvou.
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