Depois de terminada a parábola sobre o
crescimento silencioso da semente e sua potência de crescimento, explicando
assim como é o Reino de Deus, Jesus manda que os discípulos O levem para a outra
margem. Jesus ensinara da barca, pois havia grande multidão. Na travessia vem
uma tempestade. O lago não é grande, mas as tempestades são perigosas. Entramos numa reflexão a respeito
do poder de Jesus sobre a fúria da natureza, a fúria do mal que dominava o
homem endemoniado que estava possuído por uma legião (legião é o nome de uma
parte do exército romano que tinha 6.000 soldados). Depois Jesus curará uma
mulher doente e ressuscitará uma menina. Mostra toda a força que tem contra o
mal onde estiver. O inimigo deve ser vencido: o mal, a doença, a morte, a fome,
a incredulidade, o demônio e a natureza criada quando se manifesta nos
fenômenos e perigosos para o homem. No mar mostra sua potência como enviado de
Deus para a renovação do mundo acalmando a tempestade. Jesus vence o mal para reconquistar
o mundo e entregá-lo a Deus. Deus dominou o caos do mundo na criação (Gn 1,1-4). Jesus
mostrará aos discípulos sua vitória contra todo mal quando Ele mesmo se afogar
nas ondas da morte. Quando os chefes do povo comemoravam tê-Lo abafado, Jesus,
como no barco, silenciava os poderes do mal e da morte. Jó foi vítima de tantos
males, não se afogou na dor, mas foi capaz de vencer as vagas do sofrimento por
sua fé em Deus. Os discípulos clamam a Jesus que dormia e Ele acalma o mar e
silencia a tempestade.
Vimos
os prodígios de Deus
A
leitura do livro de Jó é um hino à grandeza de Deus e reconhecimento de sua
presença através mesmo do sofrimento. Jó reconhece sua fragilidade e questiona
Deus. Deus não é o causador do mal. A fé não impede que nos sintamos fracos,
mas nos fortalece em nossa fraqueza. Deus diz a Jó que Ele tem o poder sobre
todas as coisas e esse poder continua forte entre nós. O salmo canta o Deus que
socorre a quem a Ele se dirige no sofrimento, pois é atendido de modo
maravilhoso. Sabemos que, quando pedimos, antes mesmo de ter terminado de pedir,
já há agradecimento em nossa boca. Como então nem sempre recebemos o que pedimos?
Deus sabe o que precisamos mesmo antes de Lho pedirmos (Mt 6,8). Podemos dizer que Deus dá
mais que pedimos. O que acontece é que não esperamos ou nem sabemos entender as respostas de Deus. Jesus pediu e
foi atendido mais que pedira: “Ele que, nos dias de sua vida terrestre,
apresentou pedidos e súplicas, com veemente clamor e lágrimas Àquele que O
podia salvar da morte; e foi atendido por causa de sua submissão. E, embora
fosse Filho, aprendeu, contudo, a obediência pelo sofrimento...e se tornou para
todos os que lhe obedecem princípio de salvação eterna” (Hb 5,7-9). Este texto ensina a quem
interpreta o fato de não ter recebido a graça por falta de fé.
Conhecemos
só a partir da fé.
No
meio das tempestades e bonanças da vida, Paulo descreve o mistério cristão: “O
amor de Cristo nos pressiona, pois julgamos que um só morreu por todos, e que,
logo, todos morreram” (2Cor
5,14). Cristo morreu por todos. Nossa morte em Cristo não nos mata, mas
nos faz viver uma vida diferente: “Cristo morreu por todos para que os vivos
não vivam mais para si mesmos, mas para Aquele que por eles morreu e
ressuscitou” (15).
Há um só modo de conhecer as pessoas: através de Cristo. “Quem está em Cristo é
uma nova criatura. O mundo velho desapareceu” (17).
Leituras: Jó 38,1.8-11;Salmo 106; 2Coríntios
5,14-17; Marcos 4,35-41
1.
A narrativa da
tempestade acalmada, Marcos quer nos ensinar o poder de Jesus sobre todo mal,
nas mais diversas formas como veremos nos evangelhos que seguem. No mar mostra
a potência como enviado de Deus para a renovação do mundo, acalmando a
tempestade. Jesus reconquista o mundo para Deus. Jesus vence o mal quanto
afogado nas ondas da morte. Jó foi capaz de vencer o mal por sua fé em Deus.
2.
A leitura do livro de Jó é um hino à grandeza de Deus e
o reconhecimento de sua presença através do sofrimento. Deus não é o causador
do Mal. A fé não impede de nos sentirmos fracos, mas nos fortalece em nossa
fraqueza. Deus tem o poder sobre todas as coisas e esse poder continua forte em
nós. Temos a questão: rezei e não fui atendido, ou não ouvi o que Deus me
respondeu, ou não entendi que Deus me deu mais do que pedi. Jesus pediu para
ser livre da morte e foi atendido na Ressurreição.
3.
Paulo ensina que Cristo nos pressiona a entender a
morte de Cristo por nós e nossa entrega por todos. Nossa morte em Cisto não nos
mata, mas nos faz viver de modo diferente: há um só modo de entender as
pessoas: através de Cristo.
Dormindo
nas ondas
Como
são belas as ondas do mar que se levantam dando aos surfistas belas
oportunidades. São belas quando estouram nos rochedos. Bonito! Mas não é tão
belo assim quando se está no meio de uma tempestade, em pequenos barcos que
ficam a seu dispor. Ali, somente Deus poderia salvar.
Os textos da liturgia nos colocam
diante de fúria do mar. O salmo nos faz rezar a oração dos desesperados no meio
da tempestade. O Evangelho narra que o barco dos discípulos corre perigo na
tempestade. O mar da Galiléia é um lago pequeno, mas quando o vento é forte,
até barcos atuais correm perigo. Imagina, no pobre barco dos discípulos.
E Jesus dormia sobre uma almofada. Tranquilo.
No desespero despertam Jesus pedindo socorro. As ondas O embalavam. O poder de
Jesus acalma o mar.
Nos mares da vida é bom ter sempre
Jesus por perto. Ele não dorme. Tendo o Mestre no barco, temos um bom
timoneiro.
Paulo ensina o caminho para não nos afogarmos no mar
das dificuldades. Uma nova criatura tem um procedimento diferente. A diferença
está em não viver para si mas para Cristo que por nós morreu e ressuscitou.
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