sábado, 26 de outubro de 2019

EVANGELHO DO DIA 26 DE OUTUBRO

Evangelho segundo São Lucas 13,1-9. 
Naquele tempo, vieram contar a Jesus que Pilatos mandara derramar o sangue de certos galileus, juntamente com o das vítimas que imolavam. Jesus respondeu-lhes: «Julgais que, por terem sofrido tal castigo, esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus? Eu digo-vos que não. E se não vos arrependerdes, morrereis todos do mesmo modo. E aqueles dezoito homens, que a torre de Siloé, ao cair, atingiu e matou? Julgais que eram mais culpados do que todos os outros habitantes de Jerusalém? Eu digo-vos que não. E se não vos arrependerdes, morrereis todos de modo semelhante. Jesus disse então a seguinte parábola: «Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi procurar os frutos que nela houvesse, mas não os encontrou. Disse então ao vinhateiro: ‘Há três anos que venho procurar frutos nesta figueira e não os encontro. Deves cortá-la. Porque há de estar ela a ocupar inutilmente a terra?’ Mas o vinhateiro respondeu-lhe: ‘Senhor, deixa-a ficar ainda este ano, que eu, entretanto, vou cavar-lhe em volta e deitar-lhe adubo. Talvez venha a dar frutos. Se não der, mandarás cortá-la». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santa Juliana de Norwich 
(1342-depois de 1416) 
mística inglesa 
Revelações do amor divino,cap.39 
Converter-se e não perecer 
O pecado é o chicote mais fustigante que pode tocar uma alma eleita. Ele quebra todos, homens e mulheres, rebaixando-os de tal modo aos seus próprios olhos que se convencem de que merecem ir para o inferno, até ao momento em que, tocados pelo Espírito Santo, são arrebatados pelo arrependimento e veem a sua amargura transformar-se em esperança na misericórdia divina. Então, as feridas começam a sarar e a alma a viver, voltando-se para a vida da Santa Igreja. O Espírito Santo conduze-los à confissão, onde confessam voluntariamente os seus pecados com toda a nudez e franqueza, com uma grande tristeza e a vergonha de terem maculado a bela imagem de Deus. Recebem a penitência por cada um dos pecados da parte do confessor, tal como foi estabelecido na Santa Igreja pelo ensinamento do Espírito Santo, e esta humildade agrada muito a Deus. […] Nosso Senhor zela por nós com muitos cuidados, mesmo quando cremos ter sido quase abandonados e rejeitados devido às nossas faltas, e reconhecendo que o merecemos. A humildade que assim adquirimos eleva-nos bem alto aos olhos de Deus. A graça divina faz nascer um tão grande arrependimento, compaixão e verdadeira sede de Deus, que o pecador, subitamente livre do pecado e da tristeza, é guindado até à beatitude, ao nível dos grandes santos.

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