terça-feira, 26 de março de 2019

Santa Maria Alfonsina, Religiosa e fundadora - 25 de março

Martirológio Romano:
Em Aïn-Karem, Palestina, Santa Maria Alfonsina Danil Ghattas, cofundadora da Congregação das Irmãs Dominicanas do Santíssimo Rosário de Jerusalém. († 1927) Desde pequena Maryam Soultaneh Danil Ghattas, seu nome civil, que nasceu em Jerusalém em 4 de outubro de 1843, sentia uma devoção especial pela Virgem Maria e a recitação do Rosário. “Que Mãe bela, Maria! Não a posso descrever; nenhuma imagem se assemelha sequer um pouco a sua imensa beleza. Bem-aventurado quem goza eternamente”, diz ela em um de seus escritos divulgados por sua comunidade. Foi batizada em 19 de novembro de 1843 e recebeu o Sacramento da Confirmação das mãos do primeiro Patriarca latino de Jerusalém, José Valerga, depois da restauração do patriarcado em 18 de julho de 1842.
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Foi graças a seu estreito relacionamento com Maria que pode ver com clareza, quando tinha apenas 14 anos, seu chamado para a vida religiosa. Seu amor à Virgem ajudou-a também a enfrentar algumas dificuldades, como a oposição de seu pai à sua vocação. Finalmente, em 1860, vestiu o hábito no instituto das Irmãs de São José da Aparição, tomando o nome de Maria Alfonsina. “Sobressaia-se por sua profunda piedade e firme adesão à fé católica. Fundou a associação das Filhas de Maria e também outra orientada às mães cristãs. Continuou seu trabalho apostólico em Belém”, assegura o postulador para sua causa, Pe. Vitor Tomás Gomez, OP. A Irmã Maria Alfonsina era favorecida com várias aparições de Nossa Senhora, que lhe revelou seu desejo de que ela fundasse a Congregação do Santo Rosário. A Virgem Maria lhe fala do Pe. José Tannus, um santo sacerdote do patriarcado latino, sugerindo que ele seja seu diretor espiritual e administrador da Congregação. Foi ele que encontrou em Jerusalém, não longe do patriarcado, a modesta casa na qual entram as cinco primeiras postulantes, entre elas Irmã Maria Alfonsina, em 24 de julho de 1880. O Patriarca Vicente Bracco impõe o hábito às postulantes em 15 de dezembro de 1881. A Irmã Maria Alfonsina teve que enfrentar várias dificuldades para obter de Roma a dispensa do instituto das Irmãs de São José da Aparição para se dedicar à Congregação do Santo Rosário. Esta permissão ela obteve em 1880, depois de muitas dificuldades e com a ajuda do Pe. José Tannus Yammin. Em 6 de outubro de 1883, a Irmã Maria Alfonsina, que quis conservar o mesmo nome na nova fundação, recebeu o hábito da Congregação do Rosário. Em 1885, foi admitida à profissão e pronunciou seus primeiros votos. A 25 de julho de 1885 foi viver em uma nova casa da Congregação, em Jaffa de Galileia, perto de Nazaré, com outra Irmã, para dar apoio à paróquia local. Foi ali que se deu um milagre: um dia, Nathira I'd, uma menina, cai em um poço profundo cheio de água. Irmã Maria Alfonsina teve então a inspiração de lançar o seu rosário no poço, e se dirigiu em seguida à igreja para invocar Nossa Senhora e rezar o Rosário com outras meninas. Passado um tempo, Nathira sai do poço são e salva, dizendo que viu uma grande luz e uma escada em forma de rosário que a ajudou a sair. Em 1886 fundou uma escola feminina em Beit Sahour, pequena localidade de pastores, perto de Belém, dando trabalho às jovens pobres da cidade. Em 1887, com três Irmãs, deixou Beit Sahour e foi para Salt, a primeira missão na Transjordânia. Dois anos mais tarde, foi enviada a Naplouse, porém voltou para a casa central de Jerusalém por razões de saúde. Uma vez restabelecida, foi enviada para Zababdeh. Em 1892, viaja a Nazaré onde cuida do Pe. Tannus até sua morte. Em 1893, a Irmã Maria Afonsina abriu em Belém uma oficina para dar trabalho às jovens pobres da cidade. Passou ali 15 anos de zelo e entusiasmo. Em 1909 foi enviada a casa central de Jerusalém, onde fundou um orfanato, permanecendo naquela cidade até 1917, ocasião em que foi enviada para fundar um orfanato em Aïn-Karem. Ali pode voltar a sua vida de oração e cumprir o desejo da Virgem Maria: que o Rosário seja rezado perpetuamente. Ali permaneceu até sua morte, em 25 de março de 1927. Madre Maria Alfonsina exala o último suspiro rezando o rosário com sua irmã, Hanneh Danil Ghattas. “Ó Senhor! É assim que te mostras generoso e consolas aos pecadores que não te suplicam! Do que é feita tua caridade para com teus amigos e eleitos? Ó Maria, minha mãe! Quem te pode compreender? Que pode dar-se conta de tua compaixão para com as filhas de tua raça, especialmente aquelas que se sentem desorientadas em sua vida?”, escreveu a Santa. Irmã Maria Afonsina passou 42 anos à serviço de seu instituto. Em todos os lugares onde morava concentrava sua ação em ensinar a ler e a escrever, a fazer trabalhos manuais, fundava associações para as mulheres, ensinava o catecismo, e, obviamente, difundia a recitação do Rosário. “A mortificação de si mesmo atrai graças imensas, assim como a oração e a modéstia”, repetia constantemente. Atualmente há cerca de 300 Irmãs da Congregação do Santo Rosário presentes na Palestina e Israel, Jordânia, Líbano, Síria, Emirados Árabes Unidos, Egito e Roma. A congregação apenas aceita moças árabes e segue o rito latino. “Me dei como uma oferenda total por tudo o que a Divina Providência queria de mim. Não encontro nenhum mal naquilo que sofro, porque sou uma oferenda do Rosário”, dizia Santa Maria Alfonsina. Foi beatificada em 22 de novembro de 2009, na Basílica da Anunciação de Nazaré; canonizada em 17 de maio de 2015 na Basílica de São Pedro.
Fontes:


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