quinta-feira, 31 de março de 2022

RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE – BATISMO-IV- PADRE JOÃO

Pe. João A. Mac Dowell S.J. 
Sou católica, mas acho uma falta de respeito para com meu filho batizá-lo, em vez de deixar que ele faça a sua escolha quando crescer. Por que a Igreja insiste em batizar as crianças? 
Estou certo de que a Sra. pretende o melhor para seu filho. Mas me desculpe, acho que neste ponto está enganada. É uma ilusão pensar que ele vai crescer livre de qualquer influência. Se os pais não oferecem uma orientação para os filhos, o vazio será preenchido por outros: as companhias, a escola, a TV e todo o ambiente que os cerca ao longo de seu desenvolvimento. É muito certo querer que seu filho decida livremente o próprio destino. Mas é preciso ajudá-lo a fazer uma boa escolha. Educar para a liberdade não significa deixar de indicar um caminho para a realização pessoal. Significa apenas que os valores e atitudes não são impostos, mas propostos, à medida que a criança vai-se tornando capaz de tomar verdadeiras decisões. Tenho certeza que a Sra. deseja que seu filho seja honesto, trabalhador, alegre, seu amigo, saudável e assim por diante. São valores que gostaria que se desenvolvessem nele. Certamente toma também medidas para facilitar este desenvolvimento, sem forçá-lo evidentemente. Se a fé cristã tem valor para a Sra., não poderá deixar de desejar transmiti-la a seu filho. Na verdade, para quem crê de verdade, a fé, a relação pessoal com Deus, a adesão a Jesus Cristo e a seu Evangelho, a participação na vida da Igreja, são o que há de mais importante e decisivo na nossa existência. Por isso, a Igreja insiste no batismo das crianças, para não privá-las dessa riqueza. Naturalmente este gesto sacramental será incoerente, se não for acompanhado pela educação cristã. Desde pequena é preciso que a criança se acostume a gostar de Deus, a gostar de rezar e de fazer o bem aos outros, a exemplo de Jesus e de tantos discípulos seus. É claro que estas atitudes não se despertam tanto com palavras, como com o testemunho de vida. Não são tanto as explicações como as experiências significativas que levarão a criança a adotá-las. Mas estes condicionamentos positivos não eliminam a liberdade das escolhas que ela fará no campo religioso e, em geral, no conjunto de sua vida. Servirão, porém, para neutralizar o influxo de muitas outras mensagens, não raro destrutivas, que a bombardearão continuamente. Se ela aprendeu a refletir e a orientar os seus impulsos espontâneos de acordo com a verdade, a justiça e a solidariedade, fará a sua escolha livremente. Esperemos que confirme através da adesão pessoal a Cristo a fé que recebeu no batismo. A oração confiante, que traduz este desejo, é o mais que podem fazer os pais diante do mistério da liberdade dos filhos adultos.
DO LIVRO: 
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE 
EDITORA SANTUÁRIO 
João A. Mac Dowell S.J.

REFLETINDO A PALAVRA - “Teus pecados estão perdoados”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
54 ANOS CONSAGRADO
46 ANOS SACERDOTE
Ele nos cura por dentro.
 
O evangelho de Marcos continua o belo ensinamento sobre Jesus e suas curas. Estas não são somente uma bênção às pessoas, mas um garantia a todos nós do grande bem que nos faz Sua presença. O texto da cura do paralítico inicia-se com a narração de que uma “multidão acorreu ao local onde Ele estava” e “Jesus anunciava-lhes a Palavra” (Mc 2,2). Cumpria a missão para a qual viera do Pai. Jesus é, em sua pessoa, a expressão total da missão. Entra, então, em cena, um paralítico trazido em um leito. Como a multidão impedisse a passagem, os que o traziam subiram ao teto da casa. Havia uma escada por fora e a cobertura, por ser um local sem chuvas, era de fácil remoção. Descem o homem diante de Jesus. Cena de disposição de fé. Com seu olhar espiritual Jesus vê a fé. Ele é o enviado de Deus para a remissão total de cada um. Como só Deus pode dar a remissão dos pecados, os entendidos reagem: “este homem blasfema. Só Deus pode perdoar pecados”. Dizem isso porque Jesus disse “teus pecados te são perdoados”. Jesus lê seus pensamentos que na realidade correspondiam a sua fé. Para mostrar que é Deus, completa: “Para que saibais que o Filho do Homem tem poder de Deus, tem poder de perdoar pecados” - diz ao paralítico - “Eu te ordeno: levanta-te, pega tua cama e vai para tua casa”. Curar é menor do que perdoar. O paralítico levantou-se e, carregando seu leito, saiu diante de todos. O Messias, tem poderes de renovar os corações e os corpos. Jesus dá esse dom à Igreja. “A quem perdoardes os pecados, estes ser-lhes-ão perdoados” (Jo, 20,23). Continuamos a missão de Jesus de promover a remissão total, curar por inteiro e promover a vida feliz e plena. 
Solidariedade na fé 
Jesus afirma que a fé remove montanhas. O texto de Marcos diz “vendo a fé daqueles homens”. Ousaram chegar a Jesus porque nEle se encontra a cura de todos os males. Não há obstáculo ao que crê. Jesus não vê só a fé do paralítico, mas daqueles quatro homens de fé. Sua disposição é total. A resposta de Jesus é total. A solidariedade aumenta a força da fé, dizemos em linguagem humana. A Igreja, quando cada um põe em comum sua opção por Jesus Cristo, pode fazer uma forte investida de evangelização e transformação das realidades sofridas da humanidade. O sacramento da penitência se funda nessa disposição de fé. Sem esta, não realiza a cura do corpo e do espírito. As conseqüências que o pecado deixou em nós só podem ser redimidas em uma fé audaz, corajosa e solidária. Pertencer a uma comunidade é um gesto de fé e não só um gesto social. Ter fé supõe a ousadia dos 4 carregadores e do paralítico. Fé não é um puro sentimento, mas é opção de vida coerente. 
O Evangelho é coerente 
Paulo, na 2ª Coríntios, afirma que sua pregação foi coerente. Não pregou um evangelho titubeante, ora dizendo uma coisa, ora outra. Ele nos garante que Cristo é uma unção, uma marca e uma garantia do Espírito de Deus. Deus prometeu e fez, e continua dando total segurança a quem nEle confia e assume viver o evangelho com coerência. O cristão não pode ser sim e não. Sem firmeza na verdade perdemos toda a fibra; os “pecadores” e os aleijados da vida, não sabem onde buscar a certeza. Compete a nós ter a coragem dos homens que carregavam o paralítico: crer. 
Leituras:Isaias 43,18-19,21-22.24-25;
Salmo 40,
2ª Coríntios 1, 18-22; Marcos 2,1-12. 
Ficha: 1. Enquanto Jesus pregava à multidão que o cercava, quatro homens trazem um paralítico e o introduzem pelo teto para chegar a Jesus. Este diz, vendo a fé dos homens, “Teus pecados estão perdoados”. Os entendidos reagem internamente. Lendo seus pensamentos Jesus Mostra, curando o homem, que tem também o poder de perdoar que é maior do que curar, mesmo sendo mais fácil de dizer. A cura de Jesus é sempre completa, curando o corpo e o coração. Essa missão é confiada a nós. 
2. A atitude de fé dos 4 homens manifesta a solidariedade com a qual devemos viver a fé. A disposição total de fé tem a resposta total de Jesus. Esta é a força da Igreja na sua evangelização. Sem fé profunda, perdemos a força de transformação. 
3. A fé conduz a uma vivência coerente do Evangelho. Jesus era homem da verdade. Vivendo Seu Evangelho com coerência mostramos nossa fé incondicional e transformadora, curando por inteiro nossa vida e a do mundo. 
Homilia do 7º Domingo Comum
EM FEVEREIRO DE 2006

EVANGELHO DO DIA 31 DE MARÇO

Evangelho segundo São João 5,31-47. 
Naquele tempo, Jesus disse aos judeus: «Se Eu der testemunho de Mim mesmo, o meu testemunho não será considerado verdadeiro. É outro que dá testemunho de Mim e Eu sei que o testemunho que Ele dá de Mim é verdadeiro. Vós mandastes emissários a João Batista e ele deu testemunho da verdade. Não é de um homem que Eu recebo testemunho, mas digo-vos isto para que sejais salvos. João era uma lâmpada que ardia e brilhava e vós, por um momento, quisestes alegrar-vos com a sua luz. Mas Eu tenho um testemunho maior que o de João, pois as obras que o Pai Me deu para consumar — as obras que Eu realizo— dão testemunho de que o Pai Me enviou». E o Pai, que Me enviou, também Ele deu testemunho de Mim. Nunca ouvistes a sua voz, nem vistes a sua figura e a sua palavra não habita em vós, porque não acreditais naquele que Ele enviou. Examinais as Escrituras, pensando encontrar nelas a vida eterna; são elas que dão testemunho de Mim e não quereis vir a Mim para encontrar essa vida. Não é dos homens que Eu recebo glória; mas Eu conheço-vos e sei que não tendes em vós o amor de Deus. Vim em nome de meu Pai e não Me recebeis; mas se vier outro em seu próprio nome, recebê-lo-eis. Como podeis acreditar, vós que recebeis glória uns dos outros e não procurais a glória que vem só de Deus? Não penseis que Eu vou acusar-vos ao Pai: o vosso acusador será Moisés, em quem pusestes a vossa esperança. Se acreditásseis em Moisés, acreditaríeis em Mim, pois ele escreveu a meu respeito. Mas se não acreditais nos seus escritos, como haveis de acreditar nas minhas palavras?». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Cirilo de Alexandria
(380-444) 
Bispo, doutor da Igreja 
Comentário sobre o Evangelho de João,III,3 
«Se acreditásseis em Moisés, 
acreditaríeis em Mim, 
pois ele escreveu a meu respeito» 
Moisés disse: «O Senhor, teu Deus, suscitará em teu favor um profeta saído das tuas fileiras, um dos teus irmãos, como eu: é a ele que escutarás» (Dt 18,15). O próprio Moisés explica o que acabou de anunciar: «Foi o que pediste ao Senhor teu Deus no monte Horeb, no dia da assembleia, quando Lhe disseste: "Não quero mais ouvir a voz do Senhor, meu Deus, nem tornar a ver este fogo intenso, pois tenho medo de morrer"» (v. 16). Moisés afirma veementemente que lhe foi então atribuído um papel de mediador, uma vez que a assembleia dos judeus ainda estava incapaz de contemplar as realidades que a excediam: uma visão de Deus extraordinária e aterradora para os olhos, sons de trombeta estranhos e intoleráveis para os ouvidos (cf Ex 19,16). O povo tinha, portanto, a prudência de renunciar ao que excedia as suas forças, e a mediação de Moisés auxiliava a fraqueza dos homens da sua geração: ele estava encarregado de transmitir os mandamentos divinos ao povo reunido. Mas, se procurares descobrir sob este símbolo a realidade prefigurada, compreenderás que ela visa Cristo, «Mediador entre Deus e os homens» (1Tim 2,5): é Ele que, com a sua voz humana, a voz que recebeu quando nasceu para nós de uma mulher, transmite aos corações dóceis a vontade sublime de Deus Pai, que só Ele conhece, enquanto Filho de Deus e Sabedoria de Deus, «perscrutando tudo, mesmo as profundezas de Deus» (1Cor 2,10). Com os nossos olhos de carne, não podíamos atingir a glória inexprimível, pura e nua, daquele que está para lá de tudo – «"o homem não pode ver o meu rosto", disse Deus, "e ficar vivo"» (Ex 33,20). Por isso, o Verbo, o Filho único de Deus, amoldou-Se à nossa fraqueza, revestindo um corpo humano segundo o desígnio redentor, para nos revelar a vontade de Deus Pai, como Ele próprio disse: «Tudo o que ouvi de meu Pai, vo-lo dei a conhecer» (Jo 15,15), e ainda: «Não falei por Mim mesmo; foi o Pai, que Me enviou, que determinou o que devo dizer e anunciar» (Jo 12,49).

31 de março - Beato Boaventura de Forli

Boaventura nasceu em Forlì em 1410 e jovem sentiu o chamado à vida religiosa, grande devoto de Nossa Senhora, entrou no convento dos Servos de Maria de sua cidade. Seus talentos intelectuais eram notáveis ​​e em 1448 ele foi enviado para Veneza para continuar seus estudos. Por seis anos foi a ocupação principal, conquistando o título de mestre em teologia. "Pequeno e magro e abatido, mas muito eloquente da ciência", nos conta uma crônica antiga, ele começou então uma atividade extraordinária como pregador inspirado no apóstolo Paulo. Nas várias cidades ele reuniu uma vasta audiência, recomendando a participação frequente nos sacramentos e caridade para com os doentes e necessitados.

Beata Natalia Tulasiewicz

A fome de santidade e beleza e o perdão libertador, sintetizam a vida desta polonesa corajosa, filosofa, pesquisadora, contadora de histórias, que renunciou a um casamento e deu a sua vida a Cristo na câmara de gás. Quis defender os pilares que acompanhavam a sua vida, acompanhando os mais frágeis e necessitados. Natalia Tulasiewicz nasceu na região de Rzeszów na Polônia em 9 de abril de 1906. Cresceu em um ambiente familiar católico e não perde os valores aprendidos no lar quando se instala na cidade de Poznan, para exercer a função de professora leiga. Pelo contrário, Natalia entendeu que a vida e a fé caminham lado a lado e que a santidade pode ser vivida no cotidiano. Natalia se une ao grande movimento de apostolado laico convertendo-se em uma entusiasta animadora.

Beata Joana de Toulouse, Carmelita - 31 de março

Poucos elementos biográficos são conhecidos com certeza sobre Joana de Toulouse. Sua data de nascimento parece desconhecida, sua data de morte varia de fonte para fonte. Existem erros de impressão e/ou confusões em determinados sites que contêm biografias curtas. Para aumentar a confusão, em Toulouse, nesse período do século XIII, várias mulheres adotaram o mesmo nome de Joana de Toulouse. Uma tradição indica que após a fundação de um mosteiro carmelita em Toulouse em 1240, Joana descobriu a espiritualidade carmelita.

São Guido

Guido nasceu na segunda metade do século X, em Casamare, perto de Ravena, Itália. Após concluir seus estudos acadêmicos na cidade natal, mudou-se para Roma, onde recebeu o hábito de monge beneditino e retirou-se à solidão. Sob a direção espiritual de Martinho, também ele um monge eremita e depois canonizado pela Igreja, viveu observando fielmente as Regras de sua ordem, tornando-se um exemplo de disciplina e dedicação à caridade, à oração e à contemplação. Três anos depois, seu diretor o enviou ao mosteiro de Pomposa. Embora desejasse afastar-se do mundo, seu trabalho como musicista era necessário para a comunidade cristã. No convento a história se repetiu. Era um modelo tão perfeito de virtudes, que foi eleito abade por seus irmãos de congregação. Sua fama espalhou-se de tal forma, que seu pai e irmãos acabaram por toma-lo como diretor espiritual e se tornaram religiosos.

São Benjamim-Jovem mártir [394–424]

O santo torturado com farpas embaixo das unhas
Nasceu no ano de 394 na Pérsia e, ao ser evangelizado, começou a participar da Igreja ao ponto de descobrir sua vocação ao diaconato. Serviu a Palavra e aos irmãos na caridade, chamando a atenção de muitos para Cristo. Chegou a ser preso por um ano, sofrendo, e se renunciasse ao nome de Jesus, seria solto. Porém, mesmo na dor, na solidão e na injustiça, ele uniu-se ainda mais ao Cristo crucificado. Foi solto com a ordem de não falar mais de Jesus para ninguém, o que era impossível, pois sua vida e seu serviço evangelizavam. Benjamim foi canal para que muitos cegos voltassem a ver, muitos leprosos fossem curados e assim muitos corações duvidosos se abriram a Deus. Foi novamente preso, levado a público e torturado para que renunciasse à fé. Perguntou então ao rei, se gostaria que algum de seus súditos fosse desleal a ele. Obviamente que o rei disse que não. E assim o diácono disse que assim também ele, não poderia renunciar à sua fé, a seu Rei, Jesus Cristo. E por não renunciar a Jesus, foi martirizado. Isso no ano de 422. A minha oração “Senhor Jesus, aos 30 anos Benjamim teve a coragem de sofrer e morrer por Ti. Dá-me essa graça, se preciso for. Amém.”
São Benjamim, rogai por nós!

Santo Amós

Entre os grandes profetas de Deus, Amós foi o primeiro a deixar suas mensagens por escrito, encabeçando uma lista onde se sucedem: Oséias, Isaías, Jeremias e outros. Com o desenvolvimento e a popularização da escrita se desenrolando em toda a cultura mundial, no século VIII a.C., as profecias passaram a ser registradas e distribuídas com maior rapidez e eficiência do que com o método oral, expandindo a comunicação da palavra do Criador. Profetas são pessoas com os pés no chão, profundamente conhecedoras da vida de seu povo e de sua realidade. Conhecem e vivem a realidade, mas são extremamente sensíveis a Deus. Por isso são escolhidos e se tornam anunciadores da vontade de Deus para aquele momento histórico. E por isso denunciam tudo aquilo que fere a vontade de Deus.

BALBINA DE ROMA Virgem, Mártir, Santa (século II)

Apesar de poucas certezas sobre a vida de Santa Balbina, seu nome é venerado em uma antiquíssima igreja na via Ápia, nas proximidades de Roma. Também temos um cemitério que leva seu nome, supostamente o local onde Balbina foi enterrada. É venerada como mártir, mas destaca-se sua consagração a Deus pela virgindade e sua perseverança de servir ao Cristo. Diz-se a história que Balbina, filha do militar Quirino, foi curada milagrosamente, pelo papa e mártir são Adriano, que estava na prisão. Este fato levou a família de Balbina à conversão e todos foram baptizados. Balbina, por sua vez, ofereceu a Deus virgindade perpétua. Seu pai, Quirino, também recebeu a coroa do martírio. Sua vida era muito representada no teatro medieval, o que causa certa confusão histórica, uma vez que a arte mistura muito realidade e ficção. Mas é pelo teatro que ficamos sabendo do martírio de Balbina e de sua consagração.

ACÁCIO AGATANGELO Bispo de Antioquia, Santo † 250

Santo Acácio, cognominado Agatângelo, isto é, bom Anjo, viveu como bispo de Antioquia quando Décio era imperador romano. Em Antioquia existiam muitos Marcionitas, que abandonaram a religião, quando os católicos guiados pelo bispo, ficaram firmes na fé. O próprio bispo, por motivos de religião, foi citado perante o tribunal de Marciano. Este lhe disse: "Tens a felicidade de viver sob a proteção das leis romanas. Convém, pois, que honres e veneres nossos príncipes, nossos defensores". Acácio respondeu-lhe: "Quem poderá ter nisso mais interesse que os cristãos, e por quem o imperador é mais amado, senão por eles? É a nossa oração constante, que tenha longa vida aqui no mundo, governe com justiça os povos e lhe seja conservada a paz; nós rezamos pela salvação dos soldados e de todas as classes do império".

AS SETE DORES DE MARIA

Maria Santíssima sofreu a vida toda por causa do seu filho Jesus, vindo ao mundo para nos salvar.Esta devoção é celebrada principalmente no sábado santo: 
1-A PROFECIA DE SIMEÃO 
2- A FUGA PARA O EGITO 
3- A PERDA DE JESUS EM JERUSALÉM 
4- ENCONTRO NO CAMINHO DO CALVÁRIO 
5- MARIA AOS PÉS DA CRUZ 
6- JESUS MORTO EM SEUS BRAÇOS. 
7- NO SEPULTAMENTO DE JESUS.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 31 DE MARÇO

Oração da manhã para todos os dias
 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém.
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
31 – Quinta-feira – Santos: Balbina, Benjamim, Cornélia
Evangelho (Jo 5,31-47)“Não quereis vir a mim para ter a vida eterna! ...eu sei que não tendes em vós o amor de Deus. Eu vim em nome do meu Pai, e vós não me recebeis.”
São terríveis essas palavras de Jesus para aqueles que não ouvem seu convite nem aceitam sua oferta de uma vida nova. Elas deixam bem claro queacreditar ou não em sua palavra é uma questão de amor. Se não aceitamos o amor que o Pai nos oferece, se não nos deixamos levar pelo amor que ele semeia em nosso coração, não temos saída nem esperança, nunca aceitaremos a salvação.
Oração
Senhor, conquistai meu coração; aceito vosso amor, e peço que aumentais meu amor por vós. Creio que me amais como nenhum pai, mãe alguma jamais foi capaz de amar. Quero deixar-me guiar sempre por vosso amor, colocando-vos em primeiro lugar em minha vida. Se vos amar, tudo se tornará claro em minha vida, tudo terá sentido. Serei feliz sejam quais forem as circunstâncias. Amém.

quarta-feira, 30 de março de 2022

RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE! BATISMO - III

Pe. João A. Mac Dowell S.J. 
É verdade que as crianças que morrem sem batismo estão perdidas para sempre? 
O batismo é normalmente necessário para a salvação. O próprio Jesus o afirma: "Se alguém não nascer da água e do Espírito, não poderá entrar no Reino de Deus" (Jo 3,5). Ele também ordenou a seus discípulos que batizassem todas as nações em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (Mt 28,19). Deus ligou a salvação ao sacramento do batismo. Este rito é o sinal visível e eficaz da libertação do pecado e da incorporação no novo povo de Deus. Por ele nos tornamos membros do Corpo espiritual de Cristo, que é a Igreja. Mas Jesus também deixou claro que o amor de Deus se estende a todas as pessoas, mesmo às que nunca receberam o anúncio do Evangelho e não puderam entrar na Igreja: "o vosso Pai que está nos céus - disse ele - não quer que se perca nem um só destes pequeninos" (Mt 18,14). Deus mesmo não está ligado aos sacramentos que instituíu. Ele pode agir por outras vias para comunicar a sua graça e salvar as suas criaturas. Por isso o batismo só é necessário para a salvação das pessoas que têm a possibilidade de o receber. Quem sem própria culpa não foi batizado poderá ser salvo por Deus de outras maneiras. Não sabemos como ele desperta nas crianças que morrem sem batismo a fé e o amor, necessários para gozar da felicidade eterna na sua companhia. Mas, confiados na palavra de Jesus, temos certeza que ele quer a salvação de toda a família humana. Esperamos, por isso, que na sua misericórdia oferecerá também a estes inocentes a oportunidade de acolher o dom de seu amor. Esta esperança na salvação das crianças mortas sem batismo não deve levar-nos a descuidar o batismo dos próprios filhos. Quando os pais são católicos, sempre que há suficiente garantia de que receberá uma educação cristã, a criança deve ser batizada quanto antes. Mas o batismo não deve também ser encarado supersticiosamente como um rito mágico, para livrar a criança de qualquer doença, desgraça ou perigo. Nem é por causa do medo de que morrendo sem batismo se percam para sempre, que os pais cristãos devem batizar os filhos. Mas porque creem que pelo batismo eles renascem para a vida nova de filhos de Deus. A sua fé que estimam e por isso desejam transmitir-lhes é o verdadeiro motivo de sua decisão de batizá-los. 
DO LIVRO: 
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE 
EDITORA SANTUÁRIO 
João A. Mac Dowell S.J.

REFLETINDO A PALAVRA - “Filhos de Deus”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA CSsR.
54 ANOS CONSAGRADO
46 ANOS SACERDOTE
Filho amado
 
 No batismo de Jesus contemplamos a magnífica cena em que os céus se abrirem e o Espírito Santo, como uma pomba, desce sobre Ele e uma voz que vem do céu proclama: “Tu és meu Filho amado, em ti encontro toda minha alegria” (Mc 1,10-11). Jesus é o Filho amado. João diz que são filhos também os que acolheram a vinda de Jesus: “A todos que O acolheram, deu-lhes o poder de serem chamados filhos de Deus” (Jo 1,12). Somos filhos no Filho porque, sendo Seus irmãos, assumidos, não somente como somente adotivos, mas assumidos porque somos irmãos de Cristo que assumiu nossa humanidade e nos deu a ter Sua vida por participação. Pelo Batismo somos enxertados em Cristo e passamos a ter a vida que O anima. Esta vida que é também a do Pai, nos faz filhos de Deus. Viver a espiritualidade cristã é viver como filho. Viver como filho é receber do Pai o mesmo amor que recebe o Filho, pois o Pai diz: “Este é meu Filho amado”. Refere-se também a nós. Somos também filhos amados do Pai. O amor do Pai é eterno pois assim Ele diz: “Com amor eterno eu te amei e te chamei pelo nome (Is Is 431). Somos conhecidos pessoalmente. Ele escreveu nosso nome na palma de Sua mão (Is 49,16). Como uma mãe para a qual cada filho é o único, também Deus se ocupa de nós com totalidade, como únicos. A filiação entra em nossa espiritualidade como a capacidade de acolher essa paternidade de Deus e corresponder como filhos que amam um Pai amado. Ele tem por nós uma preocupação de Mãe. “Pode uma mulher esquecer-se de seu filho de peito, de maneira que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse, eu, todavia, não me esquecerei de ti” (Is 49,15). João Paulo I disse que Deus é Mãe. 
Herança preciosa 
Temos uma herança preciosa pelo fato de sermos filhos. Jesus reza na última ceia: “Pai, aqueles que Me destes, quero que, onde eu estou também eles estejam comigo” (Jo 17,24). A grande herança é nossa união com o Filho Jesus, porque o que é dEle é também nosso. Paulo reza para que o “Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória [...] que Ele ilumine os olhos de vosso coração, para saberdes qual é esperança que seu chamado encerra, qual é a riqueza da glória da Sua herança entre os santos e qual é a grandeza do Seu poder para nós que cremos” (Ef 1,17-19). Tudo o que é do Filho nos é concedido. Temos o penhor do Espírito Santo. A garantia de Deus é o próprio Deus, em Seu Espírito. Jesus disse: “vou preparar-vos um lugar, para que onde Eu estiver, estejais vós também” (Jo 14,2). Mas a herança preciosa é estar com Jesus no Pai. “De modo que não és escravo, mas filho E se és filhos és também herdeiro, graças a Deus” (Gl 4,7). 
Pai solícito 
O Antigo Testamento não gozou da alegria de ter um Deus como Pai amoroso. Podemos dizer Abba, Pai. O Deus do castigo agora é o Deus colinho, isto é, o pai do filho perdido e achado, da ovelha perdida, procurada e carregada ao ombro, do que se comove diante de um sofrimento, chora a morte de um amigo, se emociona ao ver a dor de uma viúva, abraça as crianças e, sobretudo ensina a acolher deu amor de Pai. O maior dom é dar-nos o mesmo Espírito que tem o Filho. “E porque somos filhos, enviou aos nossos corações o mesmo Espírito de Seu Filho que clama Abba, Pai” (Gl 4,6). A espiritualidade batismal vai levar-nos a viver a filiação divina como vivemos nossa filiação humana, e com maiores vantagens. Deve levar-nos a viver como filhos queridos no coração e atitudes.

EVANGELHO DO DIA 30 DE MARÇO

Evangelho segundo São João 5,17-30. 
Naquele tempo, disse Jesus aos judeus: «Meu Pai trabalha incessantemente e Eu também trabalho em todo o tempo». Esta afirmação era mais um motivo para os judeus quererem dar-Lhe a morte: não só por violar o sábado, mas também por chamar a Deus seu Pai, fazendo-Se igual a Deus. Então Jesus tomou a palavra e disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: o Filho nada pode fazer por Si próprio, mas só aquilo que viu fazer ao Pai; e tudo o que o Pai faz também o Filho o faz igualmente. Porque o Pai ama o Filho e Lhe manifesta tudo quanto faz; e há de manifestar-Lhe coisas maiores que estas, de modo que ficareis admirados. Assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida, assim o Filho dá vida a quem Ele quer. O Pai não julga ninguém: entregou ao Filho o poder de tudo julgar, para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que O enviou. Em verdade, em verdade, vos digo: quem ouve a minha palavra e acredita naquele que Me enviou tem a vida eterna e não será condenado, porque passou da morte à vida. Em verdade, em verdade, vos digo: aproxima-se a hora -- e já chegou -- em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem, viverão. Assim como o Pai tem a vida em Si mesmo, assim também concedeu ao Filho que tivesse a vida em Si mesmo; e deu-Lhe o poder de julgar, porque é o Filho do homem. Não vos admireis do que estou a dizer, porque vai chegar a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. Os que tiverem praticado boas obras irão para a ressurreição dos vivos e os que tiverem praticado o mal para a ressurreição dos condenados. Eu não posso fazer nada por Mim próprio; julgo segundo o que ouço e o meu juízo é justo, porque não procuro fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que Me enviou». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Odes de Salomão 
(texto cristão hebraico do início 
do século II) N.º 42 
«Os mortos ouvirão a voz 
do Filho de Deus» 
Fala Cristo: Os que não Me reconheceram não beneficiaram; Eu estava oculto aos que não Me possuíam. Estou perto dos que Me amam. Todos os meus perseguidores morreram; os que Me sabiam vivo procuraram-Me. Ressuscitei, estou com eles, Falo pela sua boca. Eles repeliram os que os perseguem; sobre eles lancei o jugo do meu amor. Como o braço do noivo sobre a sua noiva (cf Cant 2,6), assim é o meu jugo sobre os que Me conhecem. Tal como a tenda dos esponsais se ergue em casa do noivo, o meu amor protege os que creem em Mim. Não fui amaldiçoado, mesmo que assim tenha parecido. Não pereci, embora assim o tivessem imaginado. A mansão dos mortos viu-Me e foi vencida. A morte deixou-Me partir e a muitos comigo. Fui para ela fel e vinagre, desci com ela à sua mansão, até ao mais fundo. A morte deixou-Me, não conseguiu suportar o meu rosto. Tive entre os seus mortos uma assembleia de vivos (cf 1Ped 3,19; 4,6). Falei-lhes com lábios vivos, de forma que a minha palavra nunca foi vã. Os que estavam mortos correram para Mim; e, gritando, disseram: «Tem piedade de nós, Filho de Deus, age conosco segundo a tua graça. Faz-nos sair das cadeias das trevas, abre-nos a porta, para sairmos para Ti. Vemos que a nossa morte não se aproximou de Ti. Sejamos nós também libertos contigo, pois Tu és o nosso Salvador.» Eu escutei a sua voz e recolhi a sua fé no meu coração. Nas suas frontes escrevi o meu nome (cf Ap 14,1); eles são livres e pertencem-Me.

Santa Irene VIRGEM (SÉC. IX)

Santa Iria ou Irene é uma mártir lendária da cidade de Nabância (próxima da moderna Tomar). Nascida de uma rica família de Nabância, Iria recebeu educação esmerada e professou num mosteiro de monjas beneditinas, o qual era governado pelo seu tio, o Abade Sélio. Devido à sua beleza e inteligência, Iria cedo congregou a afeição das religiosas e das pessoas da terra, sobretudo dos jovens e dos fidalgos, que disputavam entre si as virtudes de Iria. Entre estes adolescentes contava-se Britaldo, herdeiro daquele senhorio, que alimentou por Iria doentia paixão. Iria, contudo, recusava as suas investidas amorosas, antes afirmando a sua eterna devoção a Deus. Dos amores de Britaldo teve conhecimento Remígio, um monge director espiritual de Iria, ao qual também a beleza da donzela não passara despercebida. Ardendo de ciúmes, o monge deu a Iria uma tisana embruxada, que logo fez surgir no corpo sinais de prenhez. Por causa disso foi expulsa do convento, recolhendo-se junto do rio para orar. Aí, foi assassinada à traição por um servo de Britaldo, a quem tinham chegado os rumores destes eventos. Lançado ao rio, o corpo da mártir ficou depositado entre as areias do Teja, aí permanecendo, incorruptível, através dos tempos.

30 de março - São Pedro Regalado de Valladolid

Pedro Regalado nasceu em Valladolid, na Espanha em 1390, em uma nobre família judia. Aos nove anos seu pai morreu. A mãe o educou piedosamente. Muito jovem ingressou na Ordem dos Frades Menores e logo se distinguiu por sua piedade, mortificação e pobreza, bem como pelo amor de silêncio e solidão. Começava na Espanha a Reforma franciscana buscando o florescimento da primitiva austeridade de vida religiosa. Ele não tinha outra ambição senão a de levar uma vida de oração e penitência e considerava as visitas de sua mãe apenas uma distração desnecessária. Regalado foi conquistada pelos ideais de Pedro de Villacreces, que se empenhou na restauração da observância original do Regra franciscana, na Península Ibérica. A partir de 1404 seguiu com Pedro de Villacreces para a ermida de Auguille, onde encontrou a tão desejada solidão, pobreza e clima de oração.

30 de março - São Júlio Álvarez Mendoza

A Igreja no México regozija-se ao contar com estes intercessores no céu, modelos de caridade suprema, no seguimento das pegadas de Jesus Cristo. Todos eles entregaram a própria vida a Deus e aos irmãos, através do martírio ou pelo caminho da oferenda generosa ao serviço dos necessitados. A firmeza da sua fé e esperança sustentou-os nas várias provações a que foram submetidos. É uma herança preciosa, fruto da fé arraigada em terras mexicanas que, nos alvores do terceiro milénio do Cristianismo, deve ser conservada e revitalizada para continuardes a ser fiéis a Cristo e à sua Igreja, como fostes no passado. 
Papa João Paulo II – Homilia de Canonização
21 de maio de 2000

BEATO AMADEU IX DE SAVÓIA

Por razões de Estado, Amadeus já sabia, desde criança, com quem se casaria. No entanto, o casamento de Amadeus IX de Savóia com Iolanda de Valois foi muito especial. Eram animados por uma grande fé, seja nas suas funções de governo, assumidas com sabedoria, seja com os pobres. Faleceu em 1472.

Aparição de São José em Cotignac, França - 7 de junho de 1660

 “EU SOU JOSÉ: LEVANTA ESTA ROCHA E TU BEBERÁS”

Conheça a história da única vez que São José apareceu sozinho e da única aparição do Santo reconhecida pela Igreja
      No dia 21 de fevereiro de 1660, o Rei Luís XIV viajava em direção a Saint Jean de Luz (confins com a Espanha), cidade onde, no dia 9 de junho, se uniria em matrimônio a Marie-Thérèse, infanta da Espanha. No caminho, fez uma parada em Cotignac, para testemunhar seu reconhecimento a Nossa Senhora das Graças, a quem devia o seu milagroso nascimento.
     No dia 7 de junho, após o encontro com os reis da França e da Espanha, na fronteira comum, Marie-Thérèse foi acolhida com honras, na França, aonde chegava para desposar Luís XIV, como previa o Tratado dos Pirineus, restabelecendo assim a paz entre os dois países assim como no interior da própria França.

São Segundo de Asti

Segundo era um soldado pagão, filho de nobres, nascido em Asti, norte da Itália, no final do século I e profundo admirador dos mártires cristãos, que o intrigavam pelo heroísmo e pela fé em Cristo. Chegava a visitá-los nos cárceres de Asti, conversando muito com todos, quantos pudesse. Consta dos registros da Igreja, que foi assim que tomou conhecimento da Palavra de Cristo, aprendendo especialmente com o mártir Calógero de Bréscia, com o qual se identificou, procurando-o para conversar inúmeras vezes. Além disso, Segundo era muito amigo do prefeito de Asti, Saprício, e com ele viajou para Tortona, onde corria o processo do bispo Marciano, o primeiro daquela diocese.

São Constantino

Era pagão, converteu-se ao Cristianismo e assumiu seriamente o chamado à santidade Rei de uma região da Inglaterra, casou-se, mas não assumiu seriamente esta aliança, tanto que deixou a esposa para se dedicar às guerras militares. Nesta aventura de poder e fama, ele – como São Paulo – ‘caiu do cavalo’. Era pagão, converteu-se ao Cristianismo e assumiu seriamente o chamado à santidade. Entrou para um mosteiro irlandês e descobriu seu chamado ao sacerdócio. Junto com outro santo, percorreu muitas regiões da Inglaterra anunciando o nome de Jesus, que tem o poder de nos dar a vitória sobre o ‘homem velho’. Constantino foi martirizado no ano de 598, atacado por pagãos duros de coração ante o Evangelho. 
São Constantino, rogai por nós!

Santos Jonas e Barachiso

A narrativa do martírio sofrido pelos irmãos cristãos, Jonas e Barachiso, persas da cidade de Beth-Asa, em 327, é uma das páginas mais violentas do sofrimento católico. Entretanto, a descrição das torturas infligidas aos irmãos foi registrada por um pagão, o comandante da cavalaria do mandante imperador sanguinário. Além do martírio, pouco se sabe da vida deles, bem como suas origens. A biografia conhecida dos dois, começa quando visitaram cristãos encarcerados na cidade de Hubahan. A Igreja da Pérsia sofria na época uma das mais cruéis perseguições de que se tem notícia, decretada e comandada pelo imperador Sapor. Jonas e Barachiso resolveram enfrentar os perigos para consolar os cristãos que, dias depois, seriam martirizados.

JOÃO CLÍMACO Abade, Padre do deserto 525-605

São João Clímaco é o autor da “Escada Celestial”. Ele foi para o Monte Sinai quando era um jovem de dezasseis anos e permaneceu lá, primeiro como um postulante em obediência, depois como recluso, e finalmente como abade do Sinai até aos oitenta anos. Ele faleceu por volta do ano 605. Seu biógrafo, o monge Daniel, diz a respeito dele: “Seu corpo ascendeu às alturas do Sinai, enquanto sua alma ascendeu às alturas celestiais.” João permaneceu em obediência a seu pai espiritual, Martírio, durante dezanove anos. Observando o jovem João, Anastácio do Sinai profetizou que ele se tornaria o abade do Sinai. Após a morte de seu pai espiritual, João se afastou para uma caverna, onde viveu uma difícil vida de ascetismo durante vinte anos.

LEONARDO MURIALDO Sacerdote salesiano, Fundador, Santo 1828-1900

Leonardo Murialdo nasce em Turim no ano de 1828, oitavo filho de uma família rica. Órfão de pai com apenas quatro anos, recebe, contudo uma ótima educação cristã no colégio dos Escolápios de Savona. Na juventude, atravessa uma profunda crise espiritual que o levará à conversão e à descoberta da vocação sacerdotal. Inicia em Turim os estudos filosóficos e teológicos. Começa a trabalhar, nesses anos, no oratório do Anjo da Guarda, dirigido pelo primo, o teólogo Roberto Murialdo. Graças a essa colaboração toca com as mãos as problemáticas da juventude de Turim: meninos de rua, encarcerados, limpadores de chaminés, serventes de bar. Em 1851 é ordenado sacerdote. Começa a trabalhar em estreito contato também com o Padre Cafasso e com Dom Bosco, e deste último aceita a direção do Oratório São Luís.

LUDOVICO DE CASORIA Franciscano, Fundador, Santo (1814-1885)

Ludovico de Casoria (no século: Arcangelo Palmentieri) nasceu em Casoria (Nápoles, Itália) em 11 de março de 1814. Com o nome de Luís, vestiu o hábito franciscano em 1832. Foi ordenado sacerdote em 1837, e consagrado para estudar e ensinar. Em 1847, após uma profunda experiência mística, que definiu como "banho", dedicou-se totalmente ao serviço dos últimos. As suas atenções centraram-se inicialmente nos religiosos enfermos, para os quais instituiu a enfermaria de "La Palma". Em 1854 lançou a “Obra dos Moritos” para o resgate e formação cristã das crianças africanas vendidas como escravas, com o desejo de despertar vocações missionárias para aquele continente, segundo o lema “A África converterá a África”. Projecto semelhante que concebeu para as negras, confiado aos cuidados das irmãs estigmatinas.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE MARÇO

Oração da manhã para todos os dias
 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém.
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Quarta-feira – Santos: Régulo, Donino, João Clímaco
Evangelho (Jo 5,17-30)“Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, possui a vida eterna. Não será condenado, pois já passou da morte para a vida.”
Segundo o testemunho de João, Jesus fazia-se igual ao Pai. Ele não se apresentava como simples profeta, mas dizia que era Deus. Se cremos na divindade de Jesus, então suas palavras têm para nós um valor absoluto e divino. Não apenas nos promete salvação, mas desde já nos dá a vida eterna, a que dura para sempre. Se acreditamos nele, estamos salvos do poder do mal e da morte.
Oração
Senhor Jesus Cristo, acredito que vós sois o Filho de Deus, igual ao Pai em poder e divindade. Mas creio também que sois homem como nós, conhecedor de nossas fraquezas e de nossas esperanças. Tomai conta de mim, transformai-me interiormente, fazendo-me participante da vida da Trindade. Aumentai minha fé, fortalecei minha esperança, ampliai minha capacidade de amar. Amém.

terça-feira, 29 de março de 2022

RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE - BATISMO-II - PADRE JOÃO

Pe. João A. Mac Dowell S.J. 
Se o batismo é tão importante, porque a Igreja se nega a batizar uma criança, quando seus pais e padrinhos não são praticantes ou não freqüentam o curso de preparação? 
O batismo está sempre ligado à fé. "Crê no Senhor e serás salvo, tu e a tua casa", declara Paulo ao seu carcereiro em Filipos. "E logo ele recebeu o batismo com todos os seus" (At 16,31.33). Sem a fé do próprio candidato ou, no caso de crianças, dos que as apresentam e se responsabilizam por sua educação cristã, a Igreja não pode conferir o batismo. De fato, o batismo é precedido sempre pela profissão de fé: o batizando ou seus pais e padrinhos respondem três vezes "creio". Mas crer em Jesus Cristo significa estar convencido de que seu caminho é verdadeiro e querer segui-lo. É preciso, portanto, saber quem ele é o que ele nos propõe no Evangelho. É preciso também estar disposto a participar da Igreja, a comunidade onde o Evangelho é anunciado e acolhido com fé. Esta é a razão das promessas do batismo. Se elas não são levadas a sério o efeito do batismo fica prejudicado. Deus planta a semente da fé no coração da criança. Mas se ninguém rega, ninguém cultiva, a planta morre sem dar fruto. O batismo é o início dum caminho: o caminho pelo qual se chega à vida eterna seguindo Jesus Cristo e observando os seus mandamentos. Mas a criança batizada ainda não pode andar sozinha; ela precisa ser conduzida pela mão de quem já está no mesmo caminho da vida cristã. O batismo é a porta da Igreja. Não adianta abrir a porta, se o batizado não fica dentro, não pisa mais na igreja. Ele precisa crescer num ambiente de fé, para absorver espontaneamente o Espírito de Jesus. Por isso, a Igreja exige que os responsáveis pela educação da criança estejam conscientes dos seus deveres para com Deus e a comunidade e decididos a cumpri-los. Quem já tem estas atitudes, não precisaria fazer a preparação. Mas muitas vezes os pais querem batizar os filhos só por costume, sem nenhum compromisso nem compreensão do seu valor. O curso de preparação serve então para evitar que o batizado se transforme numa mera cerimônia exterior, sem sentido: uma mentira. É verdade que a criança não tem culpa se seus pais não cumprem as condições exigidas pela Igreja. Mas negar-lhe o batismo nesse caso não é nenhuma injustiça, nem castigo. Ela não ganharia nada sendo batizada assim. Sem o apoio devido, a fé não pode vingar. Por isso, nesse caso, é melhor que, quando crescer, peça livremente o batismo, depois de ter compreendido seu sentido e exigências. Se morrer antes, não está fatalmente condenada, como pensam alguns. A bondade de Deus encontra outros modos de salvar os seus filhos. 
DO LIVRO: RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE
EDITORA SANTUÁRIO 
João A. Mac Dowell S.J.

REFLETINDO A PALAVRA - “Se queres, podes curar-me”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
54 ANOS CONSAGRADO
46 ANOS SACERDOTE
Impuro!Impuro!
 
Movido pelo Espírito, Jesus continua Seu caminho de anúncio e curas. No Evangelho do 6º domingo comum lemos a cura do leproso. Os doentes de lepra sempre foram causa de tanto medo. A Bíblia traz, no livro do Levítico, uma série de normas com as quais quer proteger do contágio. O leproso era, comprovada a lepra pelo sacerdote do templo, declarado impuro. Devia viver fora da comunidade e não podia participar do culto. Só poderia voltar ao convívio social e religioso depois de curado e comprovada sua cura pelo sacerdote. Jesus é abordado pelo leproso que lhe pede a cura dizendo “se queres, tens poder de curar-me”. “Jesus, cheio de compaixão, estende a mão, toca-o e diz: ‘Quero, fica durado’” (Mc 4,41). Quem tocava um leproso também ficava impuro. Jesus se põe como excluído para que o leproso seja reintegrado também ritualmente (“vai mostrar-te ao sacerdote, lhe diz Jesus”). A impureza externa exclui. Jesus reintegra. O salmo 31, belíssimo salmo penitencial, mostra a impureza interior fruto do pecado. Este pecado, uma vez revelado a Deus, reintegra na intimidade com Deus e com a comunidade que celebra. Como a lepra corrói a carne, o pecado corrói o coração. Se por um lado o cuidado com a saúde de toda a comunidade exige que se evite o contágio, por outro lado, a misericórdia de Jesus, vivida na comunidade, não exclui ninguém a nenhum título. Podemos curar a todos. Quando temos compaixão dos excluídos social e espiritualmente, há o milagre da cura das impurezas. A Igreja é de portas abertas para todos. Não exclui ninguém. Se o faz, ela se torna pecadora.
Entranhas de misericórdia 
Jesus, cheio de compaixão, tocou o leproso e disse: “Eu quero, fica curado”! A palavra compaixão indica o movimento do amor interno nas entranhas maternas. Esta palavra em hebraico – rahamin – é reservada a Deus que ama e se comove, como uma mãe amorosa, pelos Seus filhos. A compaixão de Jesus fá-lo passar para o lado do leproso e fazer-se um com ele, colocando-se fora da sociedade e da assembleia, porque o tocou. Essa compaixão é a santidade de Deus que toca a miséria. Não se contamina, mas cura. Jesus, sem pensar em si, pensa na pessoa do leproso. A Igreja, enquanto não passar para o lado do que sofre, radicalmente, ela não evangeliza. O povo não se afastou de Jesus, pois todos vinham procurá-lo. Os cristãos “puros” e “corretos” criticam fortemente as pessoas que se “sujam” passando para o lado dos pobres e necessitados.. Perde-se a energia apostólica se não os procuramos. Sempre há razões que justificam não procurá-los. Com as entranhas de misericórdia, seguimos o caminho de Jesus 
Procuro agradar a todos 
As entranhas de compaixão existem em quem busca servir a Deus e aos outros. Paulo escreve: “Quer comais quer bebais, quer façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus”. Tudo para agradar a Deus. O apóstolo completa: “Fazei como eu: que procuro agradar a todos, em tudo, não buscando o que é vantajoso para mim, mas o que é vantajoso para todos, a fim de que sejam salvos”. Quem não gosta de uma pessoa assim? Sempre é possível achar um jeito de agradar. Se todos querem agradar a todos, o que se precisa mais? “Carregai os fardos uns dos outros e cumprireis toda a lei” 
Leituras: Levítico 13,1-2.44-46; Salmo 31;
 1 Coríntios 10,31-11,1; Marcos 1,40-45. 
Ficha: 1. Nesse domingo lemos o texto da cura do leproso. O livro do Levítico traz as leis sobre a lepra. A pessoa que tem a doença é excluída da comunidade. Quem a toca é impuro também. Jesus, cheio de misericórdia, toca o leproso que lhe implora a cura e o reintegra na comunidade social e religiosa. O salmo penitencial mostra a impureza interior, causada pelo pecado, semelhante à lepra. A abertura a Deus e a misericórdia reintegram a pessoa e não exclui ninguém.
2. Jesus, cheio de misericórdia tocou o leproso e disse: “Eu quero, fica curado”! A palavra compaixão indica o movimento interno nas entranhas maternas. É uma palavra reservada a Deus. A compaixão de Jesus fá-lo passar para o lado do leproso colocando-se fora a sociedade e da assembleia. Essa compaixão é a santidade de Deus que toca a miséria e a cura. A Igreja, enquanto não passar para o lado dos necessitados, não tem crédito e não evangeliza. 
3. Paulo explica as entranhas de misericórdia com as palavras agradar a todos e a Deus, como ele próprio o fazia. Se todos agradam a todos, o que se precisa mais?

EVANGELHO DO DIA 29 DE MARÇO

Evangelho segundo São João 5,1-16. 
Naquele tempo, por ocasião de uma festa dos judeus, Jesus subiu a Jerusalém. Existe em Jerusalém, junto à porta das ovelhas, uma piscina, chamada, em hebraico, Betsatá, que tem cinco pórticos. Ali jazia um grande número de enfermos, cegos, coxos e paralíticos. Estava ali também um homem, enfermo havia trinta e oito anos. Ao vê-lo deitado, e sabendo que estava assim há muito tempo, Jesus perguntou-lhe: «Queres ser curado?». O enfermo respondeu-Lhe: «Senhor, não tenho ninguém que me introduza na piscina quando a água é agitada; enquanto eu vou, outro desce antes de mim». Disse-lhe Jesus: «Levanta-te, toma a tua enxerga e anda». No mesmo instante, o homem ficou são, tomou a sua enxerga e começou a caminhar. Ora, aquele dia era sábado. Diziam os judeus àquele que tinha sido curado: «Hoje é sábado, não podes levar a tua enxerga». Mas ele respondeu-lhes: «Aquele que me curou, disse-me: "Toma a tua enxerga e anda"». Perguntaram-lhe então: «Quem é que te disse: "Toma a tua enxerga e anda"?». Mas o homem que tinha sido curado não sabia quem era, porque Jesus tinha-Se afastado da multidão que estava naquele local. Mais tarde, Jesus encontrou-o no Templo e disse-lhe: «Agora estás são. Não voltes a pecar, para que não te suceda coisa pior». O homem foi então dizer aos judeus que era Jesus quem o tinha curado. Desde então, os judeus começaram a perseguir Jesus, por fazer isto num dia de sábado. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Agostinho(354-430) 
Bispo de Hipona (norte de África), 
doutor da Igreja 
Sermão 124 
«Queres ser curado?» 
Os milagres de Cristo são símbolos das diferentes circunstâncias da nossa salvação eterna; aquela piscina é o símbolo do dom precioso que nos faz o Verbo do Senhor. Em poucas palavras, aquela água é o povo judeu; os cinco pórticos são a Lei, escrita em cinco livros. Aquela água está, pois, rodeada por cinco pórticos tal como o povo estava rodeado pela Lei que o definia. A água que se agitava e se turvava é a Paixão do Salvador no meio desse povo. Quem descesse à água era curado, mas só um, para representar a unidade. Os que não podem suportar que se lhes fale da Paixão de Cristo são orgulhosos; não querem descer e não são curados. «O quê?», dizem esses homens altivos. «Acreditar que um Deus encarnou, que um Deus nasceu de uma mulher, que um Deus foi crucificado e flagelado, que foi coberto de chagas, que morreu e foi sepultado? Não, jamais acreditaria em tal humilhação de Deus: é indigna dele!». Calai a cabeça e deixai falar o coração. As humilhações de Deus parecem indignas aos arrogantes e é por isso que eles estão tão afastados da cura. Guardai-vos, pois, desse orgulho; se desejais a vossa cura, aceitai descer. Teríeis razão para vos preocupardes se vos dissessem que Cristo tinha sofrido alguma mudança ao encarnar. Mas não. O vosso Deus mantém-Se como era, não receeis; Ele não morre e impede-vos de morrer. Sim, Ele permanece o que é; nasce de uma mulher, mas fá-lo segundo a carne. Foi como homem que Ele foi preso, amarrado, flagelado, coberto de ultrajes e, por fim, crucificado e morto. Porque vos aterrorizais? O Verbo do Senhor permanece eternamente. Quem repudia as humilhações de um Deus não quer ser curado da ferida mortal do seu orgulho. Pela sua encarnação, nosso Senhor Jesus Cristo restituiu a esperança à nossa carne, tomando para Si os frutos bem conhecidos desta Terra: o nascimento e a morte. O nascimento e a morte são, com efeito, bens que a Terra possuía em abundância; mas nela não havia ressurreição nem vida eterna. Ele colheu os frutos desgraçados da Terra ingrata e, em troca, deu-nos os bens do seu reino celestial.

Beata Joana Maria de Maillé VIÚVA, +1414

Relutante em casar aos 16 anos, viúva com um pouco mais de 30, expulsa de casa pelos parentes do marido, nos restantes 50 anos de sua vida foi obrigada a viver sem abrigo. Tantos percalços estão concentrados na vida da Beata Joana Maria de Maillé que nasceu rica e mimada no Castelo de La Roche, perto de Saint-Quentin, Touraine, em 14 de abril de 1331. Seus pais eram o Barão de Maillé Hardoin e Joana, filha dos Duques de Montbazon. Sua família se destacava pela devoção. Ela cresceu sob a orientação espiritual de um franciscano, mostrando uma particular devoção a Maria. Dedicava-se a orações prolongadas e fez precocemente o voto de virgindade.

São José de Arimateia SÉC. I

José de Arimateia era assim conhecido por ser de Arimateia, cidade da Judeia. Homem rico, senador da época, era membro do Sinédrio, o Colégio dos mais altos magistrados do povo judeu. José de Arimateia, juntamente com Nicodemos, providenciou a retirada do corpo de Cristo da cruz após solicitação feita a Pôncio Pilatos. De acordo com o Evangelhos, era o dono do sepulcro onde Jesus, seu amigo, foi depositado, num horto a cerca de 30 metros do local da crucifixão e de onde ressuscitou três dias depois da morte. A tradição atribui também a José o lençol de linho em que Jesus foi envolvido, conhecido hoje como o Santo Sudário.

29 de março - São Gwynlliyw

A breve história de São Gwynlliyw, pode ser apenas lendária; seria melhor se não fosse assim; mas, de fato, nada permanece registrado, exceto tais símbolos e símbolos da verdade simples, em honra de alguém cujo nome tenha continuado na Igreja, e para a glória daquele que a escreveu em seu catálogo. São Gwynllyw era um rei ou chefe, cujo território ficava em Glamorganshire no País de Gales, e ele viveu por volta do ano 500. Ele foi o pai do grande São Cadoc, e sua esposa era Gladys, a mais velha das dez filhas do rei Brachan. Destas filhas, uma era Santa Almehda; outra, Santa Keyna; uma terceira, pouco digna de memória honrosa, era a mãe de São Davi.

29 de março - Beato Bertoldo

A vida de Bertoldo transcorreu, em grande parte, na obscuridade e não há muito que relatar acerca dele, exceto o haver empreendido a construção e reconstrução de edifícios monásticos e ele os ter dedicado em honra do profeta Elias. Isso foi informado depois por Pedro Emiliano ao rei Eduardo I de Inglaterra, numa carta datada em 1282. Beato Bertoldo, cujo nome era Bartolomeu Avogadro, nasceu na França e estudou teologia em Paris, sendo ordenado sacerdote. Com seu parente Alberto, que depois chegou a ser patriarca latino de Antioquia, acompanhou os cruzados até ao oriente e, encontrava-se em Antioquia no tempo em que esta foi sitiada pelos sarracenos.

29 DE MARÇO: SÃO MARCOS, BISPO DE ARETUSA E SÃO CIRILO, DIÁCONO DE HELIÓPOLIS E CC. († 362)

A Igreja do Oriente comemora neste dia São Marco, Bispo de Aretusa, no Monte Líbano. Durante o reinado do imperador Constantino, Marco de Aretusa demoliu um templo pagão e construiu sem eu lugar uma igreja, convertendo muitos à fé cristã. Isto fez com que a população pagã ficasse ressentida, e queriam vingar-se de Marco. No entanto, como o imperador era cristão, não puderam fazê-lo tão depressa quanto pretendiam. A oportunidade chegou quando Juliano, o apóstata, ocupou o trono e proclamou que todos os que haviam destruído templos pagãos deveriam reconstruí-los ou pagar uma pesada multa. Marco, que não podia e nem queria obedecer, fugiu da fúria de seus inimigos. Contudo, quando soube que alguns cristãos foram presos, regressou e se entregou. Marco foi arrastado pelos cabelos pelas ruas, açoitado e preso e, posteriormente, perfurado com estiletes. Amarraram suas pernas com correntes tão apertadas que chegaram a cortar sua carne até os ossos; também teve suas orelhas decepadas. Por fim, untaram-no de mel e o suspenderam no alto, em pleno sol do verão do meio dia, para que vespas e moscas viessem picar seu corpo.

São Ludolfo, exemplo de zelo pela Igreja

Vida discreta Pouco se conhece sobre as origens desse santo até à sua entrada para a vida religiosa. 
Vida religiosa 
Entrou para a Ordem de São Norberto, a Ordem Premonstratense, conhecida também como Cónegos Brancos. Levou uma vida estritamente religiosa e tornou-se conhecido por sua entrega total à pregação da Palavra. Tornou-se, então, chanceler da Catedral de Raceburgo (Ratzeburg), na Alemanha. Devido à sua fidelidade e empenho, foi indicado pelos seus confrades para que se tornasse Bispo.