Evangelho segundo S. Lucas 13,18-21.
Naquele
tempo, disse Jesus: «A que é semelhante o reino de Deus, a que hei-de
compará-lo? É semelhante ao grão de mostarda que um homem tomou e lançou na
sua horta. Cresceu, tornou-se árvore e as aves do céu vieram abrigar-se nos seus
ramos». Jesus disse ainda: «A que hei-de comparar o reino de Deus? É
semelhante ao fermento que uma mulher tomou e misturou em três medidas de
farinha, até ficar tudo levedado».
Da Bíblia Sagrada -
Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo-Sermão 26
«É semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e deitou no
seu quintal»
A propósito do que diz o Evangelho: «Um
homem tomou-o e deitou-o no seu quintal», que homem é esse, em vossa opinião,
que semeou o grão que recebeu como um grão de mostarda no seu pequeno jardim?
Penso que é aquele sobre o qual o Evangelho diz: «Um membro do Conselho, chamado
José, natural de Arimateia [...], foi ter com Pilatos, pediu-lhe o corpo de
Jesus e, descendo-O da cruz, envolveu-O num lençol e depositou-O num sepulcro
preparado no seu jardim» (Lc 23,50-53). É por essa razão que as Escrituras
dizem: «Um homem tomou-o e deitou-o no seu jardim».
No jardim de
José misturavam-se perfumes de diversas flores, mas um grão como aquele nunca lá
tinha sido deitado. O jardim espiritual da sua alma rescendia ao perfume das
suas virtudes, mas Cristo ainda não tinha sido aí colocado. Ao sepultar o
Salvador no monumento do seu jardim, ele acolheu-O mais profundamente no fundo
do seu coração.
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