Evangelho segundo São Marcos 16,9-15.
Jesus ressuscitou na manhã do primeiro dia da semana e apareceu em primeiro lugar a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demónios.
Ela foi anunciar aos que tinham andado com Ele e estavam mergulhados em tristeza e pranto.
Eles, porém, ouvindo dizer que Jesus estava vivo e fora visto por ela, não acreditaram.
Depois disto, manifestou-Se com aspeto diferente a dois deles que iam a caminho do campo.
E eles correram a anunciar aos outros, mas também não lhes deram crédito.
Mais tarde apareceu aos Onze, quando eles estavam sentados à mesa, e censurou-os pela sua incredulidade e dureza de coração, porque não acreditaram naqueles que O tinham visto ressuscitado.
E disse-lhes: «Ide por todo o mundo e proclamai o Evangelho a toda a criatura».
Tradução litúrgica da Bíblia
São João Paulo II(1920-2005)papa
Carta apostólica
«Novo millennio ineunte»,§58
( trad. © Libreria Editrice Vaticana)
«Ide por todo o mundo e proclamai
o Evangelho a toda a criatura»
Duc in altum! Sigamos em frente, com esperança! Diante da Igreja abre-se um novo milénio, qual vasto oceano onde aventurar-se com a ajuda de Cristo. O Filho de Deus, que encarnou há dois mil anos por amor do homem, continua também hoje em ação: tenhamos um olhar perspicaz para contemplá-la, e sobretudo um coração grande para nos tornarmos instrumentos dela. Porventura não foi para tomar renovado contacto com esta fonte viva da nossa esperança que celebrámos o ano jubilar? Agora Cristo, por nós contemplado e amado, convida-nos uma vez mais a pomo-nos a caminho: «Ide, pois, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo» (Mt 28,19). O mandato missionário introduz-nos no terceiro milénio, convidando-nos ao mesmo entusiasmo dos cristãos da primeira hora; podemos contar com a força do mesmo Espírito que foi derramado no Pentecostes, e que nos impele hoje a partir de novo, sustentados pela esperança que «não nos deixa confundidos» (Rom 5,5).
No princípio deste novo século, o nosso passo tem de fazer-se mais lesto, para percorrer as estradas do mundo. As sendas por onde caminha cada um de nós e cada uma das nossas igrejas são muitas, mas não há distância entre aqueles que estão intimamente ligados pela única comunhão, a comunhão que cada dia é alimentada à mesa do pão eucarístico e da palavra de vida. Cada domingo, Cristo ressuscitado marca encontro connosco no Cenáculo, onde, na tarde do «primeiro dia depois do sábado» (Jo 20,19), apareceu aos seus «soprando» sobre eles o dom vivificante do Espírito e iniciando-os na grande aventura da evangelização.
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