quinta-feira, 27 de outubro de 2016

EVANGELHO DO DIA 27 DE OUTUBRO

Evangelho segundo S. Lucas 13,31-35.
Naquele dia, aproximaram-se alguns fariseus, que disseram a Jesus: «Vai-te daqui, porque Herodes quer matar-te». Jesus respondeu-lhes: «Ide dizer a essa raposa: Eu expulso demónios e realizo curas hoje e amanhã; ao terceiro dia chego ao meu fim. Mas hoje, amanhã e depois de amanhã, devo seguir o meu caminho, porque não é possível que um profeta morra fora de Jerusalém. Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas aqueles que te são enviados, quantas vezes Eu quis reunir os teus filhos, como a galinha recolhe os pintainhos debaixo das suas asas! Mas vós não quisestes. Pois bem. A vossa casa vai ficar abandonada. E Eu vos digo: Não voltareis a ver-Me, até chegar o dia em que direis: ‘Bendito o que vem em nome do Senhor!’». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Jean Tauler (c. 1300-1361), dominicano de Estrasburgo 
Sermão 21, 4.º para a Ascensão 
«Quantas vezes Eu quis reunir os teus filhos, como a galinha recolhe os pintainhos debaixo das suas asas! Mas vós não quisestes»
Jerusalém era uma cidade de paz, e foi também uma cidade de tormento, pois foi aí que Jesus sofreu imensamente e morreu muito dolorosamente. É nesta cidade que devemos ser suas testemunhas, e não só em palavras mas em verdade, através da nossa vida, imitando-O tanto quanto possamos. Muitos homens seriam de boa vontade testemunhas de Deus na paz, na condição de tudo correr a seu jeito. De boa vontade seriam santos, na condição de nada acharem de amargo nos exercícios e no trabalho da santidade. Gostariam de saborear, desejar e conhecer as doçuras divinas, sem terem de passar por qualquer contrariedade, pena ou desolação. Mas quando lhes surgem fortes tentações, trevas, quando já não têm o sentimento e a consciência de Deus, quando se sentem abatidos interior e exteriormente, revoltam-se e não são, como tal, verdadeiras testemunhas. 
Todos os homens buscam a paz. Por todo o lado, nas suas obras e de todas as maneiras, procuram a paz. Ah! Pudéssemos nós libertar-nos dessa busca e procurar, por nossa vez, a paz nos tormentos. Pois só aí nasce a verdadeira paz, aquela que permanece e dura. [...] Procuremos a paz na angústia, a alegria na tristeza, a simplicidade na multiplicidade, a consolação na contrariedade: assim nos tornaremos verdadeiras testemunhas de Deus.

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