Evangelho segundo S. Lucas 13,1-9.
Naquele
tempo, vieram contar a Jesus que Pilatos mandara derramar o sangue de certos
galileus, juntamente com o das vítimas que imolavam. Jesus respondeu-lhes:
«Julgais que, por terem sofrido tal castigo, esses galileus eram mais pecadores
do que todos os outros galileus? Eu digo-vos que não. E se não vos
arrependerdes, morrereis todos do mesmo modo. E aqueles dezoito homens, que
a torre de Siloé, ao cair, atingiu e matou? Julgais que eram mais culpados do
que todos os outros habitantes de Jerusalém? Eu digo-vos que não. E se não
vos arrependerdes, morrereis todos de modo semelhante. Jesus disse então a
seguinte parábola: «Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi
procurar os frutos que nela houvesse, mas não os encontrou. Disse então ao
vinhateiro: ‘Há três anos que venho procurar frutos nesta figueira e não os
encontro. Deves cortá-la. Porque há de estar ela a ocupar inutilmente a terra?’ Mas o vinhateiro respondeu-lhe: ‘Senhor, deixa-a ficar ainda este ano, que
eu, entretanto, vou cavar-lhe em volta e deitar-lhe adubo. Talvez venha a
dar frutos. Se não der, mandarás cortá-la».
Da Bíblia
Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Didaké (c. 60-120), catequese
judaico-cristã §§ 1-6
«Escolhe a vida» (Dt 30,19)
Há dois caminhos, um de vida e outro de
morte, mas há uma grande diferença entre os dois. Ora o caminho da vida é o
seguinte: primeiro que tudo, amarás a Deus que te criou; em segundo lugar,
amarás o teu próximo como a ti mesmo, e aquilo que não queres que ele te faça
não o faças tu a outrem. Eis o ensinamento contido nestas palavras: Bendizei
aqueles que vos maldizem, rezai pelos vossos inimigos, jejuai pelos que vos
perseguem. Com efeito, que mérito tendes em amar os que vos amam? Não o fazem
também os pagãos? Quanto a vós, amai os que vos odeiam e não tereis inimigos.
Abstende-vos dos desejos carnais e corporais. [...]
Segundo mandamento
da doutrina: não matarás, não cometerás adultério, não seduzirás rapazes, não
cometerás fornicação, nem roubo, nem magia, nem envenenamento; não matarás
nenhuma criança, por aborto ou depois do nascimento; não desejarás os bens do
teu próximo. Não cometerás perjúrio, não levantarás falsos testemunhos, não
terás intenções de maledicência e não guardarás rancor. Não terás duas maneiras
de pensar nem duas palavras: porque a duplicidade de linguagem é uma armadilha
de morte. A tua palavra não será mentirosa nem vã, mas plena de sentido. Não
serás avarento, nem ganancioso, nem hipócrita, nem maldoso, nem orgulhoso; não
terás má vontade com o teu próximo. Não deves odiar ninguém: deves corrigir uns
e rezar por eles e amar os outros mais do que a própria vida.
Meu filho,
foge de tudo o que é mal e de tudo o que te parece mal. [...] Vigia para que
ninguém te desvie da doutrina, porque esse estará a guiar-te para longe de Deus.
Se puderes suportar todo o jugo do Senhor, serás perfeito; se não, faz ao menos
o que te for possível.
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