quarta-feira, 17 de julho de 2024

REFLETINDO A PALAVRA - “Deus dos vivos”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
“A Ressurreição transforma”
 
No evangelho de hoje Jesus ensina alguns pontos fundamentais de sua doutrina. Afirma a ressurreição dos mortos e seu sentido. A esperança na ressurreição é superior a todos os sofrimentos, como lemos no suplício dos sete irmãos e sua mãe. Este texto de Macabeus é colocado para explicar que a ressurreição dos mortos conduz à vida eterna: “Um dia Deus nos ressuscitará” (2Mc 7,14). Os saduceus, que não acreditavam na ressurreição. Para provocar Jesus, apresentam o caso de uma mulher que se casou com sete irmãos um após o outro, e não teve filho com nenhum e também ela morreu. Era uma lei para os judeus que o irmão devia dar descendência ao irmão que falecera sem filhos. De quem será esposa, se foi esposa dos sete? Jesus acena à visão de Moisés na qual Deus se chama de o Deus de Abraão, Isaac e Jacó. Quer dizer que são vivos. Assim também, para nós que ressuscitaremos, o modo de vida é diferente, pois é vida de ressuscitados. A vida é a mesma, mas de outro modo e é total. Nela, o espiritual preenche totalmente o ser humano. Vamos nos conhecer e amar muito mais, pois nos conhecemos em Deus que é o Total da Vida. O povo pergunta: “Vou encontrar e conhecer os meus queridos que se foram?” Não os conheceremos na fragilidade humana, mas na grandiosidade Divina que é muito mais. O conhecimento será muito maior, pois é a vida de imortais. Seremos como os Anjos. O gozo espiritual é infinito, pois supera tudo o que um coração humano possa desejar e sonhar. Seremos nós, mesmos, na dimensão da participação de Deus. Jesus afirma que a vida não termina aqui e que a vida futura não é igual à que temos agora, mas lhe é superior. Se o humano, físico, afetivo são maravilhosos, quanto mais será o conhecimento espiritual. 
Missão de anunciar a Vida. 
A leitura do martírio dos sete irmãos e de sua mãe, mostra a fortaleza diante do sofrimento e a certeza que vale mais perder a vida e ter ressurreição que desobedecer uma lei de Deus. Nada vale mais que o amor obediente a Deus. Isto já é uma proclamação da Vida Eterna. Uma fé só será robusta e saudável na medida em que preferirmos o bem maior às satisfações passageiras. Não crer na ressurreição é um convite muito claro a escolher o caminho de morte. Nada justifica a vida se não houver ressurreição. Nós vimos esta mesma fortaleza nos mártires de todos os séculos. Depois de dado momento de seu sofrimento, recebem um dom de fortaleza imenso, pois se unem ao Cristo que sofre neles. Continuamos em nosso corpo o que falta ao Corpo de Cristo que é a Igreja (Cl 1,24). Fazemos nossa parte de sofrimento porque cremos na glória da Ressurreição. Esta força nós a conquistamos na oração pela qual nos robustecemos e pela qual ajudamos a pregação do evangelho da Vida. O Senhor conduz os corações para o amor de Deus. 
Ressurreição começa agora 
Jesus diz que quem crê tem a vida eterna (Jo 6,47). E também: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6,54). Pela fé e pelo sacramento da Eucaristia temos a garantia da ressurreição para a vida eterna. Esta começa aqui, pois somos transformados. Vivendo a Ressurreição estamos a serviço do Senhor e seu Reino: “inteiramente disponíveis nos dediquemos ao vosso serviço” (Oração). Celebrar para viver (Oferendas). Para isso pedimos que perseverem na sinceridade do vosso amor aqueles que foram fortalecidos pela infusão do Espírito Santo. 
Leituras: 2 Macabeus 7,1-2.9-14;Salmo 16; 
2Tessalonicenses 2.16.3,5Lucas 20,27-38 
1. Jesus ensina sobre a ressurreição dos mortos e seu sentido. A liturgia usa o texto do suplício dos irmãos Macabeus para explicar que a ressurreição conduz à vida eterna. Os saduceus que não acreditavam na ressurreição apresentam um caso a Jesus para testá-lo. Explica que Deus é dos vivos e não dos mortos. A vida dos ressuscitados é a mesma, mas diferente, superior. Não mais o corporal domina a pessoa, mas o espiritual. É um ganho, pois leva o ser humano à plenitude. 
2. A leitura de Macabeus mostra a fortaleza diante do sofrimento e a certeza que vale mais perder a vida e ter a ressurreição que desobedecer a lei de Deus. É uma proclamação da Vida Eterna. A fé será robusta quando preferimos o bem às satisfações passageiras. Nosso sofrimento está unido ao de Cristo para o bem da Igreja. Nós nos robustecemos na oração. 
3. A Ressurreição começa agora. Quem crê tem a vida eterna. Quem come a carne e bebe o sangue de Cristo tem a vida eterna e será ressuscitado no último dia. Aqui começa nossa transformação. Vivendo a Ressurreição estamos a serviço do Senhor e de seu reino. Somos fortalecidos pela efusão do Espírito Santo. 
Gato de milhões de vidas. 
O povo diz que o gato tem sete vidas. É duro de morrer. Quem crê em Jesus tem milhões de vidas, isto é, vive para sempre. A vida presente é muito boa, com muitos prazeres. Mas a gente morre. A vida não acaba, mesmo tendo que passar problemas aqui na terra, como nos escreve Paulo. Deus dá a consolação. Na vida eterna a bondade da vida continua e muito mais. Os saduceus contaram a Jesus a historia de uma mulher que teve sete casamentos. De quem será esposa no Céu? Jesus diz que no Céu não termina a felicidade, mas ela é diferente, muito maior. É uma felicidade de Anjos, pois não teremos mais a carne como temos agora. Se as coisas humanas passageiras são boas. Imaginemos a consistência das espirituais que são eternas! Por isso, vemos na primeira leitura, vale a pena ser fiel a Deus e a sua lei, mesmo se morrermos por isso, com a esperança na vida eterna. 
Homilia do 32º Domingo Comum (10.11.2013)

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