Rezemos pelas vocações! No mês de agosto rezamos pelas vocações para que haja mais sacerdotes, religiosos e leigos empenhados. Deus ouve todas essas preces, pois Jesus mesmo disse: “A colheita é grande, mas os operários são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie operários para sua colheita” (Lc 10,2). Por que pedir operários? Não somos nós os responsáveis pela manutenção dos operários da messe? Deus está sempre convocando nas diversas horas do dia, como diz Jesus na parábola (Mt 20,1-16). Deus é o dono da colheita. É Ele quem envia os operários. Ele sabe quem é apto à missão. Por isso conceda o dom. Para que haja um verdadeiro serviço no Reino, o fundamental não é olhar a obra, mas o senhor, o dono da messe. A opção primeira é por Jesus. Eu tenho que escolher Jesus e depois escolher o Evangelho como vida e modo de viver. Se tivermos essa opção por Cristo e por seu Evangelho, podemos ter uma autêntica a vocação. Quem sabe se as crises vocacionais, mesmo do casamento, não devam à falta desta opção. Optar por Cristo é optar pelo modo como Ele viveu. São Paulo diz: “Não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, a fim de poderdes discernir qual é a vontade de Deus” (Rm 12,2). Para viver como Ele viveu, é preciso profunda conversão. Não é possível viver pedaços do Reino de Deus. Viver a fé é opção de vida,como um todo. Escrevemos um evangelho particular para nós. Quando dizemos que Deus escolheu, chamou, enviou, não podemos nos esquecer que o chamado primeiro é para o seguimento de Jesus. Sem esse, vocação pode se tornar profissão.
Escolhas de um caminho
Se escolhermos Cristo, escolhemos seu modo de servir. O serviço de Cristo é o serviço do amor. Ama aquele que dá a vida. “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida (Jo 15,13). Na escolha do caminho a seguir, nós escolhemos o AMOR como vocação. Deus nos chama para amar. Por isso cantamos: “A maior vocação é amar”. A opção por Cristo, como razão da vida, inclui o evangelho do amor. Amar é o modo de corresponder ao chamado de Cristo. Seu amor era total e concreto, não uma teoria. Amou dando a vida. Esse amor penetrava todos seus atos. Quando dizemos que sentiu compaixão da multidão (Mt 15,32), dizemos que seu amor O conduzia a sentir a necessidade do povo. Por isso fazia os milagres e acolhia as pessoas. Ninguém jamais amou como este homem.
Onde servir melhor
Depois que fazemos a escolha de Cristo como vida e o amor como sendo a meta de nossa felicidade, então podemos fazer a escolha da vocação, seja sacerdotal ou religiosa ou matrimonial ou laica ou mesmo tipos de trabalhos voluntários no Reino de Deus. A pergunta fundamental que se deve fazer é: “onde vou amar mais”. É ali que vou ser feliz. Já conhecemos a frase: A felicidade não está onde buscamos, mas onde a colocamos. Encontraremos A felicidade no amor. Vou ser feliz quando estou realizando o amor de Cristo. O amor sustenta nosso interior e não somente nos dá algumas satisfações. A vocação nascida do amor será consistente. Problemas acontecerão. E serão resolvidos no amor. A cruz que Cristo carregou, está presente na vida do discípulo. Não haverá vocação sem cruz, pois ela é o sinal da escolha de Cristo no amor. Jesus na cruz: assim que se ama.
ARTIGO REDIGIDO E PUBLICADO
EM JULHO DE 2011
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