Evangelho segundo S. Lucas 9,1-6.
Naquele tempo, Jesus chamou os doze Apóstolos e deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demónios e para curarem todas as doenças.
Depois enviou-os a proclamar o reino de Deus e a curar os enfermos.
E disse-lhes: «Não leveis nada para o caminho: nem cajado, nem alforge, nem pão, nem dinheiro, e não leveis duas túnicas.
Quando entrardes em alguma casa, ficai nela até partirdes dali.
Se alguns não vos receberem, ao sair dessa cidade, sacudi o pó dos vossos pés, como testemunho contra eles».
Os Apóstolos partiram e foram de terra em terra a anunciar a boa nova e a realizar curas por toda a parte.
Tradução litúrgica da Bíblia
São João Paulo II (1920-2005)
papa
Redemptoris Missio
«Enviou-os a proclamar o Reino de Deus»
O nosso tempo, com uma humanidade em movimento e insatisfeita, exige um renovado impulso na atividade missionária da Igreja. Os horizontes e as possibilidades da missão alargam-se, e é-nos pedida, a nós cristãos, a coragem apostólica, apoiada sobre a confiança no Espírito. Ele é o protagonista da missão!
Na história da humanidade, houve numerosas viragens que estimularam o dinamismo missionário, e a Igreja, guiada pelo Espírito, sempre respondeu com generosidade e clarividência. Também não faltaram os frutos! Há pouco tempo, celebrou-se o milénio da evangelização da Rússia e dos povos eslavos, estando para se celebrar o quinto centenário da evangelização das Américas; foram entretanto comemorados, de forma solene, os centenários das primeiras missões em vários países da Ásia, da África e da Oceânia. A Igreja deve hoje enfrentar outros desafios, lançando-se para novas fronteiras, quer na primeira missão ad gentes, quer na nova evangelização dos povos que já receberam o anúncio de Cristo. A todos os cristãos, às Igrejas particulares e à Igreja universal, pede-se a mesma coragem que moveu os missionários do passado, a mesma disponibilidade para escutar a voz do Espírito.
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