sexta-feira, 23 de março de 2018

REFLETINDO A PALAVRA - “Deus dos vivos”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA-REDENTORISTA
50 ANOS CONSAGRADO
“A Ressurreição transforma”
No evangelho de hoje Jesus ensina alguns pontos fundamentais de sua doutrina. Afirma a ressurreição dos mortos e seu sentido. A esperança na ressurreição é superior a todos os sofrimentos, como lemos no suplício dos sete irmãos e sua mãe. Este texto de Macabeus é colocado para explicar que a ressurreição dos mortos conduz à vida eterna: “Um dia Deus nos ressuscitará” (2Mc 7,14). Os saduceus, que não acreditavam na ressurreição. Para provocar Jesus, apresentam o caso de uma mulher que se casou com sete irmãos um após o outro, e não teve filho com nenhum e  também ela morreu. Era uma lei para os judeus que o irmão devia dar descendência ao irmão que falecera sem filhos. De quem será esposa, se foi esposa dos sete? Jesus acena à visão de Moisés na qual Deus se chama de o Deus de Abraão, Isaac e Jacó. Quer dizer que são vivos. Assim também, para nós que ressuscitaremos, o modo de vida é diferente, pois é vida de ressuscitados. A vida é a mesma, mas de outro modo e é total. Nela, o espiritual preenche totalmente o ser humano. Vamos nos conhecer e amar muito mais, pois nos conhecemos em Deus que é o Total da Vida. O povo pergunta: “Vou encontrar e conhecer os meus queridos que se foram?” Não os conheceremos na fragilidade humana, mas na grandiosidade Divina que é muito mais. O conhecimento será muito maior, pois é a vida de imortais. Seremos como os Anjos. O gozo espiritual é infinito, pois supera tudo o que um coração humano possa desejar e sonhar. Seremos nós, mesmos, na dimensão da participação de Deus. Jesus afirma que a vida não termina aqui e que a vida futura não é igual à que temos agora, mas lhe é superior. Se o humano, físico, afetivo são maravilhosos, quanto mais será o conhecimento espiritual.
Missão de anunciar a Vida.
            A leitura do martírio dos sete irmãos e de sua mãe, mostra a fortaleza diante do sofrimento e a certeza que vale mais perder a vida e ter ressurreição que desobedecer uma lei de Deus. Nada vale mais que o amor obediente a Deus. Isto já é uma proclamação da Vida Eterna. Uma fé só será robusta e saudável na medida em que preferirmos o bem maior às satisfações passageiras. Não crer na ressurreição é um convite muito claro a escolher o caminho de morte. Nada justifica a vida se não houver ressurreição. Nós vimos esta mesma fortaleza nos mártires de todos os séculos. Depois de dado momento de seu sofrimento, recebem um dom de fortaleza imenso, pois se unem ao Cristo que sofre neles. Continuamos em nosso corpo o que falta ao Corpo de Cristo que é a Igreja (Cl 1,24). Fazemos nossa parte de sofrimento porque cremos na glória da Ressurreição. Esta força nós a conquistamos na oração pela qual nos robustecemos e pela qual ajudamos a pregação do evangelho da Vida. O Senhor conduz os corações para o amor de Deus.
Ressurreição começa agora
Jesus diz que quem crê tem a vida eterna (Jo 6,47). E também: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6,54). Pela fé e pelo sacramento da Eucaristia temos a garantia da ressurreição para a vida eterna. Esta começa aqui, pois somos transformados. Vivendo a Ressurreição estamos a serviço do Senhor e seu Reino: “inteiramente disponíveis nos dediquemos ao vosso serviço” (Oração). Celebrar para viver (Oferendas). Para isso pedimos que perseverem na sinceridade do vosso amor aqueles que foram fortalecidos pela infusão do Espírito Santo.
https://padreluizcarlos.wordpress.com/

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