quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Guido de Anderlecht Leigo, Peregrino, Santo viveu entre os séculos X e XI

Guido de viveu entre os séculos X e XI, nascido em Brabante, Bélgica. Desde a infância, ele já demonstrava seu desapego dos bens terrenos, tanto que na juventude distribuiu aos pobres tudo que possuía e ganhava. Na ânsia de viver uma vida ascética, Guido abandonou a casa dos pais, que eram bondosos cristãos camponeses e foi ser sacristão do vigário de Laken, perto de Bruxelas, pois assim poderia ser mais útil às pessoas carentes e também se dedicar às orações e penitência. Quando ficou órfão, decidiu ser comerciante, pois teria mais recursos para auxiliar e socorrer os pobres e doentes. Mas, seu navio repleto de mercadorias afundou nas águas do Sena. Então, o comerciante Guido teve a certeza de que tinha escolhido o caminho errado. De modo que se convenceu do equívoco cometido ao abandonar sua vocação religiosa para trabalhar no comércio, mesmo que sua intenção fosse apenas ajudar os mais necessitados. Sendo assim, Guido deixou a vida de comerciante, vestiu o hábito de peregrino e pôs-se novamente no caminho da religiosidade, da peregrinação e assistência aos pobres e doentes. Percorreu durante sete anos as inseguras e longas estradas da Europa para visitar os maiores santuários da cristandade. Depois da longa peregrinação incluindo a Terra Santa, Guido voltou para o seu país de origem, já fraco e cansado. Ficou hospedado na casa de um sacerdote na cidade de Anderlecht, perto de Bruxelas, de onde herdou o sobrenome. Pouco tempo depois, morreu, com fama de santidade. Foi sepultado nesta cidade e sua sepultura se tornou um pólo de peregrinação. Assim com o passar do tempo foi erguida uma igreja dedicada à ele, para guardar suas relíquias. Com o passar dos séculos, a devoção a São Guido de Anderlecht cresceu, principalmente entre os sacristãos, trabalhadores da lavoura, camponeses e cocheiros. Aliás, ele é tido como protetor das cocheiras, em especial dos cavalos. Diz a tradição que Guido não resistiu a uma infecção que lhe provocou forte desarranjo intestinal, muito comum naquela época pelos poucos recursos de saneamento e higiene das cidades. Seu nome até hoje é invocado pelos fiéis para a cura desse mal. A sua festa litúrgica, tradicionalmente celebrada no dia 12 de setembro, traz uma carga de devoção popular muito intensa. Na cidade de Anderlecht, ela é precedida por uma procissão e finalizada com uma benção especial, concedida aos cavalos e seus cavaleiros. 
FONTE: http://www.portalangels.com/

Guido nasceu em Anderlecht, na região de Brabant, no seio de uma família camponesa pobre: a pobreza sempre foi a escolha do seu estilo de vida, que o acompanhou por milhares de quilômetros. Privando-se de tudo pelos outros, foi, com razão, considerado o precursor de São Francisco de Assis, a ponto de ser denominado "o pobre de Anderlecht". Canonizado em 1112, um século após a sua morte, caiu no esquecimento, por muito tempo, mas os prodígios, que se realizavam em torno do seu túmulo, recordam ao mundo a importância da sua figura. 
De sacerdote a sacristão 
Guido não tinha muito para si, mas o pouco que tinha o dava aos pobres. Em sua família de camponeses, sentia-se inútil. Por isso, deixou logo seus queridos para pôr-se a serviço de um sacerdote, na igreja de Mariansee, em Laken, não muito distante de Bruxelas. Ali, em contínuo contato com a pobreza e as necessidades humanas mais essenciais, decidiu abrir uma atividade comercial, não para seu ganho pessoal, mas para instituir um fundo, cuja renda seria destinada totalmente aos pobres da cidade. Mas, aquela não era a estrada que o Senhor havia escolhido para ele: Guido percebeu isso, quando o primeiro navio armado naufragou no porto fluvial de Bruxelas. Assim, deixou tudo e se vestiu com o hábito de peregrino. 
Em viagem com o alforje 
Por sete anos, Guido viajou pelas estradas da Europa, indo bem mais além. Durante suas viagens, dedicou-se à evangelização e a levar Jesus a todos os que encontrava, mas também dando pão aos famintos. Muitas vezes e de bom grado até se privava do necessário, enchendo sua de terra, para não mostrar a sua indigência; porém, o Senhor o recompensava, enchendo-a novamente de pão. Assim, em suas viagens, visitava os maiores santuários do cristianismo, chegando até à Terra Santa, como fez o Pobrezinho de Assis, dois séculos depois. Ao regressar, passou por Roma, onde encontrou o decano de Anderlecht, que, em seu leito de morte, o encarregou de continuar a anunciar a Boa Nova. De volta para casa, Guido chegou cansado e doente. Pouco tempo depois, voltou para a Casa do Pai. Hoje, seus restos mortais descansam na igreja Colegiada da cidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário