João Berchmans nasceu em Diest (Bélgica), em 1599. De família muito humilde, teve que trabalhar como criado para pagar os seus estudos. Não pôde realizar outra coisa em sua vida para além do que ser estudante. Contudo, viveu toda a vida sob o império da santidade. Cada um dos seus actos era realizado como numa competição consigo mesmo. Foi chamado o mestre do detalhe na santidade, “Maximus in minimus” era seu lema. Assim, em Berchmans o heróico ganhou um novo sentido, ou como ele mesmo escrevia: “Minha penitência, a vida diária”. Entrou para a Companhiade Jesus em 1616 e estudava Teologia e Filosofia em Roma quando adoeceu e morreu em 1621. Amorosamente fiel às regras, humilde, colega sempre alegre e gentil, estudante esforçado, tornou-se padroeiro da juventude e modelo de obediência e amor à Companhia. Canonizado por Leão XIII em 1888.
“Faça bem o que deve fazer e, ao máximo, as mínimas coisas”!
João, primogênito de cinco filhos, nasceu em uma humilde família de curtidores de couro flamengo. Com apenas 10 anos, sua mãe ficou gravemente doente: primeiro, foi confiada aos cuidados dos tios e, depois, internada em um asilo.
No entanto, João tinha ideias claras: queria ser sacerdote. Começou a estudar latim na escola Diest, mas o dinheiro era pouco e teve deixar para aprender uma profissão. Na verdade, o autor desta escolha foi seu pai, que não queria que seguisse a sua vocação. Todavia, em contato direto com um filho Santo, seu pai mudou de ideia e aceitou que se tornasse sacerdote, logo após a morte da sua esposa, em 1616.
Aqui, a Providência divina entrou em ação: o rapaz começou a prestar serviço na casa do Cônego Froymont, em Malines, onde, como tutor, assistia às jovens crianças da nobreza, ganhando o suficiente para continuar seus estudos.
Nas pegadas de São Luís Gonzaga
Em 1615, os Jesuítas inauguraram um Colégio em Malines, precisamente no período de indecisão de João de como viver a sua vocação. Por curiosidade, começou a ler a biografia de São Luís Gonzaga, falecido poucos anos antes, conseguindo entender que o Senhor queria: abraçar o carisma da Companhia de Jesus, onde foi um aluno excepcional, observava à perfeição as regras que lhe foram impostas, que eram diferentes segundo as várias Comunidades. Tanto que, após apenas um ano, foi nomeado prefeito dos Noviços, que eram mais de cem.
Após emitir os votos Perpétuos, em 1618, o jovem João foi enviado a Roma para continuar seus estudos. Ali, adoeceu gravemente vindo a falecer, em 1621, com apenas 22 anos de idade. Foi sepultado na igreja da Companhia de Santo Inácio de Loyola, mas uma relíquia do seu coração foi levada para Louvain, na igreja Jesuíta de Saint-Michel.
Frei hílare: a espiritualidade de João
Partindo do apelido que João havia recebido na sua breve vida comunitária - Frei hílare - podemos dizer que era o Santo do sorriso, que indicava um caminho rumo à santidade, mediante a sua alegria na vida de cada dia.
Seu realismo espiritual saudável e sincero provinha, certamente, das suas origens pobres e da escola ascética belga, que depois, porém, se abriu completamente aos ensinamentos inacianos. João era um exemplo de como viver alegremente no Senhor; ele teve experiências místicas e foi tocado pela graça, mas, o que mais o caracterizava era a sua profunda compaixão com o próximo e sua ardente devoção à Eucaristia e à Virgem Maria.
São João Berchmans foi canonizado pelo Papa Leão XIII, em 1888. Ele foi proclamado Padroeiro da juventude estudantil junto com Santo Estanislau Kotska e São Luís Gonzaga.
Nenhum comentário:
Postar um comentário