sexta-feira, 19 de julho de 2019

REFLETINDO A PALAVRA - “Indicando caminhos

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
51 ANOS CONSAGRADO
43 ANOS SACERDOTE
1858. Formação dos bons hábitos 
Papa Francisco, em sua Exortação Apostólica Amoris Laetitia entra também na reflexão sobre a educação dos filhos sob o aspecto da correção. Não é liberal nem rigoroso. É humano e indica caminhos muito saudáveis: “A formação ética válida implica mostrar à pessoa como é conveniente agir bem, isso para ela mesma. Muitas vezes, hoje, é ineficaz pedir algo que exija esforços e renúncias, sem mostrar claramente o bem que poderia alcançar com isso” (AL 266). Não se trata de imposição, mas de atitudes que atraiam para o bem. Por isso diz que é preciso “maturar os hábitos que levem a traduzir em comportamentos externos sadios e estáveis os valores interiorizados”. Explica que é um aprendizado a partir da repetição dos atos: “Mesmo tendo sentimentos sociáveis e uma boa disposição para com os outros, mas se não for habituada durante muito tempo, tal disposição não se traduzirá em expressões. A boa conduta se constrói com o fortalecimento da vontade e a repetição de determinadas ações” (AL 266). Lembramos o velho provérbio latino: a gota fura a pedra, não pela força, mas batendo muitas vezes. Assim o homem tem bons hábitos não pela força, mas pela repetição dos bons princípios. Vemos claramente, o que se torna mais difícil ainda a formação é a situação da família. Por isso voltamos ao que já vimos na leitura desse documento sobre o amor na família. A família está eivada dos problemas da sociedade. As ideologias influem sobre a sociedade e a mídia sabe usar o sistema de influir com idéias. Como sair desse massacre? Formação em todos os sentidos. 
1859. Fazer liberdade 
Papa Francisco coloca como fundamental a formação para a liberdade e na liberdade: “A liberdade é algo de grandioso, mas podemos perdê-la. A educação moral é cultivar a liberdade através de propostas, motivações, aplicações prática, estímulos, prêmios, exemplos, modelos, símbolo, reflexos, exortações revisões do modo de agir e diálogos que ajudem a desenvolver aqueles princípios estáveis que movem a praticar espontaneamente o bem”. Voltamos sempre ao princípio do respeito à dignidade humana “que exige cada um proceda segundo a própria consciência e por livre adesão, ou seja, movido e induzido pessoalmente desde dentro” (GS 17). “A vida virtuosa constrói a liberdade” (AL 267). Na verdade, o que vemos é que, os que exigem respeito à liberdade, não respeitam a liberdade dos outros, sobretudo quando entra em meio a formação religiosa. Nessa questão, como já vimos, a família tem direito de acompanhar a educação de seus filhos na escola. A ofensa à liberdade e opções religiosas temos visto que os jovens são massacrados por pressões que destroem seu interior religioso, em lugar de promover a reflexão. 
1860. Saber perceber-se 
A educação almejada supõe o reconhecimento do erro não como condenação, mas como oportunidade de crescimento: “É indispensável sensibilizar as crianças e adolescentes para se darem conta de que as más ações têm consequências… devem aprender a reparar o mal causado e pedir perdão”. O filho deve ser corrigido, não como um inimigo, com ira. “A condição fundamental é que a disciplina não se transforme numa mutilação do desejo, mas se torne um estímulo para ir sempre além”… “Deve ser construtiva de um caminho que a criança deve empreender e não um muro que aniquile” (AL 270). Se pudéssemos entender que minha liberdade vai até onde começa a liberdade do outro, seria melhor os relacionamentos e mais frutuosa a correção.

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