quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

REFLETINDO A PALAVRA - Pe Vitor Coelho, servo de Deus

PADRE LUIZ CARLOS
      DE OLIVEIRA CSsR
Santidade, vocação de todos.
A santidade de seus filhos sempre foi a glória da Igreja. Ela é sinal de sua fidelidade ao evangelho. Esta santidade é a vocação do povo de Deus. “Esta é a vontade de Deus, a saber, a vossa santificação” (1 Ts 4,3). Alguns são colocados como modelos. Graças a Deus, tantos sacerdotes e religiosos chegaram a uma santidade exemplar para o povo de Deus. É certo que precisamos de mais leigos santos. Se são poucos, é porque pouco interesse temos demonstrado em reconhecer os santos que são leigos. Mas hoje lembramos o Pe. Vitor, sacerdote, religioso missionário redentorista, que era muito do povo. Ele desponta agora no campo da Igreja como um sinal de santidade que nos estimula a buscar o mesmo caminho, mesmo na condição de leigo.
Pe. Vitor, homem do povo.
Pe. Vitor Coelho de Almeida, nasceu em Sacramento (22.09.99) e morreu em Aparecida onde trabalhou por último, no ano de  1987. Era humano, com defeitos e qualidades. Mineiro de nascimento e paulista de formação. Seus estudos superiores foram feitos na Alemanha, onde foi ordenado sacerdote. Voltando ao Brasil, foi missionário em várias regiões. Teve que interromper suas atividades para ser o missionário da dor e da cruz. Foi internado em Campos do Jordão, com tuberculose. Ali permaneceu 7 anos num intenso apostolado entre os doentes. Recuperado, trabalhou no Santuário de Aparecida e na Rádio Aparecida por longos anos. Sonhou com a televisão para Aparecida como meio de apostolado. Falava a língua do povo, que o ouvia com prazer. Queriam “tirar retrato com o Padre Vitor”. Em minhas andanças estou sempre ouvindo pessoas que comentam de não perderem seus programas na Rádio Aparecida: Os Ponteiros apontam para o Infinito e Consagração a Nossa Senhora. Era o homem que amava a Palavra de Deus e a explicava com carinho. Seu túmulo continua sendo procurado como ele mesmo era procurado em vida. Mais de um milhão de pessoas já passou pelo seu memorial. É o sinal que a Igreja pede para a declaração de um santo: interesse e devoção do povo. O que me encantava no Pe. Vitor era sua capacidade de falar simples das coisas difíceis da fé. Ele explicou ao povo todos os documentos do Vaticano II. Era ligado aos interesses da saúde do povo, ensinando as práticas de prevenção das doenças. Animou as comunidades sem padre a celebrarem o culto da Palavra. Foi assim o Pai de tantas comunidades que agora são vivas. No seu amor por Jesus demonstrava um afeto imenso à Eucaristia. Não podemos esquecer seu carinho, devoção e empenho em fazer N. Senhora amada.
Homem que conhecia Deus.
Muito me encantava vê-lo procurando explicar o mistério da Santíssima Trindade. Quando da inauguração do Seminário de Sacramento, ele pregava e explicava usando o símbolo do azul dos vidros das janelas. Ele foi falando e perdeu-se, não no assunto, mas em Deus. Seu entusiasmo por Jesus era imenso. Falava dele até o dia de morrer, tendo trabalho e gravado seus programas de rádio até a véspera de sua morte.
Invoquemos sua intercessão e o façamos conhecido mais ainda pelo povo de Deus.
http://padreluizcarlos.wordpress.com/

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