terça-feira, 5 de maio de 2015

EVANGELHO DO DIA 5 DE MAIO

Evangelho segundo S. João 14,27-31a.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como a dá o mundo. Não se perturbe nem intimide o vosso coração. Ouvistes que Eu vos disse: Vou partir, mas voltarei para junto de vós. Se Me amásseis, ficaríeis contentes por Eu ir para o Pai, porque o Pai é maior do que Eu. Disse-vo-lo agora, antes de acontecer, para que, quando acontecer, acrediteis.Já não falarei muito convosco, porque vai chegar o príncipe deste mundo. Ele nada pode contra Mim, mas é para que o mundo saiba que amo o Pai e faço como o Pai Me ordenou». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
São João Paulo II (1920-2005), papa 
Mensagem para o Dia Mundial da Paz 2002, §14-15 (trad. © Libreria Editrice Vaticana, rev.) 
«Deixo-vos a paz; dou-vos a minha paz. Não é como a dá o mundo que Eu vo-la dou.»
A oração pela paz não é um elemento que «vem depois» do empenho pela paz. Pelo contrário, está no âmago do esforço para a edificação de uma paz na ordem, na justiça e na liberdade. Orar pela paz significa abrir o coração humano à irrupção da força renovadora de Deus. Com a força vivificadora da sua graça, Ele pode criar oportunidades para a paz mesmo onde pareça que existam somente obstáculos e retraimento […]. Rezar pela paz significa rezar pela justiça […]. 
Não há paz sem justiça, não há justiça sem perdão: eis o que quero anunciar nesta mensagem a crentes e não crentes, aos homens e mulheres de boa vontade, que têm a peito o bem da família humana e o seu futuro. Não há paz sem justiça, não há justiça sem perdão: é o que quero lembrar aos que detêm a sorte das comunidades humanas, para que nas suas graves e difíceis decisões se deixem sempre guiar pela luz do verdadeiro bem do homem, na perspectiva do bem comum. Não há paz sem justiça, não há justiça sem perdão: não me cansarei de repetir esta advertência a todos os que, por uma razão ou por outra, cultivam dentro de si ódio, desejo de vingança, propósitos de destruição. […] 
Suba mais intensa no coração de todo o crente a prece por cada uma das vítimas do terrorismo, pelas suas famílias atingidas tragicamente, e por todos os povos que o terrorismo e a guerra continuam a ferir e a transtornar. Nem sejam excluídos do raio de luz da nossa oração aqueles que ofendem gravemente Deus e o homem através destes actos desumanos: seja-lhes concedido entrar em si próprios e tomar consciência do mal que fazem, para abandonarem os seus propósitos de violência e procurarem o perdão. Possa a família humana, nestes tempos tormentosos, encontrar a paz verdadeira e duradoura, aquela paz que só pode nascer do encontro da justiça com a misericórdia! 

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