sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

EVANGELHO DO DIA 27 DE JANEIRO

Evangelho segundo São Marcos 4,26-34. 
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «O Reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra. Dorme e levanta-se, noite e dia, enquanto a semente germina e cresce, sem ele saber como. A terra produz por si, primeiro a planta, depois a espiga, por fim o trigo maduro na espiga. E quando o trigo o permite, logo se mete a foice, porque já chegou o tempo da colheita». Jesus dizia ainda: «A que havemos de comparar o Reino de Deus? Em que parábola o havemos de apresentar? É como um grão de mostarda, que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes que há sobre a terra; mas, depois de semeado, começa a crescer e torna-se a maior de todas as plantas da horta, estendendo de tal forma os seus ramos que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra». Jesus pregava-lhes a palavra de Deus com muitas parábolas como estas, conforme eram capazes de entender. E não lhes falava senão em parábolas; mas, em particular, tudo explicava aos seus discípulos.
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santa Catarina de Sena(1347-1380) 
Terceira dominicana, doutora da Igreja, 
copadroeira da Europa 
Carta 37, à rainha Joana de Nápoles 
«O Reino de Deus é como um homem 
que lançou a semente à terra» 
Bem sabeis, minha querida Mãe, que nós somos semelhantes a campos onde Deus, na sua misericórdia, lançou a semente, ou seja, o amor com o qual nos criou, tirando-nos do seu seio por amor, e não por dever. Nós não Lhe pedimos para ser criados; mas Ele, levado pelo fogo da sua caridade, criou-nos para O vermos e experienciarmos a sua bondade soberana e eterna. E, para que esta semente dê fruto e as plantas cresçam, deu-nos a água do santo batismo. O fruto é doce e agradável, mas precisamos de um jardineiro que cuide dele e o conserve. Ó dulcíssimo amor de Jesus, que nos deste, na razão e no livre arbítrio, o melhor e mais poderoso jardineiro que podíamos ter. Deus também nos deu o tempo, porque, sem o tempo, o jardineiro nada poder fazer; com o tempo - isto é, a nossa vida - o jardineiro pode revirar a terra e colher os frutos; então, a mão do amor, do desejo santo e verdadeiro, colhe o fruto e leva-o para o celeiro - ou seja, tudo faz por Deus e procura em todas as coisas as suas obras de louvor e a glória do seu nome. Olhai, olhai o amor inefável que Deus tem por nós e a doçura do fruto delicioso do Cordeiro sem mancha, este trigo bom que foi semeado no campo de Maria. Que o nosso jardineiro desperte da sua negligência, pois chegou o momento: o fruto está maduro, fortificado pela união de Deus com o homem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário