terça-feira, 10 de setembro de 2024

EVANGELHO DO DIA 10 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 6,12-19. 
Naqueles dias, Jesus subiu ao monte para rezar e passou a noite em oração a Deus. Quando amanheceu, chamou os discípulos e escolheu doze entre eles, a quem deu o nome de apóstolos: Simão, a quem deu também o nome de Pedro, e seu irmão André; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu, Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado o Zelota; Judas, irmão de Tiago, e Judas Iscariotes, que veio a ser o traidor. Depois, desceu com eles do monte e deteve-Se num sítio plano, com numerosos discípulos e uma grande multidão de pessoas de toda a Judeia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e de Sidónia. Tinham vindo para ouvir Jesus e serem curados das suas doenças. Os que eram atormentados por espíritos impuros também ficavam curados. Toda a multidão procurava tocar Jesus, porque saía dele uma força que a todos sarava. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santa Teresa Benedita da Cruz 
(Edith Stein) (1891-1942) 
Carmelita, mártir, co-padroeira da Europa 
A Oração da Igreja 
«Jesus subiu ao monte para rezar» 
Todas as almas humanas são templo de Deus e isto abre-nos uma perspectiva vasta e absolutamente nova. Para compreendermos a oração da Igreja, temos de olhar para a vida de oração de Jesus. E vemos que Ele participou no serviço divino, na liturgia do seu povo; que conduziu a liturgia da antiga Aliança ao seu cumprimento na nova Aliança. Mas Jesus não Se limitou a participar no serviço divino público prescrito pela Lei. Os Evangelhos fazem referências ainda mais numerosas à sua oração solitária no silêncio da noite, nos cumes ermos das montanhas, em lugares desertos: a vida pública de Jesus foi precedida de quarenta dias e quarenta noites de oração (cf Mt 4,1-2); retirou-Se para rezar na solidão da montanha antes de escolher os seus doze apóstolos e os enviar em missão; preparou-Se para caminhar até ao Gólgota no Monte das Oliveiras, e o lamento que dirigiu ao Pai nessa hora, a mais terrível da sua vida, é-nos revelado em breves palavras, que brilham como estrelas na nossa própria hora de Monte das Oliveiras: «Pai, se quiseres, afasta de mim este cálice. No entanto, não se faça a minha vontade, mas a tua» (Lc 22,42). Estas palavras são um clarão que ilumina por instantes a vida mais íntima da alma de Jesus, o insondável mistério do seu ser de Homem-Deus e do seu diálogo com o Pai, diálogo que durou toda a sua vida, sem jamais ser interrompido.

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