sexta-feira, 21 de junho de 2019

EVANGELHO DO DIA 21 DE JUNHO

Evangelho segundo São Mateus 6,19-23. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não acumuleis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem os destroem e os ladrões os assaltam e roubam. Acumulai tesouros no Céu, onde a traça e a ferrugem não os destroem e os ladrões não os assaltam nem roubam. Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará o teu coração. A lâmpada do teu corpo são os olhos. Se o teu olhar for límpido, todo o teu corpo ficará iluminado. Mas se o teu olhar for mau, todo o teu corpo andará nas trevas. E se a luz que há em ti são trevas, como serão grandes essas trevas!». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São João Cassiano(c. 360-435) 
fundador de mosteiro em Marselha 
Instituições 
«Sobre os oito pensamentos de malícia»,n.º2, 2-3;2,16-17 
O discernimento é a lâmpada da alma 
O discernimento é, efetivamente, o olho e a lâmpada da alma, segundo esta palavra do evangelho: «A lâmpada do teu corpo são os olhos. Se o teu olhar for límpido, todo o teu corpo ficará iluminado. Mas se o teu olhar for mau, todo o teu corpo andará nas trevas. E se a luz que há em ti são trevas, como serão grandes essas trevas!» O discernimento examina todas as ideias e as ações do homem, e rejeita e dispersa tudo o que é mau e desagradável a Deus, protegendo-o das quedas. [...] É também ao discernimento que o apóstolo se refere ao dizer: «Que o sol não se ponha sobre a vossa ira» (Ef 4,26). Ele é igualmente o leme da nossa vida, conforme está escrito: «Aqueles que não têm rumo caem como folhas» (Prov 11,14, LXX). No discernimento está a sabedoria, nele a inteligência e o juízo, sem os quais não podemos construir a nossa morada interior nem acumular riquezas espirituais, segundo aquela palavra: «É pela sabedoria que se eleva uma casa e pela inteligência que ela se firma, pelo juízo que os cofres se enchem de riquezas» (Prov 24,3-4, LXX). Ele é o alimento sólido dos homens adultos, cujo senso é exercido pelo hábito de discernir o bem do mal (cf Heb 5,14). Todos estes textos mostram claramente que, sem o carisma do discernimento, a virtude não se pode estabelecer e permanecer firme até ao fim, porque é o discernimento que gera e conserva todas as virtudes. [...] Esforcemo-nos, pois, com todas as nossas forças e todo o ardor, por adquirir o carisma do discernimento, que poderá proteger-nos de dois excessos opostos. Com efeito, como dizem os Padres, os excessos num ou noutro sentido são igualmente prejudiciais. [...] Por estes ensinamentos e muitos outros, o santo abade Moisés encheu-nos de alegria, para que pudéssemos glorificar o Senhor, que dá tamanha sabedoria àqueles que O temem. A Ele a honra e o poder pelos séculos. Amen.

Nenhum comentário:

Postar um comentário