segunda-feira, 26 de outubro de 2015

EVANGELHO DO DIA 26 DE OUTUBRO

Evangelho segundo S. Lucas 13,10-17.
Naquele tempo, estava Jesus a ensinar ao sábado numa sinagoga. Apareceu lá uma mulher com um espírito que a tornava enferma havia dezoito anos; andava curvada e não podia de modo algum endireitar-se. Ao vê-la, Jesus chamou-a e disse-lhe: «Mulher, estás livre da tua enfermidade»; e impôs-lhe as mãos. Ela endireitou-se logo e começou a dar glória a Deus. Mas o chefe da sinagoga, indignado por Jesus ter feito uma cura ao sábado, tomou a palavra e disse à multidão: «Há seis dias para trabalhar. Portanto, vinde curar-vos nesses dias e não no dia de sábado». O Senhor respondeu: «Hipócritas! Não solta cada um de vós do estábulo o seu boi ou o seu jumento ao sábado, para o levar a beber? E esta mulher, filha de Abraão, que Satanás prendeu há dezoito anos, não devia libertar-se desse jugo no dia de sábado?». Enquanto Jesus assim falava, todos os seus adversários ficaram envergonhados e a multidão alegrava-se com todas as maravilhas que Ele realizava. 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Homilia atribuída a Eusébio de Alexandria (século V) 
Sermões sobre o domingo, 16, 1-2; PG 86, 416-421 
O Sábado torna-se o primeiro dia da nova criação
A semana comporta evidentemente sete dias: Deus deu-nos seis para trabalharmos, e deu-nos um para rezarmos, repousarmos e nos libertarmos dos nossos pecados. [...] 
Vou expor-te as razões pelas quais a tradição de guardarmos o domingo e de nos abstermos de trabalhar nos foi transmitida. Quando o Senhor confiou o sacramento aos discípulos, «tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e deu-o aos seus discípulos, dizendo: "Tomai e comei, este é o meu corpo entregue por vós em remissão dos pecados." Da mesma forma, deu-lhes o cálice dizendo: "Bebei todos, este é o meu sangue, o sangue da Nova Aliança, derramado por vós e pela multidão em remissão dos pecados. Fazei isto em memória de mim."» (Mt 26,26ss; 1Cor 11,24). O dia santo de domingo é pois aquele em que se faz memória do Senhor. Por isso é que se lhe chama «dia do Senhor». E ele é como o senhor dos dias. Com efeito, antes da Paixão do Senhor, não era chamado «dia do Senhor», mas «primeiro dia». 
Nesse dia, o Senhor estabeleceu o fundamento da ressurreição, quer dizer, empreendeu a criação; nesse dia, deu ao mundo as primícias da ressurreição; nesse dia, como dissemos, mandou celebrar os santos mistérios. Esse dia foi, pois, o começo de toda a graça: início da criação do mundo, início da ressurreição, início da semana. Esse dia, que comporta em si próprio três começos, prefigura a primazia da Santíssima Trindade. 

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