terça-feira, 31 de outubro de 2023

REFLETINDO A PALAV RA - “Uma Igreja a serviço”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Jesus, o servidor 
O profeta Isaias escreveu quatro poemas chamados atualmente de os cânticos do Servo de Javé (1º- Is 42,1-9; 2º - Is 49,1-9a; 3º - Is 50,4-11; 4º - Is 52,13-53,12). Jesus é identificado com esse Servo de Deus, como lemos nos Atos dos Apóstolos: “O Deus de nossos pais glorificou o seu servo Jesus” (At 3,13). Ele mesmo diz de Si: “Vim para servir e não para ser servido” (Mc 10,45). Fala claramente que está entre nós “como aquele que serve” (Lc 22,27). Na última ceia, para fazer-nos compreender o sentido da Eucaristia e de sua Morte, lavou os pés dos discípulos ensinando que sua morte e sua memória na Eucaristia são um serviço do escravo: “Eu, o Mestre e o Senhor vos lavei os pés” (Jo 13,14). Ele se pos a serviço com sua vida e seus milagres. Ser servidor está unido no empenho decisivo de fazer a vontade do Pai, como lemos em Hebreus: “Eis que vim para fazer a tua vontade” (Hb 10,8), pois desceu do Céu não para fazer sua vontade, mas a vontade de quem o enviou (Jo 6,38). Em Jesus, ser servidor era o seu modo de existir. O mistério da Redenção é obra de amor gratuito que é serviço. Por isso seu Reino é um serviço à humanidade para que todos tenham vida e a tenham em abundância (Jo 10,10). Quando a Igreja passa a ser uma sociedade que quer ser servida, ela se desvia do seu Senhor. Daí vemos todos os defeitos que ela pode acumular. Como é composta de pessoas, justifica suas atitudes pelo poder e não pelo serviço. A Igreja tem um potencial imenso para o bem do mundo. Esse potencial é para servir. Ela se serve quando está voltada para si, colocando fundamento em elementos que estão a serviço do poder e não dos filhos de Deus. Corremos o risco de incorrer naquilo que Jesus diz dos perseguidores que matam achando que prestam serviço a Deus (Jo 16,2).
Se assim fizerdes 
Celebramos a festa de S. Pedro e S. Paulo e celebramos também o dia do Papa sucessor de Pedro. Eles são as colunas da Igreja. A Pedro foram dadas as chaves que significam o poder, tão necessário em todas as sociedades. A anarquia significa ausência de autoridade. Jesus estabeleceu Pedro com uma missão muito clara: “Confirma teus irmãos na fé!”. Mesmo na tentação e na fragilidade Pedro é confirmado em sua missão. Jesus, ao lhe entregar essa missão, exige como exercê-la: “Entre vós não será assim (como os poderosos do mundo). Aquele que quiser tornar-se grande entre vós, seja aquele que serve, e o que quiser ser o primeiro dentre vós, seja o vosso servo” (Mt 20,26-27). Temos a experiência de ver, em alguns, que o modo de exercer o poder na Igreja prejudica a mensagem de Jesus. Se fizermos como Jesus, os frutos da Paixão e Ressurreição do Senhor serão abundantes. 
A serviço de todos 
O cristão é um retrato vivo de Jesus. Faz presente na sociedade a pessoa de Jesus que se dedicava a todos. Não fazemos o proselitismo convidando as pessoas para vir à minha Igreja, mas fazer a elas o que Jesus fazia. A participação nos serviços da comunidade, tem se tornado uma doença de grupinhos de poder. Em certos lugares, o dono ou a dona da igreja faz seu feudo e pobre de quem toca. Quando são tirados de seus poderes, abandonam a Igreja e mudam para outra religião. Encontramos isso também em parte do clero que usa a autoridade em prejuízo do povo. O Vaticano II convida ao diálogo, à participação de todos, ao empenho comunitário, ao serviço mútuo, aos ministérios. Tudo isso é evangélico e tradição da Igreja. Assim fizeram e fazem todos aqueles que realmente descobriram Jesus, o Servo de todos. Uma Igreja toda ela ministerial pode curar esses males.
ARTIGO REDIGIDO E PUBLICADO
EM JUNHO DE 2011

EVANGELHO DO DIA 31 DE OUTUBRO

Evangelho segundo São Lucas 13,18-21. 
Naquele tempo, disse Jesus: «A que é semelhante o Reino de Deus, a que hei de compará-lo? É semelhante ao grão de mostarda que um homem tomou e lançou na sua horta. Cresceu, tornou-se árvore e as aves do céu vieram abrigar-se nos seus ramos». Jesus disse ainda: «A que hei de comparar o Reino de Deus? É semelhante ao fermento que uma mulher tomou e misturou em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Gregório Magno(540-604) 
Papa, doutor da Igreja 
Livro XIV, SC 212 
A pequenez de uma semente e 
a esperança da ressurreição
Considerando que o espírito se liberta da carne, que a carne se transforma em podridão, que a podridão se reduz a pó e que o pó se reduz aos seus elementos, a ponto de se tornar invisível aos olhos do homem, alguns espíritos desesperam de vir a ressuscitar. Tendo diante dos olhos ossos secos, não têm fé de que esses ossos venham a revestir-se da sua carne e possam readquirir a verde frescura da vida. Mas, se não têm fé na ressurreição por obediência, deveriam tê-la ao menos pela razão. Com efeito, não é verdade que o mundo imita todos os dias, nos seus próprios elementos, a nossa própria ressurreição? Consideremos a pequenez de uma semente que é lançada à terra para produzir uma árvore, e imaginemos, se formos capazes, onde se escondia, na pequenez dessa semente, a imensa árvore que dela cresceu, onde estava a madeira, a casca, a folhagem verde, a profusão de frutos. Era possível distinguir algum desses elementos na semente quando foi lançada na terra? E, no entanto, segundo o plano secreto daquele que ordena maravilhosamente o devir universal, na delicadeza da semente estava escondida a aspereza da casca da árvore, na fragilidade da semente estava escondida a força da sua resistência, e na secura da semente, a profusão da sua fecundidade. E teremos de nos admirar com o facto de um pó tão fino, que escapa aos nossos olhos uma vez reduzido aos seus elementos, recupere a forma humana no dia em que o quiser Aquele que, a partir das mais ténues sementes, faz brotar árvores imensas? Uma vez que, pela nossa constituição, somos seres dotados de razão, a esperança da nossa ressurreição deve impor-se ao nosso olhar, à nossa contemplação do mundo exterior. Mas, como o juízo da razão se entorpeceu em nós, a graça do Redentor veio dar-nos mais um exemplo.

Santo Antonino de Milão, Bispo 31 de outubro (29 de outubro)

Martirológio Romano: Em Milão, Santo Antonino, bispo, que trabalhou arduamente para extinguir a heresia ariana entre os lombardos. No dia 29 de outubro, a Igreja Ambrosiana recorda Santo Antônio, às vezes chamado de «Antônio I», sepultado em São Simpliciano, bispo de Milão por volta de 669 a 671. O Martirológio Romano e o mais antigo Catálogo dos bispos de Milão dizem que ele morreu em 31 de outubro. , mas, provavelmente por ser véspera de Todos os Santos, o evento litúrgico foi antecipado. É um sinal do quanto os nossos antigos irmãos valorizavam a memória dos seus pastores, acreditando que não era importante o que tinham feito ou há quanto tempo governaram, mas que era muito mais importante ter sido pastores, guias, servos durante o amor de Jesus e dos irmãos. As suas ações não foram importantes, mas o dom que fizeram do corpo e do sangue do Senhor Jesus na Eucaristia, do amor misericordioso de Deus nos sacramentos e na Palavra. Antonino tentou encorajar a fusão entre os nativos e os recém-chegados, os lombardos, e convenceu o rei Ariberto, sobrinho de Teodelinda, a converter-se e aos seus homens à fé católica. A paz não veio: após a sua morte o seu filho Bertarido de Milão travou guerra contra o seu irmão, Gotefredo, que se tinha estabelecido em Pavia, mas ambos foram esmagados por Grimoaldo, duque de Benevento, que, para agradar a todos, construiu em Pavia uma igreja dedicado a Ambrósio. Antonino teve a coragem de ter esperança, como disse Ambrósio: «Quem age com sabedoria não tem nada a temer, o medo, de fato, está no pecado. Onde não há medo, há liberdade”, que o cristão sempre conhece. 
Autor: Ennio Apeciti 
Fonte: Milão 7 de 26 de outubro de 2008

Beata Irene Stefani

Mercede Stefani nasceu em Anfo (Brescia) no dia 22 agosto 1891, filha de Giovanni e Annunziata Massari. Quinta de doze filhos, dos quais sobreviveram só cinco filhas, foi batizada com o nome Aurelia Giacomina Mercede. Em família, todos a chamavam Mercede. Frequentando a escola local, se distinguiu pela viva inteligência, em Paróquia seguia a catequese com entusiasmo, e já aos treze anos revelou aos pais o desejo de fazer-se irmã. Naturalmente a resposta foi de esperar, porque ainda era muito nova, e porque a mãe começava a ter sinais de uma doença; durante um tempo, até parou o estudo para ajudar a família: em 1907 mãe Annunziata faleceu por uma grave broncopneumonia, deixando 6 filhos, dos quais Ugo, de 4 anos e Antonietta de 5. Mercede começou a ocupar-se da casa e da educação das crianças, enquanto a irmã mais velha Emma ajudava o em uma atividade comercial. Em 1908 faleceu também Ugo, provocando muita dor no pai, que no ano seguinte se casou com Teresa Savoldi, mas deste casamento não nasceram filhos.

31 de outubro - Santa Maria de la Purísima.

Cada um de nós, enquanto batizado, participa a seu modo no sacerdócio de Cristo: os fiéis leigos no sacerdócio comum, os sacerdotes no sacerdócio ministerial. Assim, todos podemos receber a caridade que brota do seu Coração aberto, tanto para nós mesmos como para os outros, tornando-nos «canais» do seu amor, da sua compaixão, especialmente para aqueles que vivem no sofrimento, na angústia, no desânimo e na solidão. Aqueles que hoje proclamamos Santos, serviram constantemente, com humildade e caridade extraordinárias, os irmãos, imitando assim o Mestre divino. Santa Maria da Imaculada Conceição, bebendo nas fontes da oração e da contemplação, serviu pessoalmente e com grande humildade os últimos, com uma atenção especial aos filhos dos pobres e aos doentes. 
Papa Francisco – Homilia de Canonização
– 18 de outubro de 2015 
O caso de Maria de la Purísima é singular, pois foi canonizada apenas 17 anos após sua morte, um processo mais rápido do que o normal. Ela foi incluída no livro dos santos graças ao milagre realizado em favor um homem que estava em estado de coma e que despertou sem sequelas devido a sua intercessão. Anteriormente, tinha sido declarada beata depois que, Bento XVI assinou o decreto que reconhecia um milagre de cura de uma menina da cidade de Huelva, no sul da Espanha.

Beato Domingos Collins Mártir Jesuíta (†1602)

Domingos Collins nasceu em uma família de comerciantes proeminentes em Youghal, no Condado de Cork, Irlanda, por volta do ano 1566, quando Elizabeth I era rainha da Inglaterra e da Irlanda. Seis anos antes, em 1560, o Parlamento irlandês estabelecera o anglicanismo como a religião oficial do país. Esta lei ainda não era totalmente cumprida em Youghal, mas os jovens católicos tinham poucas portas abertas no tempo da juventude de Domingos. Desta forma, Domingos decidiu deixar a Irlanda para fazer fortuna na França. Conseguiu alistar-se no exército do duque de Mercoeur, que lutava contra os huguenotes na Bretanha. Serviu com distinção na causa da Liga Católica por mais de nove anos e subiu na hierarquia. Seu melhor momento foi quando tomou um castelo estratégico e foi nomeado governador militar da região. Com o passar do tempo, Collins tornou-se cada vez menos apaixonado pela vida militar, embora o rei Filipe II lhe tivesse concedido uma pensão e o colocado na guarnição de La Coruña, no Golfo da Biscaia, na Espanha. Durante a Quaresma de 1598, ele conheceu um conterrâneo irlandês, um padre jesuíta chamado Thomas White de Clonmel, que fundara o Irish College em Salamanca. Collins expressou a ele sua vontade de juntar-se aos jesuítas e servir como irmão. Embora tivesse então com 32 anos, o provincial jesuíta achou que seria mais pudente atrasar sua entrada, talvez para testar a força de sua vocação.

São Quintino, Mártir (Século III), 31 de Outubro

 São Quintino foi um desses jovens romanos que começaram a pregar o Evangelho na Gália (atual França), comunicando ao povo local os tesouros da fé que haviam recebido. A cidade de Amiens foi o centro de seu apostolado. Os milagres que lá aconteciam confirmavam seus ensinamentos: ele traçava o sinal da Cruz sobre os olhos dos cegos e eles começavam a enxergar; ele fazia os mudos falarem, os surdos ouvirem, os paralíticos caminharem. Esses prodígios maravilhosos atraíam a admiração de uns e a fúria de outros. Quintino logo foi denunciado a Rictiovarus, governador romano, e conduzido diante dele: “Como você se chama?” Indagou-lhe o governador. “Eu me chamo cristão. Meu pai é senador de Roma ; eu recebi o nome de Quintino.” “Quê! Como um homem de tal nobreza pôde descer a tão miseráveis superstições!” 

Santa Lucila de Roma Virgem e Mártir 31 de outubro

Lucila é uma santa pouco conhecida e com um nome antigo e familiar. Foi atribuído pelos antigos romanos às meninas nascidas às primeiras luzes do novo dia. Lucila, diminutivo de Lúcia, significa “nascida de madrugada”, assim como Crepusca significa “nascida ao pôr do sol”, ou ainda “pouca luz”. Não sabemos nada com certeza sobre Lucila, a mártir, a não ser a lendária história que gozou de tanta popularidade nos primeiros anos do Cristianismo. A pequena mártir cega, várias vezes trazida à luz por vários Papas, apresenta-se como um símbolo da força da fé, uma tocha de caridade, acesa no mundo pagão, iluminando as ruas de Roma com um novo amanhecer. 
Etimologia: Lucila = luminosa, brilhante, do latim 
Emblema: Palma 
Dois termos significativos expressam o início e o fim de um dia: nascer e pôr do sol. Dois esplêndidos nomes próprios estão ligados ao arco do fluxo da boa luz: a muito comum Lúcia “nascida de madrugada” e a obsoleta Crepusca “nascida ao pôr do sol”. Lucila é o lindo diminutivo de Lúcia; como virgem e mártir do século III, ela é lembrada pelo calendário no dia 31 de outubro. Pouco documentário sobre S. Lucila, mas muito simbólico com uma estreita ligação entre a luz e a fé que ilumina.

São Quentin de Vermand Mártir 31 de outubro

Romano, evangelizador das regiões 
de Beauvais, na Gália (França)
Etimologia: Quintinus = o quinto filho nascido, do latim
Emblema: Palma 
Martirológio Romano: Na cidade posteriormente homenageada com seu nome no território da atual França, São Quintim, mártir, que, como senador, sofreu a paixão por Cristo sob o imperador Maximiano.
Diz um provérbio popular: “Pobre como São Quentin, que celebrava missa com as telhas do telhado”. O ditado, muito eficaz e colorido, representa bem uma pobreza extrema, mas serena; mas faz-nos pensar em São Quentin disfarçado de padre, ou melhor, de pároco, dando-nos uma imagem que pouco corresponde à figura do Santo que a Igreja celebra no último dia de Outubro, e que foi um missionário na Gália, nos primeiros séculos cristãos. É verdade que, embora seja o mais famoso, não é o único Santo com este nome. Outro é celebrado no dia 4 deste mesmo mês, mas nem mesmo a sua figura corresponde à de um pobre padre que toca as telhas do telhado em vez dos sinos, talvez porque os sinos começaram a derreter, no "bronze da Campânia" de Nola, somente após o século IV.

WOLFGANG DE RATISBONA Bispo, Santo 924-994

Bispo de Ratisbona (Alemanha)
No final do século I surgiu o novo contorno político dos países da Europa. Entre os construtores desse novo mapa europeu está o bispo são Wolfgang, também venerado como padroeiro dos lenhadores. Nascido no ano 924, na antiga Suábia, região do sudoeste da Alemanha, aos sete anos foi entregue à tutela de um sacerdote. Cresceu educado no Convento beneditino de Constança. Considerado um exemplo, nos estudos e no seguimento de Cristo, era muito devoto da eucaristia e tinha vocação para a vida religiosa. Saiu do colégio em 956, sem receber ordenação, para ser conselheiro do bispo de Trèves. Cargo que associou ao de professor da escola da diocese, onde arrebatava os alunos com sua sabedoria e empolgante maneira de ensinar. Com a morte do bispo em 965, decidiu retirar-se no Mosteiro beneditino da Suíça. Três anos depois, terminado o noviciado, ordenou-se sacerdote e foi evangelizar a Hungria. Na época, esses povos bárbaros tentavam firmar-se como nação, mas continuavam a invadir e saquear os reinos alemães, promovendo grandes matanças de cristãos. Wolfgang foi bem aceito e iniciou com sucesso a cristianização dos húngaros, organizando esses povos a se firmarem na terra como agricultores. Assim, começou a mostrar seu valor de pregador, pacificador e diplomata político também. Pouco tempo depois, em 972, era nomeado bispo de Ratisbona.

AFONSO RODRIGUEZ Jesuíta, Santo 1531-1617

O SANTO PORTEIRO JESUÍTA
 Religioso jesuíta. Conselheiro de Santos.
Esse predilecto da Santíssima Virgem, 
cuja festa comemoramos neste mês, 
tornou-se grande santo e místico
 na humilde função de irmão leigo.
Afonso Rodríguez nasceu a 25 de julho de 1531, numa família de sete filhos e quatro filhas, sendo o segundo da numerosa prole. Como não era raro na época, seus pais, bastante virtuosos, criaram os filhos no amor e no temor de Deus e na devoção Àquela que é a Medianeira de todas as graças, Nossa Senhora. Desde pequeno Afonso aprendeu a invocá-La e, em sua inocência, confiava-Lhe todos seus desejos e apreensões. Certo dia ― estaria ele já entrando na adolescência ― num transporte de amor, disse à soberana Senhora: “Ó Senhora, se Vós soubésseis quanto Vos amo! Eu Vos amo tanto, que Vós não podeis amar-me mais do que eu a Vós”. Ao que, aparecendo-lhe, disse-lhe a Rainha dos Céus: “Você se engana, meu filho, porque eu o amo muito mais do que você pode me amar”.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 31 DE OUTUBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
31 – Terça-feiraSantos: Afonso de Palma, Antônio de Milão
Evangelho (Lc 13,18-21) “O Reino de Deus ... é como a semente de mostarda, que um homem pega e atira no seu jardim.”
Há um tipo de religiosidade que leva à procura contínua do maravilhoso e do espetacular. Não é isso que Jesus viveu e ensinou. A ação divina para nos salvar, o Reino, é sempre discreta, não se impõe à força de milagres. Solicita nossa aceitação provocando nosso amor. O mesmo tenho de fazer, ao anunciar o evangelho. Que meu anúncio seja sempre claro, oportuno, respeitoso e libertador.
Oração
Senhor Jesus, ensinai-me a ser paciente como vós, sabendo que Deus age sem pressa nos corações. Que eu saiba anunciar o evangelho com respeito e discrição, na certeza que o decisivo mesmo é o trabalho de vossa graça. Por isso, antes de falar, quero pedir que toqueis o coração dos que eu tento ajudar. Abençoai meus esforços por vos fazer conhecido e amado por muitos. Amém.

segunda-feira, 30 de outubro de 2023

EVANGELHO DO DIA 30 DE OUTUBRO

Evangelho segundo São Lucas 13,10-17. 
Naquele tempo, estava Jesus a ensinar ao sábado numa sinagoga. Apareceu lá uma mulher com um espírito que a tornava enferma havia dezoito anos; andava curvada e não podia de modo algum endireitar-se. Ao vê-la, Jesus chamou-a e disse-lhe: «Mulher, estás livre da tua enfermidade»; e impôs-lhe as mãos. Ela endireitou-se logo e começou a dar glória a Deus. Mas o chefe da sinagoga, indignado por Jesus ter feito uma cura ao sábado, tomou a palavra e disse à multidão: «Há seis dias para trabalhar. Portanto, vinde curar-vos nesses dias e não no dia de sábado». O Senhor respondeu: «Hipócritas! Não solta cada um de vós do estábulo o seu boi ou o seu jumento ao sábado, para o levar a beber? E esta mulher, filha de Abraão, que Satanás prendeu há dezoito anos, não devia libertar-se desse jugo no dia de sábado?». Enquanto Jesus assim falava, todos os seus adversários ficaram envergonhados e a multidão alegrava-se com todas as maravilhas que Ele realizava. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Gregório de Narek(944-1010) 
Monge, poeta arménio 
Livro de Orações, n.° 18 
«Ela endireitou-se logo e 
começou a dar glória a Deus»
Houve um tempo em que eu não estava presente, e Tu criaste-me. Eu não tinha orado, e Tu fizeste-me. Eu não tinha ainda vindo à luz, e no entanto Tu viste-me. Eu não tinha aparecido, e no entanto tiveste piedade de mim. Eu não Te tinha invocado, e no entanto tomaste-me ao teu cuidado. Eu não Te tinha feito qualquer sinal, e no entanto olhaste para mim. Eu não Te tinha dirigido qualquer súplica, e no entanto tiveste misericórdia de mim. Eu não tinha articulado o mínimo som, e no entanto ouviste-me. Eu não tinha sequer suspirado, e no entanto a tudo estiveste atento. Sabedor do que ia acontecer-me neste tempo presente, não me votaste ao desprezo. Considerando, com teus previdentes olhos, os erros deste pecador que eu sou, vieste contudo modelar-me. Sou agora este ser que Tu criaste, que salvaste, que foi alvo de tanta solicitude! Que a ferida do pecado, suscitada pelo acusador, não me perca para sempre! Presa, paralisada, curvada como a mulher que sofria, a minha alma infeliz, impotente, não consegue reerguer-se. Sob o peso do pecado, fixa-se à terra, com as pesadas cadeias de Satanás. Inclina-Te, ó Misericordioso único, sobre mim, sobre esta pobre árvore que pensa que caiu. A mim, que estou seco, faz-me reflorir em beleza e esplendor, segundo as palavras divinas do santo profeta (cf Ez 17,22-24). Tu, Protetor único, digna-Te lançar sobre mim um olhar vindo da solicitude do teu indizível amor, e do nada criarás em mim a própria luz (cf Gn 1,3).

Santos Zenóbio e Zenóbia Mártires 30 de outubro

(+)285-290 aproximadamente
 
Zenóbio e Zenóbia, cuja festa cai em 30 de outubro, são dois irmãos mártires que morreram entre 285 e 290. Zenóbio era médico e foi nomeado bispo em Aega (hoje Alexandreta), na costa da Ásia Menor. Alguns pensam que é idêntico a Zenóbio de Antioquia, cujo aniversário é em 29 de outubro. Os dois irmãos, porém, foram martirizados sob Maximiano, enquanto o outro Zenóbio foi martirizado anteriormente sob Diocleciano. Zenóbia é mencionada apenas como irmã de Zenóbio. 
Santos ZENOBIA, bispo de EGEA (Cilícia), e ZENOBIA, sua irmã, mártires. 
Existe em pelo menos duas recensões gregas uma passio destes mártires (BUG, II, p. 320, nn. 1884-85), da qual a segunda é apenas uma metáfrase da primeira. Há também uma versão georgiana do segundo. Isto enquadra-se no género das paixões épicas e, na ausência de outra documentação, seria imprudente aceitar todos os detalhes como verdadeiramente históricos sem discernimento. Nascido em uma família cristã (seus pais se chamavam Zenódoto e Tecla) de Egeia, na Cilícia, Zenóbio tornou-se bispo de sua cidade devido à santidade de sua vida e de sua ciência teológica. Como os médicos, ele curou todas as doenças, mas somente com o nome de Cristo. Na época da perseguição de Diocleciano, ele foi preso e levado perante o governador Lísias.

Beato Alessio Zarytsky

Ele nasceu em Lviv (Ucrânia) em 1912, filho de família católica. Tinha apenas um desejo em seu coração: tornar-se padre. Cresceu e estudou, concentrando-se decididamente no seu destino: o altar sagrado. Na catedral de sua cidade natal, em 1936, aos 24 anos, foi ordenado sacerdote. É um momento terrível para todo o povo: Stalin está fazendo para a Rússia e para a Europa Oriental da Sibéria como uma imensa prisão, onde os católicos são os primeiros a serem perseguidos, e os sacerdotes, considerados perigosos para o regime comunista, devem ser os primeiros a desaparecer. 
Não trair a fé! 
Padre Alessio é verdadeiramente apaixonado por Jesus e amá-Lo alimenta seu espírito no apostolado, um incansável zelo pelas almas, uma dedicação sem limites para o seu ministério. Ele está sempre disponível, nunca pensando em si mesmo, uma compreensão única para com as pessoas: o verdadeiro estilo do Bom Pastor. Na paróquia a ele confiada, algumas comunidades muito perseguidas, mas nunca derrubadas, animadas pela fé em Jesus crucificado, e no vivo exemplo de seus pastores e seus mártires. Padre Alessio se preocupa em dar uma catequese essencial, com base no Evangelho e no Magistério da Igreja: Jesus no centro de tudo, a fidelidade a Ele, fugir do pecado e inserir a vida na graça de Deus, o espírito de coragem para dar testemunho de Jesus, mesmo em face da morte, a expectativa do Paraíso. Graças a ele, seus fiéis se confessam pelo menos uma vez a cada mês, e muitos deles recebem Jesus na Eucaristia todos os dias. Sua primeira preocupação, sabendo do perigo da prisão, é arriscar a vida, para que todos possam se confessar e receber a Eucaristia, muitas vezes.

SÃO GERMANO, BISPO DE CÁPUA

Germano, nascido rico, doou todos os seus bens aos pobres e se dedicou à vida ascética. Em 516, como Bispo de Cápua, foi enviado pelo Papa a Constantinopla, onde, finalmente, conseguiu acabar com o cisma de Acácio, que, por anos, havia dividido a Igreja de Roma daquela do Oriente.
Cápua, século V - † 30 de outubro de 541 
Nascido no século V em uma família rica, Germano privou-se de seus bens para dá-los aos pobres. Ele então levou uma vida ascética até 516, quando foi eleito bispo de Cápua. Amado na sua diocese, desempenhou uma missão diplomática particularmente delicada. Por mandato do Papa Hormisda, ele foi a Constantinopla para tentar pôr fim ao cisma iniciado pelo Patriarca Acácio. Na tentativa de alcançar a unidade com aqueles que se recusaram a aceitar o Concílio de Calcedônia, o patriarca compôs uma fórmula de união rejeitada pelo Papa Félix II e pelas igrejas ocidentais. A negociação da qual Germano participou foi bem-sucedida. O Imperador Justino e o Patriarca João assinaram o documento proposto pelo Papa Hormisdas e uma divisão que durou duas gerações foi superada. Retornando à sua diocese, o bispo levou uma vida ascética até sua morte em 541. Em agradecimento, os fiéis o enterraram na Igreja de Santo Stefano e o veneraram como santo. Martirológio Romano: Em Cápua, ainda na Campânia, São Germano, bispo, sobre quem escreveu o Papa São Gregório Magno.

São Frumêncio

A história do santo de hoje se entrelaça com a conversão de uma multidão de africanos ao amor de Cristo e à Salvação São Frumêncio nasceu em Liro da Fenícia. Quando menino, juntamente com o irmão Edésio, acompanhava um filósofo de nome Merópio, numa viagem em direção às Índias. A embarcação, cruzando o Mar Vermelho, foi assaltada e só foram poupados da morte os dois jovens, Frumêncio e Edésio, que foram levados escravos para Aksum (Etiópia) a serviço da Corte. Deste mal humano, Deus tirou um bem, pois ao terem ganhado o coração do rei Ezana com a inteligência e espírito de serviço, fizeram de tudo para ganhar o coração da África para o Senhor. Os irmãos de ótima educação cristã, começaram a proteger os mercadores cristãos de passagem pela região e, com a permissão de construírem uma igrejinha, começaram a evangelizar o povo. Passados quase vinte anos, puderam voltar à pátria e visitar os parentes: Edésio foi para Liro e Frumêncio caminhou para partilhar com o Patriarca de Alexandria, Santo Atanásio, as maravilhas do Ressuscitado na Etiópia e também sobre a necessidade de sacerdotes e um Bispo. Santo Atanásio admirado com os relatos, sabiamente revestiu Frumêncio com o Poder Sacerdotal e nomeou-o Bispo sobre toda a Etiópia, isto em 350. Quando voltou, Frumêncio foi acolhido com alegria como o “Padre portador da Paz”. Continuou a pregação do Evangelho no Poder do Espírito, ao ponto de converterem o rei Ezana, a rainha, e um grande número de indígenas, isto pelo sim dos jovens irmãos e pela perseverança de Frumêncio. Quase toda a Etiópia passou a dobrar os joelhos diante do nome que está acima de todo o nome: Jesus Cristo. 
São Frumêncio, rogai por nós!

Santo Ângelo d’Acri

Um grande pregador das multidões.
Origens Há quem se oponha à sua vocação na família e há quem encontre, no coração, os maiores contrastes. Lucantonio Falcone pertence a esta última categoria de pessoas, nascido em Acri, província de Cosenza, em 19 de outubro de 1669. A família, muito religiosa e de princípios sólidos, nunca sonharia em se opor à sua vocação, mas o ruim é que Lucantonio sente os contrastes por dentro. Quando, aos 15 anos, conhece um capuchinho carismático, parece compreender que só entre os capuchinhos poderá cumprir a sua vocação.
Capuchinho ou pai de família Aos 19 anos, assumiu o hábito, mas alguns meses depois voltou para casa, porque se sentiu chamado a formar sua própria família. Arrepende-se e volta ao convento, mas volta a largar o hábito, porque não se sente à altura de sua vocação religiosa. Não estamos diante do eterno indeciso ou de uma vocação frágil, mas simplesmente de um jovem que, com dificuldade, busca seu caminho, certamente contrariado por aquele que mais tarde sempre lutaria, o diabo, que talvez já anteveja os contratempos que aquele cappuccino vai fazê-lo sofrer. Então, ele volta para o convento novamente, desta vez para sempre.

São Marcelo de Tânger Mártir venerado em Leão 30 de outubro

Segundo a "passio" de São Marcelo, a festa dos "augostos imperadores" foi celebrada no dia 21 de julho de 298 e nessa data o santo, um centurião comum estacionado em Tânger, largou as armas na presença das tropas reunidas e proclamou a sua renúncia ao serviço militar para servir na milícia de Cristo. No dia 28 de julho foi interrogado pelo diretor Fortunato, que, dada a gravidade do crime, decidiu devolvê-lo ao seu superior hierárquico, Aurelio Agricolano de Tânger. No dia 30 de outubro, Marcello foi novamente interrogado, desta vez em Tânger, e condenado à morte. A devoção que mais tarde fez de Marcelo o principal patrono da cidade espanhola de Leão desenvolveu-se longe dos seus restos mortais que foram preservados em Tânger, pelo que, imediatamente após a libertação desta cidade pelo rei de Portugal, Leão solicitou os restos mortais do seu mártir. Em 29 de março de 1493, os restos mortais de Marcelo entraram na cidade e foram colocados na igreja a ele dedicada. (Futuro) Etimologia: Marcellus, diminutivo de Marco = nascido em março, sagrado para Marte, do latim Martirológio Romano: Em Tânger, na Mauritânia, no atual Marrocos, paixão de São Marcelo, centurião, que na festa do imperador, enquanto todos faziam sacrifícios aos deuses, jogou seu cinto militar, suas armas e sua própria vida diante da insígnia, professando ser cristão e não poder mais obedecer adequadamente ao juramento militar, mas apenas a Jesus Cristo, sofrendo assim o martírio por decapitação.

São Geraldo de Potenza - Bispo- 30 de outubro

Geraldo, bispo do século XII, é o padroeiro da cidade e da arquidiocese de Potenza. Nascido em Piacenza no seio de uma família de origem nobre, dirigiu-se para o sul da Itália provavelmente com a intenção de embarcar junto com os cruzados em direção aos Lugares Santos. Porém, ao chegar a Potenza começou a dedicar-se ao apostolado. E o seu empenho atraiu a admiração do povo a tal ponto que, quando o bispo morreu, o clero e o povo o escolheram como sucessor. Ordenado bispo em Acerenza, governou a Igreja de Potenza durante oito anos. Mesmo como bispo “ele estava tão sóbrio – escreve seu biógrafo e sucessor Manfredi – que parecia um monge”. Ele morreu em 1119. Depois de apenas um ano, o Papa Calisto II proclamou-o santo por aclamação popular. (Futuro) Etimologia: Gerard = valente com a lança, do alemão
Emblema: Equipe pastoral 
Martirológio Romano: Em Potenza, São Geraldo, bispo. 

Santos Cláudio, Luperco e Mártires Vitoriosos de Leão 30 de outubro

Leão (Espanha), † início do século IV
 
Etimologia: Claudio = coxo, do latim 
Emblema: Palma 
Martirológio Romano: Em Leão, na Espanha, os Santos Cláudio, Lupércio e Vítor, mártires, que sofreram a paixão como cristãos durante a perseguição do imperador Diocleciano. 
Os 'Atos' que lhes dizem respeito chegaram até nós em duas edições distintas, muito antigas, mas não muito verdadeiras. A mais antiga data do século XI, obtida num santuário da catedral de Toledo, posteriormente perdida, apresenta Cláudio, Luperco e Vitorioso como soldados da Sétima Legião, que sofreram pela fé cristã sob o comando do principal Diogeniano. A mais recente "Passio" considera-os originários de Leão e filhos do centurião mártir São Marcelo (30 de outubro). Neste ponto é necessário recordar que no que diz respeito aos mártires dos primeiros séculos, carentes de certa documentação, o seu martírio foi transmitido detalhadamente, através de tradições orais, até um escritor de 'Atos' ou 'Passio', muitas vezes alguns séculos mais tarde, relatou por escrito os detalhes do martírio, o agrupamento de vários mártires, as relações familiares, referindo-se às tradições e muitas vezes inserindo histórias que eram fruto da sua imaginação.

Santa Doroteia Swart (1347-1394)

Viúva e depois reclusa, contemporânea 
de Santa Brígida da Suécia.
Dorotéia de Montau (em alemão: Dorothea von Montau; em polonês/polaco: Dorota z Mątowów) ((*)6 de fevereiro de 1347 - (+)25 de junho de 1394) foi uma eremita e visionária da Alemanha do século XIV. Após séculos de veneração na Europa Central, ela foi canonizada em 1976. 
Vida 
Dorotéia nasceu em Groß Montau, Prússia (Mątowy Wielkie) a oeste de Marienburg (Malbork), filha de um rico fazendeiro da Holanda, Willem Swarte (Schwartze). Ela se casou aos 16 ou 17 anos com o espadachim Adalbrecht de Danzig (Gdańsk), um homem mal-humorado na casa dos 40 anos. Quase imediatamente depois de se casar, ela começou a ter visões. Seu marido tinha pouca paciência com suas experiências espirituais e abusava dela. Mais tarde, ela o converteu e ambos fizeram peregrinações a Colônia, Aachen e Einsiedeln. Enquanto Dorotéia, com a permissão do marido, estava em peregrinação a Roma, ele morreu em 1389 ou 1390. De seus nove filhos, oito morreram, quatro na infância e quatro durante a peste de 1383. A filha sobrevivente, Gertrud, juntou-se aos Beneditinos.

MARIA RETISTUTA KAFKA Religiosa, Mártir, Beata 1894-1943

Religiosa, foi decapitada pelos 
nazistas em 30 de março de 1943.
No dia primeiro de maio de 1894, nasceu Helene, filha de Anton e Maria Kafka, na cidade de Brno, atual República Checa. Naquele tempo, a região chamava-se Moravia, e estava sob o governo do imperador austríaco Francisco José. Em 1896, a família Kafka transferiu-se para Viena, capital do Império Austro-Húngaro. Helene concluiu os estudos e formou-se enfermeira, com o desejo de tornar-se religiosa. No início, conformou-se com a negativa dos pais, mas, ao completar vinte anos, ingressou na Congregação das Franciscanas da Caridade Cristã, agora com a bênção da família. Como religiosa, adotou o nome de irmã Maria Retistuta, o primeiro em homenagem a sua mãe e o segundo a uma mártir do século I. Mas logo recebeu o apelido carinhoso de "irmã Resoluta", pelo seu modo cordial e decidido e por sua segurança e competência como enfermeira de sala cirúrgica e anestesista. No hospital de Modling, em Viena, a religiosa tornou-se uma referência para os médicos, enfermeiras e, especialmente, para os doentes, aos quais soube comunicar com lucidez o amor pela vida, na alegria e na dor Foram muitos anos que serviu a Deus nos doentes, para os quais estava sempre disponível.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE OUTUBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Segunda-feiraSantos: Lupércio, Geraldo de Potenza, Zenóbia
Evangelho (Lc 13,10-17) “O chefe da sinagoga ficou furioso, porque Jesus tinha feito uma cura em dia de sábado.”
O responsável pela sinagoga era fiel cumpridor da Lei, a ponto de querer que até Deus a respeitasse. As leis e normas são úteis e boas. Mas temos de lembrar que só as que vêm de Deus são absolutas e imutáveis. E mesmo as leis divinas têm por finalidade nosso bem e nossa felicidade. Não se destinam a nos constranger e aprisionar. Antes, aliás, devem servir para nos dar a liberdade.
Oração
Senhor Jesus, ensinai-me a estar sempre atento às necessidades de meus irmãos, e tudo fazer para os ajudar. Que eu não fique esperando que me peçam ajuda. Aumentai em mim a caridade, que me faça pronto e disponível para todos. Principalmente, Senhor, que eu não queira impor aos outros leis, normas e obrigações desnecessárias. Dai-me em tudo o discernimento necessário. Amém.

domingo, 29 de outubro de 2023

REFLETINDO A PALAVRA - “Duas colunas da Igreja”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Jesus e seus apóstolos
 
Jesus encarnou-se em nossa humildade. Para realizar sua missão quis homens humildes. Mesmo mais culto, Paulo era humano e sujeito à fragilidade. Quando Jesus quer saber o que pensam Dele, tem em seus discípulos a resposta que é o início da Igreja, pois sua resposta não provém do homem, mas de Deus. Mesmo hoje, quando cremos é porque Ele provoca em nós a fé: “Por sua palavra muitos hão de crer em mim” (Jo 17,20). Na fragilidade de sua missão, Jesus conta com a fragilidade dos discípulos para que sua Igreja se fundamente em Deus e não na sabedoria humana. Por que Jesus necessitou da profissão de fé de Pedro? O nome Simão significa dócil à Palavra. Sua fé dócil é rocha firme sobre a qual se constrói a Igreja. Podemos também entender que a fé humilde do povo é o sustentáculo da Igreja. Sobre ela se edifica constantemente a Igreja. Pedro e Paulo nos deram as primícias da Igreja (oração). Tudo que ligares na terra será ligado no Céu. Os que possuem esta fé abrem o caminho para a salvação, movidos pelo Espírito, sustentados pelo Pai e guiados por Jesus. A pregação dos apóstolos continua a missão de Jesus que atua para a nossa salvação. Por isso Jesus protege e ampara seus dois homens escolhidos para a missão entre os filhos da promessa e os povos vindos do paganismo. Pedro é libertado da prisão de modo misterioso (At 12,9-11). Foram anjos, ou pessoas como anjos? Certamente os cristãos podem continuar esta missão e, através da fé libertar as amarras que prendem as pessoas. Paulo sabe que o Senhor esteve com ele e o libertou da boca do leão. O Senhor sempre liberta de todo mal (2Tm 4,17). A Igreja tem consciência da presença do Senhor, libertando-a de todo mal por meio da purificação. Por mais pecadores sejam seus seguidores, Jesus aceita e acolhe sua profissão de fé. É o que disse Jesus a Pedro na ceia: “Simão, Simão, eis que Satanás pediu para vos peneirar como o trigo; eu porém, orei por ti, afim que tua fé não desfaleça. Quando, porém te converteres, confirma os teus irmãos” (Lc. 22,31-3). Deus conta com nossa fragilidade quando nos dá o dom da fé. 
Uma Igreja a construir 
Marcos escreve: os apóstolos “saíram a pregar por toda parte agindo com eles o Senhor, e confirmando a Palavra por meio dos sinais que a acompanhavam” (Mc 16,20). Jesus manda fazer discípulos seus, todas as nações, batizando e ensinando a observar o que ordenou (Mt 28,19-20). Verificamos na Igreja um cansaço diante da Palavra e da formação das comunidades. É uma doce ilusão ver uma Igreja cheia, quando há milhões fora. As grandes cidades não carecem de evangelização. Há muita palavra e pouca ação. Nossa Palavra anda vazia e não provoca. Por que? A acomodação não nos salvará. Ver as multidões e não ter compaixão é, no mínimo, falta de inteligência espiritual, para não dizer diabólico. 
Apóstolo como eles. 
“O Inferno não poderá vencê-la”, nem os seguidores do Maligno. Mas precisamos renovar a Igreja com o ensinamento dos apóstolos. Como Eles, precisamos ter coragem de arriscar na evangelização e buscar quais as causas do ateísmo. Operários sem vigor que se apóiam no vazio. Teremos a segurança na dificuldade, alegria na fé e esperança no fracasso. Mas é preciso seguir estes apóstolos. Não basta garantir as defesas da verdade na Igreja. É necessário lançar as redes em águas mais profundas. Ousar por Jesus! 
Leituras:Atos 12.1-11; Salmo 33;
2Tm 4,6-8.17-18;Mateus 16,13-19 
1.Jesus escolheu homens frágeis para continuar sua missão, porque também era frágil. A resposta dos discípulos é o início da Igreja, pois a resposta provém de Deus. A profissão de fé de Simão Pedro, que significa dócil à Palavra.. Sua fé é a rocha firme sobre a qual se constrói a Igreja. Os que têm fé abrem caminho para a salvação. Jesus continua protegendo seus apóstolos. Deus toma conta de nossa fragilidade.
2.Jesus manda fazer discípulos seus, todas as nações batizando e ensinando-as a observar o que ordenou. Hoje vemos cansaço diante da Palavra e da formação das comunidades. Ver as multidões e não ter compaixão pode ser até diabólico. 
3.O Inferno não pode vencer a Igreja, mas precisamos renová-la com o ensinamento dos apóstolos. Precisamos ter coragem para arriscar na evangelização. Não basta defender a Igreja dos ataques mas lançar redes em águas mais profundas. Ousar por Jesus. 
Ninguém segura esse time 
Celebramos a festa de dois grandes homens, duas colunas da Igreja. São tão diferentes: Um, simples pescador; outro, um grande doutor; unidos pelo mesmo amor e a mesma fé em Jesus. E se queriam bem e se respeitavam e se enfrentavam quando era preciso. O que os faz grandes? A fé em Jesus. Pedro diz: “Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo”. Paulo: “Combati o bom combate, guardei a fé!”. Eram perseguidos, mas não vencidos. Todos contra eles. Pedro é preso para ser morto. Paulo pronto para ser sacrificado. Pedro é libertado por um anjo e Paulo libertado da boca do leão. Reconhecem: O Senhor esteve ao meu lado, diz Paulo. E Pedro conclui: Mandou-me um anjo para libertar-me. Lemos em outros textos o quanto foram capazes de mudar para servir a Deus. Levam adiante a missão de estabelecer e confirmar a fé dos irmãos. A palavra de Jesus a Pedro é fabulosa: “Tu és Pedro e sobre esta pedra (em hebraico, Pedro e pedra, são a mesma palavra: CEFAS) edificarei e minha Igreja e o poder do Inferno nunca poderá vencê-la”. 
Homilia da Solenidade de S. Pedro e S. Paulo (03.07.2011)

EVANGELHO DO DIA 29 DE OUTUBRO

Evangelho segundo São Mateus 22,34-40. 
Naquele tempo, os fariseus, ouvindo dizer que Jesus tinha feito calar os saduceus, reuniram-se em grupo, e um doutor da Lei perguntou a Jesus, para O experimentar: «Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?». Jesus respondeu: «Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu espírito. Este é o maior e o primeiro mandamento. O segundo, porém, é semelhante a este: amarás o teu próximo como a ti mesmo. Nestes dois mandamentos se resumem toda a Lei e os profetas».
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Gregório de Nissa  
Monge, bispo(335-395) 
A ordem da caridade 
«É com razão que te amam» (Ct 1,4) 
«É com razão que te amam» (Ct 1,4): recebemos aqui um ensinamento particularmente elevado, a saber, a caridade que devemos ter com Deus e a conduta que devemos ter com os homens. Se é preciso que «tudo aconteça com decoro e com ordem» (1Cor 14,40), quão mais rigorosa deve ser a ordem a este nível. Conheçamos, pois, a ordem da caridade que a Lei nos ensina, isto é, que devemos amar a Deus e amar os nossos inimigos, para nunca invertermos a ordem do cumprimento da caridade. Temos de amar a Deus com todo o nosso coração, com toda a nossa alma, com todas as nossas forças e com toda a nossa sensibilidade, e ao próximo como a nós mesmos; o homem de coração puro deverá amar sua mulher «como Cristo amou a Igreja» (Ef 5,25), e, se estiver sujeito às paixões, como ao teu próprio corpo (cf Ef 5,28), como manda Paulo, que estabeleceu a ordem nesta matéria; e temos de amar os nossos inimigos, sem retribuir o mal com o mal, mas respondendo à injustiça com o bem. Na realidade, porém, a ordem da caridade está confundida e perturbada na vida da maior parte dos homens; pois amam com toda a sua alma e com todas as suas forças as riquezas, as honras, ou mesmo as mulheres, se as desejam ardentemente, a ponto de serem capazes de dar a vida por elas, mas só amam a Deus na medida em que lhes convém, não têm com o próximo a caridade que se deve aos inimigos e só pensam em agravar o mal que receberam daqueles que os odeiam. É por isso que a Esposa diz: «É com razão que te amam» (Ct 1,4), para que demos a Deus tudo o que Lhe é devido e encontremos a medida adequada em relação aos outros.

Santo Abraão, o Anacoreta 29 de outubro

Nascido numa família rica de Edessa, na Síria, tornou-se eremita numa cela estreita. Ordenado sacerdote, evangelizou a região de Beth Kiduna e, assim que pôde, retomou a vida como anacoreta. 
Etimologia: Abraão = grande pai, do hebraico 
Martirológio Romano: Em Edessa, na antiga Síria, São Abraão, anacoreta, cuja vida foi descrita pelo diácono Santo Efrém.
Ele nasceu em uma família rica em Edessa, na Síria. Ele foi forçado a um casamento arranjado ainda jovem. Durante as celebrações do casamento, Abraão fugiu. Ele se isolou em uma pequena cela próxima, deixando um pequeno buraco através do qual sua família poderia lhe trazer comida e água, e através do qual ele poderia explicar seu desejo de uma vida religiosa. Sua família cedeu, o casamento foi cancelado e Abraão passou os dez anos seguintes trancado em sua cela. Depois de uma década de vida reclusa, o bispo de Edessa, contra a vontade do próprio Abraão, ordenou-o sacerdote e forçou-o a partir como missionário para a aldeia intransigentemente pagã de Beth-Kiduna. Aqui, Abraão conseguiu construir uma igreja, apagar ídolos, sofreu abusos e violências e com seu bom exemplo conseguiu converter toda a aldeia.

SÃO FELICIANO, MÁRTIR DE CARTAGO

Sabe-se muito pouco sobre a vida deste Santo, que viveu em Cartago, na atual Tunísia, no século III. Provavelmente pagão, Feliciano converteu-se ao cristianismo e, precisamente por causa da sua fé, sofreu o martírio por mãos dos que odiavam a Igreja. 

São Colmano Bispo († 632)

Colmano Mac Duach nasceu cerca do ano 560, em Corker, Kiltartan, Condado de Galway, Irlanda. Seu pai era o líder irlandês Duach (em irlandês, Mac Duac) e sua mãe era a rainha Rhinagh. Naquela época os mosteiros recebiam crianças para serem criadas em seus claustros e a mãe de Colmano o entregou aos cuidados do mosteiro de Killeany, fundado por São Enda de Aarão na ilha de Inishmore, a maior das ilhas do Arquipélago de Árainn. Cresceu no mosteiro e passou a viver na região como um eremita. Construiu uma igreja, Teampuill Mor Mhic Duagh , e um pequeno oratório, Teampuill Beg Mhic Duagh, perto do mosteiro de Killeany. Tais construções fizeram parte de um grupo conhecido como as Sete Igrejas, embora a designação não indique o número real de igrejas, muitas delas foram destruídas no tempo da conquista Cromwelliana da Irlanda. Em busca de maior solidão, por volta de 590, mudou-se para as montanhas do Condado de Clare, Burren (atual Parque Nacional Burren), que então era coberto de mata, acompanhado por um criado. Fixou-se numa ermida localizada na região de Keelhilla, na periferia de Carran, no sopé do Monte Slieve Carran. (Hoje o local consiste em um pequeno oratório de pedra, um poço sagrado, a caverna rasa de Colmano, o túmulo de seu servo e uma pedra escavada. Como o oratório é de pedra, ele não pode ter sido construído por Colmano, pois em sua época as igrejas eram todas construídas de madeira).

Santa Ermelinda, Virgem do Brabante (Bélgica) - 29 de outubro

Ermelinda nasceu em Lovenjoul, próximo de Louvain, no Brabante (atual Bélgica), filha de Ermenoldo e Armesinda, de ilustre família ligada aos duques do Brabante.      Recebeu uma educação adequada à sua classe social, mas longe de prender seu coração aos atrativos da vaidade ou ao brilho da grandeza, desde criança ela aspirava pela vida solitária, pela oração e pela meditação das Escrituras. Recusando qualquer proposta de casamento e tendo feito voto de castidade, para que seus pais não a ligassem a nenhum compromisso cortou seus cabelos, renunciou às pompas do século e dedicou-se inteiramente a Deus praticando severas austeridades. Mas, desejando ainda maior entrega, deixou a casa paterna e foi viver em Bevec (Beauvechain). Ali, pés nus, Ermelinda ia à igreja onde passava os dias e as noites em oração. Ela não tinha outra ambição que ser uma humilde serva de Nosso Senhor. Ermelinda teve que resistir às investidas de dois irmãos, senhores do local, que tentaram seduzi-la; eles combinaram de raptá-la durante a oração noturna. Advertida por um anjo, Ermelinda fugiu e se fixou em Meldrik (chamada depois Meldaert ou Meldert), na atual Diocese de Malinas (Mechelen).

São Petrônio – bispo

Os bolonheses (chamados também petronianos, porque a cidade está muito vinculada ao nome do santo) celebravam a festa do seu pa-droeiro a 4 de outubro, mas desde o século XIV, para não coincidir com a festa de são Francisco, a celebração de são Petrônio foi transferida. Oitavo bispo de Bolonha, Petrônio regeu a diocese entre os anos de 431 e 450. Euquério, bispo de Lião, colocava-o no mesmo nível de são Basílio, santo Ambrósio, santo Hilário e são Paulino de Nola, e escrevendo ao cunhado Valeriano em 432, para incitá-lo a abraçar o serviço de Deus e a abandonar a carreira mundana, citava-lhe precisamente o exemplo do laborioso bispo de Bolonha. Sobre o testemunho de Euquério e de Genádio, que escreveu pelo ano 492, pode-se reconstruir um perfil biográfico suficientemente acreditável do santo. De família nobre, talvez descendente da família consular romana Petrônia, ocupou altos cargos civis. Parece que morou por bastante tempo na Gália, onde percorreu os vários graus da magistratura civil, que depois abandonou, após uma crise religiosa, para se dedicar ao serviço de Deus. Ordenado sacerdote pelo bispo de Milão, de onde Bolonha dependia (até o século XIV o padroeiro da cidade era santo Ambrósio), foi eleito para a sede episcopal em 431.

Santa Ermelinda Virgem em Brabante 29 de outubro

Etimologia:
Ermelinda = escudo dos poderosos ou a doçura do deus Irmin, do alemão 
Emblema: Lírio 
Ermelinda nasceu em Lovenjoul em Brabante (atual Bélgica), filha de Ermeonoldo e Armensinda ligados à família Pipini. Ainda jovem, decidiu recusar qualquer proposta de casamento e abandonou todas as riquezas e benefícios que a sua rica família lhe tinha dado e partiu em busca da solidão e do silêncio. Parou na atual aldeia de Beauvechain, onde se dedicou às práticas religiosas, frequentando a igreja à noite e descalço. Ela teve que resistir a dois irmãos, senhores locais que tentaram seduzi-la, eles concordaram em levá-la durante as orações noturnas, mas após ser avisada por um anjo Ermelinda conseguiu escapar e partiu para Meldert, onde morreu aos 48 anos em direção ao final do século VI. Ela foi venerada em Tirlemont e especialmente em Lovenjoul e Meldert. Em Lovenjoul existe uma nascente de água considerada milagrosa para o cuidado dos olhos, chamada “Sorgente di s. Ermelinda", porque irriga as terras pertencentes aos seus familiares. Em Meldert o seu culto era muito popular e aí teria sido sepultada. As suas relíquias estão atualmente conservadas na igreja que, a partir do século XIII, teve uma série de vicissitudes, traduções, escondendo dos vários invasores, mais de um reconhecimento, até que em 22 de julho de 1849 foram finalmente colocados na igreja de Meldert. Nesta cidade ainda existe a Confraria a ela dedicada (restabelecida em 2 de abril de 1849).

NARCISO DE JERUSALÉM bispo Santo +212

São Narciso nasceu na palestina, provavelmente no fim do primeiro século e quando isso lhe foi permitido, tornou-se eclesiástico. Durante toda a sua vide foi rodeado pela estima de todos acabandol por ser eleito bispo de Jerusalém. Esta alta dignidade inspirou-lhe um novo zelo e um maior fervor; estas virtudes levando-o a governanr com vigor as almas que lhe tinham sido confiadas. Segundo Eusébio, S. Narciso era natural da Palestina e foi o 15º bispo de Jerusalém, eleito em 189. Presidiu ao concílio de Cesareia (197) e encabeçou a lista de assinaturas de uma carta que o episcopado da Palestina enviara ao papa S. Vitor. Nesta carta, os bispos declaravam observar os rito e usos da Igreja romana. Contam que certa vez fora acusado de um crime que não cometera. Os caluniadores confirmaram por falsos juramentos a acusação. O primeiro dissera que se estivesse mentindo que o queimassem vivo. Já o segundo chamou sobre si a praga de lepra, se o que havia dito não fosse verdade. Por fim, o terceiro jurou pela luz de seus olhos que estava falando a verdade. Narciso ficou muito desgostoso e resolveu deixar a cidade secretamente.

MIGUEL RUA Sacerdote salesiano, Beato 1837-1910

Presbítero salesiano, 
sucessor de São João Bosco.
Miguel Rua nasce em Turim no dia 9 de junho de 1837. Último de 9 filhos, perde o pai aos oito anos. Estudou com os Irmãos das Escolas Cristãs até à terceira série elementar. Deveria começar a trabalhar na Real Fábrica de Armas de Turim, onde o pai era operário, mas Dom Bosco – que aos domingos ia confessar na escola – propôs-lhe continuar os estudos com ele, garantindo-lhe que a Providência pensaria nas despesas. Certo dia, Dom Bosco distribuía algumas medalhas aos seus meninos. Miguel era o último da fila e chegou atrasado, mas ouviu Dom Bosco dizer: "Toma, Miguelzinho!". O padre, porém, não lhe estava dando nada, mas acrescentou: "Nós dois faremos tudo meio a meio", e assim foi de fato. Colaborador da Companhia da Imaculada com Domingos Sávio, foi aluno modelo, apóstolo entre os colegas. Dom Bosco lhe disse: "Preciso de ajuda. Farei com que recebas a veste dos clérigos; estás de acordo?". "De acordo!", respondeu. Em 25 de março de 1855, nos aposentos de Dom Bosco, nas mãos do fundador, fez os votos de pobreza, castidade e obediência. Era o primeiro Salesiano. Começa a trabalhar intensamente: ensina matemática e religião; assiste no refeitório, no pátio, na capela; tarde da noite, copia numa bela caligrafia as cartas e as publicações de Dom Bosco, e, enfim, estuda para ser padre. Tinha apenas 17 anos! É-lhe entregue também a direção do oratório festivo São Luís.

CAETANO ERRICO Presbítero, Fundador, Beato (1791-1860)

Presbítero, fundador dos Missionários dos 
Sagrados Corações de Jesus e Maria.
Tornou-se santo, passando toda a sua vida nas ruas difíceis do bairro napolitano de Secondigliano onde nasceu em 1791 e ali faleceu em 1860 e no confessionário onde, de braços abertos, acolhia sobretudo quem tinha cometido faltas graves. Assim viveu Caetano Errico, fundador dos missionários dos Sagrados Corações de Jesus e Maria. Ainda em vida, já era chamado "o santo" e "o superior", por se ter tornado a referência natural para todas as famílias. A sua canonização João Paulo II beatificou-o a 14 de Abril de 2002 é um sinal de esperança para Secondigliano que tem na igreja da "Addolorata", por ele construída, uma recordação concreta e visível da sua obra. No início do seu sacerdócio, foi professor de escola municipal e deu vida a uma pastoral inovativa, assistindo os doentes do Hospital dos Incuráveis de Nápoles e comprando-lhes os remédios; ajudando os mais necessitados; sustentando as famílias que não tinham dinheiro para pagar a renda, evitando que caíssem nas mãos de usurários; visitando os encarcerados e procurando garantir-lhes uma reinserção social. Num difícil contexto social inventou uma pastoral a favor dos analfabetos e também das adolescentes sem dote que arriscavam cair em mãos mal intencionadas. A caridade e o amor pelos pobres e débeis foram os trilhos do seu sacerdócio, consciente de que na Igreja se ocupa um lugar para servir. Conhecia bem a arte da consolação, a paternidade de se sentar ao lado dos pecadores e desesperados para os ajudar a encontrar o horizonte do amor de Deus.

CHIARA LUCE BADANO Virgem, Beata 1971-1990

Virgem leiga, membro dos Focolare.
Chiara Luce Badano nasceu a 29 de Outubro de 1971, em Sassello, uma pequena cidade nos Apeninos. Era a primeira e única filha de Rogero Badano, camionista e de Mª Teresa Caviglia, operária, casados há 11 anos sem conseguirem ter filhos. O pai pediu a Nossa Senhora da Rocha a graça da paternidade e viu o seu pedido atendido. A mãe testemunhava que “mesmo com essa alegria imensa compreenderam logo que ela não era somente sua filha, mas que era antes de tudo, filha de Deus". A mãe deixou de trabalhar para cuidar da filha. Chiara revelou-se desde cedo uma criança inteligente, viva, desportiva e muito comunicativa. Era conciliadora, mas não abdicava de defender as suas ideias. Recebeu desde cedo uma sólida educação cristã, graças aos pais, mas também à sua integração na comunidade paroquial, cujo pároco lhe dá fascinantes aulas de catequese, e ainda pela influência das amizades que Chiara constrói. Aos 9 anos participa num encontro das “Gen 3” do movimento Foccolare. Aí conhece o ideal da unidade. O Evangelho passa a ser algo dinâmico na sua vida. E decide dizer sempre Sim a Jesus. Torna-se a amiga dos últimos. Deseja partir um dia para África para “curar os meninos”.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE OUTUBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 – 30º Domingo comum – Santos: Abraão de Rostov, Narciso de Jerusalém
Evangelho (Mt 22,34-40) Então eles se reuniram em grupo, e um deles perguntou a Jesus, para experimentá-lo: – Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?”
Podemos apresentar de um modo diferente a pergunta dos fariseus: Qual a vontade de Deus a nosso respeito? Ou, em que consiste a felicidade que Deus nos oferece? A resposta de Jesus é clara: Deus quer nosso amor a ele e ao próximo. E a felicidade, a salvação que ele nos oferece consiste em amá-lo e ao próximo. Nesses dois amores está o sentido de toda a revelação divina à humanidade.
Oração
Senhor meu Deus, acredito em vós, e aceito a salvação que me ofereceis. Vós me amais e quereis minha felicidade, que consiste em minha união convosco, agora e para sempre. Ajudai-me a vos amar, colocando-vos em primeiro lugar em minha vida, seguindo sempre o caminho que me ensinais. Agradeço a possibilidade de viver em paz com meus irmãos e irmãos, unidos no amor. Amém.