segunda-feira, 16 de setembro de 2024

REFLETINDO A PALAVRA - “As espertezas de Deus”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Faço o que o Pai quer
 
Encerramos o Tempo Pascal. Pudemos contemplar e viver o Mistério de Cristo em sua manifestação: Vida, Morte, Sepultura, Ressurreição, Ascensão, Glorificação e Envio do Espírito. Celebramos o Mistério de Cristo sempre em totalidade, mesmo contemplando por parte. Assim conhecemos mais como Deus age, o que chamamos economia da Salvação. Deus sempre é inesperado. O modo como o Pai age escapa ao nosso controle. Jesus poderia dizer: faço do jeito que o Pai faz. O Pai sempre chegou primeiro: Amou-nos por primeiro e não porque quisesse pagar o bem que fizemos, como lemos: “Deus demonstra seu amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós quando ainda éramos pecadores” (Rm 5,8). Mais que nos acolher, Deus nos colhe. Para estar conosco, não põe obstáculos à aproximação. Ele não Se impõe, oferece intimidade e comunhão. Para isso, oferece Jesus como Homem-Deus. Ele assume nossa humanidade. Mesmo ressuscitado e glorificado a traz em Si. Pela Encarnação está unido a nós. Foi como o sereno que fecundou no silêncio. Jesus como ser humano se ofereceu, propôs, acolheu o mundo e o jeito das pessoas. Todos queriam tocá-lo. Essa atitude de abertura é o reflexo do Pai. Ele próprio diz: “Quem me viu, viu o Pai” (Jo 14,9). Está a dizer também: Faço como o Pai faz. A divinização do homem passa por sua humanização. Deus para nos oferecer a graça dessa comunhão usou nossa natureza. A graça supõe a natureza. 
Um modo de ser Igreja 
A Igreja se debate com tantos problemas e tantas vezes não encontra solução. Acontece que nos esquecemos que ela é também humana. Quanto mais humana, mais pode oferecer o Evangelho de Jesus que era humano. Ele era tão humano que os discípulos poderiam dizer: tão humano assim, só se pode ser divino (L.Boff). Jesus seguia as leis, mas não só. Seguia os ritos, mas não aceitava a imposição de tradições que sacrificavam a vontade de Deus. Seguindo o modo de Deus agir, tudo o que fizermos será dignificado e facilitado. Jesus partiu do humano para nos levar ao Divino. Em nenhum momento deixou a divindade, mas soube vivê-la na humildade do Pai que acolhe o Filho no Espírito. O Filho acolhe o Amor do Pai. O Papa Francisco está atraindo o mundo não pela sua sabedoria (e a tem muito), mas pela sua humildade, pelo acolhimento e humanidade. Isso não é sinal de fraqueza ou falta de poder. A Igreja já usou e usa muito do poder. Sem humildade o Evangelho de Jesus não tem a transparência. O Papa dá o espetáculo da simplicidade. Dá o exemplo de como Jesus não precisava do aparato messiânico para comunicar o Evangelho. As muitas divisões da Igreja foram provocadas porque não se buscou a Verdade na humildade que confundimos com teorias espirituais. 
Um novo modo de ser 
Somos chamados a um testemunho mais claro de Jesus. Vemos que os santos que impressionam, mesmo os não cristãos, são os que mais expressaram em sua vida uma face particular da humanidade de Jesus. Para chegar a isso, é preciso um novo modo de ser na permanente busca de imitá-Lo. A humildade é a virtude que, como expressão do amor, é a face de Jesus. Não fazemos sucesso com humildade. Está já passando da hora de assumirmos que há algo mais no ser humano que supera todos os condicionamentos da atual sociedade. Na esperteza de Deus, seguindo o exemplo de Jesus, deixaremos transparecer o espiritual através de nosso humano simples e humilde jeito de ser. Deus não é um caso perdido.
ARTIGO PUBLICADO EM JUNHO DE 2014

EVANGELHO DO DIA 16 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 7,1-10. 
Naquele tempo, quando Jesus acabou de falar ao povo, entrou em Cafarnaum. Um centurião tinha um servo a quem estimava muito e que estava doente, quase a morrer. Tendo ouvido falar de Jesus, enviou-Lhe alguns anciãos dos judeus para Lhe pedir que fosse salvar aquele servo. Quando chegaram à presença de Jesus, os anciãos suplicaram-Lhe insistentemente: «Ele é digno de que lho concedas, pois estima a nossa gente e foi ele que nos construiu a sinagoga». Jesus acompanhou-os. Já não estava longe da casa, quando o centurião Lhe mandou dizer por uns amigos: «Não Te incomodes, Senhor, pois não mereço que entres em minha casa, nem me julguei digno de ir ter contigo. Mas diz uma palavra e o meu servo será curado. Porque também eu, que sou um subalterno, tenho soldados sob as minhas ordens. Digo a um "vai" e ele vai; e a outro "vem" e ele vem; e ao meu servo "faz isto" e ele faz». Ao ouvir estas palavras, Jesus sentiu admiração por ele e, voltando-Se para a multidão que O seguia, exclamou: «Digo-vos que nem mesmo em Israel encontrei tão grande fé». Ao regressarem a casa, os enviados encontraram o servo de perfeita saúde. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Agostinho 
(354-430) 
Bispo de Hipona (norte de África), 
doutor da Igreja 
Sermão 62 
«Senhor, não mereço que entres em minha casa» 
Na leitura do Evangelho, ouvimos Jesus louvar a nossa fé, associada à humildade. Quando prometeu ir a casa do centurião curar-lhe o servo, este respondeu: «Não mereço que entres em minha casa. Mas diz uma palavra e o meu servo será curado». Ao considerar-se indigno, revela-se digno – digno de que Cristo entre não só em sua casa, mas também no seu coração. Pois não teria sido para ele grande alegria se o Senhor Jesus tivesse entrado em sua casa sem entrar no seu coração. Com efeito, Cristo, Mestre de humildade pelo seu exemplo e pelas suas palavras, sentou-Se à mesa em casa de um fariseu orgulhoso chamado Simão (cf Lc 7,36ss); mas, embora Se sentasse à sua mesa, não entrou no seu coração: aí, «o Filho do Homem não tinha onde reclinar a cabeça» (Lc 9,58). Pelo contrário, não entra em casa do centurião, mas entra no seu coração. Por conseguinte, é a fé, unida à humildade, que o Senhor elogia neste centurião. Quando ele diz: «Não mereço que entres em minha casa», o Senhor comenta: «Digo-vos que nem mesmo em Israel encontrei tão grande fé». O Senhor veio ao povo de Israel segundo a carne, para procurar primeiramente neste povo a sua ovelha perdida (cf Lc 15,4). Nós, como homens, não podemos medir a fé dos homens. Mas Aquele que vê o fundo dos corações, Aquele a quem ninguém engana, testemunhou como era o coração deste homem; e, ao ouvir as suas palavras repletas de humildade, respondeu-lhe com uma palavra que cura.

Santa Edita de Wilton Virgem, Princesa Festa: 16 de setembro

† Wilton, Inglaterra, 16 de setembro de 984
 
Martirológio Romano: Em Wilton, na Inglaterra, Santa Edith, virgem, que, filha do Rei dos Anglos, consagrada a Deus em um mosteiro desde tenra idade, não conhecia este mundo, em vez de deixá-lo. 
Filha de Hedgar, rei da Inglaterra, e Wulfthryth, ela nasceu em 961. Ela passou toda a sua vida no mosteiro de Wilton, onde morreu em 984, em 16 de setembro, dia em que ainda hoje é celebrada. Sua biografia nos é transmitida por Goscelino, um monge beneditino primeiro em St. Bertin's e depois em Canterbury (para onde se mudou em meados do século XI), um hagiógrafo elogiado por Guilherme de Malmesbury como "in laudibus sanctorum Angliae nulli post Bedam secundus". O próprio Guilherme expôs os estágios essenciais da curta vida de Edith em seu De gestis regum Anglorum. Por volta de 1420, a vida do santo também inspirou uma obra no dialeto de Wiltshire, intitulada Chro-nicon Vilodunense, sive De vita et miraculis S. Edithae regis Edgarii filiae Carmen vetus anglicum. 
Autor: Edith Pasztor 
Fonte: Bibliotheca Sanctorum

16 de setembro - São João Macias

São João Macias nasceu na Espanha, de família era pobre, mas abundante em bens espirituais e dons da graça. Perdeu seus pais muito cedo, e juntamente com a irmã foi criado por um tio. Assim que atingiu a idade da razão, foi-lhe confiado o cuidado do rebanho de sua casa. Desde pequenino ocupava seu tempo em rezar e meditar. Certo dia apareceu-lhe um menino de extraordinária beleza, que lhe disse: “Eu sou João Evangelista. Deus confiou-te à minha guarda por causa de tua piedade. Não tenhas, pois, medo algum”. O Evangelista disse-lhe também que algum dia o menino partiria para terras remotas, onde haveria de ser erigidos templos e altares em sua honra. Depois disso continuou a aparecer-lhe com frequência e com ele conversar. Entretido com Deus e seus santos nessa vida recolhida, virtuosa, calma e aprazível, João Macias acabava de completar 20 anos de idade. Em 1619, levado por um impulso interior, foi para Jerez de la Frontera e depois para Sevilha, de onde partiam as grandes empresas para o Novo Mundo. Lá entrou para o serviço de um mercador que fazia negócios nas Américas, acompanhado-o numa de suas viagens. Esta durou 49 dias, atracando finalmente o navio no porto de Cartagena na Colômbia. Ali o mercador, sob o pretexto de que João Macias não era suficientemente instruído para o serviço de que necessitava, abandonou-o à sua própria sorte.

Santa Ludmila

Mártir da Fé, Mãe da Boêmia, Santa Ludmila nos ensina a importância de educar os filhos na fé e no seguimento de Jesus. A região da Boêmia (República Checa) começou a ser evangelizada a partir do século VII, mas somente com a organização de um Estado e com a ascensão ao trono ducal de Borivar, o primeiro duque cristão da Boêmia, é que o Catolicismo firmou-se e começou a alcançar progressos consideráveis. Em 873, o duque Borivar casou-se com Ludmila, princesa piedosa, sagaz e ardente propulsora da Fé católica, de quem teve três filhos e três filhas. Ajudada pelo presbítero Paulo, capelão da corte, discípulo dos grandes evangelizadores dos eslavos, depois do batismo do marido celebrado por São Metódio, Ludmila também se converteu à fé cristã e recebeu os sacramentos das mãos do mesmo Santo, cerca do ano 874. Borivar mandou construir o Castelo de Praga, onde foi erigida a primeira igreja católica da Boêmia, dedicada a São Clemente. Após a morte de seu marido, ocorrida em 894, Ludmila distribuiu a maior parte dos seus bens e passou a se dedicar a uma vida de intensa piedade.

Beato Vítor III, papa

Vítor, de origem lombarda, foi abade em Monte Cassino, por 30 anos, antes de ser eleito Papa. Encontrou uma Roma destruída, metade nas mãos do antipapa. Em apenas cinco meses de Pontificado, fez de tudo para reconstruí-la, infligiu excomunhões e convoco um Concílio em Benevento. Faleceu em 1087. 
(*)Benevento, ca. 1027
(+)16 de setembro de 1087 
(Papa de 24/05/1086 a 06/09/1087) 
Nascido em Benevento, após sua eleição, não podendo entrar em Roma, voltou a Monte Cassino. 
Martirológio Romano: Em Monte Cassino, no Lácio, trânsito do Beato Victor III, papa, que sabiamente governou este famoso mosteiro por trinta anos e o enriqueceu magnificamente, antes de assumir o governo da Igreja de Roma.

Santa Eufêmia, mártir da Calcedónia

Eufêmia, virgem da Calcedônia, na Bitínia, atual Turquia, durante as perseguições de Diocleciano e do procônsul Prisco, recebeu a palma do martírio no ano 303, depois de padecer muitas torturas. Na basílica a ela dedicada realizou-se o "Grande Concílio", de 451 a 452.
Padroeira: Rovinj d'Istria 
Etimologia: Eufêmia = falando bem, aclamado, do grego
Emblema: Palma 
Martirológio Romano: Em Calcedônia, na Bitínia, na atual Turquia, Santa Eufêmia, virgem e mártir, que sob o imperador Diocleciano e o procônsul Prisco, tendo superado muitas torturas por Cristo, chegou com árduo combate à coroa da glória. 

Cornélio de Roma Papa, Santo + 253

Devido à violência da perseguição de Décio, a sede pontifical de Roma esteve vacante por mais de doze meses depois do martírio do Papa São Fabiano, até que o sacerdote Cornélio foi eleito Papa. Entretanto, os primeiros problemas do novo Papa surgiram nem tanto do poder secular mas mais ainda das dissensões internas, mesmo se estas tinham a sua origem na mesma perseguição. Com efeito, ele teve igualmente de se opor ao cisma de Novaciano : este não aceitava que aqueles que durante a perseguição tinham apostatado, fossem de novo reintegrados no seio da comunidade cristã, mesmo depois de pedirem perdão : não podiam ser perdoados, dizia o cismático. Neste período os cristãos se deviam apresentar ao magistrado e requerer o libellus, isto é, um certificado que os declarasse cidadãos dignos, precedendo naturalmente a simples formalidade de jogar alguns grãos de incenso no braseiro diante de um ídolo. A essa apostasia obrigatória muitos fugiram com astúcia corrompendo certos funcionários, que, mediante quantias de dinheiro, lhes concediam tais certificados. Estes cristãos foram chamados de libelados. A perseguição contra os cristãos intensificou-se de novo, e o Papa foi banido do Centumcellae e enviado para Civitavecchia, onde o santo Papa sofreu muitas penúrias, fadigas e sofrimentos e aí acabou por morrer.

Cipriano de Cartago Advogado, Bispo, Mártir, Padre e Doutor de Igreja-210-258

Na série de nossas catequeses sobre as grandes personalidades da Igreja antiga, chegamos hoje a um excelente bispo africano do século III, São Cipriano, «o primeiro bispo que na África alcançou a coroa do martírio». Sua fama, como testemunha o diácono Pôncio, o primeiro em escrever sua vida, está também ligada à criação literária e à atividade pastoral dos treze anos que se passaram entre sua conversão e o martírio (cf. «Vida» 19, 1; 1,1). Nascido em Cartago no seio de uma rica família pagã, depois de uma juventude dissipada, Cipriano se converte ao cristianismo aos 35 anos. Ele mesmo narra seu itinerário espiritual: «Quando ainda jazia como em uma noite escura, escreve meses depois de seu batismo, me parecia sumamente difícil e fatigoso realizar o que me propunha a misericórdia de Deus… Estava ligado a muitíssimos erros de minha vida passada, e não cria que pudesse libertar-me, até o ponto de que seguia os vícios e favorecia meus maus desejos… Mas depois, com a ajuda da água regeneradora, ficou lavada a miséria de minha vida precedente; uma luz soberana se difundiu em meu coração, um segundo nascimento me regenerou em um ser totalmente novo.

ORAÇÕES - 16 DE SETEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado. 
16 – Segunda-feira – Santos: Cornélio, Cipriano, Edite
Evangelho (Lc 7,1-10) Nem mesmo me achei digno de ir pessoalmente a teu encontro. Mas ordena com a tua palavra, e o meu empregado ficará curado.”
Lucas fala-nos do poder de Jesus. Sem lhe falar,sem se aproximar curou aquele homem. Seu poder é divino, e nós podemos e devemos confiar nele. Esse poder não se mostra só na cura do doente. Talvez se mostre até mais na fé daquele soldado. Não sabemos se tinha ouvido falar de Jesus, ou visto algum de seus milagres.Jesus conquistou-o ao lhe falar diretamente ao coração antes ainda de o encontrar.
Oração
Senhor Jesus, cuidastes de mim antes que vos conhecesse; vós me amastes sem que vos desse qualquer sinal de amor. Puramente por graça e favor me chamastes para vos conhecer e acreditar em vós. Agradeço tanta bondade; não permitais que vos abandone. Creio em vós, porém minha fé ainda é débil. Não permitais que vos ame pouco e vos seja infiel. Dizei uma palavra, ejamais vos abandonarei. Amém.

domingo, 15 de setembro de 2024

REFLETINDO A PALAVRA - “Um dom total”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Santificai vossa Igreja
 
O Espírito Santo é muito desconhecido na Igreja Ocidental e bastante reconhecido na Igreja Oriental. Perdemos a reflexão dos antigos santos escritores. Temos que conhecê-lo melhor. É certo que a Renovação Carismática trouxe uma contribuição. É necessário conhecer melhor e purificar nossa fé na Terceira Pessoa da Santíssima Trindade (Oferendas). Não terceira por vir em terceiro lugar, mas por sua revelação. Jesus no-Lo fez conhecer e no-Lo deu em sua Glorificação. Na oração de hoje, Pentecostes, suplica para que o mistério da Santificação seja dado a toda a Igreja em todos os povos e nações (Oração). A vinda do Espírito Santo está em íntima união com o Mistério Redentor de Cristo, pois Ele O conduz em sua missão a partir de seu Batismo como lemos: movido pelo Espírito foi ao deserto ( ? ); ao morrer entregou o espírito (sopro de vida); na noite do domingo da Páscoa dá-lhes o Espírito soprando sobre eles. A celebração marca essa inauguração do tempo novo onde se cria o novo povo de Deus, como foi no Sinai para o Povo da Aliança. Não mais com um povo, mas com todos os povos, pois ali estavam representadas todas as nações do mundo. A diversidade de línguas significa que o Evangelho pode ser entendido por todos, pois é o Espírito quem dá a compreensão como dizem os povos: “todos nós escutamos anunciarem as maravilhas de Deus em nossa própria língua” (At 2,11). A festa de hoje santifica toda a Igreja revitalizando nosso relacionamento com Deus pelo Espírito que habita em nós. 
Para ser dom 
Pedimos nesta festa que o Pai “derrame por toda a extensão do mundo os dons do Espírito”(oração), pois desde o nascimento da Igreja, é Ele quem dá a todos os povos o conhecimento do verdadeiro Deus, e une em uma só fé a diversidade das raças e línguas” (prefácio). Esse dom do Espírito Santo se manifesta em dons. Ele é o Dom que reparte os dons, não para um orgulho pessoal, para serem empregados na vida de todos. O dom é uma riqueza para si, mas cresce à medida que usamos para o crescimento do corpo de Cristo. A missão do Espírito é levar a Redenção de Jesus aos corações de cada um e ao coração do mundo. A Igreja se faz ministra desse dom; “Soprando sobre os apóstolos disse: ‘Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados eles serão perdoados’” (Jo 20,22-23) . Esse perdão e a Redenção da humanidade e não só um perdão dado em voz baixa numa atitude intimista e desligada do mundo. Recebemos o dom da Redenção e somos co-responsáveis de levar adiante esse ministério da reconciliação universal. Nós o exercemos, como nos diz Paulo, com o dom pessoal de cada um. Cada um, aplicando seu dom, como os membros do corpo, faz vivo o Corpo de Cristo em missão.
Constante renovação 
Pedimos: “Realizai no coração dos fiéis as maravilhas que operastes no início da pregação do Evangelho” (Oração).A divisão das pessoas na dispersão de Babel é restaurada pela vinda do Espírito que nos une como Corpo de Cristo. Sabemos que o Espírito dá vida à Igreja e vitaliza todos os membros. A própria vitalidade do Espírito na Igreja cura os membros doentes. A estagnação e mesmo os bloqueios que fazemos ao Espírito tem conduzido a Igreja a muitos erros na pastoral e na estrutura. O modo de ser Igreja se adapta aos tempos, mas não se fixa. Mesmo pessoalmente temos que nos renovar sempre. Por isso rezamos: Vinde, Espírito Santo, enchei o coração dos fiéis… e renovareis a face da terra.
Leituras: Atos 2,1-11; Salmo 103;
1Coríntios 3b-7,12-13; João 20,19-23 
1. O Espírito Santo é bem desconhecido da Igreja Ocidental. A Renovação trouxe uma contribuição. É necessário conhecer mais. O Espírito está intimamente unido ao Mistério de Cristo. Jesus no-Lo deu a conhecer. Pedimos que seja dado à Igreja. Pentecostes marca a inauguração da Igreja. O Evangelho é compreensível a todos os povos. Revitaliza-se a Igreja em seus membros. 
2.Pedimos que o Pai derrame por toda extensão do mundo os dons do Espírito. Ele dá aos povos o conhecimento do verdadeiro Deus. O Espírito é um Dom que nos dá os dons que devem ser partilhados. Compete a nós levar ao mundo a reconciliação universal. 
3.Pedimos que se renovem nos fiéis as maravilhas operadas no início. A divisão das pessoas é restaurada pela vinda do Espírito. Ele vai curar e sanar os erros da Igreja. Nós temos que nos renovar sempre. 
Cada um com sua vassoura 
Jesus Ressuscitado no primeiro encontro com os discípulos, deu-lhes o Espírito Santo. Como Deus soprou sobre Adão para que tivesse vida, Jesus soprou sobre eles, para que recebessem o Espírito Santo, que é a Vida de Deus em nós. Com esse sopro de vida entrega-lhes a missão de levar a remissão dos pecados a todos. Deus quer a reconciliação com Ele e assim gerar um mundo reconciliado. A reconciliação acontece quando há a unidade. A unidade não é todos fazerem a mesma coisa e sim colocarem o modo diferente de ser de cada e o dom que possui a serviço de todos. Paulo faz a comparação com o corpo. Cada membro tem uma função diferente para o bem de todos. No dia de Pentecostes os apóstolos receberam o Espírito e começaram a pregar. Sua pregação era entendida por todos, mesmo sendo de línguas diferentes. Quer dizer que o Evangelho pode se pregado em todas as línguas. Cada um usando seu dom vai anunciar Jesus e construir o Reino de Deus. 
Homilia da Solenidade de Pentecostes (08.06.2014)

EVANGELHO DO DIA 15 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São Marcos 8,27-35. 
Naquele tempo, Jesus partiu com os seus discípulos para as povoações de Cesareia de Filipe. No caminho, fez-lhes esta pergunta: «Quem dizem os homens que Eu sou?». Eles responderam: «Uns dizem João Batista; outros, Elias; e outros, um dos profetas». Jesus então perguntou-lhes: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Pedro tomou a palavra e respondeu: «Tu és o Messias». Ordenou-lhes então severamente que não falassem dele a ninguém. Depois, começou a ensinar-lhes que o Filho do homem tinha de sofrer muito, de ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e pelos escribas; de ser morto e ressuscitar três dias depois. E Jesus dizia-lhes claramente estas coisas. Então, Pedro tomou-O à parte e começou a contestá-lo. Mas Jesus, voltando-Se e olhando para os discípulos, repreendeu Pedro, dizendo: «Vai-te, Satanás, porque não compreendes as coisas de Deus, mas só as dos homens». E, chamando a multidão com os seus discípulos, disse-lhes: «Se alguém quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me. Na verdade, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; mas quem perder a vida por causa de Mim e do Evangelho salvá-la-á. Tradução litúrgica da Bíblia 
São Cesário de Arles 
(470-543) 
Monge, bispo 
Sermão 159, 1, 4-6 
«Siga-Me.» 
Quando o Senhor nos diz no evangelho: «Se alguém quiser vir após Mim, negue-se a si mesmo», achamos que Ele está a mandar-nos fazer uma coisa difícil e a impor-nos um fardo pesado. Mas, se Aquele que manda nos ajudar a realizar aquilo que manda, deixa de ser difícil cumpri-lo. […] Para onde devemos seguir a Cristo senão para onde Ele foi? Ora, nós sabemos que Ele ressuscitou e subiu aos céus; pois é para aí que temos de O seguir. E não desesperemos, porque, se é verdade que nada podemos por nós mesmos, também é certo que contamos com a promessa de Cristo. O céu estava longe antes de a nossa Cabeça a ele ter ascendido. A partir de agora, nós, que somos membros do corpo ao qual pertence esta Cabeça (cf Col 1,18), porque havemos de desesperar de chegar ao céu? Se temos muitas preocupações e sofrimentos a afligir-nos nesta terra, sigamos a Cristo, em quem se encontram a felicidade perfeita, a paz suprema e a tranquilidade eterna. Mas o homem que quer seguir a Cristo tem de ouvir estas palavras do apóstolo João: «Aquele que diz que está nele deve também andar como Ele andou» (1Jo 2,6). Queres seguir a Cristo? Sê humilde, como Ele foi humilde. Queres juntar-te a Ele nas alturas? Não desprezes o seu abatimento.

São Nicomedes, mártir, na via Nomentana

Nicomedes, sacerdote romano, na época de Domiciano, século I, enterrava os cristãos, vítimas das perseguições. Por isso, foi preso, e, ao se recusar a oferecer sacrifícios aos deuses, foi assassinado e jogado no rio Tibre, em Roma. Seu corpo, recolhido por um clérigo, foi enterrado na Via Nomentana. 
https://www.vaticannews.va/pt/santo-do-dia.html
Emblema: Palma 
Martirológio Romano: Em Roma, São Nicomedes, mártir, cujo corpo, sepultado no cemitério da Via Nomentana, foi homenageado pelo Papa Bonifácio V com uma basílica sepulcral. 
Ele é mencionado na lendária 'passio' dos santos Nereu e Aquiles composta nos séculos V-VI, cujo autor afirma que Nicomedes era sacerdote (presbítero). Foi descoberto enquanto sepultava o corpo do mártir Felicola e preso por um certo Flacco, por não querer sacrificar aos deuses, foi submetido a uma cruel flagelação, durante a qual morreu; seu corpo foi jogado no Tibre; um de seus clérigos, chamado Giusto, recuperou-o e enterrou-o num pequeno jardim ao longo da Via Nomentana. O autor da 'passio' não menciona o dia da sua morte, mas pelo contexto pode-se deduzir que foi na época do imperador Domiciano (51-96), estudos e revisões subsequentes levantam a hipótese de 15 de setembro; enquanto outra 'passio' do século VII situa a sua morte em 1 de junho sob Maximiano (240-310).

Catarina de Génova Esposa, Religiosa, Mística, Santa 1447-1510

No século XV, os partidos guelfi e ghibellini eram os dominantes em Gênova, alternando-se no governo da cidade por meio de lutas sangrentas. Mas quando Catarina Fieschi nasceu, no ano de 1447, as famílias da Santa Catarina de Génovanobreza que pertenciam a essas facções políticas já conviviam em paz, que era mantida pelos casa-mentos acordados entre si. Ela também teve de sub-meter-se a essa situação, pois seus pais, Tiago e Francisca, fidalgos dos guelfi, a deram em casamen-to ao jovem Juliano, da aristocrata família Adorno, dos ghibellini. A união foi chamada de bizarra. Juliano era muito rico, mas irresponsável, desregrado, jogador e de ca-rácter duvidoso, enquanto Catarina, com apenas de-zasseis anos, era religiosa, sensível e muito caridosa, que, em vez de casar, desejava poder ter seguido a vida religiosa como sua irmã Limbânia o fizera. Ela viveu sob a influencia negativa do marido, divi-dida entre as futilidades da corte e as obras de cari-dade. Um verdadeiro conflito entre os pecados e o re-morso. Aos vinte e seis anos de idade, depois de visi-tar a irmã Limbânia no mosteiro, quando tudo lhe parecia perdido, sem solução e salvação, Catarina re-solveu viver no seguimento de Jesus, para dedicar-se aos pobres e aos doentes. A sua conversão foi tão sincera, radical e trans-parente que Juliano se converteu também. Colo-cando todo o seu património à disposição dos neces-sitados e deixando os palácios sumptuosos, os dois ingressaram na Ordem Terceira Franciscana e foram morar no hospital de Pammatone.

Bem-aventurado Rolando (Orlando) de Médici Eremita - Festa:15 de setembro

† 15 de setembro de 1386
 
Nascido na família milanesa Medici, retirou-se para a floresta entre Tabiano e Salsomaggiore. Morreu em 1386, repousa em Busseto. 
Etimologia: Orlando = quem dá glória ao país, do alemão
Martirológio Romano: Em Busseto, perto de Fidenza, na Emília, o beato Rolando de' Medici, um anacoreta, que vivia no mais alto espírito de penitência entre lugares inacessíveis e desertos dos Alpes, conversando apenas com Deus.
Nascido na família Médici de Milão, com cerca de trinta anos de idade, em 1360, movido pelo desejo de uma vida santa, retirou-se para uma vida de eremita nos bosques entre Tabiano e Salsomaggiore, perto de Bargone, o castelo de Pallavicino. Viveu vinte e seis anos em contínuo silêncio, alimentando-se do que a floresta lhe oferecia e no inverno gesticulava pedindo algo para comer; não recebia caridade porque a sua vida e a sua forma de se apresentar apenas davam a impressão de loucura: muitas vezes era espancado até sangrar. Vestiu-se com o hábito com que começou sua vida de eremita, depois remendou com folhas e, finalmente, com uma pele de cabra. A sua vida foi uma oração e uma contemplação contínuas: contemplou o seu Criador na criação e nas estrelas.

António Maria Schwartz Sacerdote piarista, Beato 1852-1929

Anton, para nós António nasceu na humilde e cristã família Schwartz, no dia 28 de fevereiro de 1852, em Baden, Áustria Era o quarto dos treze filhos, seu pai era um simples operário, sem profissão definida, enquanto sua mãe cuidava da casa e dos filhos, que estudavam na escola paroquial dessa cidade. Aos quinze anos ficou órfão de pai, vivendo uma grave crise pessoal, que durou dois anos. Em 1869, recuperado, foi estudar na escola popular gratuita dos padres piaristas. Alí conheceu a obra do fundador São José Calasanz, tornando-se um seu devoto extremado. Mas três anos depois, as atividades das escolas pias e da própria Ordem, foi suspensa na Áustria. Para completar sua formação, ingressou no seminário diocesano, pois queria seguir a vida religiosa. Nessa época passou por duas graves enfermidades, ambas curadas, segundo ele, por intercessão de Nossa Senhora. Em 1875 ordenou-se sacerdote e assumiu o segundo nome. O Padre António Maria Schwartz foi capelão por quatro anos, depois viajou à Viena, para promover assistência espiritual aos doentes nos hospitais das Irmãs da Misericórdia de Schshaus. Além disso, começou a orientar na religião, os operários e os jovens aprendizes em formação profissional.

Beato Pasquale Penades Jornet sacerdote e mártir - Festa:15 de setembro

(*)Montaverner, Espanha, 3 de janeiro de 1894
(+)Puerto de Cárcer, Espanha, 15 de setembro de 1936
Martirológio Romano: Na aldeia de Llosa de Ranes, no território de Valência, na Espanha, o beato Pasquale Penadés Jornet, sacerdote e mártir, que, durante a perseguição, com a sua luta terrena alcançou a plenitude da salvação eterna. 
O Beato Pasquale Penades Jornet nasceu em 3 de janeiro de 1894, em Montaverner, na província de Valência. Estudou no Colégio Vocacional de Valência. Após os estudos teológicos, foi ordenado sacerdote em 1921. Teve sua primeira experiência sacerdotal em la Pobla del Duc. Depois desta primeira experiência foi colaborador paroquial em diversas comunidades: em Campos de Arenoso, em Sempere, em Salem, e em Adsubia e Bélgida. Aqueles que tiveram a sorte de conhecê-lo consideravam-no um verdadeiro apóstolo e muitos pensavam que a sua vida não teria outro fim senão o martírio. Morreu fuzilado em 15 de setembro de 1936, em Puerto de Cárcer, simplesmente por ser padre. Pasquale Penades Jornet foi beatificado entre o grupo dos 233 mártires em Valência por São João Paulo II em 11 de março de 2001.
Autor: Mauro Bonato

15 de setembro - Beato Paolo Manna

Também no Padre Paolo Manna, nós vemos um especial reflexo da glória de Deus. Ele viveu toda a sua existência dedicando-se à causa missionária. Em todas as páginas dos seus escritos emerge viva a pessoa de Jesus, centro da vida e razão de ser da missão. Numa das suas Cartas aos missionários, ele afirma: "O verdadeiro missionário nada pode se não encarna Jesus Cristo... Só o missionário que imita fielmente Jesus Cristo em si mesmo... pode reproduzir a Sua imagem nas almas dos outros". Na realidade, não há missão sem santidade, como recordei na Encíclica Redemptoris missio: "A espiritualidade missionária da Igreja é um caminho orientado para a santidade... é preciso suscitar um novo "ardor de santidade" entre os missionários e em toda a comunidade crista". 
Papa João Paulo II – Homilia de Beatificação – 
04 de novembro de 2001 

15 DE SETEMBRO, DIA DEDICADO A NOSSA SENHORA DAS DORES, VIRGEM MARIA DOLOROSA

As Promessas aos devotos de Nossa Senhora das Dores,
Santa Brígida diz-nos, nas suas revelações aprovadas pela Igreja Católica, que Nossa Senhora lhe prometeu conceder sete graças a quem rezar cada dia, sete Ave-Marias em honra de suas principais "Sete dores" e Lágrimas, meditando sobre as mesmas. 
Eis as promessas: 
1ª - Porei a paz em suas famílias. 
2ª - Serão iluminados sobre os Divinos Mistérios. 
3ª - Consolá-los-ei em suas penas e acompanhá-los-ei nos seus trabalhos.
4ª - Conceder-lhes-ei tudo o que me pedirem, contanto que não se oponha à vontade de meu adorável Divino Filho e à santificação de suas almas. 
5ª - Defendê-los-ei nos combates espirituais contra o inimigo infernal e protegê-los-ei em todos os instantes da vida. 
6ª - Assistir-lhes-ei visivelmente no momento da morte e verão o rosto de Sua Mãe Santíssima. 
7ª - Obtive de Meu Filho que, os que propagarem esta devoção (às minhas Lágrimas e Dores) sejam transladados desta vida terrena à felicidade eterna, diretamente, pois ser-lhe-ão apagados todos os seus pecados e o Meu filho e Eu seremos a sua eterna consolação e alegria. 
Santo Afonso Ligório nos diz que Nosso Senhor Jesus Cristo prometeu, aos devotos de Nossa Senhora das Dores as seguintes graças: 
Eis as Graças: 
1ª – Que aquele devoto que invocar a divina Mãe pelos merecimentos de suas dores merecerá fazer antes de sua morte, verdadeira penitência de todos os seus pecados. 
2ª - Nosso Senhor Jesus Cristo imprimirá nos seus corações a memória de Sua Paixão dando-lhes depois um competente prêmio no Céu. 
3ª - Jesus Cristo guardá-los-á em todas as tribulações em que se acharem, especialmente na hora da morte. 
4ª - Por fim os deixará nas mãos de sua Mãe para que deles disponha a seu agrado, e lhes obtenha todos e quaisquer favores. 
Nossa Senhora da Dores, rogai por nós!

NOSSA SENHORA DAS DORES

Acompanhar Nossa Senhora em todas as fases de sua vida terrestre, admirar os altos desígnios de Deus na pessoa sacrossanta de sua Mãe é sempre delícia para um coração devoto à SS. Virgem. Mais apropriada não podia ser a nossa meditação das dores, senão ocupando-nos com os sete dolorosos lances de sua existência terrena, ou propriamente “as sete dores”, a saber:
1 - A profecia de Simeão
“Eis aqui está posto este Menino para ruína e para ressurreição de muitos de Israel, e como alvo a que atirará a contradição. E uma espada traspassará tua alma”. (Lc. 2,34) A esta palavra a SS. Virgem vê de uma maneira clara e distinta no futuro as contradições a que Jesus Cristo será exposto: contradições na doutrina, contradições no conceito público, contradições nos seus santíssimo afetos, na alma e no corpo. E esta previsão dolorosa ficou na alma de Maria durante trinta e três anos. À medida que Jesus crescia em idade, em sabedoria e em graça, no Coração de Maria aumentava a angústia de perder um filho tão caro, pela aproximação da inexorável Paixão e Morte. “O Senhor usa de compaixão para conosco, em não nos fazer ver as cruzes que nos esperavam, e se temos de sofrer, é só uma vez. Com Maria Santíssima assim não procedeu, porque a queria Rainha das dores e toda semelhante ao Filho; por isso ela via sempre diante de si todas as pelas que havia de sofrer” (Santo Afonso) CONTINUA EM MAIS INFORMAÇÕES:

15 de Setembro – NOSSA SENHORA DAS DORES

Hoje celebramos a Mãe das Dores. Nossa Senhora possui vários títulos que falam do quanto sofreu: Mãe Dolorosa, Nossa Senhora da Piedade, Mãe da Soledade, Nossa Senhora do Desterro, Nossa Senhora das Dores, etc. 
Maria sofreu a vida inteira por causa de seu Filho. Houve, entretanto, momentos cruciantes em que mais sofreu. A piedade cristã costuma enumerar sete cenas em que a dor atingiu o auge. São as Sete Dores de Maria: 
-A profecia de Simeão no Templo de Jerusalém (Lc 2,33ss). 
-A fuga para o Egito (Mt 2,13ss). 
-A perda do Menino Jesus (Lc 2,41ss). 
-O encontro com Jesus no caminho para o Calvário. 
-A crucifixão e morte de Jesus (Jo 19,17ss). 
-Jesus morto em seus braços (Mc 15,42ss). 
-O sepultamento de Jesus (Lc 23,50ss). 
 Se o sofrimento se mede pelo grau de amor que se tem a uma pessoa, quão imensa terá sido a dor de Maria. Pois ninguém jamais amou Jesus, mais do que ela. Esta dor, porém, era suavizada quando ela se lembrava de nós, pelos quais seu Filho sofreu. 
Oração: Mãe das Dores, não queremos aumentar vosso sofrimento com nossa má conduta, mas desagravar-vos com nosso bom procedimento.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio Sauter CSsR

ORAÇÕES - 15 DE SETEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado. 
15 – 24º Domingo do Tempo Comum
Evangelho (Mc 8,27-35) Então ele perguntou: – E vós, quem dizeis que eu sou? Pedro respondeu: – Tu és o Messias.”
Aos discípulos que o seguiam havia algum tempo, Jesus faz como que um desafio. Vocês me veem do mesmo modo que os outros? Pedro responde em nome de todos, e, à luz do que tinham compreendido até aquele momento, o reconhece como o Messias, o rei salvador esperado.Para levá-los mais adiante em sua fé, Jesus começa a lhes falar do que o espera: sofrimento, rejeição e morte. Não os quer na ilusão. Sabe que só terão clareza quando o virem vivo depois do túmulo. A mim também ele desafia e pergunta o que ele é para mim. Se é apenas uma figura do passado, ainda que sábio e encantador, ou se é para mim o Senhor de minha vida, caminho, verdade, meu Deus, única esperança de salvação.Convida-me a uma decisão que devo renovar continuamente na vida.
Oração
Senhor Jesus, entendo seus discípulos, para quem era difícil aceitar o que dizíeis sobre os sofrimentos, condenações e morte que vos esperavam.A nós isso tudo mete medo. Eles esperavam um salvador brilhante e vitorioso; eu ainda não aprendi conviver com as dificuldades e  limitações. Vivo sonhando para mim um salvador que resolva todos os meus problemas de saúde, relacionamento e todos osoutros. Ajudai-me a não viver procurando milagres, e aprenda convosco a aceitar a fragilidade e opeso de nossa humanidade. Creio e confio em vós, mesmo vendo vosso aparente fracasso e vossa morte na cruz. Não peço que me livreis do sofrimento, da enfermidade e da morte, mas que me ajudeis a me manter no bem, na verdade e na esperança.Quero seguir-vos, e aceito minhas cruzes. Amém.

sábado, 14 de setembro de 2024

REFLETINDO A PALAVRA - “Ide e anunciai”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
O Espírito dará testemunho de mim
 
A Ascensão do Senhor tem um sabor de fim de festa como encerramento de uma missão. Não é fim, mas continuação. Jesus promete enviar o Espírito Santo que “ensinará tudo e recordará tudo o que vos disse” para “conduzir à verdade plena”(Jo14,26;16,13). Nesse período após Ressurreição encontramos diversas vezes o envio dos discípulos para anunciar e a promessa de estar com eles.Foi o que lhes disse: “Ide e fazei que todas as nações se tornem discípulos... Eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos tempos”(Mt 28,19-20). A presença de Jesus se dá pelo Espírito Santo.Este é um assunto maravilhoso para nossa vida de fé. Estamos na preparação paravinda do Espírito Santo na festa de Pentecostes. A celebração recorda o primeiro anúncio feito pelos apóstolos que proclamam que Jesus ressuscitou e foi constituído Senhor e Cristo. E o fazem porque o Espírito Santo prometido vai realizar a transformação do mundo. O Espírito é dado a “toda a carne”, isto é, toda a realidade do mundo. Não é privilégio de ninguém. Ele anima o anúncio que é feito como também abre os corações(a)acolhê-lo. Como se explicar a conversãose não há uma ação do Pai pelo Espírito? No dia da Ressurreição Jesus vem e, pondo-se no meio dos discípulos, dá-lhes o Espírito Santo para a total reconciliação do Universo: “Como o Pai me enviou, também Eu os envio. Dizendo isto soprou sobre eles e lhes disse: Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; aqueles aos quais não perdoardes, ser-lhes-ão retidos” (Jo 20,19-22). Somente a partir do Espírito Santo é que podemos fazer o anúncio da Ressurreição de Jesus. O primeiro a dar testemunho de Jesus é o Espírito Santo. 
Vós dareis testemunho de mim 
Jesus diz que os discípulos darão testemunho Dele(Jo 15,26). Para vir ao mundo o Pai enviou o Filho que tomou a natureza humana. Jesus fazdo mesmo modo para o anúncio do Evangelho. Assume os discípulos com a presença do Espírito Santo. O Divino e o Humano estão sempre juntos. É o tempo de o Espírito realizar sua missão de anúncio através dos discípulos. Jesus, em sua oração sacerdotal, reza por aqueles que hão de crer Nele: “Não rogo somente por eles, mas pelos que, por meio de sua Palavra, crerão em Mim” (Jo 17,20). Esse testemunho dos apóstolos é acompanhado pelo testemunho do Espírito Santo. A força da pregação não está na grandeza do anúncio, e sim, na força do Espírito presente e atuante. Age em união com Jesus: “Quando vier o Espírito da Verdade, Ele vos conduzirá à verdade plena, pois não falará de si mesmo, mas dirá tudo o tiver ouvido e vos anunciará as coisas futuras” (Jo 16,13). O Espírito Santo mantém a unidade do anunciador com Jesus: “E vós também dareis testemunho, pois estais comigo desde o começo”(Jo, 15,27). A força da Palavra está também na união do discípulo com Jesus. 
Lenho verde 
O Pastor ferido pela morte é um prenúncio da vida de quem se dedica ao Evangelho. Vemos na Igreja que os pregadores autênticos do Evangelho sofreram a perseguição e até mesmo a morte por causa da Palavra. Ao subir para o Calvário disse: “Se assim fazem com o lenho verde (Jesus), o que acontecerá com o seco? (discípulos)(Lc,23,31). Percorrendo a história vemos quantos mártires deram o testemunho total! Vivemos também a fragilidade humana no ministério. Continuamos pecadores. Quem testemunha Jesus não precisa ser impecável, mas deve estar em processo de conversão permanente. Somos os primeiros ouvintes de nossa palavra. Que o Espírito nos purifique.
ARTIGO PUBLICADO EM JUNHO DE 2014

EVANGELHO DO DIA 14 DE SETEMBRO

Evangelho segundo São João 3,13-17.
 
Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Ninguém subiu ao Céu senão Aquele que desceu do Céu: o Filho do homem. Assim como Moisés elevou a serpente no deserto, também o Filho do homem será elevado, para que todo aquele que acredita tenha nele a vida eterna». Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita nele não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele».
Tradução litúrgica da Bíblia 
Livro das Horas do Sinai (século IX) 
Cânone em honra da cruz e da ressurreição, SC 486 
Pela tua Paixão, fizeste brilhar para nós a ressurreição! 
Ó madeiro três vezes bendito sobre o qual foi depositado Cristo, Rei e Senhor, madeiro sobre o qual aquele que enganou Adão por meio do madeiro caiu na armadilha do Deus pregado a ti na sua carne, que dá a paz à nossa alma! O madeiro três vezes bendito onde o Redentor, o Senhor, foi pregado na sua carne, e pelo qual pereceu aquele que, por meio do madeiro, tinha enganado Adão fazendo-o desobedecer, foi este madeiro que ressuscitou o mesmo Adão, tornando-se fonte de incorruptibilidade para a nossa alma. Pela tua crucifixão, chamaste do exílio a raça de Adão, a primeira criação: incorruptível na tua essência, por nós Te empobreceste voluntariamente, Tu, o impassível, Jesus, e na carne que assumiste suportaste os sofrimentos da Paixão. Tu mesmo mergulhaste no teu próprio sangue o manto real, emblema do teu poder sobre todos os seres celestes, terrenos e subterrâneos, quando foste erguido no alto da cruz; essa cruz que levaste aos ombros, fazendo brilhar para mim a ressurreição através da tua Paixão. Em virtude da tua natureza divina, ressuscitaste de entre os mortos, Tu, o poderoso e forte, e aniquilaste o reino da morte; ainda que, qual mortal, tenhas permanecido no túmulo, Tu, amigo do homem, resgataste da corrupção todo o género humano. Com fé, proclamemos bem-aventurada aquela que não conheceu esposo, a puríssima Mãe de Deus, aquela que deu à luz o Senhor de todos, que nos livra da condenação antiga e concede a paz à nossa alma.

Santa Notburga de Eben

Filha de uma família de lavradores sem fortuna do Tirol, nasceu em 1265 em Rattenberg e foi educada nos princípios católicos. Aos dezessete anos foi admitida como doméstica e cozinheira no palácio do Conde Henrique de Rottenburg. Henrique e Jutta, sua esposa, grandes esmoleres, designaram Notburga como sua despenseira para com os pobres que chegavam a toda hora em seu palácio. Ela distribuía generosamente aos pobres tudo aquilo que sobejava da mesa dos patrões. Ela também doava aos pobres o seu próprio alimento, especialmente às sextas-feiras. Seis anos viveu com os condes; com a morte deles tudo mudou para Notburga. Otília, a nova condessa, a maltratou de mil modos, e por fim a expulsou de sua casa. Mas, Otília ficou mortalmente enferma e Notburga cuidou dela e a preparou para a morte. Notburga depois passou a trabalhar para os agricultores do vale do Eben. Ali realizou um milagre para que os trabalhos nos campos terminassem após o toque dos sinos das Vésperas do sábado – que segundo o costume medieval indicava o início da festa dominical –, para que os camponeses pudessem se dedicar à oração e aos trabalhos da casa.

Santa Placila (Ælia Flaccilla) Imperatriz - 14 de setembro

Santa Placila, forma italiana do nome grego Plakilla, como é relatado pela respeitável Bibliotheca Sanctorum, é a imperatriz conhecida no mundo latino com o nome de Ælia Flaccilla, primeira esposa de São Teodósio I o Grande.
     Como o marido, ela também era de origem espanhola, talvez filha de Cláudio Antônio, prefeito de Gaul e cônsul no ano 382.
    O casamento de Teodósio e Placila foi celebrado por volta do ano 376. Pelo fim do ano seguinte nasceu o primeiro filho do casal, Santo Arcádio, que deveria herdar o império do Oriente, e nos anos sucessivos Placila deu à luz outros dois filhos: Honório, em 384, depois imperador do Ocidente, e Pulquéria, falecida em tenra idade.
     Placila faleceu prematuramente pouco depois, em 385, provavelmente devido a complicações após este último parto. São Gregório de Nissa, seu hagiógrafo, declarou expressamente que ela deu a Teodósio somente três filhos.
     A sua breve existência terrena não foi, porém, irrelevante na história da Cristandade, já que sob o benéfico influxo da sua personalidade inspirou a moderação e a clemência na política de seu marido, contribuindo para a promoção da fé cristã com a destruição dos cultos pagãos ainda vigentes.
     O casal imperial tornou-se assim um sustentáculo da doutrina cristã defendida pelo Concilio de Niceia, tendo Placila impedido que seu marido estipulasse um acordo ambíguo com o herético Ario.

São Materno de Colônia, Bispo - Festa:14 de setembro

Colônia (Alemanha), século IV 
Martirológio Romano: Em Colônia, Alemanha, São Maternus, bispo, que conduziu os habitantes de Tongeren, Colônia e Trier à fé em Cristo. 
Nós o conhecemos como o primeiro bispo da história cristã de Colônia. Mas desde o século IX nasceu na Alemanha (e o local de origem é Trier) uma lenda singular, segundo a qual Materno chegou da Palestina. Não só isso: ele também é indicado como discípulo do apóstolo Pedro, e enviado por ele para anunciar o Evangelho no mundo germânico. Esta história imaginativa tendia a apresentar Trier como a primeira sede episcopal na Alemanha e, portanto, dotada de jurisdição “por antiguidade” sobre as outras. O Maternus da história, porém, bispo de Colônia, é uma figura importante da Igreja, agora livre graças à obra do imperador Constantino, mas exposta - terminada a perseguição externa - ao tormento interno dos cristãos que se feriram. Materno é um dos pacificadores, chamado pela sua Alemanha para resolver um duro conflito que surgiu no Norte de África. É o chamado cisma donatista, do nome do bispo Donato que se tornou seu protagonista. O cisma dos rigoristas, avessos a qualquer indulgência para com os cristãos que cederam por medo durante a perseguição de Diocleciano, e que são chamados de traidores (de tradere = entregar) porque entregaram os livros sagrados à autoridade romana.

São Crescente de Roma Mártir Festa:14 de setembro

A única fonte biográfica sobre Crescentius são as Acta recebidas de Baronio ab Ecclesia Perusina, preservadas na Biblioteca Vallicelliana em cópia de 1600 e publicadas na Acta Sanctorum. Estas Acta foram redigidas na Toscana, provavelmente quando ocorreu a transferência do corpo de Crescenzio para Siena em 1058. Crescentius, de nobre família romana, foi batizado com os pais pelo padre Epigmenius (24 de março). Durante a perseguição de Diocleciano, a família refugiou-se em Perugia, onde morreu seu pai, Eutímio. Trazido de volta a Roma, embora tivesse apenas onze anos, por sua fé cristã, Crescentius foi decapitado na Via Salaria, do lado de fora da porta. No cemitério de Priscila, na Via Salaria, um mártir Crescenzio (Crescenzione ou Crescenziano) é lembrado pelos itinerários romanos medievais, de cuja veneração foram descobertos alguns testemunhos de graffiti no século passado. O corpo, a pedido do Bispo Antifredo, foi transportado de Roma para Siena em meados do século XI. Outras relíquias foram transferidas para Tortosa em 1606. (Avvenire) 
Etimologia: Crescenzio = aumenta (a família), do latim Emblema: Palma

Bispo de São Pedro II de Tarantasia Festa:14 de setembro

(*)Saint-Maurice-de-l'Exil(Dauphiné,França),1102
(+)Bellevaux (França), 14 de setembro de 1174 
Desejando retirar-se de toda glória mundana, tornou-se cisterciense. Distinguiu-se pela estrita observância da Regra e dirigiu a abadia de Tamié. Pelas suas excelentes qualidades, o Papa nomeou-o arcebispo de Tarentaise, na França. 
Martirológio Romano: No mosteiro de Beauvale, no território de Besançon, na França, trânsito de São Pedro, que, desde abade cisterciense, passou a governar com ardente zelo a sé de Moûtiers, à qual fora elevado, promovendo fervorosamente a harmonia entre as populações. 
Na história da Igreja, três saboianos com o mesmo nome, conhecidos como Pedro de Tarantasia, foram reconhecidos como dignos das honras dos altares. O mais importante, embora o último na ordem do tempo, foi o Papa Beato Inocêncio V, nascido Pedro de Tarentasia, que sentou-se no trono de Pedro por apenas quatro meses, de 22 de fevereiro de 1276 a 22 de junho do mesmo ano. Ele é lembrado no calendário do dia 23 de junho. Os outros dois eram ambos arcebispos da Tarentaise, uma sub-região da Sabóia, com sede episcopal localizada na antiga cidade de Moutiers.

São Gabriel Taurino Dufresse Bispo e mártir - Festa:14 de setembro

(*)Lezoux, França, 8 de dezembro de 1750
(+)Chengdu, China, 14 de setembro de 1815 
Jean-Gabriel-Taurin Dufresse, sacerdote membro da Sociedade para as Missões Estrangeiras de Paris, partiu para a China um ano depois da sua ordenação. Ele foi preso diversas vezes enquanto tentava divulgar o Evangelho na província de Sichuan. Consagrado bispo e posteriormente nomeado vigário apostólico de Sichuan, convocou um sínodo e supervisionou a formação do clero indígena, sem nunca se gabar dos sucessos obtidos na evangelização. Espionado pelo governo chinês, foi preso e posteriormente decapitado em 14 de dezembro de 1815, após mais de quarenta anos de atividade apostólica. Beatificado em 27 de maio de 1900 por Leão XIII, está entre os 120 mártires em solo chinês canonizados por São João Paulo II em 1 de outubro de 2000. Os seus restos mortais são venerados na cripta da igreja do seminário das Missões Estrangeiras, na Rue du Bac 128 em Paris. 
Martirológio Romano: Na cidade de Chengdu, na província de Sichuan, na China, São Gabriel Taurino Dufresse, bispo e mártir, que encerrou com o martírio de decapitação um ministério diligente, pelo qual esperou durante quarenta anos.

14 de setembro - Santo Alberto de Jerusalem

Alberto nasceu por volta do ano 1150 em Parma, na Itália, na rica e nobre família Avogrado, dos condes Sabbioneta. Ainda muito jovem, resolveu deixar a vida mundana da Corte, ingressando no Convento dos Cônegos de Santo Agostinho de Mortara, em Pavia. Em pouco tempo, foi eleito prior pelos companheiros e, em 1184, foi nomeado bispo de Bobbio, cargo que recusou porque não se achava preparado e à altura da função. Porém essa não era a opinião do Papa Clemente III, que nesse mesmo ano o encarregou de assumir o bispado de Vercelli. Assim, Alberto não teve como recusar. Assumiu a missão com tanta vontade de fazer um bom ministério que ficou na função por vinte anos, levando o povo local a uma vida de penitência, oração e caridade. Era sempre tão conciliador e justo na intermediação de causas que o imperador Frederico Barba Roxa solicitou seus préstimos para solucionar uma disputa entre Parma e Piacenza, em 1194. Com sua intervenção junto à Sé, em Roma, a desavença chegou ao fim rapidamente. Passados mais alguns anos de trabalho, em 1205, Alberto foi nomeado patriarca de Jerusalém, cargo que também só aceitou por insistência do Papa Inocêncio III. O argumento usado pelo Papa foi definitivo: a Palestina sofria uma pressão fortíssima por parte dos muçulmanos e era preciso ter entre os católicos alguém com carisma e disciplina de "mão forte", pois havia o risco do desaparecimento do cristianismo naquela região.

“EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ”

“Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, para que todos os que nEle crerem tenham a vida eterna” (Jo 3,14-15)
Se não houvesse a cruz, Cristo não seria crucificado nem teria atraído todos a si!
A festa da Exaltação da Santa Cruz é a festa da Exaltação do Cristo vencedor da morte e do pecado por seu corpo dado e sangue derramado no alto da cruz. Para o cristianismo a cruz é o símbolo maior de fé, com cujos traços todos nós nos persignamos desde o momento do levantar até o deitar a cada dia. Na cerimônia batismal o primeiro sinal de acolhida à criança recém-nascida é o sinal-da-cruz traçado em sua fronte pelo Padre, Pais e Padrinhos, sinalando-a para sempre com a marca de Cristo. A cruz recorda o Cristo crucificado, o sacrifício de sua Paixão, o seu martírio que nos deu a salvação. Por isso é que, desde tempos antiquíssimos, a Igreja passou a celebrar, exaltar e venerar a Cruz, inclusive, como símbolo da árvore da vida que se contrapõe à árvore do pecado no paraíso, e símbolo mais perfeito da serpente de bronze que Moisés levantou no deserto para curar os israelitas picados pelas cobras porque O Filho do Homem nela levantado cura o homem todo e todos os homens, o corpo e a alma dos que nEle crêem e lhes dá a vida eterna. A serpente do paraíso trouxe a infelicidade a este mundo com o engodo da igualdade divina com que incitou os pais da humanidade a comerem o fruto da árvore proibida (Gn 3,17-19), e as do deserto provocaram a morte dos filhos de Israel que reclamavam contra Deus e contra Moisés (Nm 21, 4-6).

Exaltação da Santa Cruz - símbolo da vitória de Jesus - 14 de setembro

Símbolo revelador da vitória de Jesus sobre o pecado, a morte e o demônio; também na Cruz encontramos o maior sinal do amor de Deus
 
Nos reunimos com todos os santos, neste dia, para exaltar a Santa Cruz, que é fonte de santidade e símbolo revelador da vitória de Jesus sobre o pecado, a morte e o demônio; também na Cruz encontramos o maior sinal do amor de Deus, por isso : “Nós, porém, pregamos um Messias crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os pagãos” (I Cor 1,23). Esta festividade está ligada à dedicação de duas importantes basílicas construídas em Jerusalém por ordem de Constantino, filho de Santa Helena. Uma, construída sobre o Monte do Gólgota e outra, no lugar em que Cristo Jesus foi sepultado e ressuscitado pelo poder de Deus. A dedicação destas duas basílicas remonta ao ano 335, quando a Santa Cruz foi exaltada ou apresentada aos fiéis. Encontrada por Santa Helena, foi roubada pelos persas e resgatada pelo imperador Heráclio. Graças a Deus a Cruz está guardada na tradição e no coração de cada verdadeiro cristão, por isso neste dia, a Igreja nos convida a rezarmos:“Do Rei avança o estandarte, fulge o mistério da Cruz, onde por nós suspenso o autor da vida, Jesus. Do lado morto de Cristo, ao golpe que lhe vibravam, para lavar meu pecado o sangue e a água jorravam. Árvore esplêndida bela de rubra púrpura ornada dos santos membros tocar digna só tu foste achada”. “Viva Jesus! Viva a Santa Cruz!” 
Santa Cruz, sede a nossa salvação!

ORAÇÕES - 14 DE SETEMBRO

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado. 
14 – Sábado – Santos: Rósula, Materno, Noteburga
Evangelho (Jo 3,13-17) Como Moisés levantou a serpente no deserto, é preciso que o Filho do Homem seja levantado, para que todos que nele crerem tenham a vida eterna.”
Segundo Nm 21,4-9, era salvo quem olhava para a serpente de bronze erguida comosímbolo do poder salvador do Senhor.Jesus é o grande, o maior sinal de Deus erguido diante de nós, glorificado como nosso único salvador.De nossa união vital  com ele depende nossa salvação; só por ele podemos ser como Deus queria ao nos criar. Por isso preciso, a todo custo, colocar Jesus em primeiro lugar na minha vida.
Oração
Senhor Jesus, olho para vós como meu salvador, minha última esperança. Só vós podeis fazer-me conhecer o que Deus me oferece e espera de mim; só vós podeis levar-me a seguir o caminho que mostrais. Perdoai-me por ter procurado viver por mim mesmo, como se fosse capaz. Olhai também por todos aqueles que ainda  não ouviram falar de vós, nem se deixaram conquistarpelos vossos convites. Amém.