quarta-feira, 25 de novembro de 2020

EVANGELHO DO DIA 25 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 21,12-19. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Deitar-vos-ão as mãos e hão de perseguir-vos, entregando-vos às sinagogas e às prisões, conduzindo-vos à presença de reis e governadores, por causa do meu nome. Assim tereis ocasião de dar testemunho. Tende presente em vossos corações que não deveis preparar a vossa defesa. Eu vos darei língua e sabedoria a que nenhum dos vossos adversários poderá resistir ou contradizer. Sereis entregues até pelos vossos pais, irmãos, parentes e amigos. Causarão a morte a alguns de vós e todos vos odiarão por causa do meu nome; mas nenhum cabelo da vossa cabeça se perderá. Pela vossa perseverança salvareis as vossas almas». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Cláudio de la Colombière 
Jesuíta (1641-1682)
«Diário Espiritual»
A santidade consiste em perseverar 
É estranha a quantidade de inimigos que temos de combater quando decidimos ser santos. Parece que tudo se desata: o demónio com os seus artifícios, o mundo com as suas atrações, a natureza opondo resistência aos nossos bons desejos; os elogios dos bons, as censuras dos maus, as solicitações dos tíbios. Quando Deus nos visita, temos de recear a vaidade; quando Ele Se retira, a timidez e o desespero podem suceder ao maior fervor. Os nossos amigos tentam-nos com a complacência que temos por eles; os indiferentes, com o receio de lhes desagradarmos. Em estado de fervor, tememos a indiscrição, na moderação, tememos a sensualidade, e o amor próprio espreita-nos por todos os lados. Que havemos, pois, de fazer? Uma vez que a santidade não consiste em ser fiel um dia ou um ano, mas em perseverar e crescer até à morte, convém sobretudo que Deus seja o nosso escudo, mas um escudo que nos rodeie, uma vez que somos atacados por todos os lados (cf Sl 90,4). Convém que seja Deus a fazer tudo; assim, não teremos receio de que nos falte seja o que for. Por nós, basta-nos reconhecer a nossa impotência e ser fervorosos e constantes em pedir socorro, por intercessão de Maria, a Deus, que nada recusa. E nem disto somos capazes, a não ser com uma grande graça, ou antes, com várias grandes graças de Deus.

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