Evangelho segundo São Mateus 11,28-30.
Naquele tempo, Jesus exclamou: «Vinde a Mim, todos os que andais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas.
Porque o meu jugo é suave e a minha carga é leve».
Tradução litúrgica da Bíblia
(1894-1967)
Carmelita, fundador de Notre Dame de Vie
A humildade
Os perfumes de Cristo
A humildade fervorosa é o fruto da luz de Deus na alma. Seria, portanto, inútil pretender adquiri-la por esforço próprio. É necessário pedir a luz da humildade. Não é menos importante recebê-la bem.
«Aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração», proclama Jesus. A humildade e a mansidão são as suas virtudes características, o perfume pessoal da sua alma, a fragrância que Ele deixa à sua passagem e que indica os lugares onde Ele reina. A humildade de Cristo Jesus, humildade fervorosa por excelência, provém da luz do Verbo que habita corporalmente nele e O esmaga com a sua transcendência. Porque entre a natureza divina e a natureza humana de Cristo Jesus, unidas pelos laços da união hipostática, mantém-se a distância do Infinito... Este Infinito esmaga a humanidade e mergulha-a em abismos de adoração e de humildade aonde aonde ninguém pode segui-lo, pois ninguém mais contemplou o Infinito tão de perto e tão profundamente. Mas este Infinito é amor que se dá, é unção que se difunde. Por isso, o esmagamento que produz é manso, pacífico e beatificante. Cristo Jesus é tão manso quanto é humilde.
Humildade e mansidão, força e suavidade, perfume de Cristo e perfume de humildade fervorosa são o sinal autêntico dos contactos divinos e um apelo discreto, mas premente, a novas visitas da misericórdia de Deus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário