sexta-feira, 4 de novembro de 2016

EVANGELHO DO DIA 4 DE NOVEMBRO

Evangelho segundo S. Lucas 16,1-8.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Um homem rico tinha um administrador que foi denunciado por andar a desperdiçar os seus bens. Mandou chamá-lo e disse-lhe: ‘Que é isto que ouço dizer de ti? Presta contas da tua administração, porque já não podes continuar a administrar’. O administrador disse consigo: ‘Que hei de fazer, agora que o meu senhor me vai tirar a administração? Para cavar não tenho forças, de mendigar tenho vergonha. Já sei o que hei de fazer, para que, ao ser despedido da administração, alguém me receba em sua casa’. 
Mandou chamar um por um os devedores do seu senhor e disse ao primeiro: ‘Quanto deves ao meu senhor?’. Ele respondeu: ‘Cem talhas de azeite’. O administrador disse-lhe: ‘Toma a tua conta: senta-te depressa e escreve cinquenta’. A seguir disse a outro: ‘E tu quanto deves?’ Ele respondeu: ‘Cem medidas de trigo’. Disse-lhe o administrador: ‘Toma a tua conta e escreve oitenta’. E o senhor elogiou o administrador desonesto, por ter procedido com esperteza. De facto, os filhos deste mundo são mais espertos do que os filhos da luz, no trato com os seus semelhantes». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, doutora da Igreja 
Manuscrito autobiográfico B, 4r° (Ed. Carmelo, 2000) 
O bom uso das riquezas
Ó Jesus! Bem sei, o amor só com amor se paga. Por isso procurei e encontrei a maneira de aliviar o meu coração dando-te Amor por Amor. - «Utilizai as riquezas que pervertem para arranjardes amigos que vos recebam nas moradas eternas» (Lc 16,9). Eis, Senhor, o conselho que dás aos teus discípulos depois de lhes teres dito que «os filhos das trevas são mais hábeis nos seus negócios que os filhos da luz». Filha da luz, compreendi que os meus desejos de ser tudo, de abraçar todas as vocações, eram riquezas que me poderiam perverter. Por isso servi-me delas para arranjar amigos. [...] 
Lembrando-me da petição de Eliseu ao seu pai Elias quando ousou pedir-lhe «o seu duplo espírito» (2Rs 2,9), apresentei-me diante dos Anjos e dos Santos, e disse-lhes: «Sou a mais pequena das criaturas; conheço a minha miséria e a minha fraqueza; mas sei também quanto os corações nobres e generosos gostam de fazer bem. Suplico-vos, portanto, ó bem-aventurados habitantes do Céu! Suplico-vos que me adoteis como filha. Só para vós será a glória que me fizerdes alcançar; mas dignai-vos atender a minha prece. É temerária, bem sei: contudo, ouso pedir-vos que me obtenhais o vosso duplo Amor.»

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