A santidade de seus filhos sempre foi a glória da
Igreja. Ela é sinal de sua fidelidade ao evangelho. Esta santidade é a vocação
do povo de Deus. “Esta é a vontade de Deus, a saber, a vossa santificação” (1
Ts 4,3). Alguns são colocados como modelos. Graças a Deus, tantos sacerdotes e
religiosos chegaram a uma santidade exemplar para o povo de Deus. É certo que
precisamos de mais leigos santos. Se são poucos, é porque pouco interesse temos
demonstrado em reconhecer os santos que são leigos. Mas hoje lembramos o Pe.
Vitor, sacerdote, religioso missionário redentorista, que era muito do povo.
Ele desponta agora no campo da Igreja como um sinal de santidade que nos
estimula a buscar o mesmo caminho, mesmo na condição de leigo.
Pe. Vitor, homem do povo.
Pe. Vitor Coelho de Almeida, nasceu em Sacramento
(22.09.99) e morreu em Aparecida onde trabalhou por último, no ano de 1987. Era humano, com defeitos e qualidades.
Mineiro de nascimento e paulista de formação. Seus estudos superiores foram
feitos na Alemanha, onde foi ordenado sacerdote. Voltando ao Brasil, foi
missionário em várias regiões. Teve que interromper suas atividades para ser o
missionário da dor e da cruz. Foi internado em Campos do Jordão, com
tuberculose. Ali permaneceu 7 anos num intenso apostolado entre os doentes.
Recuperado, trabalhou no Santuário de Aparecida e na Rádio Aparecida por longos
anos. Sonhou com a televisão para Aparecida como meio de apostolado. Falava a
língua do povo, que o ouvia com prazer. Queriam “tirar retrato com o Padre
Vitor”. Em minhas andanças estou sempre ouvindo pessoas que comentam de não
perderem seus programas na Rádio Aparecida: Os Ponteiros apontam para o
Infinito e Consagração a Nossa Senhora. Era o homem que amava a
Palavra de Deus e a explicava com carinho. Seu túmulo continua sendo procurado
como ele mesmo era procurado em vida. Mais de um milhão de pessoas já passou
pelo seu memorial. É o sinal que a Igreja pede para a declaração de um santo:
interesse e devoção do povo. O que me encantava no Pe. Vitor era sua capacidade
de falar simples das coisas difíceis da fé. Ele explicou ao povo todos os
documentos do Vaticano II. Era ligado aos interesses da saúde do povo,
ensinando as práticas de prevenção das doenças. Animou as comunidades sem padre
a celebrarem o culto da Palavra. Foi assim o Pai de tantas comunidades que
agora são vivas. No seu amor por Jesus demonstrava um afeto imenso à
Eucaristia. Não podemos esquecer seu carinho, devoção e empenho em fazer N.
Senhora amada.
Homem que conhecia Deus.
Muito me encantava vê-lo procurando explicar o
mistério da Santíssima Trindade. Quando da inauguração do Seminário de
Sacramento, ele pregava e explicava usando o símbolo do azul dos vidros das
janelas. Ele foi falando e perdeu-se, não no assunto, mas em Deus. Seu
entusiasmo por Jesus era imenso. Falava dele até o dia de morrer, tendo
trabalho e gravado seus programas de rádio até a véspera de sua morte.
Invoquemos sua intercessão e o
façamos conhecido mais ainda pelo povo de Deus.
http://padreluizcarlos.wordpress.com/
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