sábado, 31 de outubro de 2015

História do dia: DECAPITADA PELOS NAZISTAS

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
Beata Maria Resoluta - Helene (1894-1941) como religiosa, adotou o nome de irmã Maria Restituta.Mas logo recebeu o apelido carinhoso de "irmã Resoluta", pelo seu modo cordial, por sua segurança e competência como enfermeira de sala cirúrgica e anestesista. No hospital de Modling, em Viena, a religiosa tornou-se uma referência para os médicos, enfermeiras e, especialmente para os doentes, aos quais soube comunicar o amor pela vida, na alegria e na dor. Serviu muitos anos a Deus nos doentes, para os quais estava sempre disponível. Em março de 1938, Hitler mandou o exército ocupar a Áustria. Viena tornou-se uma das bases centrais do comando nazista alemão. Irmã Restituta colocou-se de imediato contrária a toda aquela loucura desumana.Não teve medo de mostrar que, sendo favorável à vida, não apoiaria, jamais, o nazismo de Hitler, fosse qual fosse o preço. Quando os nazistas retiravam o crucifixo também das salas de cirurgia, ela, serenamente, o recolocava no lugar, desafiando os nazistas. Como não se submetia e muito menos se "dobrava", mandaram prender a irmã em 1942. Irmã Resoluta esperou cinco meses na prisão para morrer. Foi decapitada quando tinha quarenta e nove anos de vida. Para as franciscanas, mandou uma mensagem:
-"Por Cristo eu vivi, por Cristo desejo morrer". 
E na frente dos assassinos nazistas, antes que o carrasco levantasse a mão para o martírio, irmã Restituta disse ao capelão:
-"Padre, faça-me na testa o sinal da cruz". 
Foi beatificada pelo papa João Paulo II, em 1998.
Beata Maria Resoluta - Helene (1894-1941)

31 DE OUTUBRO - PORTEIRO DO CONVENTO MAIS DE 40 ANOS

Afonso Rodrigues (1532-1617) é um santo espanhol, filho de comerciantes. Devido à morte prematura do pai, precisou interromper os estudos para cuidar do comércio que ele deixou. Mas não tinha queda para negócio.A conselho da mãe, casou-se com Maria Juarez e teve dois filhos. Não teve sorte, porém. Logo morreram a esposa e os filhos. Minado pela dor e pelo remorso, pois pensava ter sido culpado de tudo isso, entregou-se a jejuns prolongados, vigílias de oração e outras penitências que quase puseram fim à própria vida. Finalmente entrou na Ordem dos Jesuítas e achou a paz. Exerceu durante mais de 40 anos o ofício de porteiro no convento de Monte Sião em Palmas, colônia da Espanha. Foi sempre um exemplo de humildade, obediência e seriedade no cumprimento dos deveres. Era proverbial sua obediência aos Superiores. A esse respeito contam-se varios casos. Certa vez negou-se a abrir a porta ao vice rei de Portugal, porque o seu Superior lhe dissera que não abrisse a porta para ninguém, fora do horário de atendimento. Escreveu diversos livros, entre os quais “Memórias” e “Prática da Perfeição Cristã”, sob a inspiração do Espírito Santo. Santo Afonso Rodrigues, grande místico do século XVI, rogue por nós!
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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REFLETINDO A PALAVRA - “Para vós, nascerá o sol da justiça”PADRE

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA CSsR
Calma na tempestade
Os escritores sagrados usam diversos gêneros literários para nos apresentar a revelação de Deus e sua ação na história. Entre esses está o gênero apocalíptico, que significa, um modo cifrado de apresentar a verdade. Para nós parece incompreensível, mas para os conterrâneos, era uma linguagem comum. Lucas ensina sobre os acontecimentos do fim, que na realidade são o modo de viver o presente. Alguns discípulos comentavam sobre a beleza do templo (Lc 21,5). E Jesus comenta que não ficará pedra sobre pedra e tudo será destruído. Refere-se à destruição de Jerusalém. E surge a pergunta que também fazemos? “Mestre, quando, e qual o sinal de que essas coisas estão para acontecer” (7). Jesus não responde, mas dá a indicação sobre o como os discípulos devem viver sempre: “Cuidado para não serdes enganados, pois muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu!’ Ou ‘o tempo está próximo!’ Não sigais essa gente”. Há uma sede conhecer os tempos futuros. Lembremo-nos dos visionários do final do segundo milênio. Havia um anexim sobre o fim do mundo que dizia: “De mil passará, a dois mil não chegará!” Chegou, passou e nada mudou. E quantos não estão aí em busca de profecias, usando inclusive o nome de Jesus e Nossa Senhora. Jesus já explicou no Evangelho de que só o Pai sabe quando (Mt 24,36). Alguns se dão o direito de saber mais que Jesus. Não nos interessa o dia. Interressa viver bem. Além do mais, Jesus fala da convulsão da humanidade, dos elementos físicos, das desgraças do mundo e coisas pavorosas. Tudo isso tem acontecido desde sempre que conhecemos o mundo. Vemos então que Jesus não faz descrição do fato, mas abre-nos à reflexão sobre nossa vida no mundo. Não são ameaças para nós, mas palavras de incentivo: “É o permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!” Não há situação em que seja impossível ser cristão, crendo em Jesus. Ele disse: “Não os sigais!”. E os preferimos esses que inventam tantas coisas.
Vivendo nos tempos maus
            Jesus anuncia a situação dos discípulos no mundo: “Antes que estas coisas aconteçam, serei presos e perseguidos; ... levados diante de reis por causa de meu nome’” (12). “Sereis entregues até mesmo pelos próprios, parentes e amigos. Eles matarão alguns de vós. Todos vos odiarão por causa do meu nome” isto é, de mim (16-17). A vida do cristão não difere da vida de Jesus: como Ele foi rejeitado, serão os cristãos rejeitados, por crerem e viverem em Jesus. Sua proposta é permanecer firme na fé, pois “não perderão um só fio de cabelo de sua cabeça. É permanecendo firmes que irão ganhar a vida” (18-19). Para o cristão não existe o problema de um futuro. Existe a espera da libertação, como escreve Malaquias: “Para vós, que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, trazendo a salvação em suas asas” (3,20).
Trabalho, força no Reino

Diante desses cataclismos tão pavorosos da natureza, das nações e da perseguição, Paulo aconselha aos cristãos, pois ele mesmo dá o exemplo, a trabalhar. O trabalho é uma das dinâmicas do Reino. E acrescenta: quem não quiser trabalhar, também não deve comer (2Ts 3,10). Diz isso porque havia gente que, esperando a vida imediata de Jesus, não queria trabalhar. “Exortamos, a que trabalhando, comam, na tranqüilidade o próprio pão” (12). A espera de Cristo, deve ser “na fé que opera pelo amor” (Gl 5,6). Reunidos em cada Eucaristia, recebemos a força para permanecer firmes na fé e no amor.

EVANGELHO DO DIA 31 DE OUTUBRO

Evangelho segundo S. Lucas 14,1.7-11.
Naquele tempo, Jesus entrou, num sábado, em casa de um dos principais fariseus, para tomar uma refeição. Todos O observavam. Ao notar como os convidados escolhiam os primeiros lugares, Jesus disse-lhes esta parábola: «Quando fores convidado para um banquete nupcial, não tomes o primeiro lugar. Pode acontecer que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu; então, aquele que vos convidou a ambos, terá que te dizer: ‘Dá o lugar a este’; e ficarás depois envergonhado, se tiveres de ocupar o último lugar. Por isso, quando fores convidado, vai sentar-te no último lugar; e quando vier aquele que te convidou, dirá: ‘Amigo, sobe mais para cima’; ficarás então honrado aos olhos dos outros convidados. Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja - Sermão 37 sobre o Cântico dos Cânticos 
O segredo do último lugar
Se soubéssemos claramente em que lugar Deus coloca cada um de nós, aceitaríamos tal decisão sem nunca nos colocarmos nem acima nem abaixo desse lugar. Mas, no nosso estado presente, os decretos de Deus estão envoltos em trevas e a sua vontade está-nos oculta. Por isso, o mais seguro, de acordo com o conselho da própria Verdade, é escolhermos o último lugar, de onde nos tirarão depois com honra, para nos darem um melhor. Ao passarmos debaixo de uma porta muito baixa, podemos baixar-nos tanto quanto quisermos sem nada temer; mas, se nos levantarmos um dedo que seja acima da altura da porta, bateremos com a cabeça. É por isso que não devemos recear nenhuma humilhação, mas antes temer e reprimir o menor movimento de auto-suficiência.  
Não vos compareis, nem com os que são maiores que vós, nem com os vossos inferiores, nem com quaisquer outros, nem sequer com um só. Que sabeis sobre eles? Imaginemos um homem que parece o mais vil e desprezível de todos, cuja vida infame nos horroriza. Pensais que o podeis desprezar, não só por comparação convosco mesmos, que aparentemente viveis em sobriedade, justiça e piedade, mas até por comparação com outros malfeitores, dizendo que ele é o pior de todos. Mas sabeis se ele não será um dia melhor que vós e se o não é já aos olhos do Senhor? Por isso é que Deus não quis que ocupássemos um lugar intermédio, nem o penúltimo, nem sequer um dos últimos, mas disse: «Toma o último lugar», a fim de ficarmos verdadeiramente sós na última fila. Desse modo não pensareis, já não digo em preferir-vos, mas simplesmente em comparar-vos com quem quer que seja.
http://www.evangelhoquotidiano.org/

31 de Outubro - São Quintino Mártir (século III)

As notícias sobre o apóstolo da Picardia são duvidosas. Certa é, de qualquer maneira, sua existência e o martírio sofrido em Vermand, cidade que hoje leva seu nome, Saint-Quintin, às margens do rio Somme. Segundo a tradição — reconstruída várias vezes e enriquecida de episódios lendários —, Quintino era romano, quinto filho de uma família numerosa (fato insólito no baixo império) e cristã. Partiu de Roma com alguns companheiros para evangelizar a Gália. Com ele estava Luciano, também mártir e santo. Os dois dividiram entre si o território da Picardia para evangelizar. Luciano escolheu Beauvais; Quintino estabeleceu-se em Amiens e, a partir daí, difundiu a mensagem evangélica nas regiões circunvizinhas. Fê-lo com muito sucesso, até o momento em que o prefeito romano julgou oportuno detê-lo e encerrá-lo na prisão, numa tentativa de fazê-lo mudar de opinião, talvez, devolvendo-o a Roma. Mas Quintino não era do gênero dos que se furtam a compromissos e o prefeito condenou-o à morte. Como romano, o obstinado missionário merecia o privilégio — se tal cabe dizer — da decapitação. Mas como cristão (e os cristãos eram acusados de ateísmo por causa de sua recusa em adorar os deuses de Roma), teve uma morte dolorosa, precedida de várias torturas. Tudo isso aconteceu durante o império de Diocleciano ou de Maximiano (a tradição não é clara). A lenda se desdobra, a seguir, em outras particularidades. O corpo de Quintino foi lançado a um rio em cujo fundo teria permanecido cerca de 50 anos, até que as orações de uma mulher piedosa o fizeram vir à tona, ainda intacto. Ou, mais provavelmente — retifica outra tradição —, o corpo de são Quintino teria sido reencontrado por um santo monge que lhe deu digna sepultura, erigindo sobre sua tumba um mosteiro a ele dedicado, perto de Vermand, lugar de peregrinações populares desde a alta Idade Média. 
(Retirado do livro "Os Santos e os Beatos da Igreja do Ocidente e do Oriente", Paulinas Editora) 
Os textos que foram retirados de obras da Paulinas e as ilustrações, criadas exclusivamente para serem utilizadas neste site, estão protegidos pela Lei dos Direitos Autorais. Para a sua utilização, é obrigatória a inserção de crédito com o link 

AFONSO RODRIGUEZ Jesuíta, Santo 1531-1617

O SANTO PORTEIRO JESUÍTA

Esse predilecto da Santíssima Virgem, cuja festa comemoramos neste mês, tornou-se grande santo e místico na humilde função de irmão leigo
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Afonso Rodríguez nasceu a 25 de julho de 1531, numa família de sete filhos e quatro filhas, sendo o segundo da numerosa prole. Como não era raro na época, seus pais, bastante virtuosos, criaram os filhos no amor e no temor de Deus e na devoção Àquela que é a Medianeira de todas as graças, Nossa Senhora.
Desde pequeno Afonso aprendeu a invocá-La e, em sua inocência, confiava-Lhe todos seus desejos e apreensões. Certo dia ― estaria ele já entrando na adolescência ― num transporte de amor, disse à soberana Senhora: “Ó Senhora, se Vós soubésseis quanto Vos amo! Eu Vos amo tanto, que Vós não podeis amar-me mais do que eu a Vós”. Ao que, aparecendo-lhe, disse-lhe a Rainha dos Céus: “Você se engana, meu filho, porque eu o amo muito mais do que você pode me amar”.

Primeiros contactos com a Companhia de Jesus

Dois religiosos jesuítas, indo pregar missão em Segóvia, hospedaram-se em sua casa. Afonso e seu irmão foram designados para atendê-los, e receberam, em troca do esmero com que o fizeram, bons conselhos e orientação religiosa. Foi o primeiro contacto que o futuro santo manteve com os jesuítas.
Com eles começariam, Afonso e seu irmão, seus estudos no colégio da Companhia em Alcalá. Dir-se-ia que o futuro de Afonso estava traçado: tornar-se-ia um sacerdote da Companhia de Jesus e brilharia por sua eloquência e santidade. Nada disso. Os caminhos da Providência eram outros. Afonso teve que interromper os estudos, com a morte do pai, pois, como seu irmão estava mais adiantado neles, era preferível que se formasse. Assim, Afonso tomou um rumo oposto: tornou-se o encarregado da loja de tecidos do falecido progenitor, e casou-se. Nasceram-lhe os dois primeiros filhos, um casal. Estava ele assim encaminhado para uma vida virtuosa dentro dos laços conjugais e como honesto comerciante.
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WOLFGANG DE RATISBONA Bispo, Santo 924-994

No final do século I surgiu o novo contorno político dos países da Europa. Entre os construtores desse novo mapa europeu está o bispo são Wolfgang, também venerado como padroeiro dos lenhadores. Nascido no ano 924, na antiga Suábia, região do sudoeste da Alemanha, aos sete anos foi entregue à tutela de um sacerdote. Cresceu educado no Convento beneditino de Constança. Considerado um exemplo, nos estudos e no seguimento de Cristo, era muito devoto da eucaristia e tinha vocação para a vida religiosa. Saiu do colégio em 956, sem receber ordenação, para ser conselheiro do bispo de Trèves. Cargo que associou ao de professor da escola da diocese, onde arrebatava os alunos com sua sabedoria e empolgante maneira de ensinar. Com a morte do bispo em 965, decidiu retirar-se no Mosteiro beneditino da Suíça. Três anos depois, terminado o noviciado, ordenou-se sacerdote e foi evangelizar a Hungria. Na época, esses povos bárbaros tentavam firmar-se como nação, mas continuavam a invadir e saquear os reinos alemães, promovendo grandes matanças de cristãos. Wolfgang foi bem aceito e iniciou com sucesso a cristianização dos húngaros, organizando esses povos a se firmarem na terra como agricultores. Assim, começou a mostrar seu valor de pregador, pacificador e diplomata político também. Pouco tempo depois, em 972, era nomeado bispo de Ratisbona. Ratisbona, cidade da Baviera, cujos vales dos rios Reno e Naab ligam as terras da Boémia, que dependiam daquela diocese, ou seja, do bispo Wolfgang. Lá, ele, novamente, foi mestre e discípulo, professor e aprendiz. Mas foi, principalmente, o grande evangelizador e coordenador político. Caminhava de paróquia em paróquia dando exemplos de religiosidade e caridade, pregando e ensinando a irmãos, padres e leigos. Sua fé e dedicação ao trabalho trouxeram-lhe fama, e até o próprio duque da Baviera confiou-lhe os filhos para educar. Foi a atitude acertada, porque Henrique, o filho mais velho do duque, tornou-se imperador da Baviera. Bruno, o segundo filho, foi bispo exemplar, como seu mestre. A filha, Gisela, foi um modelo de rainha católica na história da Hungria. E finalmente, a outra filha, Brígida, tornou-se abadessa de um mosteiro fundado pelo bispo Wolfgang. Mas esse não foi o único mosteiro que criou, foram vários, além dos restaurados, das igrejas, hospitais, casas de repouso para velhos e creches para crianças, também fundados e administrados sob sua orientação. Sua visão evangelizadora era tão ampla que passava pelo curso político da história. Assim, surpreendeu os poderosos da época e até os superiores do clero quando decidiu separar da diocese de Ratisbona as terras da Baviera, para criar uma nova, com sua sede episcopal em Praga. Apesar das reclamações, agiu correctamente e fundou a diocese de Praga, que em 976 teve seu primeiro bispo, Tietemaro, depois sucedido pelo grande santo Alberto, doutor da Igreja. Desse modo, robusteceu a missão evangelizadora e o cristianismo firmou raízes nas terras germânicas. Em 974, devido à luta entre Henrique II da Baviera e o imperador Oto II da Alemanha, refugiou-se num mosteiro em Salzburg. E não perdeu tempo, erguendo, ali perto, uma igreja dedicada a são João Baptista, que depois foi aumentada, reformada e, em sua memória, recebendo o seu nome. Wolfgang fazia uma viagem evangelizadora pela Áustria quando adoeceu. Morreu alguns dias depois, em Pupping, no dia 31 de outubro de 994. Foi canonizado em 1052, pelo papa Leão IX. A festa de são Wolfgang, celebrada no dia de sua morte, é uma das mais tradicionais da Igreja, especialmente entre os povos cristãos de língua germânica. Fonte: http://www.paulinas.org.br/

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 31 DE OUTUBRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro,
 redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
31 – Sábado – Santos Afonso de Palma, Antônio de Milão 
Evangelho (Lc 14,1.7-11) “Jesus notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares. Então contou-lhes uma parábola...” 
Jesus transforma em parábola o que vemos muitas vezes na sociedade. Há pessoas que procuram aparecer e ocupar os primeiros lugares, e acabam passando por humilhação. E aponta-nos a lição: diante de Deus e de suas ofertas não podemos assumir uma atitude de orgulho e de suficiência. Se queremos a salvação, temos de aceitar que de fato somos maus e fracos, que nada merecemos. 
Oração
Senhor, reconheço minha miséria e minha maldade; por mim mesmo não posso fazer o bem. Diante de vossa misericórdia que me oferece salvação, não posso apresentar condições. Aceito agradecido tudo que fazeis por mim, infinitamente mais do que poderia merecer. Dai-me em vossa casa um lugarzinho, um cantinho qualquer. Nunca, porém, seja eu esquecido de vossa misericórdia. Amém. 

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

HISTÓRIA DE HOJE: MÁRTIR DA JUSTIÇA

Santo Dias da Silva faz parte, com a Irmã Doroti e outros, desses que lutaram pela justiça e valorização do trabalho humano em nossa pátria. Nasceu na cidade paulista de Terra Rocha. Trabalhou em sua região como bóia fria, participou do Sindicato de trabalhadores rurais e atuou em várias frentes de luta. Mudando-se para a capital, continuou na mesma determinação como operário metalúrgico. Sofreu repressões por defender seus companheiros, e foi despedido várias vezes do serviço. Foi membro ativo das comunidades eclesiais de base (CEBS), ministro da Eucaristia, agente da Pastoral Operária e líder sindical.Foi morto em 1979 durante uma concentração de metalúrgicos, quando advogavam seus direitos. Costumava dizer: A gente vive para atuar na transformação da sociedade. É preciso lutar para reverter as situações de injustiça. 
Oração: Pai do céu, não queremos viver isolados e divididos, desinteressados e insensíveis diante dos problemas sociais que nos cercam.Queremos chorar com os que choram, lutar com os que lutam. Queremos participar ativamente da construção de um mundo melhor, começando na comunidade em que vivemos. Para isso pedimos tua Graça.
PADRE CLÕVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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30 DE OUTUBRO – O GRANDE “REZADOR”

Pe. Amando Passerat (1772-1858 ) é francês. Viveu no tempo das grandes revoluções e agitações políticas. Foi preso mais de uma vez. Foi arrolado nas tropas revolucionarias da França e promovido a comandante do esquadrão. Mas não estava contente. Sua vocação era outra. Arquitetou um plano de fuga: Aproveitando-se da sua posição no exército levou o batalhão para a fronteira com a Alemanha, e de noite passou para o outro lado. Foi preso pelos alemães, mas libertado ao saberem de suas opiniões sobre a República francesa. Agora começou sua peregrinação por cidades e paises, à procura de um seminário. Chegando a Varsóvia, juntou-se aos Redentoristas, e foi ordenado padre.Como não conhecesse nem o alemão nem o polonês, não podia trabalhar na pastoral direta. Assim foi professor de teologia, mestre de noviços e prefeito dos estudantes. São Clemente o descreve “como um homem de grande santidade e vir tu”.Tentou fundar comunidades redentoristas em vários lugares, mas sofreu humilhações e expulsões. Devido às dificuldades em trabalhar na ativa por causa das perseguições, ele se recolhe para rezar no silêncio. Tinha uma verdadeira paixão pela vida interior.Morreu com 86 anos, sem ter conseguido muita coisa, mas ficaram as sementes que logo brotariam fecundadas pelo seu suor.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
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REFLETINDO A PALAVRA - “Anunciar por palavras e obras”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
451. Jesus anunciava e curava
            Jesus permanece sempre o modelo a ser imitado, o caminho a ser seguido, a verdade a ser aprendida e a vida a ser vivida. Normalmente citamos palavras de Jesus. Mas Ele anunciava por palavras e ações. Por exemplo: um milagre não era só a solução de um problema, mas o anúncio de uma verdade. Um atitude de Jesus de estar orando a sós é um ensinamento e um modelo a ser imitado. Para o caminho espiritual é muito importante ver a conjugação das palavras, dos gestos, das atitudes para que seja completo. O grande defeito, a meu ver, do ensinamento espiritual é seguir a tendência intelectualista da compreensão da verdade. Os santos pensavam com as mãos. Jesus nos dá esse modelo: anunciava e curava. Estava voltado para a pessoa humana em sua totalidade. Quando cura o paralítico que foi descido pelo teto, Ele perdoa e depois cura. A cura significa o que acontece com o perdão (Lc 5,24). Suas palavras eram seguidas de milagres que as confirmavam ou explicitavam. Dava a entender que a vida cristã é um conjunto de realidades que partem da pessoa e não somente de idéias sobre o ser humano. Tiago é muito explicito nessa compreensão da fé. O texto de Paulo “o justo viverá da fé” (Rm 1,17), levou a uma compreensão de que basta a fé para estarmos salvos. O próprio Paulo, em Gálatas 5,6 ensina “a fé agindo pela caridade”. João, em sua primeira carta, afirma: este é o seu mandamento: crer no nome de Seu Filho Jesus Cristo e amar-nos uns aos outros (1Jo 3,23-24). Tiago alerta contra a idéia de uma fé “pura”: “Se alguém disser que tem fé, mas não tem obras, que lhe aproveitará isso? [...] Assim a fé, se não tiver obras, será morta em seu isolamento” (Tg 2,14.17).  O que Paulo condena é a prática exterior da lei. A carta de Tiago não aparece em muitas bíblias da reforma protestante. Um dos motivos é a afirmação de Tiago que nega a teoria do fundador de que só a fé. Diz:
452. Redenção integral
            A vida apostólica, que alimenta a espiritualidade, deverá pensar numa redenção da pessoa como um todo e em suas circunstâncias. Às vezes podemos dar o testemunho de vida silencioso nos ambientes hostis. Do testemunho de vida se passe ao testemunho da palavra. O testemunho de vida será acompanhado da obra da caridade, que chamamos também ação social, procurando dar às pessoas as condições de vida de que necessitam, inclusive o envolvimento na política, mesmo partidária. Certamente um programa de partido para o cristão deverá responder ao Evangelho. Os cristãos devem estar em todos os setores da vida social, política e econômica. Por que deixar nas mãos de inescrupulosos o destino de um povo? Triste é ver como cristãos e, particularmente católicos, nessas situações agem como se não tivessem fé e inclusive envolvendo os santos e a Virgem Maria para tampar suas falcatruas. A espiritualidade só será coerente se sujar as mãos com as necessidades das pessoas concretas. Vejamos como fizeram os santos?!
453. Doar-se totalmente

            O grande gesto que se torna palavra evangelizadora da redenção é a doação total de si. Doar coisas é magnífico. Doar-se é divino. Paulo afirma de si mesmo: “Para os fracos fiz-me fraco a fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns a todo custo” (1Cor 9,22). Jesus “esvaziou-se a si mesmo e assumiu a condição de servo, tomando a semelhança humana” (Fl 2,7). Sua encarnação, vida e morte, foram doação total. Por isso Deus o exaltou (9). Esse é o caminho de quem crê em Jesus. Deus não quer coisas. Quer a nós.

EVANGELHO DO DIA 30 DE OUTUBRO

Evangelho segundo S. Lucas 14,1-6. 
Naquele tempo, Jesus entrou, num sábado, em casa de um dos principais fariseus, para tomar uma refeição. Todos O observavam. Diante d’Ele encontrava-se um hidrópico. Jesus tomou a palavra e disse aos doutores da lei e aos fariseus: «É lícito ou não curar ao sábado?». Mas eles ficaram calados. Então Jesus tomou o homem pela mão, curou-o e mandou-o embora. Depois disse-lhes: «Se um filho vosso ou um boi cair num poço, qual de vós não irá logo retirá-lo em dia de sábado?». E eles não puderam replicar a estas palavras. 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org 
Comentário do dia São João Paulo II (1920-2005), papa Carta Apostólica «Dies Domini», 61 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.) 
«O sábado foi feito para o homem» (Mc 2,27) 
O shabbat, o sétimo dia abençoado e consagrado por Deus, ao mesmo tempo que encerra toda a obra da criação, está em ligação imediata com a obra do sexto dia, quando Deus fez o homem «à sua imagem e semelhança» (cf Gn 1,26). Esta relação directa entre o «dia de Deus» e o «dia do homem» não passou despercebida aos Padres, na sua meditação sobre o relato bíblico da criação. A este propósito, diz Santo Ambrósio: «Demos, pois, graças ao Senhor nosso Deus, que fez uma obra onde Ele pudesse encontrar descanso. Fez o céu, mas não leio que aí tenha repousado; fez as estrelas, a lua, o sol, e também não leio que tenha descansado neles. Mas, ao contrário, leio que fez o homem e que então Se repousou, tendo nele alguém a quem podia perdoar os pecados.» Assim, o «dia de Deus» estará sempre directamente relacionado com o «dia do homem». Quando o mandamento de Deus diz: «Recorda-te do dia de sábado, para o santificares» (Ex 20,8), a pausa prescrita para honrar o dia a Ele dedicado não constitui de modo algum uma imposição gravosa para o homem, mas antes uma ajuda, para que se consciencialize da sua dependência vital e libertadora do Criador e, simultaneamente, da vocação para colaborar na sua obra e acolher a sua graça. Deste modo, honrando o «repouso» de Deus, o homem encontra-se plenamente a si próprio, e assim o dia do Senhor fica profundamente marcado pela bênção divina (cf Gn 2,3) e, graças a ela, dir-se-ia dotado, como acontece com os animais e com os homens (cf Gn 1,22.28), de uma espécie de «fecundidade». Esta exprime-se, não só no constante acompanhamento do ritmo do tempo, mas sobretudo no reanimar e, de certo modo, «multiplicar» do próprio tempo, aumentando no homem, com a lembrança do Deus vivo, a alegria de viver e o desejo de promover e dar a vida. http://www.evangelhoquotidiano.org

S. Geraldo de Potenza, bispo, +1119

S.Geraldo era natural de Placência e transferiu-se para Potenza. No Martirológio Romano, é fixada a memória de São Geraldo, bispo de Potenza, na Lucânia. Foi escolhido bispo por suas virtudes. Morreu apenas oito anos após a sua escolha para o episcopado. O seu sucessor, Manfredo, escreveu a vida do bispo S. Geraldo. Mas há outro Geraldo, também ele de Potenza, que teve fama bem superior ao bispo medieval. Trata-se de São Geraldo Majela, um dos santos mais populares da Itália meridional (+1755). E há motivo para esta popularidade: ele era invocado sobretudo pelas gestantes e parturientes. Sua vida está repleta de privações, de sofrimentos, de humilhações, mas tudo está profundamente animado, finalizado com um encontro vivo e pessoal com Deus. São Geraldo, no seu leito de morte, podia afirmar não saber o que fosse uma tentação impura: tinha sobre a mulher uma concepção superior - olhava toda a mulher como uma imagem de Nossa Senhora, "louvor perene à Santíssima Trindade". Eram entusiasmos místicos de uma alma simples, mas cheia de amor espiritual. Exclamava frequentemente: "Meu querido Deus, meu Espirito Santo", sentindo dentro de si a bondade e o amor infinitos de Deus.

30 de Outubro - São Marcelo Mártir (+298)

O martírio de São Marcelo está estreitamente ligado ao de são Cassiano, e sua Paixão é um belo exemplo de autenticidade, graças a sua prosa enxuta, essencial e sem digressões, sem os enriquecimentos usuais na história dos primitivos cristãos. Marcelo era um centurião do exército romano da guarnição de Tânger. Como tal, foi enviado a participar dos festejos do aniversário do imperador Diocleciano. Era sabido que, em tal circunstância, os participantes deveriam honrar uma estátua do imperador com o gesto de lançar incenso no braseiro posto a seus pés, o que os cristãos consideravam idolátrico. Marcelo recusou-se a fazê-lo e, para mostrar-se coerente, retirou as insígnias de centurião, jogou-as aos pés da estátua e declarou-se cristão, o que era passível da pena capital. Foi chamado o escrivão para que redigisse uma ata oficial sobre a rebeldia do centurião. O funcionário — em latim, exceptor — recusou-se a redigir as atas processuais. Imitando o centurião Marcelo, jogou fora a pena, protestou pela injustiça perpetrada contra os inocentes, condenados à morte por adorarem o único e verdadeiro Deus, e declarou-se também ele cristão. Foram ambos aprisionados e, poucos dias depois, sofreram o martírio: Marcelo em 30 de outubro; Cassiano em 3 de dezembro. O poeta Prudêncio dedica-lhes um hino. 
(Retirado do livro "Os Santos e os Beatos da Igreja do Ocidente e do Oriente", Paulinas Editora)
Os textos que foram retirados de obras da Paulinas e as ilustrações, criadas exclusivamente para serem utilizadas neste site, estão protegidos pela Lei dos Direitos Autorais. Para a sua utilização, é obrigatória a inserção de crédito com o link http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=santo&id=920#ixzz3pzhlSrDP para acesso ao site.

MARIA RETISTUTA KAFKA Religiosa, Mártir, Beata 1894-1943

No dia primeiro de maio de 1894, nasceu Helene, filha de Anton e Maria Kafka, na cidade de Brno, atual República Checa. Naquele tempo, a região chamava-se Moravia, e estava sob o governo do imperador austríaco Francisco José. Em 1896, a família Kafka transferiu-se para Viena, capital do Império Austro-Húngaro. Helene concluiu os estudos e formou-se enfermeira, com o desejo de tornar-se religiosa. No início, conformou-se com a negativa dos pais, mas, ao completar vinte anos, ingressou na Congregação das Franciscanas da Caridade Cristã, agora com a bênção da família. Como religiosa, adotou o nome de irmã Maria Retistuta, o primeiro em homenagem a sua mãe e o segundo a uma mártir do século I. Mas logo recebeu o apelido carinhoso de "irmã Resoluta", pelo seu modo cordial e decidido e por sua segurança e competência como enfermeira de sala cirúrgica e anestesista. No hospital de Modling, em Viena, a religiosa tornou-se uma referência para os médicos, enfermeiras e, especialmente, para os doentes, aos quais soube comunicar com lucidez o amor pela vida, na alegria e na dor Foram muitos anos que serviu a Deus nos doentes, para os quais estava sempre disponível. Em março de 1938, Hitler mandou o exército ocupar a Áustria. Viena tornou-se uma das bases centrais do comando nazista alemão. Irmã Restituta colocou-se logo contrária a toda aquela loucura desumana. Não teve receio de mostrar que, sendo favorável à vida, não apoiaria, jamais, o nazismo de Hitler, fosse qual fosse o preço. Por isso, quando os nazistas retiravam o crucifixo também das salas de cirurgia, ela, serenamente, o recolocava no lugar, de cabeça erguida, desafiando os nazistas. Como não se submetia e muito menos se "dobrava", os nazistas a eliminaram. Foi presa em 1942. E ela fez da prisão uma espécie de lugar de graça, para honrar o nome de sua consagração, ou seja, Restituta, aquela que foi restituída para Deus. Irmã Resoluta esperou cinco meses na prisão para morrer. Em 30 de março de 1943, foi decapitada. Para as franciscanas, mandou uma mensagem: "Por Cristo eu vivi, por Cristo desejo morrer". E na frente dos assassinos nazistas, antes que o carrasco levantasse a mão que a mataria, irmã Restituta disse ao capelão: "Padre, faça-me na testa o sinal da cruz". O papa João Paulo II, em 1998, elevou irmã Maria Restituta Kafka aos altares para ser reverenciada pela Igreja como bem-aventurada. A sua festa litúrgica foi marcada para o dia 30 de outubro, data em que foi decretada a sua sentença de morte. http://www.paulinas.org.br/

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE OUTUBRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro,
 redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Sexta-feira – Santos Lupércio, Geraldo de Potenza, Zenóbia 
Evangelho (Lc 14,1-6) “Tomando a palavra, Jesus falou aos mestres da Lei e aos fariseus: − A Lei permite curar em dia de sábado, ou não?” 
A lei do repouso no sábado era das mais importantes da lei de Deus. Como tantas vezes acontece, tinha sido interpretada por muitos de forma literal e exagerada. Por isso é que Jesus pergunta se essa lei e outras estão acima da lei  do amor que nos deve levar a cuidar do próximo. Jesus dá mais de uma vez a resposta: a lei mais importante é amar a Deus em tudo e amar ao próximo como a nós mesmos. 
Oração
Senhor, fazei-me obediente a vossas leis, mas obediente de forma esclarecida, sabendo o que de fato quereis de mim, não fazendo de vosso mandamento pretexto para minhas próprias ideias. Principalmente ajudai-me a nunca impor aos outros mais do que vós mesmo exigis. Vossa vontade é nosso bem e nossa felicidade. Vossa vontade não quer ser peso para nós; é apenas amor por nós. Amém.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

AQUI A GENTE VENERA A MÃE DE JESUS

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
Certa vez, durante a visita feita a uma escola, uma pessoa aparentemente muito culta saiu-se com esta: 
- Tudo bem, mas... vocês ensinam o povo a adorar Maria e os santos da sua Igreja. Isso é contra a Bíblia. 
O missionário, voltando-se para o grupo de crianças reunidas na sala de aula, perguntou: 
- Alguns dizem que nós adoramos Maria, Mãe de Jesus. Se alguém de vocês adora a Mãe de Jesus, levante a mão. 
O missionário arriscou a pergunta, sem preparar as crianças. Mas saiu-se bem. E elas também. Ninguém levantou a mão. Em seguida fez outra pergunta: 
- Quem gosta da Mãe de Jesus levante a mão.
Foi aquela floresta de mãozinhas para o alto. Até as crianças sabiam distinguir entre adorar e venerar.

29 DE OUTUBRO – UMA VIDA INTEIRA PARA O PROXIMO


Assim foi São Caetano Errico. Secondigliano, cidade grande e populosa do norte de Nápoles, tinha muitos problemas. Entre outros, uma facção da máfia, drogas, mafiosos e Ganges de bandidos.Mas Secondigliano é também a terra de um santo. Trata-se do sacerdote Caetano Errico (1791-1860), fundador da congregação "Missionários do Sagrado Coração de Jesus e de Maria", canonizado em Roma pelo papa Bento XVI em 2008. Sua estátua na praça é bem visível. Está posicionada para ser vista de qualquer ângulo da cidade. Com a mão direita, ele abençoa, e com a mão esquerda, empunha o crucifixo. Éo segundo de nove filhos. Caetano se ordena padre. A sua vida sacerdotal transcorreu toda nessa cidade, na igreja paroquial de São Cosme e Damião. Em 1818, durante a pregação, teve uma aparição de Santo Afonso, comunicando que Deus o queria fundador de uma Congregação religiosa. Padre Caetano Errico foi homem de oração: passava horas ajoelhado na igreja ou no seu quarto. Foi homem de penitência, de constante serviço pastoral. Dedicava muito tempo atendendo confissões. Por isso a cidade mudou bastante.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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REFLETINDO A PALAVRA - “Deus dos vivos”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA CSsR
Esperança na Ressurreição
 A liturgia do domingo descortina-nos uma visão do futuro. Vejamos no evangelho: Os saduceus eram o grupo composto pelos sumos sacerdotes, chefes do templo e também pelos anciãos poderosos. Eram partidários dos invasores romanos e não acreditavam na ressurreição e nos anjos. Os fariseus acreditavam. Os saduceus levam uma questão a Jesus para apertá-lo. O que interessava era a visão de Jesus sobre a vida futura. O caso: Um homem casou-se e morreu sem deixar filhos (Lc 20,27-38). Pela lei do levirato (Dt 25,5-10), o cunhado devia se casar com a viúva para dar um filho ao irmão falecido, para não morrer seu nome. Eram 7 irmãos, todos se casaram com ela e morreram sem deixar filho. Morre também a mulher. De quem ela vai ser esposa no Céu? Não é um problema distante de nossa vida. A gente até diz: ‘Será que vou conhecer minha família no Céu?’ Jesus explica que a vida no Céu não é a mesma da terra. Seremos iguais aos anjos: Não haverá casamento. A vida não terá como referência primeira a natureza humana, com tudo o que a carne tem de bonito e bom. Mas a realidade é a espiritual, como os anjos. Nós imaginamos o Céu com categorias de nosso mundo e nossa vida atuais. Vejamos, por exemplo, algumas novelas infelizes como mostram o Céu. Que falta de imaginação! Não podemos dizer nada de como vai ser. Trata-se de vida, mas de Vida completa para o corpo ressuscitado. Nele o comando é da parte espiritual. Na terra é da parte material. Só lá vamos saber como é. O que temos a certeza é da ressurreição, pois Jesus ressuscitou. Ele afirma aos saduceus a ressurreição dos mortos: “Que os mortos ressuscitam, Moisés já indicou na passagem da sarça, quando chama o Senhor de ‘o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó’. Deus não é dos mortos, mas dos vivos, pois todos vivem para Deus” (37-38).Se não há ressurreição e Abraão não existisse mais, Deus não poderia ser chamado de Deus de Abraão. Se é Deus dos vivos, os vivos continuam na sua vida, mas de modo diferente.
O Céu é dos vivos
              Com a certeza da ressurreição, podemos afrontar todas as dificuldades para não sermos mortos vivos, como o rei malvado. Lembramos aqui a martírio dos 7 irmãos e sua mãe. Não aparece o nome deles. Estão no 2 livro dos Macabeus. Antíoco IV quer que deixem a lei e os costumes do povo. Eles se recusam e preferem morrer e viver para Deus do que, viver e perder a “Vida”. A mãe educa os filhos para Deus e quer fortalecê-los na resistência pela fé. A fé, em nossa vida atual, seguindo o caminho de Jesus, fortalece a vida espiritual. Esta nos dará a condição de viver já a vida futura, pela fé, e no futuro, a vida dos vivos em Deus. Paulo, aos tessalonicenses afirma que “Deus... proporcionou-nos uma consolação eterna e feliz esperança”, (2Ts 2,16). A cada dia somos transformados para estarmos sempre mais prontos para a Vida.
Sua presença me saciará

            De que viveremos no Céu? O versículo do salmo 16 reza: “Ao despertar, me saciará vossa presença”. A vida futura se realiza em Deus. Ele é a Vida. Nele viveremos, nós e não outro, como afirma Jó em 19,27. É necessário nos desprendermos das idéias de uma vida futura a moldes da vida atual. Ela é o ponto de partida. Paulo explica: “Porque quem semeia na sua carne, da carne colherá a corrupção; mas quem semeia no Espírito, do Espírito colherá a vida eterna” (Gl 6,8). As sementes da fé, plantadas em nós no batismo e sustentadas pelas boas obras e pela Eucaristia, crescem e dão frutos para a Vida. 

EVANGELHO DO DIA 29 DE OUTUBRO

Evangelho segundo S. Lucas 13,31-35.
Naquele dia, aproximaram-se alguns fariseus, que disseram a Jesus: «Vai-te daqui, porque Herodes quer matar-te». Jesus respondeu-lhes: «Ide dizer a essa raposa: Eu expulso demónios e realizo curas hoje e amanhã; ao terceiro dia chego ao meu fim. Mas hoje, amanhã e depois de amanhã, devo seguir o meu caminho, porque não é possível que um profeta morra fora de Jerusalém. Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas aqueles que te são enviados, quantas vezes Eu quis reunir os teus filhos, como a galinha recolhe os pintainhos debaixo das suas asas! Mas vós não quisestes. Pois bem. A vossa casa vai ficar abandonada. E Eu vos digo: Não voltareis a ver-Me, até chegar o dia em que direis: ‘Bendito o que vem em nome do Senhor!’». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
São Jerónimo (347-420), presbítero, tradutor da Bíblia, doutor da Igreja - Carta 58, 2-4 
«A Jerusalém do alto é livre, e ela é nossa mãe» (Gal 4, 26)
Não é por termos estado em Jerusalém que devemos felicitar-nos, mas por termos vivido bem. A cidade que é preciso procurar não é aquela que matou os profetas e verteu o sangue de Cristo, mas aquela que um rio impetuoso enche de júbilo, aquela que, construída sobre uma montanha, não pode ser escondida, aquela que o apóstolo Paulo proclama ser mãe dos santos e na qual os justos se regozijam de habitar (Sl 45,5; Mt 5,14; Gal 4,26) [...]. Não ousarei limitar o poder de Deus a uma região ou confinar num recanto da terra Aquele que o céu não pode conter. Cada crente é apreciado pelo mérito da sua fé e não pelo lugar em que habita; e os verdadeiros adoradores não têm necessidade de Jerusalém ou do monte Garizim para adorar o Pai, porque «Deus é espírito» e os seus adoradores devem «adorá-Lo em espírito e verdade» (Jo 4,21-23). Ora «o Espírito sopra onde quer» (Jo 3,8) e «a terra é do Senhor, assim como tudo o que ela contém» (Sl 23,1). [...] 
Os lugares santos da cruz e da ressurreição só são úteis aos que levam a sua cruz, ressuscitam com Cristo cada dia e se mostram dignos de habitar em tais lugares. Quanto aos que dizem: «Templo do Senhor, Templo do Senhor, Templo do Senhor» (Jer 7,4), ouçam esta palavra do apóstolo: «Vós é que sois o templo de Deus, se o Espírito Santo habita em vós» (1Cor 3,16). [...] 
Não creio que falte alguma coisa à tua fé por não teres visto Jerusalém, nem não me julgo melhor por habitar neste lugar. Mas, aqui ou noutro sítio, receberás igual recompensa segundo as tuas obras perante Deus.


CHIARA LUCE BADANO Virgem, Beata 1971-1990

Chiara Luce Badano nasceu a 29 de Outubro de 1971, em Sassello, uma pequena cidade nos Apeninos. Era a primeira e única filha de Rogero Badano, camionista e de Mª Teresa Caviglia, operária, casados há 11 anos sem conseguirem ter filhos. O pai pediu a Nossa Senhora da Rocha a graça da paternidade e viu o seu pedido atendido. A mãe testemunhava que “mesmo com essa alegria imensa compreenderam logo que ela não era somente sua filha, mas que era antes de tudo, filha de Deus". A mãe deixou de trabalhar para cuidar da filha. Chiara revelou-se desde cedo uma criança inteligente, viva, desportiva e muito comunicativa. Era conciliadora, mas não abdicava de defender as suas ideias. Recebeu desde cedo uma sólida educação cristã, graças aos pais, mas também à sua integração na comunidade paroquial, cujo pároco lhe dá fascinantes aulas de catequese, e ainda pela influência das amizades que Chiara constrói. Aos 9 anos participa num encontro das “Gen 3” do movimento Foccolare. Aí conhece o ideal da unidade. O Evangelho passa a ser algo dinâmico na sua vida. E decide dizer sempre Sim a Jesus. Torna-se a amiga dos últimos. Deseja partir um dia para África para “curar os meninos”. No dia da sua primeira Comunhão recebe um livro com os Evangelhos. Ela própria comenta: "- Como para mim foi fácil aprender o alfabeto, também deve ser fácil viver o Evangelho”. Continua os seus estudos de forma normal, sendo uma boa aluna. Frequenta o liceu clássico. Participa nas actividades do Movimento Foccolare. Mas um dia, ao jogar ténis, tinha então 17 anos, sente uma dor aguda no ombro. Inicialmente nem ela nem os médicos dão grande importância ao facto. Mas as dores continuam e são necessários exames mais profundos. O diagnóstico é devastador: sarcoma osteogénico com mástese, um dos tipos mais graves e dolorosos de tumor. Chiara acolhe a notícia com coragem: 
- Eu vou vencer! Sou jovem. 
Os tratamentos começam e durante eles o altruísmo de Chiara chama a atenção. Sai da cama par ajudar uns e outros. Certo dia foi uma toxicodependente deprimida que a fez saltar do leito, apesar das intensas dores. Enfrenta depois duas operações. A quimioterapia provoca a queda do cabelo o que a faz sofrer bastante. Perante cada etapa do sofrimento vai repetindo : - Por ti, Jesus!” A um amigo, que partia para África, ela dá todo o dinheiro que havia economizado, dizendo : 
- Para mim não serve. Eu tenho tudo! 
Ao longo da doença nunca se revolta. Passa a aceitar todos os padecimentos, dizendo a Jesus: 
- Se tu o queres, eu também o quero, Jesus! 
No dia 19 de Julho de 1989, enfrenta uma forte hemorragia e quase morre. Nessa ocasião diz: 
- Não derramem lágrimas por mim. Eu vou para Jesus. No meu funeral, não quero pessoas que chorem, mas que cantem forte. E com a mãe prepara esse acontecimento chamando-lhe “A festa das núpcias”. 
Explica à mãe como quer ser vestida, escolhe as músicas os cantos e as leituras para a ocasião. E recorda-lhe : 
- Quando me estiveres a preparar, mamã, deves repetir: "Agora Chiara Luce está a ver Jesus”. Não pede mais a saúde, mas a capacidade de fazer a vontade de Deus até ao fim. 
No Domingo 7 de Outubro de 1990, na companhia dos pais, aconteceu o momento do encontro com o seu “Esposo”. Duas mil pessoas estiveram presentes no funeral. Fala-se de paraíso, de alegria, de escolha radical. Na homilia, o bispo que presidia diz: 
- Eis o fruto de uma família cristã e de uma comunidade de cristãos. Os que a conheceram sentem-se impulsionados a viver com radicalidade o Evangelho. É uma santidade contagiosa. No dia 25 de Setembro de 2010, foi beatificada em Roma pelo Papa Bento XVI.

CAETANO ERRICO Presbítero, Fundador, Beato (1791-1860)

Tornou-se santo, passando toda a sua vida nas ruas difíceis do bairro napolitano de Secondigliano onde nasceu em 1791 e ali faleceu em 1860 e no confessionário onde, de braços abertos, acolhia sobretudo quem tinha cometido faltas graves. Assim viveu Caetano Errico, fundador dos missionários dos Sagrados Corações de Jesus e Maria. Ainda em vida, já era chamado "o santo" e "o superior", por se ter tornado a referência natural para todas as famílias. A sua canonização João Paulo II beatificou-o a 14 de Abril de 2002 é um sinal de esperança para Secondigliano que tem na igreja da "Addolorata", por ele construída, uma recordação concreta e visível da sua obra. No início do seu sacerdócio, foi professor de escola municipal e deu vida a uma pastoral inovativa, assistindo os doentes do Hospital dos Incuráveis de Nápoles e comprando-lhes os remédios; ajudando os mais necessitados; sustentando as famílias que não tinham dinheiro para pagar a renda, evitando que caíssem nas mãos de usurários; visitando os encarcerados e procurando garantir-lhes uma reinserção social. Num difícil contexto social inventou uma pastoral a favor dos analfabetos e também das adolescentes sem dote que arriscavam cair em mãos mal intencionadas. A caridade e o amor pelos pobres e débeis foram os trilhos do seu sacerdócio, consciente de que na Igreja se ocupa um lugar para servir. Conhecia bem a arte da consolação, a paternidade de se sentar ao lado dos pecadores e desesperados para os ajudar a encontrar o horizonte do amor de Deus. Uma missão que tem as suas raízes na pobreza, que conheceu desde pequeno em família. As suas palavras dirigidas a quantos não viviam na legalidade, convidando-os a reconhecer-se pecadores para se reconciliar com Deus e os homens, permanecem ainda válidas: "Ide para os braços do Pai, declarando-vos culpados e o Deus de bondade e misericórdia riquíssimo, não vos expulsará da sua face e da sua presença". http://www.vatican.va

MIGUEL RUA Sacerdote salesiano, Beato 1837-1910

Miguel Rua nasce em Turim no dia 9 de junho de 1837. Último de 9 filhos, perde o pai aos oito anos. Estudou com os Irmãos das Escolas Cristãs até à terceira série elementar. Deveria começar a trabalhar na Real Fábrica de Armas de Turim, onde o pai era operário, mas Dom Bosco – que aos domingos ia confessar na escola – propôs-lhe continuar os estudos com ele, garantindo-lhe que a Providência pensaria nas despesas. Certo dia, Dom Bosco distribuía algumas medalhas aos seus meninos. Miguel era o último da fila e chegou atrasado, mas ouviu Dom Bosco dizer: "Toma, Miguelzinho!". O padre, porém, não lhe estava dando nada, mas acrescentou: "Nós dois faremos tudo meio a meio", e assim foi de fato. Colaborador da Companhia da Imaculada com Domingos Sávio, foi aluno modelo, apóstolo entre os colegas. Dom Bosco lhe disse: "Preciso de ajuda. Farei com que recebas a veste dos clérigos; estás de acordo?". "De acordo!", respondeu. Em 25 de março de 1855, nos aposentos de Dom Bosco, nas mãos do fundador, fez os votos de pobreza, castidade e obediência. Era o primeiro Salesiano. Começa a trabalhar intensamente: ensina matemática e religião; assiste no refeitório, no pátio, na capela; tarde da noite, copia numa bela caligrafia as cartas e as publicações de Dom Bosco, e, enfim, estuda para ser padre. Tinha apenas 17 anos! É-lhe entregue também a direção do oratório festivo São Luís. Em novembro de 1856, morre Mamãe Margarida. Miguel, então, vai encontrar-se com sua mãe: "Mamãe, a senhora quer vir com a gente?". A senhora Joana Maria vem, e também nisso a família Rua fez meio a meio com a família Bosco. Ficou em Valdocco por 20 anos. Em 1859, Rua acompanha Dom Bosco na audiência com o Papa Pio IX para a aprovação das Regras e, ao retorno, é-lhe confiada a direção do primeiro oratório em Valdocco. Foi ordenado sacerdote em 28 de julho de 1860. Dom Bosco escreve-lhe um bilhete: "Verás melhor do que eu a Obra salesiana atravessar os limites da Itália e estabelecer-se no mundo". O Padre Rua abre a primeira casa salesiana fora de Turim, em Mirabello. Poucos anos depois, retorna a Valdocco, substituindo e assistindo Dom Bosco em tudo. Em novembro de 1884, o Papa Leão XIII nomeia o Padre Rua vigário e sucessor de Dom Bosco, que morrerá em seus braços quatro anos depois. O Padre Rua, considerado então a regra viva, torna-se paterno e amável como Dom Bosco. Enfrenta e supera inúmeras dificuldades no governo da Congregação. Consolida as missões e o espírito salesiano. Morreu no dia 6 de abril de 1910, com 73 anos. Com ele, a Sociedade passou de 773 a 4000 Salesianos, de 57 a 345 Casas, de 6 a 34 Inspetorias em 33 países. Paulo VI beatificou-o em 1972, dizendo: "Ele fez da fonte um rio". Beatificado em 29-10-72 

NARCISO DE JERUSALÉM bispo Santo +212

São Narciso nasceu na palestina, provavelmente no fim do primeiro século e quando isso lhe foi permitido, tornou-se eclesiástico. Durante toda a sua vide foi rodeado pela estima de todos acabando por ser eleito bispo de Jerusalém. Esta alta dignidade inspirou-lhe um novo zelo e um maior fervor; estas virtudes levando-o a governar com vigor as almas que lhe tinham sido confiadas. Segundo Eusébio, S. Narciso era natural da Palestina e foi o 15º bispo de Jerusalém, eleito em 189. Presidiu ao concílio de Cesareia (197) e encabeçou a lista de assinaturas de uma carta que o episcopado da Palestina enviara ao papa S. Vitor. Nesta carta, os bispos declaravam observar os rito e usos da Igreja romana. Contam que certa vez fora acusado de um crime que não cometera. Os caluniadores confirmaram por falsos juramentos a acusação. O primeiro dissera que se estivesse mentindo que o queimassem vivo. Já o segundo chamou sobre si a praga de lepra, se o que havia dito não fosse verdade. Por fim, o terceiro jurou pela luz de seus olhos que estava falando a verdade. Narciso ficou muito desgostoso e resolveu deixar a cidade secretamente. Foi para o deserto de Nítria, onde viveu oculto durante 8 anos. Aconteceu, então, que abateu sobre os caluniadores o mal que cada um havia arrogado sobre si: o primeiro morreu queimado; o segundo foi consumido pela lepra; e o terceiro ficou cego. Voltando a Jerusalém resolveu reassumir juntamente com o bispo Górdio o pastoreio de seu rebanho. Morreu por volta de 212, aos 116 anos de idade.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE OUTUBRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro,
 redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 – Quinta-feira – Santos Abraão de Rostov, Narciso de Jerusalém 
Evangelho (Lc 13,31-35) Naquela hora, alguns fariseus aproximaram-se e disseram a Jesus: − Tu deves ir embora daqui, porque Herodes quer te matar.” 
Não sei se esses fariseus eram amigos, ou só queriam livrar-se de Jesus. O certo é que Jesus não se amedrontou. Tinha uma missão a cumprir, e estava decidido a levá-la até o fim. Não sei o que eu faria se estivesse numa situação semelhante. Mas estou certo que  vontade de Deus seria que eu continuasse em frente, mesmo que cheio de medo. Seria bom que eu me fosse preparando. 
Oração
Senhor Jesus, muitas vezes já fiquei com medo, diante de fatos ou de imaginações. Isso é natural, e vós mesmo o experimentastes. O importante é que eu não me amedronte. Perdoai-me, pois tantas vezes deixei de fazer o que era certo, só porque imaginava algum perigo. Peço vossa ajuda, para saber avaliar bem a situação, saber o que devo fazer, e executá-lo, confiando sempre em vós. Amém.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

A DOUTORA DOS POBRES

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
 
Ela chamava-se Argia Drudi e sempre teve um sonho: ser enfermeira para dedicar-se aos doentes e aos pobres. Começou a estudar com 35 anos. Quando criança, trabalhou no campo. Cresceu robusta, acostumada ao trabalho. Depois, no hospital. Formou-se logo, graças à sua firme determinação altruísta. Alguns testemunhos. Uma senhora atestou:
- A doutora vinha visitar-me três e quatro vezes por dia quando eu estava doente. Fazia quilômetros a pé, no meio da neve e do gelo para chegar ao meu rancho. 
Outra senhora: 
- Veio à minha casa numa noite de tempestade a fim de levar minha filha para o médico. 
Um velho descrente, relembra com lagrimas nos olhos: 
- Cuidou de mim como se eu fosse o seu pai. Um dia peguei na sua mão, apertei-a e disse: “Se eu acreditasse ainda em Deus, rezaria pela senhora a vida inteira”. 
Cada um sabe contar um fato, uma cena, um episódio que retratam sua caridade cristã. A assim chamada “doutora dos pobres” era da região italiana de Ravena. Ganhou vários prêmios, entre os quais, o “premio da Bondade”. Morreu tragicamente em 1957 num acidente rodoviário e jamais foi esquecida.
http://www.boletimpadrepelagio.org/

28 DE OUTUBRO – APOSTOLOS SAO SIMÃO E SÃO JUDAS

Judas Tadeu é primo de Jesus. Por isso vemo-lo representado com as feições dele. É muito venerado em algumas regiões do Brasil. Nos dias 28 de cada mês os devotos acorrem às igrejas para pedir e agradecer.Seu nome aparece poucas vezes no Novo Testamento. São João, no seu Evangelho registra uma pergunta que Judas fez a Jesus: “Mestre, por que te revelas somente a nós e não ao mundo?”A última Epístola é de sua autoria. Morreu a pauladas. Assim é representado, segurando um macete.
Simão, o zelote é praticamente o último da lista dos apóstolos (nesta lista não se conta o traidor), mas igual a seus companheiros no zelo missionário. Tanto assim, que morreu mártir pela causa do Reino. Segundo a tradição, sofreu um dos tormentos mais terríveis. Foi serrado vivo, em duas partes. Por isso é representado segurando um serrotão.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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REFLETINDO A PALAVRA - “Jesus, misericórdia do Pai”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
448. Pela misericórdia de nosso Deus
Se quisermos encontrar uma palavra que possa resumir tudo o que queremos entender de Deus, podemos, sem dificuldades escrever: Misericórdia. Na história da humanidade sempre se descreveram os deuses como vingativos. Essa idéia penetrou o povo de Deus que prefere pensá-lo como carrancudo, justiceiro, vingador e que castiga até à quarta geração (Ex 20,5). O livro dos Números traz essa idéia: “O Senhor é paciente e cheio de misericórdia, perdoa a iniqüidade, mas não deixa impune o culpado, castigando a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e a quarta geração” (Nm14,18). Não encontramos este modo de pensar em Jesus. Ele sempre fala do Pai como bondoso e preocupado com os fracos e sofredores. A carta as Hebreus traz, em lugar de castigo, a palavra educação: “É para vossa educação que sofreis” (Hb 12,11). Para a Bíblia, educação significa instrução pela correção. Mesmo que haja frases ameaçadoras, predomina sempre o Deus que perdoa, que volta atrás da ameaça feita. Sua misericórdia está sempre com o fraco, o pequeno, o sofredor, o abandonado. Ele se considera o parente próximo, responsável por essa gente. Toda a história da salvação caminha para a grande expressão do amor de Deus: “Graças à terna misericórdia de nosso Deus, com a qual nos visitará, como sol que vem do alto” (Lc 1,78). O amor misericordioso de Deus se mostra no envio de seu Filho para nossa redenção sem termos merecido. Escreve Paulo: “Deus mostra seu amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós quando éramos ainda pecadores” (Rm 5,8). Jesus é a expressão desse amor. E Ele manifesta esses mesmos sentimentos que encontramos em Seu Pai. Em sua boca era fácil encontrar as palavras: “tenho compaixão da multidão” (Mt 15,32) ou “vendo as multidões, sentiu compaixão” (Mc 6,34). Suas parábolas, como do filho “pródigo”, da ovelha perdida são expressões dessa misericórdia. Sua morte por nós é o arremate dessa sua disposição misericordiosa. A espiritualidade deve envolver-se na bondade de Deus.
449. Anúncio da misericórdia
Depois de terem experimentado a misericórdia de Jesus, os discípulos anunciam-nO e pregam o evangelho. Esses homens, judeus, eram convictos, sedimentados em uma cultura na qual Deus era só para eles; Povo de Deus eram eles. Paulo afirma: “Quando... me chamou... para que eu evangelizasse os pagãos, não consultei carne nem sangue” (Gl 1,15-16). Eles foram capazes de abrir as portas do Reino a todos. A misericórdia se tornou de fato o método de evangelização. Em pouco tempo as comunidades se formaram superando as barreiras sociais e culturais. A misericórdia faz milagres. Eram tão frágeis e ao mesmo tempo tão corajosos. A abertura aos povos foi uma conquista da misericórdia.
450. Implantar o amor
            A história da Igreja tem muitos elementos bonitos, mas parece que ela tem medo da misericórdia. Consultam-se primeiramente as leis, e não a misericórdia, para o estabelecimento da vida e encaminhamento das situações da comunidade. É triste ver como essa estrutura de poder e ao mesmo tempo de medo de amar, forjou uma mentalidade de opressão e violência sobre pessoas e situações. No momento atual, ainda padecemos desse mal. Há medo de se viver a misericórdia na solução dos grandes problemas. A condenação torna-se uma arma muito usada. Há situações íntimas que são tratadas e condenadas, como se fossem idéias e não filhos de Deus que sofrem. Nessa hora de declínio de uma sociedade somos interrogados sobre a misericórdia que tivermos.