segunda-feira, 2 de julho de 2018

Beata Colomba Kang Wan-suk, Catequista e mártir coreana – 2 de julho

     Colomba Kang Wan-suk (1761 - 1801) nasceu de uma união ilegítima no antigo distrito de Chungcheong-do (Coreia do Sul) no seio de uma das famílias nobres de Naepo. Desde pequena se destacou por sua sabedoria e honestidade: evitava as ações más ou dizer mentiras. O Beato Felipe Hong Pil-ju, que seria martirizado pela fé em 1801, foi um enteado seu. 
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     Devido a sua origem "não oficial", foi dada em casamento como segunda esposa a Hong Ji-yeong, um nobre da região de Deoksan. No início de seu casamento conheceu a fé católica e começou a interessar-se, e começou sua preparação para o batismo estudando o Catecismo.  Neste período, sua fé é intensa, bem como a prática da abstinência. Com seu estilo de vida ganha o respeito e a admiração de muitas pessoas. Correndo perigo, ocupava-se dos católicos que foram aprisionados durante a perseguição de 1791, em Sinhae, e precisamente por isto a prenderam.
     Depois de libertada, ensinou o catecismo a sua sogra, mãe segundo a lei, e a seu enteado, Felipe Hong. Apesar de seus esforços, não conseguiu converter seu marido, que a maltratava por causa de sua fé. Após um breve período, foi abandonada por ele, que passou a viver com uma concubina.
     Chegou ao conhecimento de Colomba que os católicos de Seul tinham uma melhor preparação cristã. Depois de consultar sua mãe legal e seu enteado, decidiu mudar-se para a capital; ali entrou em contato com os fiéis locais e se uniu a eles em seu afã para trazer sacerdotes para atender aos católicos recém convertidos, e para isto era necessário apoio financeiro para pagar os gastos desta empreitada.
     Em 1794, Colomba recebeu o batismo das mãos do primeiro sacerdote missionário que viera de Pequim, o Beato Santiago Zhou Wen-mo, e ela se comprometeu a dedicar sua vida a ajudar o sacerdote em seu apostolado. Após dar-se conta de sua sinceridade e verdadeiro compromisso, o Pe. Zhou a nomeou catequista e lhe confiou a tarefa de cuidar dos fiéis. Colomba assim se tornou a primeira mulher catequista na Coreia.
     No ano seguinte se desencadeia a perseguição em Eulmyo, e Colomba ofereceu sua casa para acolher o missionário, para que ele pudesse fugir para a China, pois havia uma ordem de busca e captura contra ele. A escolha de sua casa como refúgio era a mais segura, já que de acordo com os cânones da sociedade coreana era proibido inspecionar os lares das mulheres nobre. Graças a isto, a casa de Colomba se converteu em um refúgio seguro para o Pe. Zhou e para as comunidades católicas do lugar. Foi ali que a Beata Agatha Jeom-hye Yun criou sua comunidade de virgens dedicadas à Igreja.
     Colomba evangelizou como pode e quanto pode, e entre seus convertidos havia nobres, viúvas, servos e serva. Graças a ela Maria Canto e sua filha Maria Sin – parentes da família real – receberam o batismo. A admiração de que ela era objeto na comunidade católica era enorme, tanto é que se dizia: “Ela se move como um gongo: quando é golpeada, retumba tudo”.
     Em 1801 começou a perseguição Shinyu, e Colomba foi denunciada às autoridades governamentais acerca de suas atividades religiosas. No dia 6 de abril ela foi detida enquanto estava em sua casa com outros fieis: todos eles foram levados para a Chefatura de Polícia de Seul. Porém, ainda nesta grave situação o primeiro pensamento da catequista foi a segurança do sacerdote chinês. Para encontrá-lo os agentes a torturaram seis vezes, porém sem êxito. Sua fé era tão firme, que seus captores foram castigados por sua ineficácia. Um deles exclamou: “Esta mulher não é humana, é uma deusa!
     Nos três meses seguintes, entre a prisão e o martírio, Colomba continuou sua obra religiosa: se preparou para o martírio e encorajou seus companheiros de prisão a serem fieis e crer em Deus. Foi condenada à morte no dia 2 de julho de 1801, e a sentença, decapitação, foi levada a efeito no mesmo dia, com seus sete companheiros, fora da porta ocidental de Seul. Acabara de fazer 40 anos.
Autor: Joseph Yun Li-sun

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