segunda-feira, 30 de setembro de 2024

REFLETINDO A PALAVRA - “Santo Afonso, um homem a serviço”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Descobriu Deus e as pessoas
 
A família redentorista celebra seu fundador no dia 1 de agosto. É um santo do passado, mas é atual. Nasceu dia 27 de setembro de 1696 em Nápoles, Itália. Fundou a Congregação dia 09.11.1732. Foi bispo e morreu 1º de agosto de 1787. Foi canonizado 26 de maio de 1839 e declarado doutor da Igreja (reconhecimento de sua doutrina) em 1871. O que fez este homem para ter tanta importância? Sua doutrina sobre o estudo da moral teve grande influência até pouco antes do Concílio Vaticano II, quando foi retomada por outros grandes homens, também redentoristas, e adaptada à linguagem atual. Para quem o conhece, percebe que seu ensinamento e seus métodos são muito parecidos com os do Papa Francisco. O que levou Afonso, nobre e advogado afamado, a deixar tudo para ser sacerdote e dedicar-se aos pobres da cidade e depois mudar sua vida para viver entre os abandonados do interior? Descobriu e aprofundou o amor de Deus. Fez uma caminhada muito forte a partir desse amor. Quem se encontra com Deus, necessariamente encontra os amados de Deus, os necessitados. Vendo o abandono das populações pobres da cidade e depois as do campo, tomou atitudes concretas para ajudá-las no caminho da fé e da santificação. O povo tem direito a viver intensamente sua fé e praticá-la. A santidade é aberta a todos, pois todos podem ser santos. Com sua doutrina moral e espiritual deu um golpe mortal no rigorismo jansenista que dominava a Igreja. Em seu ensinamento e doutrina não foi nem relaxado nem rigorista. Tomou o caminho do equilíbrio. Não foi uma moda, mas um estudo sério sobre a moral que influenciou beneficamente a Igreja. 
Saber é dar soluções
Sendo um pensador teólogo passou à vida prática seus conhecimentos. O contato com o povo é uma condição para o ensino. Ele fez o melhor caminho para aprofundar seu argumento, pois diz: “Depois de 30 anos pregando missões, achei importante escrever para orientar seus padres no cuidado do povo”. Criou métodos espirituais que ajudam o povo a crescer, como é o caso da meditação. Ligado a ele, exigiu de si e dos companheiros que pregassem de modo acessível a todos. A linguagem popular não é algo mal preparado, mas a ciência traduzida para o popular. É preciso muita sabedoria. O povo gostava de ouvi-lo. Criou um modo de pregar missões que atingiam até os lugares mais humildes e abandonados. Seu modo de pensar a comunidade religiosa missionária era tê-las acessíveis ao povo. Pregava retiro e o povo vinha para as igrejas para ouvir a palavra e se orientar. Não só pregava como também escrevia livros acessíveis que orientavam sua vida. Escreveu muitas obras de ciência teológica para ajudar os padres a se formarem bem para o bom atendimento do povo. A teologia moral de Afonso foi adotada em toda a Europa. 
Aprendendo com sábio 
Seu método era viver e ensinar o que vivia. Por isso é chamado o Doutor da oração. Repetia sempre: Quem reza se salva, quem não reza se condena. A oração era uma prioridade de sua vida. Seus escritos estão cheios da Palavra de Deus e sempre concluía os tópicos com uma oração. Ocupado com Deus, era preocupado com as pessoas para dar-lhes o melhor do ensinamento. Ocupava plenamente seu tempo. Por isso teve tempo de escrever 128 obras. Há obras menores que são sínteses populares de seu grande pensamento. Estava sempre em contato com tudo que se escrevia pelo mundo. Era preocupado com a Igreja para que correspondesse sempre a sua missão. Chegou a escrever aos cardeais no conclave que elegeu Pio VI 1775-99, mostrando os problemas e indicando caminhos.
ARTIGO PUBLICADO EM JULHO DE 2014

EVANGELHO DO DIA 30 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 9,46-50. 
Naquele tempo, houve uma discussão entre os discípulos sobre qual deles seria o maior. Mas Jesus, que lhes conhecia os sentimentos íntimos, tomou uma criança, colocou-a junto de Si e disse-lhes: «Quem acolher em meu nome uma criança como esta, acolhe-Me a Mim; e quem Me acolher, acolhe Aquele que Me enviou. Na verdade, quem for o mais pequeno entre vós, esse é que será o maior». João tomou a palavra e disse: «Mestre, vimos um homem expulsar os demónios em teu nome e quisemos impedi-lo, porque ele não anda connosco». Mas Jesus respondeu-lhe: «Não lho proibais, pois quem não é contra vós é por vós». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Gregório Magno 
(540-604)
Papa, doutor da Igreja 
Livro XIV, SC 212 
A Igreja mantém-se humildemente na verdade 
«Sim, mesmo que eu seja ignorante, a minha ignorância está comigo» (Jb 19,4). É próprio dos hereges ensoberbecerem-se com a vã arrogância da sua ciência, escarnecendo da simplicidade de uma fé reta e julgando a vida dos humildes desprovida de mérito. Pelo contrário, a Santa Igreja abaixa humildemente a cabeça diante de qualquer verdade que a sua verdadeira sabedoria alcança, evitando a jactância da ciência, a fatuidade da investigação dos mistérios e a presunção de sondar problemas que estão para além das suas forças; de facto, tem por mais útil aplicar-se a ignorar o que não pode compreender do que a definir descaradamente o que não sabe. Por outro lado, diz-se que quem é por nós está connosco e, inversamente, quem é contra nós não está connosco. Como, portanto, o coração do herege se ensoberbece com o seu saber e o do fiel se humilha com o sentimento da sua ignorância, o bem-aventurado Job pode dizer em seu nome, mas também de acordo com a Igreja universal: «Mesmo que eu seja ignorante, a minha ignorância está comigo»; que é o mesmo que dizer claramente aos hereges: a vossa ciência não está convosco, está contra vós, porque vos instala num orgulho insensato, mas a minha ignorância está comigo, é a meu favor, pois, longe de ter a audácia orgulhosa de investigar a Deus, mantenho-me humildemente na verdade.

São Gregório, o Iluminador , Bispo, Apóstolo dos Armênios - Festa: 30 de setembro

257 - 332
 
Gregório, o Iluminador, é o apóstolo dos armênios, nação que se converteu ao cristianismo em 301. Nascido por volta de 260, escapou de um massacre de sua família e foi educado na fé por sua enfermeira. Perto do rei Tirídates, ele, entretanto, recusou-se a sacrificar aos deuses pagãos, como queria. Ele foi preso. Então Tirídates, que estava doente, o libertou e ele foi curado. Assim a nação tornou-se cristã. Morreu em 328. Algumas relíquias estão na igreja de San Gregorio Armeno, em Nápoles, na rua de mesmo nome, famosa por seus presépios. Outros em Nardò e Constantinopla. O mais importante é o braço direito, com o qual o novo Katholikos é abençoado na Arménia. (Futuro) 
Emblema: Equipe pastoral 
Martirológio Romano: Na Armênia, São Gregório, conhecido como o Iluminador, bispo, que após grandes dificuldades retirou-se para uma caverna na confluência dos braços do rio Eufrates e aqui descansou em paz, após ter conquistado a fama de apóstolo de os Armênios. 

São Francisco de Borja, presbítero jesuíta

Descendente da família Borja, Francisco nasceu em Gandia, Espanha, em 1510. Casado e pai de 8 filhos, foi vice-Rei da Catalunha, mas jamais descuidou da sua fé. Viúvo, deixou tudo e entrou para a Companhia de Jesus, da qual foi Comissário Geral. Fundou as Missões na América do Sul e morreu em 1572. 
(*)Gandia, Espanha, 28 de outubro de 1510 
(+)Roma, 30 de setembro de 1572 
Nascido em 1510 em Gandia, Espanha, foi pajem da corte de Carlos V. Casou-se com Eleonora de Castro, com quem teve oito filhos. Apesar dos compromissos que o cargo de vice-rei da Catalunha implicava, não deixou de levar uma vida espiritual intensa. Após a morte de sua esposa, ele ingressou na Companhia de Jesus e, tornando-se sacerdote, alternou a pregação com a escrita de tratados espirituais. Renunciou ao cargo de cardeal, mas aceitou cargos importantes para a Companhia, como o de Comissário Geral. Suas características eram a humildade, a mortificação e uma grande devoção à Eucaristia e à Virgem. Fundador das primeiras missões na América Latina espanhola, acompanhou o espírito original dos jesuítas. Ele morreu em 1572. (Avvenire) 
Etimologia: Francesco = livre, do alemão antigo 
Martirológio Romano: Em Roma, São Francisco Bórgia, sacerdote, que, após a morte da esposa, com quem teve oito filhos, ingressou na Companhia de Jesus e, tendo abandonado as honras terrenas e rejeitado as eclesiásticas, foi eleito superior geral, permaneceu famoso por sua vida de austeridade e espírito de oração.

São Simão, conde de Crépy

Simão, conde de Crépy, renunciou às suas riquezas e matrimônio para dedicar-se à vida monacal; depois, no eremitério do Monte Jura, recebia muitos peregrinos, que buscavam ser iluminados pela sua sabedoria. Transferiu-se para Roma, onde morreu em 1082, sepultado na Basílica de São Pedro. 
Sendo conde de Crépy em França, renunciou a todas as suas riquezas para levar uma vida monástica e mais tarde tornou-se eremita no Macico do Jura. 
Martirológio Romano: Em Roma, São Simão, monge, que, ex-Conde de Crépy na França, renunciando à sua pátria, ao seu casamento e a todos os seus bens, optou por retirar-se para uma vida primeiro monástica e depois eremita no maciço do Jura; muitas vezes chamado a intervir como legado para reconciliar os príncipes guerreiros, ele morreu em Roma e foi sepultado perto de São Pedro.

Jerónimo de Stridon Padre e Doutor da Igreja, Santo 340-420

São Jerónimo é contado entre os maiores Doutores da Igreja dos primeiros séculos. De cultura enciclopédica, foi escritor, filósofo, teólogo, retórico, gramático, dialéctico, historiador, exegeta e doutor como ninguém, nas Sagradas Escrituras. Jerónimo nasceu na Dalmácia, hoje Croácia, por volta do ano 340. Tendo herdado dos pais pequena fortuna, aproveitou para realizar sua vocação de amante dos estudos. Para este fim, viajou para Roma, onde procurou os melhores mestres de retórica e onde passou a juventude um tanto livre. Recebeu o baptismo do papa Libério, já com 25 anos de idade. Viajando pela Gália, entrou em contacto com o monacato ocidental e retirou-se com alguns amigos para Aquiléia, formando uma pequena comunidade religiosa, cuja principal actividade era o estudo da Bíblia e das obras de Teologia. Jerónimo tinha um carácter indómito e gostava de opções radicais; desejou, portanto, conhecer e praticar o rigor da vida monacal que se vivia no Oriente, pátria do monaquismo. Esteve vários anos no deserto da Síria, entregando-se a jejuns e penitências tão rigorosas, que o levaram aos limites da morte. Abandonando o meio monacal, dirigiu-se a Constantinopla, atraído pela fama oratória de São Gregório de Nazianzo, que lhe abriu o espírito ao amor pela exegese da Sagrada Escritura. Estando em Antioquia da Síria, prestou serviços relevantes ao bispo Paulino, que o quis ordenar sacerdote. No entanto, Jerónimo não sentia vocação à actividade pastoral e quase nunca exerceu o ministério sacerdotal.

Conrado d'Urach Monge de Cister, depois Cardeal, Beato + 1227

Filho do Conde Egino, o Barbudo d’Urach e de Inês von Zähringen, Conrado é nomeado, ainda muito jovem cónego, do cabido de São Lourenço de Liège (Bélgica). Mais tarde, ele abandona todos os seus títulos e torna-se monge de Cister na abadia de Villers-en-Brabant, da qual acaba por ser nomeado Abade em 1209. Como o permite a “Carta Caritatis” da Ordem ele foi eleito, alguns anos mais tarde, Abade do Mosteiro no qual a Ordem teve a sua origem, o de Clairvaux (1214), fundado por São Bernardo. Três anos mais tarde foi eleito Abade de Citeaux (1217), o que fez dele o Abade geral da Ordem de Cister. As qualidades humanas e espirituais do homem explicam esta ascensão tão rápida como notável, no seio da Ordem. Durante dois anos ele foi Superior geral e foi durante esse tempo que ele propôs ao Cabido geral da Ordem o cântico do “Salve Regina” no fim de cada ofício da noite. Durante o consistório de 8 de Janeiro de 1219 ele foi eleito cardeal por Honório III. Desde logo começou a exercer algumas funções diplomáticas. Legado em França, tornou-se muito activo durante a cruzada contra os Albingenses. Aqui confirma, em nome do Papa a Ordem dos Pregadores de São Dominicanos. Exerceu, neste mesmo período algumas missões da Santa Sé em Espanha e na Alemanha. Enquanto que Legado apostólico do Papa Honório III, ele concedeu, em 1220, à Faculdade de Medina de Montpellier, os seus primeiros estatutos, o que faz desta a mais antiga faculdade de medicina em actividade no mundo.

Fredrico Albert Sacerdote, Fundador, Beato 1820-1876

Frederico Albert nasceu a 16 de Outubro de 1820 em Turim (Itália), onde seu pai, de Chateau-Beaulard, perto de Oulx, prestava serviço como alto oficial do exército da Sardenha. Sendo o filho mais velho, estava-se preparando para entrar na Academia Militar da cidade, quando um dia foi orar diante do túmulo do Beato Sebastião Valfré, o chamado “Apóstolo de Turim”. Mais tarde, abandonou a ideia de entrar para o exército e começou, ao contrário, os estudos para o sacerdócio. Depois da ordenação sacerdotal, que aconteceu a 10 de Junho de 1843, o seu primeiro encargo, que durou nove anos, foi o de capelão do rei. Em 1852, numa ocasião que se tornou famosa, Vítor Manuel II, acompanhado pela família e toda a corte, esteve presente a uma das homilias quaresmais de Frederico. O texto da homilia escolhido para aquele dia foi a história da mulher apanhada em adultério, que São João conta no seu Evangelho. Frederico não se moderou nas suas palavras e houve um murmúrio ansioso entre os cortesãos alarmados: todos estavam conscientes dos pecados cometidos pelo rei, mas este último admirou a sua honestidade e disse a Frederico, quando ia para sair: “Obrigado, sempre me disse a verdade”. Um breve discurso pronunciado na paróquia de São Carlos, em Turim levou Frederico a tomar a decisão de não permanecer na corte durante toda a sua vida. Pediu e recebeu permissão para sair, e foi-lhe confiada uma paróquia grande, muito populosa e cheia de necessidades, Lanzo Torinese.

ORAÇÕES - 30 DE SETEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado. 
30 – Segunda-feira – Santos: Jerônimo, Simão de Crépu, Gregório, o Iluminador
Evangelho (Lc 9,46-50) “Houve entre os discípulos uma discussão, para saber qual deles seria o maior...”
Jesus não gastou muitas palavras para responder à dúvida dos discípulos. Tomou uma criança nos braços, demonstrou-lhe acolhida e carinho. Posso até imaginar o sorriso naquele rostinho. Nem precisava dizer o que disse. Entenderam logo que o maior, o mais importante é quem acolhe os pequenos e não importantes, é quem é pequeno e se coloca à disposição de todos para os servir.
Oração
Senhor Jesus, mudai meu coração, que está sempre a sonhar grandezas e posições. Ensinai-me a estar sempre pronto para servir a todos, mesmo nos serviços mais humildes. Não permitais que eu corra atrás de reconhecimentos, mas que saiba aceitar com modéstia o agradecimento de meus irmãos. Que eu seja discreto, mas tão eficiente que nem precisem notar minha presença. Amém.

domingo, 29 de setembro de 2024

REFLETINDO A PALAVRA - “Tu me deste um tesouro”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
A Sabedoria do Reino
 
A liturgia deste domingo está centrada na parábola do tesouro descoberto, pelo qual se vende tudo para possuí-lo. Este tesouro escondido é a realidade mais preciosa, anunciada já no Antigo Testamento. É a Sabedoria Divina, tesouro precioso que procede de Deus. O jovem rei Salomão pede a Deus tudo o que precisava para governar seu povo: inteligência para “discernir entre o bem e o mal”. É a Sabedoria Divina da qual quer participar para realizar sua missão que é estar no lugar de Deus para dirigir o povo. A Sabedoria é a Lei: “Quanto amo, Senhor, a vossa lei!” (refrão do salmo 118). A Sabedoria é a ação do Espírito Santo que nos conduz para discernir entre o bem e o mal. Deus no-la dá quando buscamos o seu Reino que Jesus compara ao tesouro escondido e à pérola preciosa. A inteligência espiritual é a capacidade de acolher todos os valores da vida, seja material, intelectual como espiritual para chegar ao estado de homem perfeito na medida da estatura da plenitude de Cristo (Ef 4,13). É o tesouro que justifica desapegar-se de tudo por Cristo e seu Reino. Não é possível seguir a Cristo pela metade. É seguir o ardor de Cristo: “Eu vim trazer fogo à terra, e como gostaria que já estivesse aceso!” (Lc 12,49). Com o Espírito de Deus poderemos deixar que este incêndio se espalhe. Pedimos na oração da coleta que “usemos de tal modo os bens que passam, que possamos abraçar os que não passam”. 
Tudo concorre para o bem dos que amam 
Um tesouro encontrado é fonte de riquezas e bem estar. O tesouro do Reino é fonte de Vida. Ainda não acreditamos que vale a pena deixar tudo para ter muito mais. Deixar não significa abandonar, mas mudar a posição dos valores da vida. O que é importante? Sair de si para ir ao encontro das pessoas para levar o alegre anúncio do encontro que realizamos. O encanto que este tesouro provoca em nós invade todas nossas atividades, projetos e sonhos. Por isso falamos de vida nova, nova criatura, novos céus e nova terra, nova aliança, tudo se faz novo, novo homem, caminho novo, novo mandamento, novo nome, novo canto. Na busca do tesouro e da pérola não podemos nos atrapalhar no caminho que fazemos. O importante é o tesouro a se encontrar. O caminho não é o tesouro. Por isso Jesus, no final da parábola, diz que o mestre da lei, que se torna discípulo do Reino dos Céus, é como um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e velhas (Mt 13,52). Vivemos na Igreja tensões entre tradições e inovações. Não se trata da doutrina, mas da roupagem em que se coloca esse ensinamento. Não podemos ter receio em buscar coisas antigas que foram criadas na sabedoria, como também há coisas novas que são muito boas. Ambas nos ajudam a buscar o tesouro. É caminho. Cada época tem sua contribuição a dar. 
Saber distinguir 
Quem tem sabedoria tira de seu tesouro coisas novas e velhas (Mt 13,52). Não ter sabedoria para distinguir acarreta problemas para a vida, como dizemos: “negócio mal feito dá prejuízo”, pois não se soube avaliar as diversas situações. Quem quer o tesouro do Reino e não se dispõe a dar tudo por ele não consegue receber dele as riquezas que ele oferece, como diz Jesus na parábola do homem que começa construir uma torre e não tem como acabar (Lc 14,28). Quem totalmente se doa ao Reino, totalmente o recebe. Jesus usa a comparação da semente: Se cair em terra boa, produz muito fruto (Mt 13,23). Na Eucaristia ouvimos a Palavra que nos instrui na busca do tesouro e nos dá o Pão que alimenta para sustentar em nós a alegria de tudo dar por Ele. 
Leituras: 1 Reis 3,5.7-12;Salmo 118; 
Romanos 8,28-30;Mateus 13,44-52 
1. Salomão pede a sabedoria para dirigir o povo em nome de Deus. O tesouro é Sabedoria. Deus no-la dá quando buscamos o seu Reino que Jesus compara ao tesouro escondido e à pérola. É o tesouro que justifica desapegar-se de tudo por Cristo e seu Reino. 
2. O tesouro encontrado é fonte de Vida. Deixar tudo por ele é mudar a posição dos valores da vida. O encanto que provoca invade nossas atividades e sonhos. Tudo se torna novo. O importante é o tesouro a encontrar e não o caminho a fazer. O caminho não é o tesouro. Buscando-o podemos usar coisas antigas e novas. 
3. Não ter sabedoria para distinguir acarreta problemas para a vida. Quem quer o tesouro e não se dispõe a dar tudo por ele, não consegue receber as riquezas que ele oferece. A semente tem que cair em terra boa para dar fruto. 
Perdendo para ganhar 
Nas parábolas do Reino chegamos ao ponto central de nossa parte: a busca do tesouro. O Reino é como um tesouro escondido e uma pedra preciosa. Só encontra quem dá valor e busca. Depois que descobrimos o Reino de Deus, tudo fazemos para tê-lo por inteiro. Vale mais que tudo. Se não dou tudo o que tenho para possuí-lo, é porque não me vale. O resultado final será a separação como numa pesca. O que tem valor é recolhido, o resto, jogado fora. É que veremos no fim. Paulo nos explica que tudo concorre para o bem dos que amam a Deus, isto é, buscam o tesouro, dão tudo por ele, selecionam o que é melhor. Foi isso que fez Salomão: Pediu sabedoria. Poderia ter pedido tudo, mas escolheu o que com ele conseguiria tudo e mais o que quisesse: Pediu Sabedoria. Podemos rezar: “Como amo, Senhor, a vossa lei!” 
Homilia do 17º Domingo Comum (27.07.2014)

EVANGELHO DO DIA 29 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São Marcos 9,38-43.45.47-48. 
Naquele tempo, João disse a Jesus: «Mestre, nós vimos um homem a expulsar os demónios em teu nome e procurámos impedir-lho, porque ele não anda connosco». Jesus respondeu: «Não o proibais; porque ninguém pode fazer um milagre em meu nome e depois dizer mal de Mim. Quem não é contra nós é por nós. Quem vos der a beber um copo de água por serdes de Cristo, em verdade vos digo que não perderá a sua recompensa. Se alguém escandalizar algum destes pequeninos que creem em Mim, melhor seria para ele que lhe atassem ao pescoço uma dessas mós movidas por um jumento e o lançassem ao mar. Se a tua mão é para ti ocasião de pecado, corta-a; porque é melhor entrar mutilado na vida do que ter as duas mãos e ir para a Geena, para esse fogo que não se apaga. E, se o teu pé é para ti ocasião de pecado, corta-o; porque é melhor entrar coxo na vida do que ter os dois pés e ser lançado na Geena. E, se um dos teus olhos é para ti ocasião de pecado, deita-o fora; porque é melhor entrar no reino de Deus só com um dos olhos do que ter os dois olhos e ser lançado na Geena, onde o verme não morre e o fogo nunca se apaga». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Juliana de Norwich 
(1342-depois de 1416) 
Mística inglesa 
Revelações do amor divino, cap. 35-36 
Face à misericórdia de Deus, 
reconhecer plenamente o nosso pecado 
Deus é, em Si próprio, a justiça por excelência. Todas as suas obras são justas, e estão ordenadas, desde toda a eternidade, pelo seu elevado poder, a sua elevada sabedoria, a sua elevada bondade. Da mesma maneira que fez tudo pelo melhor, Ele trabalha sem cessar, conduzindo cada coisa ao seu fim. A misericórdia é obra da bondade de Deus; e continuará a operar enquanto o pecado puder atormentar as almas justas. Quando essa permissão for retirada, tudo será estabelecido na justiça, para assim permanecer eternamente. Deus permite que caiamos. Mas protege-nos, pelo seu poder e a sua sabedoria, elevando-nos, pela sua misericórdia e a sua graça, a uma alegria infinitamente maior. É assim que Ele quer ser conhecido e amado: em justiça e misericórdia, agora e para sempre. Eu nada mais farei que pecar. Mas o meu pecado não impedirá que Deus opere. A contemplação da sua obra é uma alegria celeste para uma alma cheia de temor, e que deseja, sempre e cada vez mais amorosamente, fazer a vontade de Deus, com a ajuda da graça. Esta obra começará aqui na terra. Será gloriosa para Deus e enormemente vantajosa para aqueles que O amam na terra. Quando chegarmos ao Céu, seremos testemunhas disso, numa alegria maravilhosa. Esta obra prosseguirá até ao último dia. A glória e a beatitude que daí virão subsistirão no Céu, diante de Deus e de todos os seus santos, para sempre. Essa será a maior alegria: ver que o próprio Deus é o seu autor, pois o homem não é senão pecado. Parecia-me que Nosso Senhor me dizia: «Não tens aqui matéria para ser humilde? Não tens aqui matéria para amar? Não tens aqui matéria para te conheceres a ti própria? Não tens aqui matéria para te alegrares em Mim? Então, por amor de Mim, alegra-te em Mim. Nada Me pode agradar mais».

29 de setembro - São João de Dukla

Estas palavras do profeta Isaías, propostas na primeira Leitura, foram lidas por Jesus na sinagoga de Nazaré no início da Sua atividade pública: 
"O Espírito do Senhor repousa sobre Mim, porque o Senhor Me ungiu. Enviou-Me a levar a boa nova aos que sofrem; a curar os de coração despedaçado, a anunciar a anistia aos cativos, e a liberdade aos prisioneiros; proclamar um ano de graça da parte do Senhor."
Naquele dia, na sinagoga, Jesus anunciou o seu cumprimento: o Espírito Santo consagrara com a unção precisamente a Ele, em vista da Sua missão messiânica. Mas aquelas palavras têm um valor que se estende também a todos aqueles que são chamados e enviados por Deus para continuar a missão de Cristo. Elas, portanto, podem referir-se certamente também a João de Dukla, que hoje me é dado incluir entre os Santos da Igreja. Dou graças a Deus, porque a canonização do Beato João de Dukla pode ter lugar na sua terra natal. O seu nome e juntamente a glória da sua santidade estão unidos para sempre a Dukla, pequenina ainda que antiga cidade, situada aos pés do monte Cergowa e da cadeia de montanhas do Beskid Central. João de Dukla é um dos muitos Santos e Beatos que cresceram na terra polaca, no decurso dos séculos XIV e XV.

29 de setembro - Beato Francisco de Paula Castelló i Aleu

Não menos edificante foi o testemunho dos demais mártires, como o jovem Francisco Castellói i Aleu, de vinte e dois anos, químico de profissão e membro da Ação Católica que, consciente da gravidade do momento não se escondeu, mas ofereceu a sua juventude em sacrifício de amor a Deus e aos irmãos, deixando-nos três cartas, exemplo de fortaleza, generosidade, serenidade e alegria, escritas poucos momentos antes de morrer, às suas irmãs, ao seu diretor espiritual e àquela que fora sua noiva. 
Papa João Paulo II 
– Homilia de Beatificação 
– 11 de março de 2001 
Francisco de Paula Castelló i Aleu nasceu em Alicante (Espanha) em 19 de abril de 1914. Seu pai morreu quando ele era apenas um bebê e sua mãe, professora, cristã exemplar e excelente educadora, encarregou-se da família. Ela ensinou-lhe a educação primária nas diferentes cidades de sua carreira como professora nacional, e preparou-o para sua primeira comunhão, que ele recebeu em Juneda, onde então Teresa Aleu trabalhava. Sua vida foi desenvolvida quase inteiramente em Lleida e em Barcelona, ​​onde Francisco fez seu ensino superior.

Miguel, Gabriel e Rafael Arcanjos

O mês de setembro tornou-se o mais festivo para os cristãos, pois a Igreja unificou a celebração dos três arcanjos mais famosos da história do catolicismo e das religiões: Miguel, Gabriel e Rafael, para o dia 29 de setembro, data em que se comemorava apenas o primeiro. Esses três arcanjos, representam a alta hierarquia dos anjos-chefes, o selecto grupo dos sete espíritos puros que atendem ao torno de Deus e são seus "mensageiros dos “Decretos Divinos”, aqui na Terra.
Miguel, que significa “Ninguém é como Deus”, ou “Semelhança de Deus” é considerado o Príncipe guardião e guerreiro, Defensor do trono celeste e do povo de Deus. Fiel escudeiro do Pai Eterno, chefe supremo do exército celeste e dos anjos fiéis a Deus. Miguel é o arcanjo da justiça e do arrependimento, padroeiro da Igreja Católica. Costuma ser de grande ajuda no combate contra as forças maléficas. É citado três vezes na Sagrada Escritura, que narramos na sua página. O seu culto é um dos mais antigos da Igreja.
Gabriel, seu nome significa “Deus é meu protector” ou “Homem de Deus” . É o Arcanjo anunciador por excelência das revelações de Deus e é, talvez, aquele que esteve perto de Jesus na agonia entre as oliveiras. Padroeiro da Diplomacia, dos trabalhadores dos correios e dos operadores dos telefones. Comumente está associado a uma trombeta, indicando que é aquele que transmite a Voz de Deus, o portador das notícias. Na sua página descrevemos com detalhes as suas aparições citadas na Bíblia . Além, da missão mais importante e jamais dada a uma criatura, que o Senhor confiou à ele: o anúncio da encarnação do Filho de Deus. Motivo que o fez ser venerado, inclusive no islamismo.
Rafael, cujo significado é “Deus te cura” ou “Cura de Deus”, teve a função de acompanhar o jovem Tobias, personagem central do livro Tobias, no Antigo Testamento, em sua viagem, como seu segurança e guia. Foi o único que habitou entre nós, esta passagem pode ser lida na página dedicada à ele. Guardião da saúde e da cura física e espiritual, é considerado também o chefe da ordem das virtudes. É o padroeiro dos cegos, médicos, sacerdotes e, também, dos viajantes, soldados e escoteiros. 
A Igreja Católica considera esses três arcanjos, poderosos intercessores dos eleitos ao trono do Altíssimo. Durante as atribulações do quotidiano eles costumam nos aconselhar e auxiliar, além é claro, de levar as nossas orações ao Senhor, trazendo as mensagens da divina providencia. Preste atenção, ouça e não deixe de rezar para eles. 

Beato Nicolau da Forca Palena, sacerdote e fundador - Festa: 29 de setembro

(*)Forca Palena, Chieti, 10 de setembro de 1349 
(+)Roma, 1 de outubro de 1449 
Martirológio Romano: Em Roma, o beato Nicola da Forca Palena, sacerdote da Ordem dos Eremitas de San Girolamo, que fundou o mosteiro de Sant'Onofrio no Monte Janículo, onde repousou no Senhor durante cem anos. 
No coração de Roma, não muito longe da Basílica de São Pedro, ergue-se a igreja de S. Onofrio al Gianicolo, joia renascentista onde está sepultado Torquato Tasso, que aqui viveu o último período da sua vida e morreu em 25 de abril de 1595. Sob a mesa do altar-mor repousam os restos mortais de Nicolò da Forca Palena, fundador do mosteiro e da igreja no século XV. A longa vida do Beato começou numa modesta casa de Forca (Chieti), nas montanhas de Abruzzo, no dia 10 de setembro de 1349. No dia anterior, um terremoto devastador abalou o centro-sul da Itália, complicando uma situação já dificultada pelo ataque atávico. luta pelo controle das terras, pela dureza do território e pelo clima, severo durante boa parte do ano. Forca, embora pequena, ocupava uma posição estratégica e era frequentemente saqueada por empresas mercenárias. Pouco sabemos sobre a adolescência de Nicolò.

ORAÇÕES - 29 DE SETEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado. 
29 – 26º Domingo do Tempo Comum
Evangelho (Mc 9,38-43.45.47-48) “Em verdade eu digo: quem vos der a beber um copo de água, porque sois de Cristo, não ficará sem recompensa.”
Nessa passagem Marcos apresenta temas diversos, ligados por uma associação de ideias e palavras. Vamos destacar apenas um tema. Muitos, que não pertencem a nossa comunidade, anunciam Jesus como Salvador, e convidam a seguir sua doutrina. É preciso reconhecer o bem que fazem, e não apenas condenar seus desvios. Outros, mesmo não sendo cristãos, são movidos pelo dom da caridade, e procuram fazer o bem para o próximo, e temos de reconhecer que alguns fazem até mais do que nós. Não podemos olhá-los como adversários, concorrentes ou inimigos. Vamos aceitar sua colaboração e dar-lhes nosso apoio, orar por eles, pedindo que Deus os proteja, conserve na procura do bem e da verdade, e os leve à plena salvação.
Oração
Senhor Jesus, quereis a salvação de todos, e para isso viestes até nós, para nos oferecer uma vida nova, na união com a Trindade e no amor entre nós. Depois de tanto tempo, ainda há muitos que não vos conhecem, nem ouviram falar sobre vós. Mesmo assim cuidais deles, agis continuamente em seu coração, convidando-os e levando-os a procurar o bem e a verdade. Hoje vos peço por eles de modo especial. Ajudai-os para que, mesmo em circunstâncias desfavoráveis, se deixem levar por vós. Dai-lhes a recompensa de seu amor e de sua generosidade, que possam ser felizes agora e para sempre junto de vós. Reconheço que também eu sou responsável por eles, e quero ajudá-los ainda que seja só com minhas orações e meu testemunho de vida. Amém.

sábado, 28 de setembro de 2024

REFLETINDO A PALAVRA - “O direito de ser bom”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Sede perfeitos como o Pai
 
Vivemos num tempo muito bonito que se enriquece e se desenvolve dando sempre maior valor ao ser humano. Quando colocamos o convite à perfeição do ser humano, na perspectiva espiritual, não temos tanto espaço. Aqui entra a palavra moral que quase sempre é colocada como estraga prazeres. Quando se fala de normas é comum se apelar para liberdade das pessoas como se a moral fosse repressão. É repressora quando a entendemos mal. A palavra moral, que está ligada a costumes, refere-se ao prático da vida. A boa compreensão permite perceber que ela estimula nossa liberdade e nos livra de sermos sujeitos a outros patrões. Moisés recebeu a lei dos 10 mandamentos que concentram em poucas palavras o relacionamento com Deus fundado no amor e no acolhimento de sua santidade e no relacionamento com o próximo. Com relação ao próximo ela estimula e protege a vida, a família, o amor, os bens, a dignidade da pessoa e a própria consciência. É uma síntese perfeita de tudo que precisamos para bem viver. São setas indicativas para o bom caminho. O que oprime as pessoas é o moralismo que, em muitos casos é doentio e até falso. No sermão da montanha Jesus não elimina os mandamentos, mas os leva ao coração do amor. Nas oito bem-aventuranças temos a nova lei. Mais que um dever elas são expressão do ensinamento: “Sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48). Dizendo que temos o direito de ser bons. A moral é a prática da lei do amor que nos leva a caminhar para a perfeição, isto é, a capacidade de crescer. Ela é estimuladora do desenvolvimento integral e livre do ser humano. 
Entre a fragilidade e a perfeição 
Ser frágil é um dos maiores privilégios da pessoa humana. Todos os animais já nascem como que completos. Em pouco tempo estão em total atividade. Mas não vai além disso. Ser frágil é poder crescer sempre. Fragilidade nos mostra o sentido da procura do aperfeiçoamento do ser. É perfeito porque é frágil, incompleto, carente. Sempre pode ser mais, receber mais e crescer mais. Mesmo na espiritualidade, no crescimento em Deus, mais frágil se torna, uma vez que tem em si a grande batalha para superar as dificuldades e carências. Os seguimentos da vida e da sociedade são falhos, por perfeitos que sejam. Digo, por exemplo, da vida de Igreja, de família, vida religiosa que deixam muito a desejar. Justamente por isso são ótimos, sempre podem ser melhores. Estamos em batalha contra os defeitos, batalha para sair de si e viver com os outros. Quanto maiores e mais santos formos, menores nos descobrimos e menos santos nos achamos. Ser perfeito como o Pai, significa crescer sempre. A moral ajuda a descobrir os caminhos novos para aprofundar o ser humano em sua totalidade humana e espiritual. 
Misericórdia como mestra 
O frágil ser humano não está sob 100% impossível de ser atingido justamente porque é crescimento. A mestra da vida é a misericórdia. Não se trata de ceder ao mal e à falta de compromisso. Lembramos as palavras de Jesus que ensinam a sentir o que o outro sente, colocar-se no lugar dele e compreendê-lo. É a atitude de Deus que se fez homem para que o homem sentisse que o compreende porque se fez também um de nós. Jesus Se compadecia do sofrimento e Se reconhecia como remédio para os males. Não só é preciso ter misericórdia dos outros, como ter misericórdia de si mesmo, saber-se fraco e dar-se uma nova chance, aceitar com humor as próprias fragilidades. Acolhemos a fé com alegria. A moral é viver esta fé no concreto da vida. Podemos mostrar a alegria de ter fé.
ARTIGO PUBLICADO EM JULHO DE 2014

EVANGELHO DO DIA 28 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 9,43b-45. 
Naquele tempo, estavam todos admirados com tudo o que Jesus fazia. Então Ele disse aos discípulos: «Escutai bem o que vou dizer-vos. O Filho do homem vai ser entregue às mãos dos homens». Eles, porém, não compreendiam aquelas palavras; eram misteriosas para eles e não as entendiam. Mas tinham medo de O interrogar sobre tal assunto.
Tradução litúrgica da Bíblia 
Cardeal Joseph Ratzinger 
Bento XVI-Papa de 2005 a 2013 
Sermões para a Quaresma 1981, n.º 3 
«O Filho do homem vai ser entregue 
às mãos dos homens» 
Depois de O terem flagelado, O terem coroado de espinhos e Lhe terem vestido um manto de escárnio, os soldados romanos levaram Jesus a Pilatos. Este militar de coração duro ficou aparentemente incomodado com a visão daquele homem destruído, alquebrado, e apresentou-O à multidão, declarando: «Idou anthropos, Ecce homo», que traduzimos habitualmente por «Eis o homem!» (Jo 19,5). Mas em grego isto quer dizer, mais exatamente: «Vede, isto é o homem!» Na boca de Pilatos, estas palavras eram as de um cínico que queria dizer: «Nós gloriamo-nos de ser homens, mas agora, ei-lo, este verme da terra é o homem! Como é desprezível e pequeno!» Nestas palavras cínicas, o evangelista João reconheceu igualmente palavras proféticas, que transmitiu à cristandade. Sim, Pilatos tem razão quando diz: «Vede, isto é o homem!» Nele, em Jesus Cristo, podemos ler o que o homem é, o projeto de Deus, e que tratamento lhe reservamos. Em Jesus dilacerado, podemos ver como o homem consegue ser cruel, pequeno e mesquinho. Nele, podemos ler a história do ódio do homem e a história do pecado. Nele, no seu amor que sofre por nós, podemos ver ainda melhor a resposta de Deus. Sim, isto é o homem, que Deus amou até ao pó, que Deus amou a ponto de o seguir até ao derradeiro sofrimento da morte. Mesmo na humilhação extrema, ele é o chamado por Deus, o irmão de Jesus Cristo, chamado a tomar parte do amor eterno de Deus. A pergunta «O que é o homem?» encontra resposta na imitação de Jesus Cristo. Fazendo nossos os seus passos, podemos aprender, dia após dia, o que é o homem na paciência do amor e no sofrimento com Jesus Cristo, tornando-nos, assim, homens. Então, quereremos erguer os olhos para Aquele que Pilatos e a Igreja nos apresentam. O homem é Ele. Oremos-Lhe, pedindo que nos ensine a tornarmo-nos verdadeiramente homens, a sermos homens.

28 de setembro - Beato Bernardino de Feltre

Martinho, como foi chamado no batismo, nasceu em 1439, em Tomo, lugarejo minúsculo, distante alguns quilômetros de Feltre, na Itália. Foi o primogênito de dez irmãos, todos filhos do nobre e abastado Donato Tomitano e de Corona Rambaldoni. Criança precoce, ávido de leituras, Martinho se mostrou dotado de grande memória desde os primeiros estudos, tanto que aos onze anos lia e falava corretamente o latim. Cresceu numa família bem estruturada e de nível cultural elevado e, assim, conseguiu adquirir um espírito de discernimento diante de comportamentos sociais da época. Também em Pádua, onde estudou Direito, fez-se admirar pela seriedade de sua conduta e acuidade de suas reflexões. Profundamente tocado pela morte repentina de três de seus professores universitários, pelos quais sentia-se profundamente amado e ao mesmo tempo conquistado pela pregação que São Tiago das Marcas fazia na catedral de Pádua, Martinho interrompeu os estudos a 14 de maio de 1456 e tomou o hábito dos Frades Menores no Convento de São Francisco das mãos de Frei Tiago. Este, para honrar São Bernardino de Sena, deu a Martinho o nome de Frei Bernardino. Seu pai tentou demovê-lo da ideia de se tornar franciscano. Martinho, no entanto, tinha plena convicção de sua vocação, a respeito da qual nunca teve dúvidas. Começando um rigoroso tempo de noviciado no Convento de Santa Úrsula, fora de Pádua, Frei Bernardino se propôs a imitar o espírito do santo que era seu patrono celeste, vivendo uma vida santa e dedicando-se à pregação.

28 de setembro - Beato Luis Monza

Nasceu no dia 22 de Junho de 1898 em Cislago (Itália) em uma família extremamente pobre, cuja única riqueza era a fé e o trabalho. Em Setembro de 1913 partiu para o Instituto missionário salesiano de Penango Monferrato, nos arredores de Asti. A 16 de Janeiro de 1917 o seu pai faleceu. Logo depois, Luís foi chamado às armas. Após o final da guerra retomou os estudos sendo ordenado Sacerdote em Setembro de 1925. Exerceu o seu cargo dedicando-se à evangelização, ao exercício da caridade e à formação da comunidade. Fundou três importantes grupos: a schola cantorum, a filodramática e a sociedade desportiva "Viribus unitis". Em 1926 após uma série de provocações da parte de um grupo fascista, tiveram início numerosas violências contra o grupo Viribus unitis que, não obstante a mediação do Pe. Luís, culminaram com a prisão de oito jovens do oratório. Também ele foi preso e passou quatro meses no cárcere. Foi absolvido plenamente, embora com a proibição de ir a Vedano. Após a libertação, a diocese decidiu transferi-lo momentaneamente para a Paróquia de Santa Maria do Rosário, em Milão, para depois o destinar ao Santuário de Nossa Senhora dos Milagres, em Saronno, onde chegou em Novembro de 1928. Foi neste ambiente familiar que o Pe. Luís se deparou com um mundo marcado pela solidão, tristeza e egoísmo.

28 de setembro - São Simão de Rojas

O mistério pascal, o paradigma da vocação à santidade, era o centro da vida de Simão de Rojas, ilustre religioso da Ordem da Santíssima Trindade, que agora é elevado à honra dos altares. Ele fez suas, as palavras de Cristo que ouvimos no Evangelho: "Quem ama a sua vida perdê-la-á, e quem odeia a sua vida neste mundo, conservá-la-á para a vida eterna” (Jo 12, 25). São Simão de Rojas deu pleno sentido à sua vida, como cristão e como sacerdote, na contemplação do mistério do amor de Deus. Fiel ao carisma redentor e misericordioso de sua ordem, o "Padre Rojas" - como era conhecido familiarmente pelo povo - era muito sensível às necessidades do próximo, especialmente os pobres e marginalizados, assim como os cristãos presos por causa de sua fé. Os pobres, por sua vez, viram nele o protetor, defensor e pai. Eles viram nele um testemunho tão visível e concreto da pobreza, que o consideravam como um deles, totalmente assimilado aos seus sofrimentos e necessidades. Trabalhou incansavelmente para que a Congregação dos Servos do Dulcíssimo Nome de Maria, fundada por ele, intensificasse cada vez mais sua atividade sócio caritativa. Seus membros, em sua maioria seculares, comprometeram-se a dividir seus bens e ajudar os pobres. Digno de nota foi o incansável zelo do novo santo. Mas sua enérgica e contínua atividade apostólica nunca obstruiu sua vida de oração contemplativa, à qual dedicou "muito tempo durante o dia e também durante a noite, depois do ofício comum do meio da noite".

Santa Eustóquia, virgem, filha de S. Paula

Terceira filha da matrona Paula, Eustóquia converteu-se ao cristianismo, consagrou-se virgem e partiu com sua mãe para a Terra Santa, nas pegadas de São Jerônimo. Fixaram morada em Belém, onde fundaram dois mosteiros. Eustóquia estudou e tornou-se hábil hebraísta. Morreu, de repente, em 419. 
† 419 
Pertencente à aristocracia romana. Com a mãe, tornou-se filha espiritual de São Jerônimo. Quando ele partiu para a Terra Santa, eles o seguiram. Em Jerusalém dedicou-se ao trabalho de escriba de São Jerônimo, ajudando-o na tradução da Vulgata. 
Martirológio Romano: Em Belém de Judá, comemoração de Santo Eustóquio, virgem, que, junto com sua mãe Santa Paula, saiu de Roma para chegar ao presépio do Senhor e não se privar dos conselhos de seu mestre São Jerônimo e nesta terra passado ao Senhor brilhando com méritos eminentes.

Beata Amália Abad Casasempere, Mãe de família e mártir da Rev Comunista de 1936 - 28 de setembro

     Amália Abad Casasempere nasceu em 11 de dezembro de 1897 em Alcoy, Alicante, na Espanha. Foi batizada no mesmo dia na paróquia do seu povoado; foi crismada em 6 de outubro de 1906 e recebeu a 1ª Comunhão em 22 de maio de 1907. Amália foi educada nos valores da fé e cresceu, como muitas jovens da sua geração, em meio às dificuldades políticas daquelas primeiras décadas do século XX, na Espanha. Em 6 de setembro de 1924, casou-se com o capitão do exército Luís Maestre Vidal, preocupando-se doravante em ser uma boa esposa e criar o ambiente adequado para criar os filhos que Deus lhes concederia. À alegria do nascimento de suas duas filhas, Maria e Luísa, seguiu-se a triste perda de seu esposo, que morreu na Guerra do Rif, deixando Amalia Abad viúva. Ela teve que ser forte e nos momentos de fraqueza confiava seus filhos à Virgem Maria. Sabia que a fé era o maior tesouro que poderia lhes dar e educou-os num ambiente de piedade e generosidade. Apesar da responsabilidade que implicava educar seus três filhos, Amália encontrava tempo para participar de várias atividades da Igreja, de maneira especial na Ação Católica. Sem se descuidar do seu lar, se dedicava com entusiasmo à catequese e às obras de caridade. 

Wenceslau da Boémia Rei e Santo 907-929

O bondoso monarca da Boémia, Wratisláu, antes de morrer, deixou como herdeiro do trono, seu filho Wenceslau, nascido no ano 907, na actual República Checa. Com isso, despertou em sua mulher, Draomira, a ira e a vingança, pois era ela própria que desejava assumir o governo do país. Se não fosse possível, pretendia entregá-lo a seu outro filho, Boleslau, que tinha herdado o carácter e a falta de escrúpulos da mãe. Enquanto, Wenceslau fora criado pela avó, Ludmila, que lhe ensinou os princípios de bondade cristã. Por isso, não passava por sua cabeça uma oposição fatal dentro do próprio lar. Assim, acabou assassinado pelo irmão, de acordo com um plano diabólico da malvada rainha. Mas antes que isso acontecesse, a mãe Draomira tomou à força o poder e começou uma grande e desumana perseguição aos cristãos. Assim, por sua maldade e impopularidade junto ao povo, foi deposta pelos representantes das províncias, que fizeram prevalecer a vontade do Rei Wratisláu, elevando ao trono seu filho Wenceslau. Imediatamente, seguindo o conselho de sua avó, Wenceslau levou de volta ao reino o Cristianismo. Quando soube disso, Draomira ficou tão transtornada que contratou alguns assassinos para dar fim à vida da velha e bondosa senhora, que morreu enquanto rezava, estrangulada com o próprio véu.

Lourenco Ruiz e companheiros mártires + 1633-1637

“O derramamento do seu sangue foi um admirável acto de culto e de amor a Deus e, segundo as palavras do Evangelho, Cristo dá testemunho diante do Pai celeste em favor dos mártires fiéis que deram testemunho d’Ele diante dos homens”. No século XVII (1633-1637), na cidade de Nagasaki, do Japão, derramaram o seu sangue por amor de Cristo dezasseis mártires: Lourenço Ruiz e seus Companheiros. Este grupo de mártires, da Ordem de São Domingos ou a ela associados, é constituído por nove presbíteros, dois religiosos, duas virgens e três leigos, entre os quais se conta Lourenço Ruiz, chefe de família, natural das Filipinas. Como foi escrito algures, na véspera do dia 27 de Dezembro de 1637 foi cantado um Te Deum na igreja de São Domingos, quando chegou a notícia do martírio que sofreram na cidade de Nagasaki um grupo de dezasseis cristãos, entre os quais se encontravam o Padre António Gonzalez, superior da missão, dominicano espanhol natural de Deón, e Lourenço Ruiz, chefe de família, natural de Manila, do bairro chamado Binondo, nos arredores da cidade.

Inocêncio de Berzo Presbítero, Beato 1844-1890

Inocêncio era filho de Pedro Scalvinoni e de Francisca Poli. Nasceu aos 19 de março de 1844 em Nardo, Vale de Canónica, em Bréscia, na Itália. Foi batizado com o nome de João. A sua infância ficou marcada pelo sofrimento porque ficou órfão de pai e pela prática da virtude, como aluno do Colégio de Lovere. Foi admitido no seminário diocesano de Bréscia e ordenado sacerdote aos 2 de julho de 1867. Nomeado Coadjutor de um pároco, em Cevo, distinguiu-se pelo desapego das coisas materiais, assiduidade no confessionário, caridade para com os pobres, assistência aos doentes e pregação. O Bispo chamou-o a Bréscia a fim de desempenhar o cargo de vice-reitor do Seminário. Após um ano, voltou para a cura das almas como pároco em Berzo, onde se entregou a intensa atividade apostólica, feita de oração, bom exemplo e pregação simples e paternal, bem como de proximidade pessoal junto a cada um para os levar até Deus. Entretanto, o Senhor chamava-o a uma vida mais perfeita. Depois de luta espiritual, pediu para ser capuchinho, quando tinha 30 anos. Em 1874, vestiu o hábito da Ordem, recebendo o nome de frei Inocêncio. Viveu em Albino. Depois, foi para o convento da Santíssima Anunciata, como vice-mestre de noviços. Em 1880, foi-lhe confiada à redação dos Anais Franciscanos, em Milão. Partiu para Crema, levando, por toda a parte, o brilho da sua santidade.

ORAÇÕES - 28 DE SETEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado. 
28 – Sábado – Santos: Venceslau, Lourenço Ruiz, Eustóquia
Evangelho (Lc 9,43b-45)“Os discípulos não compreendiam o que Jesus dizia... e tinham medo de fazer perguntas sobre o assunto.”
Jesus falava do futuro que o esperava; eles, porém, não conseguiam compreender o que lhes parecia absurdo.Tinham medo de pedir explicação.Não sabemos o que o futuro, nem mesmo o amanhã nos reserva; conhecemos nossas limitações e temos medo de perguntar e saber.Só nos resta confiar em Deus, e saber que ele cuida de nós. Com sua ajuda nada nos pode afastar da felicidade que promete.
Oração
Senhor Jesus, posso prever que terei pela frente dificuldades, sofrimentos e enfermidades.Não vos peço que me livreis desses momentos difíceis, mas que me ajudeis a  mudar o que for possível, suportar o inevitável, e aceitar que me leveis pelo caminho que vos parecer melhor. Confio em vossa bondade, sei que nunca me abandonareis,  e que tudo pode e deve ajudar-me a vos amar sempre mais.  Amém.

sexta-feira, 27 de setembro de 2024

REFLETINDO A PLAVRA - “A suave força do Reino”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
O Reino cresce por si.
 
O que fazemos de bom pode parecer pequeno mas possui a dinâmica do Reino que cresce sem que saibamos. A força do Reino está em nosso interior onde age Deus. Deus tem paciência com nosso crescimento, por isso tenhamos paciência conosco. As árvores de tronco firme crescem lentamente. Não vemos o crescimento. Podemos ter crescido muito, diante de Deus. Seremos sempre pequenos como Jesus dizia de Si (Mt 11,11). O livro da Sabedoria nos ensina que Deus tem força e domínio, mas age com indulgência, julga com clemência, governa com grande consideração. Ensina ao povo que o justo deve ser humano. A santidade de Deus nos faz mais humanos quando nos toca. A Divindade nos supera em humanidade. O livro da Sabedoria nos diz: “a teus filhos destes a confortadora esperança de que concedes o perdão aos pecadores” (Sb 12,19). Jesus resume tudo isso em parábolas. Fala da semente e do fermento. Ambos têm uma força imensa contida em diminutos fragmentos. Uma semente, por menor que seja, pode tornar-se uma grandiosa árvore, como vemos num eucalipto. O fermento leveda toda uma massa. Não vemos a força nem da semente nem do fermento, mas sabemos que age. Se de um pequeno grão temos tão grande resultado, imaginemos a força de Deus presente no Reino que se implanta entre nós. Não sabemos como cresce, sabemos que tem uma força inexplicável de grandíssimos resultados. Por ser força de Deus se expande como a onda, não volta atrás, não diminui e se estabelece. 
O trigo e o joio 
O evangelista Mateus, conhecendo a realidade das comunidades que viviam no meio de dificuldades, ensina como agir num mundo adverso ao Reino. Era o paganismo e todos os tipos de vícios que a sociedade promovia. Não há diferença entre seus fiéis e o que vivemos no momento. E faz a comparação do trigo que deve crescer no meio do joio. O joio é uma praga semelhante ao trigo. O mal externo não é perigo para nós, podemos crescer juntos. O segredo ser fiel no meio de pessoas que vivem de modo diferente. O mal que nos destrói é o que vem de dentro. Jesus não despreza o fraco e o pecador, como podemos ler na resposta que dá aos que O acusavam de comer com os pecadores. Os fariseus não faziam isso. Jesus é claro: “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes” (Mt 9,12). É a pregação constante de Jesus. No final da parábola encontramos o desfecho: Crescer juntos e na hora da colheita separar e dar o justo destino. Devemos ir além e viver os ensinamentos de Jesus evangelizando. O mundo adverso está aberto para ser transformado pelos que vivem a opção pelo Reino. É um desafio que tem a força do Reino. A força do Reino em nós é maior que o mal. 
Espírito age em nós 
A graça de Deus em nós não são presentinhos que Ele nos dá, preocupado com nosso crescimento. Sua graça é o Dom que nos enche de fé esperança e caridade (oração). Paulo ensina que o Espírito socorre nossa fraqueza e reza em nós ao Pai. Nossa oração é forte, pois é feita pelo Espírito. O Pai ouve a oração do Espírito em nós, pois “é sempre segundo Deus que o Espírito intercede em favor dos Santos” (Rm 8,27). A nós compete fazer o esforço de deixar o velho homem com seus vícios e desgraças e passar à vida nova (Pós-comunhão). O Reino age, mas temos que colaborar. Nos tempos difíceis da vida é sempre necessário aumentar nossa atenção ao Espírito para conhecer seus caminhos 
Leituras: Sabedoria 12,13.16-19; 
Salmo 85; 
Romanos 8,26-27;Mateus 13,24-43 
1. A força do Reino está em nosso interior onde age Deus. Cresce lentamente. Deus ensina a ser humano quando temos força e domínio. A santidade de Deus nos faz mais humanos. Na parábola da semente e do fermento aprendemos que a força do Reino é interior é cresce por si sem que saibamos como. 
2. A parábola do trigo e do joio ensina como viver bem no meio das diferenças e oposições ao Reino. Era a experiência da comunidade e nossa também. Podemos crescer em meio às dificuldades. Jesus não despreza o fraco e pecador. Indo além da parábola, podemos ser evangelizadores. Jesus ensina a cuidar dos frágeis. 
3. A graça de Deus em nós é o Dom que nos enche de fé, esperança e caridade. Nossa oração é feita pelo Espírito. Ele intercede por nós segundo Deus. A nós compete deixar o homem velho e passar à vida nova. Temos que colaborar.
Pequeno por fora, grande por dentro
Jesus continua explicando o Reino de Deus através de parábolas. Falava simples para o povo entender. Explica-nos como o Reino cresce e como sobreviver quando há o ambiente é hostil. O Reino é como a semente e também como o fermento. Por mais que entendemos o crescimento da semente e da massa, não vemos onde está a força que faz de uma sementinha chegar a tão grandes alturas. Como cresce a massa fermentada? Assim é o Reino de Deus, cresce por si, com sua própria força. O que fazer se brotar junto da boa semente, a semente ruim? Temos em nós e no mundo que nos cerca, muitos elementos que são prejudiciais e negativos. Que fazer? Arrancar à força não dá certo, pois estraga tudo, até o que é bom. A força do Reino está também em viver em situações adversas, até que o ruim seja eliminado. Em se tratando de pessoas, é tempo de trabalhar sua recuperação. Podemos viver em situações difíceis porque temos a força do Espírito Santo. Não estamos sós. Deus nos trata bem, quando fracos. Sejamos como ele. 
Homilia do 16º Domingo Comum (20.07.2014)

EVANGELHO DO DIA 27 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 9,18-22. 
Um dia, Jesus orava sozinho, estando com Ele apenas os discípulos. Então perguntou-lhes: «Quem dizem as multidões que Eu sou?». Eles responderam: «Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; e outros, que és um dos antigos profetas, que ressuscitou». Disse-lhes Jesus: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Pedro tomou a palavra e respondeu: «És o Messias de Deus». Ele, porém, proibiu-lhes severamente de o dizerem fosse a quem fosse e acrescentou: «O Filho do homem tem de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas; tem de ser morto e ressuscitar ao terceiro dia». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São João Crisóstomo 
(345-407) 
Presbítero de Antioquia, 
bispo de Constantinopla, 
doutor da Igreja 
Homilias sobre o Evangelho de Mateus, 
nº 54, 1-3
«Proibiu-lhes severamente de o dizerem 
fosse a quem fosse [que Ele era o Messias de Deus]» «Proibiu-lhes severamente de o dizerem fosse a quem fosse». Porquê esta ordem? Para que, uma vez afastado todo e qualquer motivo de escândalo, consumadas a cruz e a Paixão, eliminado todo e qualquer obstáculo capaz de afastar a multidão da crença nele, se gravasse profundamente e para sempre nos corações o conhecimento exato daquilo que Ele era. O seu poder ainda não tinha brilhado de forma deslumbrante. Ele queria que a evidência da verdade e a autoridade dos factos confirmasse o seu testemunho, para que, depois, os apóstolos pudessem anunciá-lo.

Santos Florenziano (Florentino) e Ilario Martiri em Bremur - Festa: 27 de setembro

Emblema:
Palma 
Martirológio Romano: Na fortaleza de Brémur, na França, São Florentino, que teria sido trespassado à espada pelos vândalos junto com Santo Hilário. 
FLORENZIAN (lat. Florentianus Florentius; fr. Florentin) e HILARY, santos, mártires em BRÉMUR. 
Nada se sabe ao certo sobre Florenziano além do nome que aparece no Martirológio Geronimiano de 27 de setembro. Usuardo, seguido do Martirológio Romano dá-lhe um companheiro, chamado I. que de Gaiffier mostrou ser, talvez, s. Hilário de Óstia. Uma tradição local dá-lhe um terceiro companheiro, Afrodisio, mas os dois apelidos não são aceites. Tem havido uma longa disputa sobre o local do martírio devido às informações imprecisas do Martirológio Romano: Seduni na Gália. Nele ele foi visto ora Sion em Valais (Suíça), ora Suin (França, Saône-et-Loire). Os Bollandistas e muitos outros depois deles, apoiando-se em textos e cultos medievais, identificaram Sedunum com Semond (França Cote-d'Or); e as pessoas indicaram uma falésia perto desta última aldeia (sem dúvida uma anta já desaparecida) com o nome de Pierre de saint-Florentin.