sexta-feira, 29 de março de 2019

EVANGELHO DO DIA 29 DE MARÇO

Evangelho segundo São Marcos 12,28b-34. 
Naquele tempo, aproximou-se de Jesus um escriba e perguntou-Lhe: «Qual é o primeiro de todos os mandamentos?» Jesus respondeu: «O primeiro é este: "Escuta, Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças". O segundo é este: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo". Não há nenhum mandamento maior que estes». Disse-Lhe o escriba: «Muito bem, Mestre! Tens razão quando dizes: Deus é único e não há outro além d’Ele. Amá-l’O com todo o coração, com toda a inteligência e com todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo, vale mais do que todos os holocaustos e sacrifícios». Ao ver que o escriba dera uma resposta inteligente, Jesus disse-lhe: «Não estás longe do reino de Deus». E ninguém mais se atrevia a interrogá-l’O. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Bento XVI papa de 2005 a 2013 
Encíclica «Deus Caritas est»,§§17-18 
(trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana,rev) 
Amar a Deus e amar o próximo 
A história do amor entre Deus e o homem consiste precisamente no facto de esta comunhão de vontades crescer em comunhão de pensamentos e de sentimentos, de maneira que o nosso querer e a vontade de Deus coincidem cada vez mais: a vontade de Deus deixa de ser para mim uma vontade estranha, que os mandamentos me impõem de fora, mas é a minha própria vontade, baseada na experiência de que realmente Deus é mais íntimo a mim mesmo do que eu próprio (Santo Agostinho). Cresce então o abandono em Deus, e Deus torna-Se a nossa alegria (cf Sl 73/72,23-28). Revela-se assim como possível o amor ao próximo no sentido enunciado por Jesus na Bíblia. Amor que consiste precisamente no facto de que eu amo, em Deus e com Deus, a pessoa que não me agrada ou que nem sequer conheço. Isto só é possível a partir do encontro íntimo com Deus, um encontro que se tornou comunhão de vontades, chegando mesmo a tocar o sentimento. Então aprendo a ver aquela pessoa, já não somente com os meus olhos e sentimentos, mas segundo a perspetiva de Jesus Cristo: o seu amigo é meu amigo. [...] Vejo com os olhos de Cristo e posso dar ao outro muito mais do que as coisas externamente necessárias: posso dar-lhe o olhar de amor de que ele precisa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário