Personagem histórico singular devido às diversas características de sua vida: condessa de nascimento, esposa e viúva por duas vezes, mãe afetuosa e pressurosa, regente de ducado, monja, depois envolvida na política, conciliadora de facções em luta, novamente monja cisterciense, peregrina. Ermengarda, cujo nome deriva do antigo provençal “Ermenjardis”, trazido do alemão arcaico “Irmingard” e que significa “protegida de Odim”, nasceu na metade do século XI em Angers, filha de Fulque IV, Conde de Anjou. Muito jovem, segundo o costume da época, casou-se com Guilherme IX, Conde de Poitiers, que a deixou viúva anos depois.
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Em 1093, casou-se com Alano IV, Duque da Bretanha. O relacionamento deles foi tempestuoso no início. Ela tentou deixá-lo para entrar para o Convento de Fontevrault, pedindo que seu casamento fosse anulado. Os bispos se recusaram a fazê-lo, mandando-a de volta para seu esposo e exortando-a a aceitar seu lugar como esposa e mãe. O casal deve ter chegado a um entendimento, já que tiveram três filhos: Conan III (m. 17 de setembro de 1148), que sucedeu seu pai no ducado; Edviges, que se casou com o futuro Balduino VII de Flandres; Godofredo (m. 1116).
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Em 1093, casou-se com Alano IV, Duque da Bretanha. O relacionamento deles foi tempestuoso no início. Ela tentou deixá-lo para entrar para o Convento de Fontevrault, pedindo que seu casamento fosse anulado. Os bispos se recusaram a fazê-lo, mandando-a de volta para seu esposo e exortando-a a aceitar seu lugar como esposa e mãe. O casal deve ter chegado a um entendimento, já que tiveram três filhos: Conan III (m. 17 de setembro de 1148), que sucedeu seu pai no ducado; Edviges, que se casou com o futuro Balduino VII de Flandres; Godofredo (m. 1116).
No verão de 1096, atendendo ao chamado do Papa Beato Urbano II, Alano partiu em companhia de outros senhores bretões para a Primeira Cruzada. A paz estava consolidada em seu ducado e à sua partida Ermengarda governou a Bretanha como regente por cinco anos e cuidou da educação de seu filho Conan.
Ao retornar da Cruzada, Alano se interessou cada vez mais por assuntos religiosos. Em 1112, devido à enfermidade, abdicou em favor de seu filho Conan, e se retirou para a Abadia de Saint-Sauveur, em Redon, onde morreu e foi sepultado.
Ermengarda também desejava segui-lo nessa escolha e retirou-se no mosteiro feminino de Fontevrault, sob a direção de São Roberto d’Arbrissel.
À morte do seu esposo, Ermengarda saiu do mosteiro para assumir pessoalmente o papel de conciliadora na província da Bretanha agitada por intrigas de corte e pelos interesses dos nobres.
Na idade de cerca de 45 anos, a Beata encontrou São Bernardo de Claraval (1091-1153), reformador dos cistercienses. O jovem Abade de Claraval seria naquele momento dez anos mais jovem que ela, mas já era um astro na Igreja medieval, com fama de grande pregador e fortemente empenhado em colocar ordem na Igreja abalada por contendas doutrinárias e políticas.
Uma amizade profunda nasceu entre ambos, Ermengarda encontrou finalmente a paz para seu coração atormentado. Com a direção daquele santo ela aprendeu a orientar seus ímpetos para fins justos. São Bernardo enviou-lhe cartas amigáveis, homenageando-a por seu senso de justiça fundamentado na Fé católica. E foi das mãos deste Santo que, em 1129, ela recebeu o véu de monja cisterciense no priorado de Larrey, próximo de Dijon.
Convidada por seu irmão Fulque, que se tornara Rei de Jerusalém, Ermengarda fez uma rápida peregrinação à Palestina. Ao retornar para a Bretanha, auxiliou na fundação da Abadia Cisterciense de Buzay, perto de Nantes, da qual Nivardo, irmão de São Bernardo, foi o primeiro abade.
Ermengarda morreu em Larrey no dia 1º de junho de 1147, e foi sepultada em Redon, onde já fora enterrado seu esposo, Alano.
O Menológio de Citeaux a comemora no dia 25 de setembro, enquanto que no novo Menológio Cisterciense ela é recordada no dia 31 de maio, mas sem nenhum título.
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