segunda-feira, 30 de setembro de 2019

PREOCUPAÇÕES, PARA QUÊ?

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
REDENTORISTA
Um rapaz foi convocado para a guerra. Para se acalmar, começou a refletir. 
-Duas coisas podem acontecer: 
Ser mandado para a linha de frente ou não. 
Se não for mandado para a linha de frente, tudo OK. 
Se for mandado, de duas uma:
Poderei ficar ferido ou não. 
Se não ficar ferido, ótimo. 
Se ficar ferido, novamente duas coisas poderão acontecer: 
O ferimento poderá ser grave ou leve. 
Se for leve, menos mal.  
Se for grave, duas coisas ainda podem acontecer: 
Posso sarar e posso morrer.
Se sarar, ainda bem. 
Se morrer, acabaram-se as preocupações. 
Por que se preocupar desse jeito?
Palavra de vida: “Não vos preocupeis com o dia de amanhã... A cada dia basta o seu fardo” (Mt 6,34).

REFLETINDO A PALAVRA - “Lucros de um comércio”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
51 ANOS CONSAGRADO
44 ANOS SACERDOTE
1951. Não perder o que é bom 
Quando contemplamos uma comunidade onde há um santuário, como no caso Aparecida, vemos que não somos diferentes de tantos outros santuários do mundo, mesmo da antiguidade. Em Delfos santuário dedicado a Apolo. Encontramos em Atos dos Apóstolos a revolta dos ourives contra Paulo, em Êfeso, devido à pregação contra os ídolos. Ali era cultuada a deusa Diana. Havia um rendoso comércio de estátuas de ouro da deusa (At 19,23-40). Não vamos entrar na questão de imagens, que não vem ao caso. Mas da participação na venda de objetos “sagrados”, inclusive livros de piedade, formação ou Bíblias. Não ignoramos que o comércio traz seus grandes problemas da corrupção, tapeação e exploração sobretudo dos humildes. Não é isso também que nos interessa. É uma questão negativa da qual se espera a conversão. Existe, contudo, ao lado do negativo algo muito positivo. O comércio em volta dos santuários é um serviço prestado que tem que ter sua remuneração. Dá serviço e emprego para grande parte da população. Há muitos pobres que sobrevivem com ele. O comércio religioso faz parte da pastoral do conjunto de um movimento religioso ou de um centro de piedade como o santuário. É natural que o peregrino tenha um suporte em sua viagem religiosa. Vamos procurar o sentido positivo e tirar dele o “lucro espiritual”. Com esse podemos restaurar. 
1952. Buscando sentido 
Temos que compreender e buscar o sentido mais profundo. Podemos perguntar: o trabalho do comerciante fica somente no lucro que recebe? E os comerciantes ficam somente ao sabor do movimento? Um aspecto positivo é o bem que o vendedor realiza, dando ao fiel a possibilidade de ter acesso a uma imagem ou outros símbolos religiosos. É uma caridade. Entra aqui toda a corrente de produção, desde o mais humilde operário, até os artistas renomados. Caridade não é só esmola, mas fazer o bem onde for preciso, adiantando-se à vezes. Assim ajuda o irmão a ter acesso a seu objeto religioso e contribuir com a sua oração. Mas também, o comerciante e todos os outros que colaboram com a devoção, participam do bem que esse objeto vai fazer à pessoa. Por exemplo: esse terço, imagem ou Bíblia que você “vendeu” (antigamente se dizia trocou, pois religião não se compra) vão ser úteis para muita oração. A imagem vai ser um ponto que levará a pessoa ao encontro com Deus. O vendedor não estará ausente. Essa oração ela retorna a você também. Alguém pode dizer: eu não acredito em nada. Mas Deus acredita em você, no bem que você fez e faz. Certamente que, quanto mais consciência tenho, maior pode ser a participação. Um dia você verá. 
1953 Somos muitos membros 
Isso acontece pela a união de todos no Corpo de Cristo. O que um faz serve para todos. Em Cristo não há transmissão de nossos males. O Espírito que dá união e coalizão de todos vai a todos. O bem que é feito se multiplica. Do bem só sai o bem. Desse modo podemos agradecer e estimular que todos os comerciantes façam sua parte tomando consciência do bem que fazem e do bem que usufruem. Quanto mais eu santifico essas ações tão materiais, através de boas palavras e bom acolhimento, tanto maior será o bem que fará. Por exemplo: ao vender uma imagem pode-se dizer que o santo escute sua oração ou abençoe. Que a Palavra penetre a vida. Esse intercâmbio espiritual torna-se sempre mais uma evangelização e um louvor a Deus. Por que deixar de lado nossa parte? Deus não deixa a Dele de lado dando os frutos de nosso trabalho.

EVANGELHO DO DIA 30 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 9,46-50. 
Naquele tempo, houve uma discussão entre os discípulos sobre qual deles seria o maior. Mas Jesus, que lhes conhecia os sentimentos íntimos, tomou uma criança, colocou-a junto de Si e disse-lhes: «Quem acolher em meu nome uma criança como esta acolhe-Me a Mim; e quem Me acolher acolhe Aquele que Me enviou. Na verdade, quem for o mais pequeno entre vós esse é que será o maior». João tomou a palavra e disse: «Mestre, vimos um homem expulsar os demónios em teu nome e quisemos impedi-lo, porque ele não anda connosco». Mas Jesus respondeu-lhe: «Não lho proibais, pois quem não é contra vós é por vós». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Concílio Vaticano II 
Declaração «Nostra Aetate», sobre as relações da Igreja com as religiões não cristãs, § 5 «Impedi-lo, porque ele não anda connosco». 
Não podemos invocar Deus como Pai comum de todos se nos recusarmos a tratar como irmãos alguns homens, criados à sua imagem. A relação do homem com Deus Pai e a sua relação com os outros homens, seus irmãos, estão de tal maneira ligadas, que a Escritura afirma: «quem não ama, não conhece a Deus» (1Jo 4,8). Carece, portanto, de fundamento toda a teoria ou modo de proceder que introduza entre homem e homem ou entre povo e povo qualquer discriminação quanto à dignidade humana e aos direitos que dela derivam. A Igreja reprova, por isso, como contrária ao espírito de Cristo, toda e qualquer discriminação ou violência praticada por motivos de raça ou cor, condição ou religião. Consequentemente, o sagrado Concílio, seguindo os exemplos dos santos Apóstolos Pedro e Paulo, pede ardentemente aos cristãos que, «observando uma boa conduta no meio dos homens» (1Ped 2,12), se possível, tenham paz com todos os homens (Rom 12,18), quanto deles depende, de modo que sejam na verdade filhos do Pai que está nos céus (Mt 5,45).

SÃO JERÕNIMO: TRADUTOR DA BÍBLIA

São Jerônimo nasceu em Estridão por volta de 330. Cursou estudos em Roma, e lá foi batizado. Em 373 estava de volta à sua pátria, indo depois para o deserto de Cálcis onde um judeu convertido ensinou-lhe o hebreu. Em Antioquia é ordenado sacerdote por Paulino. Em 380 vai com ele a Roma. O papa Dâmaso tomou-o como confidente e ele aproveitou para aperfeiçoar seu hebraico com um rabino. 
- Empreende uma peregrinação aos lugares santos. Em 396 se instala em Belém fundando uma erudita comunidade monástica. 
- É um dos grandes padres da Igreja do ocidente. Passou parte da sua vida no oriente, sobretudo em Belém. O papa São Dâmaso chamou-o a Roma e encarregou-o de realizar uma versão latina da Bíblia, que seria depois conhecida pelo nome de Vulgata, e foi a versão empregada na Liturgia romana até o século XX. 
- Seu caráter duro e apaixonado granjeou-lhe muitos inimigos. Por outra parte, praticou uma ascese exigente consigo mesmo, e seus escritos mostram sua profunda piedade e seu grande amor à Sagrada Escritura, à qual dedicou enormes esforços até os últimos anos em Belém, como monge.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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JERÓNIMO DE STRIDON Padre e Doutor da Igreja, Santo ca. 340-420

São Jerónimo é contado entre os maiores Doutores da Igreja dos primeiros séculos. De cultura enciclopédica, foi escritor, filósofo, teólogo, retórico, gramático, dialéctico, historiador, exegeta e doutor como ninguém, nas Sagradas Escrituras. Jerónimo nasceu na Dalmácia, hoje Croácia, por volta do ano 340. Tendo herdado dos pais pequena fortuna, aproveitou para realizar sua vocação de amante dos estudos. Para este fim, viajou para Roma, onde procurou os melhores mestres de retórica e onde passou a juventude um tanto livre. Recebeu o baptismo do papa Libério, já com 25 anos de idade. Viajando pela Gália, entrou em contacto com o monacato ocidental e retirou-se com alguns amigos para Aquiléia, formando uma pequena comunidade religiosa, cuja principal actividade era o estudo da Bíblia e das obras de Teologia. Jerónimo tinha um carácter indómito e gostava de opções radicais; desejou, portanto, conhecer e praticar o rigor da vida monacal que se vivia no Oriente, pátria do monaquismo. 
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30 de Setembro - São Gregório, o iluminador

Gregório nasceu na cidade de Valarxabad, na Armênia, por volta do ano 257. Seu pai matou o rei da Armênia, seu parente, numa conspiração com o reino da Pérsia, que assumiu o poder. Os soldados armênios encontraram o assassino do monarca e o executaram com toda a família, exceto o filho de um ano de idade, Gregório. O rei persa assumiu o trono da Armênia, não sem antes matar toda a família real. Entretanto o príncipe sucessor, Tirídates, e sua irmã, ainda crianças, conseguiram ser poupados, sendo enviados para Roma, onde receberam uma educação pagã digna da nobreza da época. O pequeno monarca recebeu, também, esmerada formação militar, destacando-se pela valentia. Ao mesmo tempo, Gregório foi enviado para a Cesarea da Capadócia, onde recebeu educação e formação cristã.
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Beata Felícia Meda, Abadessa Clarissa - 30 de setembro

Não há uma fonte segura que permita estabelecer o local de nascimento de Felícia Meda, nem sua família de origem; sabe-se, entretanto, que ela nasceu por volta de 1378. O erudito Gallucci diz que ela era originária de Meda (não distante de Novara, Itália), mas o comentário das Acta sanctorum (pp. 752-754) conclui que Milão era sua cidade natal. A tradição erudita dos Frades Menores refere que ela teve um irmão e uma irmã, também ela Clarissa, mas sem documento comprobatório. Ela era a filha mais velha e quando ficaram órfãos prematuramente, Felícia se tornou “mãe” dos irmãos menores, cuidando de sua educação, dedicando a eles sua juventude. Aos 12 anos fizera voto de castidade, consagrando seu corpo a Deus. Mas foi somente depois dos 20 anos, por volta de 1398 - 1400, quando sua tarefa de cuidar dos irmãos terminou, que ela pode ingressar no convento das Clarissas de Santa Úrsula, em Porta Vercelesse. 
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE SETEMBRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém.
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Segunda-feira – Santos: Jerônimo, Gregório, o Iluminador
Evangelho (Lc 9,46-50) “Houve entre os discípulos uma discussão, para saber qual deles seria o maior.”
Lendo o evangelho, tenho a impressão que mais vezes os discípulos andaram discutindo sobre isso. E depois a discussão continuou entre cardeais, bispos e teólogos. E também em nossas pequenas comunidades e famílias. A vaidade, o orgulho, a vontade de mandar estão sempre a nos ameaçar. Temos de acreditar que tudo será melhor somente se cada um se colocar a serviço dos outros.
Oração
Senhor Jesus, Filho de Deus, dissestes que viestes para servir e não para ser servido (Mt 20:28). Até mesmo morrestes por nós. Vejo que, se queremos ser discípulos, não podemos agir de outro modo. É preciso, porém, que mudeis nosso coração, sempre levado por orgulho e tolas vaidades. Ajudai-nos a ser disponíveis, colocando-nos a serviço antes ainda de sermos procurados. Amém.

domingo, 29 de setembro de 2019

CONTRABANDO NO CÉU?

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
REDENTORISTA
Certo dia, caminhando com São Pedro pelas alamedas floridas no céu, Jesus notou no meio dos bem-aventurados, algumas pessoas que tiveram conduta muito duvidosa na terra. Apontando para este e aquele, jogou uma saraivada de perguntas em cima de São Pedro, o velho porteiro: 
- Quem são esses sujeitos aí? Nunca os vi na igreja. Nunca os vi fazendo alguma coisa que prestasse. Por onde passaram? 
- Eu não estou sabendo de nada, Jesus. 
- Você não é meu porteiro de confiança? Quantas portas temos aqui? 
- Uma só, Jesus. Não sei de outra. 
- Então! Como se explica essa invasão? Não relaxe o seu ofício de porteiro. Se quiser aumento de salário, fale sem rodeios. 
- Jesus, respondeu Pedro com firmeza, eu vigio bem a porta. Enquanto eu saiba, não existe outra. Quer que lhe explique toda a verdade? Só me admiro como o senhor ainda não viu. Ou não quis ver.
Aproximando-se mais de Jesus e segredando no seu ouvido para que ninguém escutasse, continuou: 
- Eu fecho bem a porta, mas... tua Mãe abre a janela. 
Palavra de vida: Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém!

Homilia do 26º Domingo Comum (29.09.19)

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
51 ANOS CONSAGRADO
44 ANOS SACERDOTE
“A justiça do Reino”
Deus ouve 
A Palavra de Deus nos faz uma descrição muito clara e sempre atual da justiça de Deus e da justiça humana. Essas estão sempre presente na sociedade. Ela nos questiona sobre nossas atitudes. Não podemos dizer: “Isso não vale para mim”. Somos questionados não pelo que possuímos, mas pelo olhar míope diante das realidades. É muito triste ver só a si mesmo. É impossível dar um passo adiante no projeto humano de ser fraterno. Não basta ser social. O texto do profeta Amós, homem experiente de humanidade, relata a atitude dos ricos de seu tempo, de modo particular em Samaria. Jesus tem diante dos olhos a situação dos ricos e dos pobres. O rico “se vestia com roupas finas e elegantes e fazia festas esplêndidas todos os dias” (Lc 16,19). O profeta relata a vida folgada dos ricos de Samaria. Eram nababos. Só o prazer e a vida fácil. A riqueza lhes proporciona a vida folgada. A primeira leitura descreve como viviam esses ricos. O problema não se trata de terem riqueza, mas de não se preocuparem com a ruína do povo. O povo estava destruído. Não era problema dos “gozadores” (Am 6,6). Deus ouve o clamor dos fracos que os leva ao louvor: “O Senhor é fiel para sempre, faz justiça aos oprimidos, dá alimento aos famintos, é o Senhor quem liberta os cativos. Ampara o órfão e a viúva” (Sl 145). É o Senhor que acolhe Lázaro. Na língua hebraica, esse nome significa: aquele que Deus ouve. Os olhos de Deus buscam os que sofrem. Deus é o responsável “jurídico” porque, amorosamente os toma sob seu cuidado (145,7). Lázaro morre e é levado pelos anjos ao seio de Abraão, o Céu. 
Inversão de valores 
Lázaro vai para o Céu e, o rico foi enterrado... no meio dos tormentos, viu Abraão e Lázaro ao seu lado (23). Abraão mostra a mudança de lado: “Filho, lembra-te que tu recebeste teus bens durante a vida e Lázaro, por sua vez os males. Agora ele encontra aqui consolo e tu és atormentado. A seguir o texto tem um diálogo no qual o rico, vendo a impossibilidade de ser aliviado, pede a Abraão que mande Lázaro para avisar os familiares para preveni-los. O texto mostra que não há essa possibilidade de refazer a vida depois da morte, pois é definitivo. Também mostra que não há esse trânsito entre Céu e terra e inferno. Mas a palavra que se torna solução para o rumo certo da vida, como diz o rico condenado ao inferno: se um morto for a eles, se converterão. Abraão dá a resposta clara: “Se não escutam Moisés e os profetas, eles não acreditarão, mesmo que alguém ressuscite dos mortos” (Lc 16,23-31). A conversão verdadeira não se dá pelo medo, mas pela Palavra de Deus. Só ela pode tocar os corações e provocar a mudança. Os pobres não foram levados para o exílio. E continuam a esperança do Messias. 
O caminho do justo 
Todos nós passamos as lutas por meio da fé viva. Paulo formara seus colaboradores na firmeza da fé, não deixa de insistir com Timóteo para viver bem: “Tu, que és um homem de Deus, foge das coisas perversas, procura a justiça, a piedade, a fé, o amor, a firmeza a mansidão... guarda teu mandato íntegro e sem mancha até a manifestação gloriosa de Cristo (1 Tm 6, 11.14). Todos vivemos as mesmas situações dos profetas. Jesus toma esse tema em sua parábola. O grande problema é não ver a situação do povo. O rico dos banquetes nem deve ter visto Lázaro na porta. O desconhecimento da realidade do povo é um assassinato programado e apoiado pelos donos do mundo. É um mal que não se cura. A insensibilidade do homem para com o sofrimento do pobre é um dele aos olhos de Deus. 
Leituras: 6,1,1ª.4-7;Salmo 145;
1 Timóteo 6,11-16;Lucas 16,19-31. 
1. O problema não é ter riqueza, mas de não se preocupar com a ruína do povo na pobreza. 
2. Só a Palavra de Deus pode tocar os corações e provocar a mudança. 
3. O desconhecimento da realidade do povo é um assassinato programado e apoiado pelos donos do mundo. 
Miopia espiritual
Como é triste ser cego. Pior é ser cego de olhos abertos. Não se ver, nem se julgar, é sinal de um triste fim. “Lembra-te de teu fim e viverás, e jamais pecarás” (Eclo 7,36). A festa dos ricos impressionava por sua fartura. Os cães conheciam Lázaro. Pobre sempre tem cachorro. Lambiam suas feridas para sua cura. Era seu único remédio. O que os folgados não faziam, faziam os cães. A parábola de Jesus é um ensinamento sobre a coerência de vida e o fim último do homem e sua situação. Não acreditamos mais nessa linguagem de inferno. Mas é bom prevenir, pois, pode ser que, chegando lá ele exista. Melhor prevenir e se educar pela palavra de Deus.

EVANGELHO DO DIA 29 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 16,19-31. 
Naquele tempo, disse Jesus aos fariseus: «Havia um homem rico, que se vestia de púrpura e linho fino e se banqueteava esplendidamente todos os dias. Um pobre, chamado Lázaro, jazia junto do seu portão, coberto de chagas. Bem desejava saciar-se do que caía da mesa do rico, mas até os cães vinham lamber-lhe as chagas. Ora sucedeu que o pobre morreu e foi colocado pelos Anjos ao lado de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado. Na mansão dos mortos, estando em tormentos, levantou os olhos e viu Abraão com Lázaro a seu lado. Então ergueu a voz e disse: ‘Pai Abraão, tem compaixão de mim. Envia Lázaro, para que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nestas chamas’. Abraão respondeu-lhe: ‘Filho, lembra-te que recebeste os teus bens em vida, e Lázaro apenas os males. Por isso, agora ele encontra-se aqui consolado, enquanto tu és atormentado. Além disso, há entre nós e vós um grande abismo, de modo que se alguém quisesse passar daqui para junto de vós, ou daí para junto de nós, não poderia fazê-lo’. O rico insistiu: ‘Então peço-te, ó pai, que mandes Lázaro à minha casa paterna – pois tenho cinco irmãos – para que os previna, a fim de que não venham também para este lugar de tormento’. Disse-lhe Abraão: ‘Eles têm Moisés e os Profetas: que os oiçam’. Mas ele insistiu: ‘Não, pai Abraão. Se algum dos mortos for ter com eles, arrepender-se-ão’. Abraão respondeu-lhe: ‘Se não dão ouvidos a Moisés nem aos Profetas, também não se deixarão convencer, se alguém ressuscitar dos mortos’».
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Agostinho(354-430) 
bispo de Hipona (norte de África), 
doutor da Igreja 
Discursos sobre os salmos,Sl85;CCL39,1178 
«Deus olha para o coração» (1Sam 16,7)
Terá o pobre sido recebido pelos anjos unicamente devido à sua pobreza? E terá o rico sido enviado para o lugar dos tormentos apenas pela sua riqueza? Não. No caso do pobre, o prémio foi para a humildade, e no caso do rico, a condenação foi para o orgulho. Eis a prova de que não foi a riqueza mas o orgulho que levou a que o rico fosse castigado. O pobre foi levado para o seio de Abraão; ora, as Escrituras dizem de Abraão que ele tinha muito ouro e prata e que era rico na Terra (Gn 13,2). Mas, se todos os ricos são enviados para o lugar dos tormentos, como pôde Abraão receber o pobre no seu seio? Acontece que Abraão, com toda a sua fortuna, era pobre, humilde, respeitador e obediente às ordens de Deus. Ele tinha as suas riquezas em tão pouca conta que, quando Deus lho pediu, aceitou oferecer em sacrifício o filho a quem as destinava (Gn 22,4). Aprendei, pois, a ser pobres e a ter necessidades, quer possuais alguma coisa neste mundo, quer não possuais nada. Porque há mendigos cheios de orgulho e ricos que confessam os seus pecados. «Deus resiste aos orgulhosos», estejam eles cobertos de seda ou de trapos, «mas dá a sua graça aos humildes» (Tg 4,6), quer eles possuam, ou não, bens deste mundo. Deus olha para o interior; é aí que avalia, é aí que examina.

29 DE SETEMBRO – ARCANJOS S. MIGUEL - S. GABRIEL - S. RAFAEL

Hoje celebramos três arcanjos, que desempenham tarefas importantes na milícia celeste:
São Miguel, comandante desta numerosa milícia, lutou contra satanás e venceu, precipitando os anjos rebeldes no inferno.- Arcanjo São Miguel, protetor dos soldados e exércitos militares, luta ao nosso lado nos combates contra o mal. 
São Gabriel, o arcanjo suave, mensageiro das boas notícias. Padroeiro dos meios de comunicação. Anunciou a vinda de João Batista e do nosso Salvador Jesus. O mundo começou a respirar esperançoso ao receber notícias tão alvissareiras. São Gabriel, mensageiro da paz – que nossos meios de comunicação sejam veículos da verdade e da justiça. 
São Rafael, acompanhou Tobias na sua longa viagem, arranjou-lhe um bom casamento e curou a cegueira do velho pai Tobias. É o protetor dos viajantes e da medicina. Que São Rafael, amigo fiel, seja nosso bom companheiro nas viagens deste mundo.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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29 de Setembro - São Miguel, Arcanjo

O nome Miguel tem o significado de uma pergunta: "Quem é um com Deus?". Uma alusão bem clara do alto grau de convicção e fidelidade que este arcanjo tem no Altíssimo, ao qual atende diretamente no seu trono, comandando o seu exército de anjos. Por isso podemos traduzir seu nome como "semelhança de Deus", já que semelhante não é um sinônimo de igual. Esse espírito puro é também chamado e reconhecido como Príncipe do Céu e Ministro de Deus. Seu nome é citado três vezes no Evangelho: no capítulo 12 do livro de Daniel; no capítulo 12 do livro do Apocalipse; na carta de são Judas. Segundo a Bíblia, é um dos sete espíritos que assistem ao trono do Altíssimo.
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29 de Setembro - São Gabriel, arcanjo

Segundo o Evangelho de são João, são sete os espíritos que atendem ao trono de Deus, tratando diretamente com ele e executando suas missões no universo. Gabriel é o arcanjo da Anunciação, aquele que usa a trombeta para levar as notícias. O seu nome significa "emissário do Senhor" e é o mais ligado aos acontecimentos da terra.  A maior preocupação deste arcanjo é desfazer conflitos e proporcionar aos seres humanos a capacidade de adaptação a todas as circunstâncias. É enviado à terra sempre com o objetivo de transmitir a luz divina e sensibilizar os adultos em relação às crianças e à própria humanidade. Este espírito puro do trono celeste é visto, citado e repetido tanto no Velho quanto no Novo Testamento.
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29 de Setembro - São Rafael, arcanjo

O nome deste arcanjo vem do hebraico Rafa, sinônimo de cura, e El, que significa Deus. "Cura de Deus" ou "Curador divino", este é o arcanjo Rafael, que é o chefe dos anjos da guarda, considerado o anjo da Providência, que vela por toda a humanidade. Este arcanjo cura todos os ferimentos da alma e do corpo e defende igualmente as criaturas, de qualquer raça ou classe social, perante Deus. Rafael é um dos sete arcanjos que fazem parte do círculo mais próximo do Senhor, um de seus mensageiros. Foi o único, segundo as Escrituras, que assumiu a forma humana e viveu entre os seres humanos durante alguns meses. Segundo o Antigo Testamento, no livro de Tobit, foi o arcanjo que acompanhou o jovem filho deste, como guia conhecedor da região, na longa e perigosa viagem que fez à Média, no Egito.
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MIGUEL, GABRIEL E RAFAEL ARCANJOS

O mês de setembro tornou-se o mais festivo para os cristãos, pois a Igreja unificou a celebração dos três arcanjos mais famosos da história do catolicismo e das religiões: Miguel, Gabriel e Rafael, para o dia 29 de setembro, data em que se comemorava apenas o primeiro. Esses três arcanjos, representam a alta hierarquia dos anjos-chefes, o selecto grupo dos sete espíritos puros que atendem ao torno de Deus e são seus "mensageiros dos “Decretos Divinos”, aqui na Terra. Miguel, que significa “Ninguém é como Deus”, ou “Semelhança de Deus” é considerado o Príncipe guardião e guerreiro, Defensor do trono celeste e do povo de Deus. Fiel escudeiro do Pai Eterno, chefe supremo do exército celeste e dos anjos fiéis a Deus.
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Serva de Deus Antônia de Astônaco e São Miguel Arcanjo – 29 de setembro

     Aparição a uma ilustre carmelita Serva de Deus, toda dedicada ao culto do glorioso São Miguel, Antônia de Astônaco, em Portugal, em 1750.
     Em Portugal se deu uma das mais célebres aparições de São Miguel. Esta aparição deu a volta ao mundo através da célebre Coroa Angélica em honra a São Miguel e dos 9 Coros dos Anjos, com promessas salutares para vida e para a morte. Esta devoção está propagada em várias línguas, aprovada pelos respectivos bispos diocesanos e de modo especial pelo Papa Pio IX, sábio e santo, que a enriqueceu de indulgências em 8 de agosto de 1851.
     Trata-se de uma revelação séria e admitida pelas autoridades eclesiásticas, sobretudo pelo Santo Padre Beato Pio IX, que não tinha por costume aprovar devoções baseadas em revelações particulares de ânimo leve.
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE SETEMBRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém.
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 – 26º Domingo Comum – Santos: Miguel, Gabriel, Rafael
Evangelho (Lc 16,19-31) “Havia um rico, que se vestia com roupas finas e elegantes e fazia festas esplêndidas todos os dias. E um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas...”
Como nas parábolas em geral, também nessa história contada por Jesus há vários elementos. Há, por exemplo, a resposta para os que ainda imaginavam que a riqueza era recompensa para uma vida justa, enquanto a pobreza seria castigo para o pecado. Vamos, porém, concentrar-nos apenas no seguinte: nossa vida na eternidade depende de como tiver sido nossa vida neste mundo. Se procuramos estar sempre com Deus, teremos sua companhia por toda a eternidade, e isso será nossa mais completa felicidade. Se, porém, não aceitamos a aliança que nos oferece, nem será preciso imaginar outros castigos. Castigo bastante será a eterna ausência de Deus, a eterna separação daquele por quem anseia todo o nosso ser humano. Não o podemos esquecer.
Oração
Senhor, facilmente me deixo levar pelo atropelo da vida, e esqueço o que deveria ser meu objetivo primeiro: viver em união convosco, participando de vossa vida divina. Tomai conta de mim, não permitais que me esqueça de vós ou vos abandone. Quero estar sempre convosco, na procura do amor e do bem. Agradeço a felicidade que me dais agora, e espero confiante a que me prometeis para o futuro. Ajudai-nos, a mim e a todos, a não desesperar quando se fizerem difíceis nossas condições de vida, seja pela doença, pelas privações ou pelo abandono. Vivemos agora nessa mistura de alegrias e dores: aumentai nossa fé e nossa esperança na felicidade plena que nos prometeis, quando estivermos para a eternidade unidos a vós e a todos que aqui amamos. Amém.

sábado, 28 de setembro de 2019

“ELE NÃO PESA. É MEU IRMÃO”

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
REDENTORISTA
Cenas destas ainda acontecem. A menina ia passando pelas ruas de uma cidadezinha do interior com uma estranha carga nos ombros. Era seu irmãozinho. Tinha sérios problemas que o impediam de caminhar. Não sei se ia para a escola com ele ou simplesmente visitar a vovó. Ao passar diante de uma porta, ouviu alguém chamar:
- Para onde vai com esse menino? Não é pesado para você carregar?
- Não, minha senhora. Ele é meu irmão. 
Palavra de vida: O fardo não pesa para quem ama de verdade

REFLETINDO A PALAVRA - A festa do Reino

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
51 ANOS CONSAGRADO
44 ANOS SACERDOTE
Um banquete para todos 
São Mateus continua apresentando o Reino através diversas parábolas. A narrativa sempre remete a um ensinamento e não retrata um fato. No texto corrente temos a parábola da festa do casamento do filho do rei. O banquete é um símbolo muito rico nas Escrituras. O rei mandou os empregados chamarem todos. Manda dizer: “As comidas preciosas já estão prontas, os animais preparados, tudo pronto”. Os convidados não quiseram ir. Insiste: Vinde à festa. Além de recusarem, ainda maltratam os empregados e até matam. Continua sendo a história do povo de Deus que não acolhe seus constantes chamados a participar da vida plena do Reino. O rei é o Pai e o filho é Jesus que se une à humanidade. O Pai chama para participar da festa do casamento de seu Filho que se encarnou e se uniu a sua esposa, a humanidade. As comidas preciosas significam as riquezas do Reino. O Reino não é uma expectativa do futuro, mas presente. Os bens do Reino são oferecidos ao povo escolhido. Mas houve a recusa. Então do rei diz que os convidados não foram dignos e manda que chamem todos que encontrarem pelas ruas, os sem nome, sem títulos e sem bens. Estes acolheram. Deus abre as riquezas do reino a todos. Deus não seleciona ao convidar. Participar de um banquete é unir-se a quem convidou, o anfitrião, vestindo a roupa própria, isto é, vivendo a mesma vida. Era costume, nas festas grandes, os convidados receberem presentes, inclusive roupas preciosas. A veste nupcial significa a participação da vida divina. Sem ela nos perdemos e somos lançados fora. 
Não posso ir 
Cada um arranjou desculpas para não ir ao banquete. Rejeitar uma festa boa significa recusar a pessoa que convidou. Qualquer desculpa serve. Certos convites implicam obrigação. É a festa do Reino. O rei convida os especiais, como dizemos: não podemos esquecer tais pessoas. E insiste diversas vezes. Mesmo assim não adiantou. O crime de recusar e matar os empregados enviados pelo rei é um crime contra o rei. Assim vem a vingança: morte e cidades incendiadas. A recusa que Jesus sofreu abriu para todos a possibilidade de participar do Reino, o que não era possível antes, por não serem do povo de Israel. As desculpas que deram, como também Lucas escreve (Lc 14,18-20), são de ordem econômica, afetiva e de ganância etc... Para se justificar em não se comprometer com o Reino qualquer coisa serve. Pior de todas as razões é a displicência do egoísmo e falta de compromisso. Para nós, Deus serve enquanto nos serve. Por isso vemos que os pobres acolhem com generosidade. Na Igreja sempre contaremos com os desvalidos da vida, pois abrem o coração ao convite de Deus. Mesmo não tendo condições humanas, sabem dar a vida. Nada perturbe nosso encontro com Deus. Não vamos perder a festa do Reino. 
Um mundo feito para todos 
No mundo atual vemos larguíssima faixa de população que não tem acesso aos bens necessários para a vida digna. E isso não é problema. Dormimos felizes. Isaias sonha com um banquete no monte Sião, centro da fé de Israel, aberto a todos os povos. Jesus realiza essa profecia. Vai eliminar todo o sofrimento e dor. Isso vai acontecer se assumirmos Jesus como nosso pastor (Sl. 22). Chegaremos a essa segurança quando dissermos: “Tudo posso Naquele que me conforta”... “Deus proverá com sua riqueza a todas as vossas necessidades em Cristo Jesus” (Fl 4,13.19). Só teremos verdadeira participação nas riquezas do Reino, se soubermos convidar os outros partilhando a alegria do Reino. E vale a pena.

EVANGELHO DO DIA 28 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 9,43b-45. 
Naquele tempo, estavam todos admirados com tudo o que Jesus fazia. Então Ele disse aos discípulos: «Escutai bem o que vou dizer-vos. O Filho do homem vai ser entregue às mãos dos homens». Eles, porém, não compreendiam aquelas palavras; eram misteriosas para eles e não as entendiam. Mas tinham medo de O interrogar sobre tal assunto. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Orígenes (c. 185-253)presbítero, teólogo 
Tratado dos princípios,II,6,2;PG11,210 
«Eles, porém, não compreendiam aquelas palavras» 
De todas as grandes coisas e maravilhosas que se pode dizer sobre Cristo, há uma que ultrapassa totalmente a admiração de que o espírito humano é capaz; a fragilidade da nossa inteligência mortal não consegue compreendê-la nem imaginá-la. É o facto de a omnipotência da majestade divina, o próprio Verbo do Pai (Jo 1,1), a própria Sabedoria de Deus (1Cor 1,24), na qual todas as coisas foram criadas — as visíveis e as invisíveis (Jo 1,3; Col 1,16) — Se ter deixado conter nos limites deste homem que Se manifestou na Judeia. É este o objeto da nossa fé. E há mais: acreditamos que a Sabedoria de Deus entrou no seio de uma mulher e nasceu soltando os vagidos e os choros comuns a todos os recém-nascidos. E aprendemos que, mais tarde, Cristo conheceu a perturbação perante a morte, a ponto de exclamar: «A minha alma está numa tristeza de morte» (Mt 26,38); e que foi arrastado para uma morte vergonhosa entre os homens, embora saibamos que ao terceiro dia ressuscitou. […] Na verdade, fazer com que os ouvidos humanos entendam estas coisas, tentar exprimi-las por palavras, ultrapassa a linguagem dos homens […] e provavelmente a dos anjos.

28 de setembro – VÍTIMA DAS INTRIGAS DE FAMÍLIA

São Venceslau (+ Boêmia, 929) - Foi educado na Fé cristã por sua avó Ludmila. Após a morte do pai e chegando à idade legal, assumiu o reinado da Boêmia. Deu largas ao seu carisma, distribuindo benefícios, socorrendo os pobres, defendendo os oprimidos, acolhendo os sem teto. Na Corte, duas influências opostas se defrontavam: de um lado, a piedosa Ludmila, avó de Venceslau, católica fervorosa e sua educadora. Do outro lado, a duquesa Draomira, ciumenta e pagã, regente na menoridade de Venceslau. Manifestava clara preferência pelo filho Boleslau, que também era pagão. Perseguia os católicos, mas não ousava tocar em Venceslau. Vestia-se com simplicidade e misturava-se no meio do povo. Castigava o corpo com duras penitências e praticava fielmente os deveres de cristão. Empenhou-se desde o início no progresso social e religioso do país e na união com a Igreja de Roma. Mas morreu assassinado, vítima de intrigas na própria família.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
REDENTORISTA
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Santa Eustóquia (Júlia), virgem – 28 de setembro

Sta. Eustóquia, junto a sua mãe,
ouve orientação de S. Jerônimo
Júlia Eustóquio ou Eustóquia (em latim: Iulia Eustochium/Eustochia) foi uma nobre romana do século IV, celebrada pela Igreja no dia 28 de setembro.
     Eustóquia nasceu em Roma em 368. Era filha de Paula (Santa Paula Romana) e Júlio Toxócio, ambos da alta aristocracia romana; era irmã mais nova de Bresila, sobrinha de Júlio Festo Himécio e Pretextata, tia de Paula e parente de Fúria. Após a morte de seu pai, em 379, adotou vida ascética como sua mãe, reunindo-se no cenáculo/palácio de Santa Marcela, em Roma.
     Em 382, quando São Jerônimo chegou a Roma vindo da Palestina, mãe e filha colocaram-se sob sua orientação espiritual. Foi discípula afetuosa, frequentando assiduamente as palestras sobre a Sagrada Escritura que o santo doutor dirigia ao grupo de senhoras romanas na casa de Santa Marcela. Seus tios tentaram persuadi-la a abandonar sua vida ascética e gozar dos prazeres da vida, mas suas tentativas foram infrutíferas.
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MÁRTIRES DO JAPÃO 1617-1632

Quem são os Beatos Mártires do Japão? 
Sob a designação de “Beatos Mártires do Japão” estão englobados 205 mártires, que deram a vida pela fé, entre 1617 e 1632, na terrível perseguição movida por Hidetada e Iemitsu, em Nagasáki e Tóquio, que durou 15 anos. Foram beatificados por Pio IX, a 7 de Julho de 1867. Ao todo, são 166 cristãos leigos (quase todos japoneses) e 39 sacerdotes. De entre os sacerdotes, treze são jesuítas, doze são dominicanos, oito franciscanos, cinco agostinhos e um sacerdote diocesano japonês. 
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WENCESLAU DA BOÉMIA Rei e Santo 907-929

O bondoso monarca da Boémia, Wratisláu, antes de morrer, deixou como herdeiro do trono, seu filho Wenceslau, nascido no ano 907, na actual República Checa. Com isso, despertou em sua mulher, Draomira, a ira e a vingança, pois era ela própria que desejava assumir o governo do país. Se não fosse possível, pretendia entregá-lo a seu outro filho, Boleslau, que tinha herdado o carácter e a falta de escrúpulos da mãe. Enquanto, Wenceslau fora criado pela avó, Ludmila, que lhe ensinou os princípios de bondade cristã. Por isso, não passava por sua cabeça uma oposição fatal dentro do próprio lar. Assim, acabou assassinado pelo irmão, de acordo com um plano diabólico da malvada rainha. Mas antes que isso acontecesse, a mãe Draomira tomou à força o poder e começou uma grande e desumana perseguição aos cristãos. 
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Santa Líoba (ou Leoba), Abadessa – 28 de setembro



     A participação ativa das religiosas nas missões estrangeiras se desenvolveu tanto nos séculos XIX, XX e atual, que chegamos a considerá-la como uma inovação moderna. Mas tal, entretanto, não é verdadeiro, pois apesar de algumas diferenças de métodos, devidas ao aparecimento de congregações ativas sem clausura, o mesmo sistema de missões era praticado no início da evangelização dos bárbaros na Europa.
     Como exemplo, basta citar a solicitude missionária de São Bonifácio a qual corresponderam Santas Líoba, Tecla, Valburga e muitas outras que, deixando sua tranquila Abadia de Wimborne, na Inglaterra, transladaram-se para as terras selvagens dos pagãos alemães.
     Líoba pertencia a uma boa família de Wessex e sua mãe, Ebba, era aparentada com São Bonifácio. Embora a data de seu nascimento não seja conhecida, este é considerado um milagre. Os pais de Líoba eram muito religiosos e levavam uma vida santa e temente a Deus. Passados muitos anos sem ter filhos, pediam a Deus que lhe enviasse um filho para perpetuar sua descendência e, assim, mesmo na velhice, o bom Deus lhes presenteia com uma linda criança. Tinne e Ebba, seus caros pais, nunca se cansaram de rezar e pedir a Deus o cumprimento de um desejo que a muitos anos lhes era tão caro.
     Numa noite, sua mãe teve um sonho em relação ao nascimento da filha Líoba. Assim foi o seu sonho revelador: “Sonhara que trazia em seu seio um sino de igreja e no momento em que estendia a mão para tomá-lo, o sino emitia doces e melodiosos sons. Ebba chamou sua fiel ama e narrou-lhe o sonho; a velha escrava, tomada de espírito profético, disse-lhe: ‘Dareis à luz a uma filha, que deveis consagrar ao serviço de Deus’”. (Vida de Santa Líoba, 1914, p. 5). Assim, bem pequena foi consagrada e entregue aos cuidados da abadessa do Mosteiro de Wimborne, Santa Tetta. A criança fora batizada com o nome de Thruthgeba, logo modificado para Liobgetha (Leofgyth) e abreviado para Líoba (ou Leoba), que significa “a bem-amada”.
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 28 DE SETEMBRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém.
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
28 – Sábado – Santos: Venceslau, Lourenço Ruiz, Eustóquia
Evangelho (Lc 9,43b-45) “Prestai bem atenção às palavras que vou dizer: – O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens.”
Lucas começa dizendo: “todos estavam admirados com todas as coisas que Jesus fazia”. Os discípulos bem podiam pensar que estavam a caminho do sucesso, tanto que queriam assegurar-se lugar de destaque na nova situação. Por isso não podiam entender quando afirmava que o esperava a prisão e certamente a morte. Não compreendiam e também tinham até medo de compreender.
Oração
Senhor Jesus, eu também gosto dos sucessos, e tenho muito medo do que me possa acontecer. É difícil aceitar que muitas vezes vou enfrentar reveses, dificuldades e perdas. Ensinai-me a fazer como fizestes, que não recuastes e fostes fiel até a morte. Para isso preciso de uma fé muito firme, de muita esperança e principalmente de muito amor a vós e a meus irmãos. Ajudai-me, Senhor. Amém.

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

RESPEITE OS IDOSOS

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
REDENTORISTA
Seu Jeremias, beirando os 75 anos, já não escutava mais. A surdez foi tomando conta dele, a ponto de não ouvir nem sequer a própria respiração. Nessa mesma casa trabalhava uma empregada impertinente que se aproveitava de sua surdez para o maltratar com palavrões e xingatórios de todos os calibres. Certo dia, sem contar para ela, mas ajudado por um velho amigo, resolveu ir ao médico de ouvidos. Demorou um pouco, porque a consulta foi meticulosa e bem aproveitada. Ao voltar para casa, já na soleira da porta, ouviu os palavrões: 
- Por que demorou tanto, velho zonzo? Perdeu-se por aí, velho caduco? 
- Estive no médico. Ele me receitou um bom aparelho de ouvido. 
A empregada quase enterrou a cabeça no chão de tanta vergonha! 
Palavra de vida: Não repreendas o ancião com dureza, mas adverte-o como um pai (1Tm 5,1)

REFLETINDO A PALAVRA - “Uma imagem que fala”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
51 ANOS CONSAGRADO
44 ANOS SACERDOTE
1948. Contemplando para amar 
Há momentos em que o olhar substitui todas as palavras. Diante da imagenzinha de N.S.Aparecida sou convidado a contemplar. São poucos centímetros de altura. Vale a pena conhecer os detalhes de sua história. Ficamos contemplando. Ela é bonita e feita com muito sentimento que se expressa, à primeira vista, em seu discreto sorriso de mãe. É um primeiro passo para entrar nesse mistério da manifestação de Deus através de sua Mãe, Maria. A bondade de Deus se mostra como encanto por sua misericórdia para com todos. Deus não tem ódio do ser humano. Ela o ama, pois o fez assim. A firmeza do olhar recorda a certeza de um Deus que é próximo. Não usa Anjos ou seres assustadores, mas sua própria Mãe. Jesus dá o primeiro testemunho de sua obra de redenção como Filho amoroso. A serenidade do rosto de Maria é fruto de seu encontro por Deus que acontece no olhar permanente sobre seu Filho. Olhar que cuida, ama e protege. O porte bonito apresentado pela imagem mostra que a beleza de Deus é para nossa alegria e prazer. Ser de Deus é mais gostoso. As vestes belas, soltas e livres deixam ver que Deus em nós é prazer e alegria, leveza e candura. Desde o primeiro instante de seu encontro com os pescadores foi só alegria. Aqueles homens se alegraram com os peixes, mas muito mais pelo carinho de Deus para com eles. Conheceram Deus mais pelo amor que pelo milagre. Os milagres passam, o amor fica. As mãos postas em oração revelam a atitude permanente de Maria que reza por nós, mais ainda, que reza conosco: Vamos rezar, filhos! 
1949. Aprendendo a lição 
A veneração dos santos não é adoração, mas o reconhecimento de Deus através de um sinal acessível a nossa compreensão. A fé não se faz somente em nossa mente ou em nossa fé intelectual. Como dizemos: vemos com as mãos e cremos com todo nosso corpo. Tirar os sinais sensíveis é negar a Encarnação de Jesus que se fez homem em nossa realidade. João diz: “O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com nossos olhos, o que contemplamos, e nossas mãos apalparam da Palavra da Vida...” (1Jo 1,1). João diz que creu com as mãos, com os olhos e ouvidos. Assim os símbolos religiosos se tornam um ensinamento. No encontro da imagem vemos muito de fraternidade. Ninguém a fez para si. Por isso ela se fez para todos. Como o Pai do Céu tem cuidado dos pequeninos, vemos no encontro da imagem e em toda a história dessa devoção, que são os pequenos e humildes que buscam. Assim era com Jesus: Tal Mãe, tal Filho. A fé que remove montanhas (Mt 17,20-21) é a força da fé humilde. Creram e continuam crendo com simplicidade. A humildade fez os pescadores se perguntarem: “Por que justamente a nós ela quis se mostrar dessa forma?”. São justamente esses os prediletos das ações de Deus. O orgulho assusta até Deus. Terão se alegrado grandemente no profundo de seus corações pelas predileções de Deus. Os milagres se repetem em abundância. 
1950. A Mãe brasileira 
Os Papas, de modo particular Papa Francisco, demonstraram seu carinho e atenção para com Aparecida. Este foi de um carinho especial para com a querida imagem. O símbolo não diminui a fé, e abre espaço para um desenvolvimento integral da mesma fé. Por isso o povo brasileiro se identificou tanto com N.S.Aparecida. Ela é tipo branco, cor negra e cabelos de índio. Todos se identificam com ela. Somos parecidos com a Mãe. Vamos à casa da Mãe, dizem os romeiros. Aqui se sentem em casa. Testemunhamos esse sentimento quando transitam pelo santuário. É bonito ver as pessoas andando ajoelhadas. Vi uma senhora se arrastando deitada ao solo. Cada um se faz pequeno agradecendo o grande dom do milagre que recebeu.

EVANGELHO DO DIA 27 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 9,18-22. 
Um dia, Jesus orava sozinho, estando com Ele apenas os discípulos. Então perguntou-lhes: «Quem dizem as multidões que Eu sou?». Eles responderam: «Uns, João Batista; outros, que és Elias; e outros, que és um dos antigos profetas que ressuscitou». Disse-lhes Jesus: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Pedro tomou a palavra e respondeu: «És o Messias de Deus». Ele, porém, proibiu-lhes severamente de o dizerem fosse a quem fosse e acrescentou: «O Filho do homem tem de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas; tem de ser morto e ressuscitar ao terceiro dia». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Bento XVI papa de 2005 a 2013 
Exortação Apostólica «Sacramentum caritatis»,77 
(trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana) 
«E vós, quem dizeis que Eu sou?» 
É preciso reconhecer que um dos efeitos mais graves da secularização, há pouco mencionada, é ter relegado a fé cristã para a margem da existência, como se fosse inútil para a realização concreta da vida dos homens; a falência desta maneira de viver «como se Deus não existisse» está agora patente a todos. Hoje torna-se necessário redescobrir que Jesus Cristo não é uma simples convicção privada ou uma doutrina abstrata, mas uma Pessoa real, cuja inserção na história é capaz de renovar a vida de todos. Por isso, a Eucaristia, enquanto fonte e ápice da vida e missão da Igreja, deve traduzir-se em espiritualidade, em vida «segundo o Espírito» (Rom 8,4s; cf Gal 5,16.25). É significativo que São Paulo, na passagem da Carta aos Romanos onde convida a viver o novo culto espiritual, apele ao mesmo tempo para a necessidade de mudar a própria forma de viver e pensar: «Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para saberdes discernir, segundo a vontade de Deus, o que é bom, o que Lhe é agradável, o que é perfeito» (12,2). Deste modo, o Apóstolo das Gentes põe em evidência a ligação entre o verdadeiro culto espiritual e a necessidade duma nova maneira de compreender a existência e orientar a vida. Constitui parte integrante da forma eucarística da vida cristã a renovação da mentalidade, pois «assim já não seremos crianças inconstantes, levadas ao sabor de todo o vento de doutrina» (Ef 4,14).

Beata Francisca Javier de Rafelbuñol, Religiosa e mártir - 27 de setembro

Martirológio Romano: Em Gilet, na província de Valência, Espanha, beatas mártires Francisca Javier (Maria Fenollosa Alcayna), religiosa da Ordem Terceira de Capuchinhas da Sagrada Família, e Hermínia Martínez Amigó, mãe de família, que confirmaram com seu sangue sua fidelidade ao Senhor durante a perseguição religiosa de 1936.
     Francisca Javier nasceu em Rafelbuñol-Valência (Espanha), em 24 de maio de 1901. Foi batizada com o nome de Maria.
     Seus pais, José Fenollosa e Maria Rosa Alcayna eram humildes agricultores, ambos pertencentes à Ordem Terceira de São Francisco.
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27 DE SETEMBRO – VICENTE DE PAULO

São Vicente (1581-1660) passou para a História como protótipo da caridade. Quantas centenas de obras sociais trazem o seu nome! Uma das mais conhecidas é a Sociedade São Vicente de Paulo, que o tem como seu protetor. São Vicente viveu num tempo de muitas guerras, muitas turbulências e muita fome na Europa. Por isso a sua vida está marcada por incidentes e lances dramáticos. Logo após a ordenação sacerdotal caiu prisioneiro dos turcos e foi vendido como escravo. Foi capelão da rainha e exerceu grande influência no meio da nobreza. Sua atividade principal foi com os pobres, as vítimas da guerra, os presidiários, os órfãos e os abandonados pela sociedade. Construiu casas de educação e de retiro, albergue para peregrinos e fugitivos de guerra, orfanatos e asilos, organizou cozinhas populares, etc. Para ajudá-lo nessas e outras obras caritativas, fundou a Congregação dos Padres Lazaristas e das Irmãs Filhas da Caridade. Desde criança teve um coração bom. Vinha certa vez carregando um saco de farinha que buscara no moinho. Vendo um pobre no caminho, ofereceu-lhe a metade dando esta desculpa:
- Este saco está muito pesado para mim. Vamos repartir? Você fica com a metade, tá bom? 
Outra vez ofereceu-se como refém para libertar um condenado às galés.Seja você também, um vicentino, um amigo dos pobres. 
Oração : Senhor Jesus, que a exemplo de São Vicente de Paulo, sejamos mensageiros da Boa Nova para os pobres, infundindo neles a coragem de lutar juntos pela própria libertação.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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