sexta-feira, 18 de maio de 2018

Beata Blandina Merten, Ursulina - 18 de maio

«Deus não requer obras extraordinárias; só deseja amor», Beata Blandina Merten.
     Nona de dez irmãos, nasceu em Düppenweiler de Saarland (Alemanha), a 10 de julho de 1883. Foi batizada dois dias após o nascimento com o nome de Maria Madalena. Seus pais, João Merten e Catarina Winter, eram humildes agricultores, mas muito estimados por suas virtudes cristãs.
       Na família predominava a educação religiosa. Eram práticas habituais o Terço, a Missa e os Sacramentos. Aos 12 anos, Maria Madalena, segundo o costume da época, fez a Primeira Comunhão e recebeu o Crisma pouco depois. A partir deste momento a devoção à Eucaristia influiria beneficamente em toda a sua vida.
       Terminou seus estudos brilhantemente com alta classificação no Instituto de Magistério de Marienau em Vallendar, obtendo o diploma de professora. Lecionou em Morscheid, Hunsrück de 1902 a 1908. Tornou-se verdadeiramente um modelo de mestra católica pela bondade e saber, pela prudência e dedicação.
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     As crianças, particularmente as mais pobres, eram as visadas pela sua bondade. Seu trabalho junto a elas era completo: roupa, alimento, ensino, tudo realizado com uma delicadeza proverbial e generosidade. Além do saber acadêmico, sua visão iluminada pela Fé auxiliava-a na orientação de suas alunas no caminho do amor ao Nosso Redentor e a sua Mãe Ssma.
       Entretanto, o "vem e segue-Me" do Divino Mestre ecoou em boa hora na sua alma bem-disposta. E assim, aos 25 anos, no dia 2 de abril de 1908, junto com sua irmã Elise, deu entrada no Instituto das Ursulinas de Calvarienberg, em Ahrweiler. Tomou o nome de Irmã Blandina do Sagrado Coração, e emitiu os primeiros votos a 3 de novembro de 1910.
     Seu diretor espiritual, o padre jesuíta Merk, autorizou que aos seus votos de pobreza, castidade e obediência ela acrescentasse o de “ser vítima”. É preciso valentia e fortaleza, muito amor para enfrentar a dor de viseira erguida, e Irmã Blandina possuía estas graças. Ela própria, na altura da profissão perpétua, a 4 de novembro de 1913, escreveu o seguinte: "Nesse dia consagrei-me ao Divino Redentor e tenho por certo que Ele aprovou o sacrifício".
       De novo lançada nas tarefas do ensino, continuou dando provas de muita competência e de singulares virtudes. Como autêntico modelo de mestra católica e credora da estima geral, sobressaíram na Irmã Blandina Merten as seguintes qualidades e virtudes: grande espírito de fé e de oração, vivo amor à Eucaristia e à Santíssima Virgem, singular dedicação ao trabalho e aos alunos.
      A sua piedade e modéstia, a sua delicadeza e pureza  granjearam-lhe o apelido de "anjo" entre os seus semelhantes desde tenra idade. O cumprimento fiel dos seus deveres profissionais, como professora, estava unido à incessante aspiração à santidade pessoal.
       De fato, tão relevante espiritualidade há de atribuir-se antes de mais ao espírito de oração, à contemplação das verdades divinas, à devoção a Cristo Sacramentado e ao seu Divino Coração.
      O caminho terrestre da Irmã Blandina não seria longo. Foi destinada à escola de Saarbrücken, e ali apareceram os primeiros sintomas de uma doença pulmonar incurável na época. Em 1910, por indicação médica, foi transferida para Tréveris, onde ainda pôde prosseguir lecionando. Mas no outono de 1916, a saúde agravou-se, teve de ser trasladada para o hospital das Irmãs doentes, em Merienhaus.
      A última fase da vida passou-a em permanente colóquio de amor com Deus, a quem toda se ofereceu. Como a enfermaria ficava próxima da capela, com grande dose de conformidade, paciência e paz interior, ela dizia: “Jesus e eu somos vizinhos!” Nem a solidão nem as dores lhe puderam roubar o sorriso e a paz interior. “A dor - dizia ela – é a melhor escola do amor”.
     Pode dizer-se que a Irmã Blandina não fez coisas extraordinárias, mas sim que executou extraordinariamente os seus deveres quotidianos.  Aos 35 anos de idade e 11 de vida religiosa, faleceu placidamente com o nome de Jesus nos lábios, no dia 18 de maio de 1918, há exatamente 100 anos! Foi beatificada em 1º de novembro de 1987. 
O convento das Ursulinas
AAS 76 (1984) 185-8; 80 (1988) 961-4 – Cf. Pe. José Leite, S.J. Santos de cada dia.
http://es.catholic.net/op/articulos/36098/blandina-merten-beata.html#

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