quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

SANTOS LÊUCIO(LÚCIO), TIRSO E CALÍNICO

São Lêucio e São Tirso eram cidadãos honrados de Cesaréia da Bitínia, sendo o primeiro batizado e o segundo um catecúmeno cristão. Calínico, porém, era um sacerdote pagão. Quando o herdeiro do Imperador Décio, Cumbrício, começou a torturar e matar impiedosamente os cristãos, o destemido Lêucio compareceu perante ele e, censurando-lhe, disse:
-"Por que moves guerra contra a tua própria alma, Cumbrício?" 
 O juiz enfurecido ordenou que ele fosse açoitado, torturado e ao fim degolado. O torturado Lêucio foi à sua degola tão exultante como se fosse a um casamento. Testemunhando a morte do corajoso Lêucio, o abençoado Tirso, inflamado com o mesmo zelo divino de Lêucio, compareceu também perante o juiz e reprovou os seus crimes malignos e sua descrença no Único Deus Verdadeiro. Ele também foi açoitado e lançado à prisão. A mão invisível de Deus curou suas chagas, abriu a porta da prisão e conduziu-o para fora. Tirso dirigiu-se imediatamente a Filéias, Bispo de Cesaréia, a fim de ser por ele batizado. Depois de seu batismo, foi novamente capturado e torturado, mas suportou as torturas, como se fizessem parte de um sonho e não da realidade. Pelo poder de sua oração, muito ídolos desabaram. O sacerdote pagão Calínico, vendo isso, converteu-se à fé cristã e tanto ele quanto Tirso foram condenados à morte. Calínico foi decapitado e Tirso seria serrado ao meio. No entanto, o poder de Deus não permitiu isso e a serra foi incapaz de cortar. Então São Tirso levantou-se e orou a Deus, rendendo-Lhe graças pelas torturas, e entregou em paz a sua alma ao Senhor. No final do século IV, o Imperador Flaviano construiu uma igreja a São Tirso perto de Constantinopla e depositou ali suas relíquias. O santo apareceu numa visão à Imperatriz Pulquéria e aconselhou-a a sepultar as relíquias dos Quarenta Mártires ao lado das suas.

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