Evangelho segundo São João 1,29-34.
No dia seguinte ao seu primeiro testemunho, João Batista viu Jesus, que vinha ao seu encontro, e exclamou: «Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
É dele que eu dizia: "Depois de mim vem um homem, que passou à minha frente, porque era antes de mim".
Eu não O conhecia, mas foi para Ele Se manifestar a Israel que eu vim batizar na água».
João deu este testemunho, dizendo: «Eu vi o Espírito Santo descer do Céu como uma pomba e permanecer sobre Ele.
Eu não O conhecia, mas quem me enviou a batizar na água é que me disse: "Aquele sobre quem vires o Espírito Santo descer e permanecer é que batiza no Espírito Santo".
Ora, eu vi e dou testemunho de que Ele é o Filho de Deus».
Tradução litúrgica da Bíblia
São Romano
o Melodista (560),
compositor de hinos
2.ºhino para a Epifania,1,3,8
«Para aqueles que habitavam na sombria região da morte, uma luz se levantou»
Sobre Adão, cego no Éden, ergue-se um sol, que surgiu em Belém e que lhe abriu os olhos, lavando-os nas águas do Jordão. Sobre aquele que jazia na sombra e nas trevas, elevou-se a luz que nunca mais se extinguirá. Acabou para ele a noite, para ele tudo é dia; chegou para ele o momento da aurora, porque foi ao crepúsculo que ele se escondeu, como diz a Escritura (Gn 3,8). Aquele que caíra ao entardecer encontrou a aurora que o ilumina, escapou à escuridão, avança em direção à manhã que se manifestou e que tudo ilumina. [...]
Canta, Adão, canta e adora Aquele que vem a ti; quando te afastavas, Ele manifestou-Se a ti para que pudesses vê-lo, tocar-Lhe, acolhê-lo. Aquele que temias quando foste enganado fez-Se por ti semelhante a ti. Desceu à Terra para te levar para o Céu, tornou-Se mortal para que tu te tornasses Deus e te revestisses da tua beleza inicial. Desejando abrir-te de novo as portas do Éden, habitou em Nazaré. Por tudo isso, canta-Lhe, ó homem, glorifica com salmos Aquele que Se manifestou e que tudo iluminou. [...]
Os olhos dos filhos da Terra receberam a força de contemplar o rosto celeste; os olhos dos seres de barro (Gn 2,7) viram o brilho sem sombras da luz imaterial, que os profetas e os reis não viram, mas desejaram ver (Mt 13,17). O grande Daniel foi chamado homem de desejos porque desejou contemplar Aquele que nós contemplamos; e também David esperou este decreto. Aquilo que estava oculto pode agora ser compreendido: é que Ele manifestou-Se e tudo iluminou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário