Evangelho segundo São Lucas 12,35-38.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tende os rins cingidos e as lâmpadas acesas.
Sede como homens que esperam o seu senhor voltar do casamento, para lhe abrirem logo a porta, quando chegar e bater.
Felizes esses servos que o senhor, ao chegar, encontrar vigilantes. Em verdade vos digo: cingir-se-á e mandará que se sentem à mesa e, passando diante deles, os servirá.
Se vier à meia-noite ou de madrugada felizes serão se assim os encontrar.
Tradução litúrgica da Bíblia
Jesuíta(1641-1682)
Diário espiritual
A grande felicidade de ser todo de Deus
Compreendi que, dada a sua grandeza infinita, é uma grande alegria sermos todos de Deus. Deus trata-nos com muito respeito chamando-nos à santidade. Compreendi isto por comparação com um rei que escolhe um dos seus súbditos para ser exclusivamente seu, não querendo que ele preste serviço senão à sua pessoa, querendo ter toda a sua amizade; sobretudo se o príncipe for de grande mérito.
Amamos o rei mesmo que nunca o tenhamos visto, mesmo que nunca o vejamos, mesmo que ele não nos ame, nem conheça os nossos sentimentos, nem nos conheça, e mesmo que, se nos conhecesse, não nos desse qualquer atenção. E não haveremos de amar a Deus, a quem não vemos, é certo, mas que veremos para sempre, que nos vê, que nos ama, que nos faz bem, que testemunha todos os nossos pensamentos! – É que o Rei é o nosso senhor; mas Deus é ainda mais: é o nosso Criador, o nosso Pai, e assim por diante!
Se Deus reina em nós, tudo Lhe obedecerá, tudo se fará segundo a menor das suas ordens, nada se fará sem ser por sua ordem. Além disso, procuraremos agradar-Lhe em tudo, estudaremos as suas inclinações, anteciparemos os seus desejos, faremos, sempre e em tudo, o que pensamos que Lhe agradará mais; pois temos duas atitudes em relação aos reis: submissão cega e complacência extrema, fazer o que agrada a Deus e o que mais Lhe agrada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário